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História Remember Me - Newtmas - My Mistake


Escrita por: LadyNewt

Notas do Autor


L O S T F O L L O W E R S

Att dupla hoje sim! :)
Mas não se acostumem com a bondade!

B o a L e i t u r a!
LadyNewt

Capítulo 28 - My Mistake


Fanfic / Fanfiction Remember Me - Newtmas - My Mistake

 

Point of View of Teresa Agnes

 

Se do lado de fora Newt parecia estar relaxado e finalmente curtindo algumas horas de paz ao lado do tal Stiles, aqui dentro as coisas estavam bem diferentes. Lemonade é simplesmente insuportável, e olha que minha paciência é bem gigantesca.

LolliPop parece que encanou somente com Minho, enchendo o saco dele o dia inteiro. Chega até a ser engraçado quando os dois machos discutem e tentam impor suas vontades e opiniões.

Moonlight não fede e nem cheira, a garota passa a maior parte do tempo escondida na sombra da tal Vanessa, as vezes ela é legal, outras parece uma pequena aprendiz de bruxa.

Outro rostinho novo circulando por aqui tem sido o de Ren, filha de Janson. Essa daí ninguém suporta, nem mesmo Winston Crazy Guy, que é um amorzinho.

Todos nós estamos sentindo uma saudade absurda do Chucky e Scott ainda chora por causa de Allison, mas ao menos não tem descontado sua raiva em nós.

Janson exigiu nossa presença no andar inferior após o almoço, sempre que ele faz isso fico tensa, tenho a impressão que sempre vem merda ou alguma outra coisa muito ruim em seguida. Sou a última a me juntar ao grupo, todos sentados sobre o palco principal. Permaneço ao lado de Harriet observando um homem com cabelos negros, olhos claros, uma tatuagem no pescoço e um alargador prateado na orelha.

- Este é Harlequin, ou Jake Bass, como quiserem chamar. – BOSS apresenta o rapaz que julgo ter no máximo vinte e cinco anos. – Ele está aqui a procura de jovens para seu negócio.

Ok. Chega! Já cansei dessa montanha russa onde somos jogados de um lado para o outro em “negócios”. “Negócios” podem definir muitas coisas e abrir um leque extenso de opções. Ele pode estar aqui para levar embora alguns de nós, pode querer apenas diversão, quem sabe é um produtor de algo atrás de mão de obra, enfim, eu não faço a mínima ideia de quem ele seja.

A única coisa que eu sei, e sei bem é o que significa esse nickname dele proferido tão audaciosamente pela boca maldita de Janson. Harlequin significa pessoa volúvel ou irresponsável. Volúvel é o que mais me preocupa, porque no sentido figurado remete a inconstância, instabilidade, variável. Esse cara deve mudar de opinião e estado mental com a mesma facilidade que eu troco de calcinha e Lemonade deve trocar de parceiro.

- Sou um produtor. – ele anuncia.

O que ele produz? Não faço ideia, mas no momento diria que é um enjoo tremendo no meu estômago. Tenho medo.

- Produzo filmes pornô, estou aqui em busca de novas caras para minhas películas. – ele diz caminhando, analisando um a um da cabeça aos pés.

Esse filho da puta vai encanar comigo! Esse filho da puta vai encanar comigo! Esse filho da...

- Oi, como se chama!

Filho de uma puta!

- Blue. – engulo mil palavrões na minha cabeça.

- Gostei de você, Blue.

Não te perguntei absolutamente nada, babaca!

Jake Bass continua a caminhar pelo palco, pedindo hora ou outra para que algum menino ou menina levante para ser analisado pelos seus olhos azuis.

- Hm... – o moreno leva o indicador aos lábios, pensativo.

- Gostou de alguma mercadoria, Harlequin? – BOSS pergunta impaciente.

- Procurava por aquele twinkzinho, onde ele está?

- Sugar?

Todos procuram pelo Sugar!

- Sugar está indisponível no momento para seus negócios, Bass.

O moreno faz uma negativa com a cabeça, então volta a caminhar na nossa frente, novamente fitando, analisando, julgando, ou seja lá o que esse homem faz enquanto nos devora com seus olhos experientes.

- Sabe. – começa ele num tom cético – Existem uma gama extensa de clientes que procuram coisas... – ele para um por segundo, olha para o teto e volta a sorrir para nós - ... específicas. - Quando eu digo específicas, vocês não seriam capazes de mensurar o leque de opções que isso engloba. Tenho clientes que gostam de trepar com animais... – ele dirige o olhar para Scott – tenho clientes que gostam de sexo selvagem... – agora é Lemonade quem ganha seu olhar duvidoso. – Tenho também clientes que gostam de amarras, sadomasoquismo, uns que adoram uns twinkizinhos vestidos de garotas! – ele brinca com os cabelos de Aris.

Janson parece se divertir com o suspense que ele faz, o chefe morde o nó do dedão, acho que segurando uma gozada na calça com as caras e bocas que produzimos.

- Todos os meus clientes no entanto gostam da mesma coisa. – Bass anuncia, afastando-se de nós ao juntar-se a Janson – Eles gostam de tudo isso filmado, para guardar de recordação. Minha produtora ilegal, óbvio... – ele ri – Faz filminhos! Não é divertido?

- Por que ele está rindo? – Harriet sussurra.

- Porque ele é um babaca? – Minho devolve.

- Bom, eu já escolhi aqui o que meus clientes precisam. – Bass diz calmamente, estendendo a mão para LolliPop. – Vou precisar de você, garotão. E você também, japinha! – chama Minho, que salta do palco.

Estou respirando aliviada quando Bass gira nos calcanhares para sair, até que o instável, volúvel e insano volta três passos para trás, gargalhando.

- Você também, Blue.

Filho de uma puta!

 

Point of View of Thomas O’Brien

 

- Tem certeza que isso é seguro? – era só a décima oitava vez que Newt perguntava isso pra mim encolhido do meu lado.

- Sim, loirinho, eu sei pilotar isso daqui, agora coloque o capacete e aproveite a viagem. – devolvi montando na Ducati alugada em uma locadora próxima ao hotel.

Desconfiado e descrente da minha habilidade em pilotar uma moto, Newt subiu relutante na garupa e agarrou minha cintura com uma força desacerbada, o que me cativou.

Sei pilotar desde os dezoito, sempre foi algo que gostei muito; moto, velocidade, vento batendo na cara, a sensação de liberdade no peito, é algo que não consigo explicar. Mamãe sempre foi contra, ela diz que é perigoso, que sou irresponsável e arteiro, mas papai aprovou a ideia desde o principio, foi ele quem me deu minha primeira moto aos dezoito.

- Quero te mostrar as coisas que gosto de fazer! – sibilo para o loirinho atado ao meu corpo quando ligo a moto e passo a acelerá-la pelas ruas de Kiev.

Tenho consciência de que é arriscado o que estou fazendo, sair com Newt por ai desse jeito, no entanto eu adoro desafiar as leis da física, ética e moral, coisa que Janson não tem nenhuma e enquanto tiver Benjamin no nosso squad, vou me arriscar sim.

Sinto cada vez mais as mãozinhas de Newt segurando com afinco minha jaqueta de couro preta enquanto piso fundo no acelerador. Lanço toda a potencia da moto, empinando levemente a frente dela enquanto desvio de carros e bicicletas pelo caminho.

Pego uma estrada, que segundo meu GPS vai nos levar diretamente ao museu Pirogov, localizado sobre algumas planícies, na parte mais rural da cidade.

Sinceramente não faço ideia do que vamos encontrar lá, o foco não é a droga do museu, porque tirando o de História Natural de Nova Iorque nenhum outro na vida vai me interessar tanto quanto ele. Quero que Newt apenas curta a estrada e aprecie a paisagem de cabeça erguida e não do jeito que BOSS sempre impõem aos seus garotos e garotas.

Alguns quilómetros depois chegamos no local pitoresco, com construções de madeira e muita vegetação. Salto da moto e então encaro o loirinho um tanto quanto pálido.

- O que foi, pequeno?

Ele não responde, parece que sua face está congelada, só então que percebo que Newt não tem um agasalho e eu sai com ele por ai a mais de 150 quilómetros por hora no cu do Judas com a temperatura consideravelmente baixa.

Tomo suas mãos pra mim e as mesmas estão roxas e congelando. Newt está usando apenas uma blusa de manga cumprida, mas ela é fina e acho que de algodão, o que não esquenta picas nesse frio.

No mesmo instante retiro minha jaqueta e embrulho o garoto nela, tentando aquecê-lo ou ao menos fazer ele voltar a mexer os olhos vidrados na paisagem.

- Sente-se melhor assim? – pergunto, mas ele nega com a cabeça, agora batendo o queixo. – Merda! – resmungo retirando ele da moto e abraçando seu corpo extremamente frio.

- Es... Está... Mu... Muito... Frio, Tommy! – ele balbucia batendo o queixo.

- Eu sou um otário, eu quase matei você de frio! Por que não me disse nada? – digo afagando rapidamente suas costas e sua nuca.

- Por... Porq... Porque... Vo... Você estava... Fe... Feliz. – sua voz sai bem baixinho, pois seu rosto está enterrado no meu peito, entre meus braços.

- Vem, vamos entrar, você precisa se aquecer!

Nem bem termino minha frase e percebo que já estou todo protetor com ele em meus braços, correndo para a primeira casa de madeira que encontro. É um antigo estábulo, tem algumas quinquilharias jogadas pelos cantos, como móveis velhos e empoeirados, tapetes antigos e relíquias de família.

Para completar o drama, um clarão ilumina o céu, seguido de um trovão assustador. O mundo vai despencar lá fora e estamos bem longe do hotel.

- Merda! Merda! Merda! – digo repousando o corpo dele em um sofá antigo, mas ainda assim conservado, que estava servindo de caminha para um gatinho preto.

Olho para o delicado rosto de Newt e percebo seus lábios roxos, assim como a ponta dos seus dedos. Sei bem o que está acontecendo, é a tal de hipotermia aguda, como quando ele caiu no lago anos atrás. Essa é a mais perigosa delas, pois a queda brusca de temperatura corporal pode matar a pessoa.

Newt está na fase dois do processo, onde as extremidades ficam azuladas, tem arrepios intensos e os reflexos lentos, ele está um pouco confuso, mas consciente ainda. Ele não pode de modo algum chegar na terceira etapa, onde os arrepios cessam e ele entra em colapso, diminuição do pulso, amnésia e falha dos órgãos vitais, culminando numa morte clínica.

- Hip... Hipo... – ele tenta falar com seus lábios trêmulos e roxos.

- Hipotermia! – digo rangendo os dentes e fechando o punho com raiva. – Desculpe, Newt, mas eu preciso fazer isso.

Digo olhando fundo nos seus olhos enquanto passo a retirar a minha roupa rapidamente, livrando-me primeiro do meu pulôver, em seguida minha camisa e a manta térmica. O ar gelado entrando pelas pequenas frestas entre as tábuas de madeira do celeiro machucam minha pele, mas não me importo. Com agilidade me desfaço do meu cinto e lanço minha jeans para o chão, ficando apenas com uma boxer preta.

Peço licença ao pequeno e retiro sua fina blusa, expondo seu peitoral alvo e magro, repleto de hematomas próximo ao seu mamilo e sem abdômen. Puxo com destreza sua calça para baixo, revelando o corpo esguio dele, todo arrepiado de frio.

É um movimento automático e extremamente protetor o que faço; lanço meu corpo sobre o seu, envolvendo todo seu peitoral com o meu e suas pernas com a minha, tentando transferir o calor do meu corpo para que o dele passe a crescer.

Dou alguns sopros de ar quente em seu rosto, suas orelhas, seu pescoço e sua nuca, nessa tentativa incansável de esquentá-lo e reparar a minha idiotice,

- Eu sou muito impulsivo... Devia ter me atentado melhor nas coisas antes de sair por ai com você assim. – sussurro esfregando minhas mãos em seus braços gélidos e pálidos.

- Tu... Tudo bem... To... Tommy. – ele gagueja, um pouco mais corado.

Sou capaz de passar toda a eternidade assim, atado e costurado a ele. Ali, deitado abaixo de mim, é como se nada nem ninguém pudesse feri-lo, nada nem absolutamente ninguém pudesse toma-lo novamente de mim. Isso parece um sonho ao qual sonho acordado, com medo de fechar os olhos e Newt Sangster evaporar como a névoa do amanhecer.

Eu me belisco.

Eu realmente me belisco, provando que não estou sonhando. Isso é real. Esse garoto nos meus braços é real e precisa de mim, ele deve voltar para sua família, necessita retomar a vidinha que lhe foi roubada e farei o possível para que ele chegue com segurança em Sitka, local de onde nunca devia ter saído.


Notas Finais


Ai ai ai
Newt peladinho e Tommy tb?
Sinto cheiro de séquito no ar...


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