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História Remember Me - Newtmas - 5 after Midnight


Escrita por: LadyNewt

Notas do Autor


L o s t F o l l o w e r s,

Surpresaaaa!
Estava de boa em casa, pensando no que fazer, aí pensei: pq não postar um chapter?
he he he

Espero que gostem!
Obrigada pelos novos leitores!

B o a L e i t u r a!
LadyNewt
:)

Capítulo 4 - 5 after Midnight


Fanfic / Fanfiction Remember Me - Newtmas - 5 after Midnight

"The sad truth is that we're all missing someone.

And hoping that wherever they are, they're missing you back too."

 

 

Point of View of Thomas O´Brien.

 

Uma pequena recepção montada na sala nos espera assim que piso os pés em casa. Mamãe nunca vai mudar. Posso ter cinco, dez, quinze, vinte, trinta ou quarenta anos que Meredith sempre fará isso por mim.

Entre caviar, camarão, champagne e canapés engraçados, nojentos e bizarros, todos querem saber mais sobre minha vida, estão ávidos por tudo que faço, inclusive pelo coco que eu produzo.

- Mole, grande e fedido, Sra. O´Brien. O que indica que seu filho tem o intestino trabalhando regularmente, já que vai ao banheiro ao menos duas vezes ao dia no nosso dormitório. – Galileu dá a resposta mais absurda sobre meu tempo gasto no banheiro.

- Isso é de família! Shepherd ainda é terrível quando come algo que não lhe caí bem, parece que está podre! – titia Arizona acha lindo compartilhar nossa intimidade na frente dos outros.

- Malia tem cara de quem faz coco com cheirinho de rosas. – diz Galileu, ainda jogando seu charme para a menina.

- Quer sentir o cheiro, Gally? – sibila ela, lambendo os lábios promiscuamente, apenas jogando com ele.

- QUERO!!!!!! – o imbecil cai na dela.

Todos na sala seguram o riso e o olhar curioso. Tratando-se de Malia Sangster podemos esperar qualquer, veja bem, qualquer coisa mesmo, inclusive realmente leva-lo para o banheiro para que Poulter sinta o cheiro que ela produz durante uma cagadinha.

Mas ela não faz nada disso, o que realmente é uma pena. Malia caminha sensualmente até o garoto, que ajeita seu corpo no sofá de forma inquieta. Ela para diante de um garçom, retirando uma taça de champagne e posteriormente um canapé com algo escuro, parece caviar, ou fígado de ganso.

- Levante-se! – ordena para ele, que obedece prontamente, sorrindo muito mais que o velho Galileu Poulter que eu conheço.

Minha querida e doce amiga então enfia o canapé inteiro contra as narinas de Gally, com todo seu charme e beleza, esfregando e fincando toda aquela pasta em sua face para que ele sinta com quem realmente está mexendo.

- OHHHH FUCK! – ele grita quase vomitando, limpando desesperadamente sua cara com a barra da camisa.

- Esse é o cheiro do meu coco: foie gras pra você, seu cretino! – ela enfia um peteleco nele e sai da sala, bufando.

Eu sabia! Fígado de ganso ou pato gordo, forçadamente alimentado até à exaustão, levando assim na hipertrofia do órgão, como o cérebro de Galileu no quesito genitália feminina.

- Você está bem? – pergunto para ela ao segui-la até a área externa de casa.

- Esse seu amigo é um babaca. – devolve cruzando os braços, deixando que Capitão Nemo deite a cabeça em suas pernas.

- Você ainda vai cuspir pra cima e cair na testa, Wendy. – chamo a garota pelo apelido que Newt adorava.

- Sinto falta dele... – ela murmura baixo, tão baixo que mais parece o silvo do vento.

Tem os olhos vidrados na paisagem paradisíaca do quintal dos meus pais nesse final de tarde. Suas mãos delicadas acariciam a cabeça do meu Labrador, que grunhi baixinho e abana o rabo para ela.

- Eu também. – afirmo captando a atenção dela. – Mas...

- Tá bom, eu sei! – me corta grosseiramente, levantando do degrau da escada – Esse fim de semana é um fim de semana para ser comemorado, bla, bla, bla, vamos curtir e celebrar a vida, bla, bla, bla, onde quer que ele esteja, bla, bla, bla... – Malia revira os olhos, negando-se a tocar no assunto sobre Newt. – Dezoito horas em casa, Peter Pan, não se atrase. – gira a chave da sua caminhonete no indicador.

- Eu e o Tic-Tac estaremos lá! – assovio enfiando a mão no bolso e mordendo a parte interna da minha bochecha.

- HAHAHAHAHAHA! Finalmente encontramos alguém para ser o Tic-Tac. – ela ri descontrolada, sabendo que nosso novo crocodilo é Galileu. – Para Tic-Tac a festa começa as vinte e três horas. Seria lindo se ele não fosse.

- Seria mais lindo ainda você pagando com a língua e terminar a noite na cama dele, mas é aquele ditado, Wendy... – pisco para ela e volto para dentro após Sangster partir para casa.

Faço um leve social com meus pais, tento acalmar os ânimos de Galileu sobre seus desejos com Malia, até que finalmente vou para meu antigo quarto tomar um banho para começar a curtir as comemorações. Ao abrir a porta, um enorme sorriso toma conta dos meus lábios, moldando meu rosto. Mamãe nunca mexeu no meu quarto, fez questão de deixá-lo do jeito que o larguei quando segui para Harvard.

Os posters, os livros, os bonecos do Minecraft espalhados pelas prateleiras, Woody e Buzz largados sobre minha cama, meu antigo baú com gibis dos X-Men, absolutamente tudo do jeito que me lembrava. O único lugar vazio é o closet, até porque minhas roupas de garoto franzino de dezessete anos não cabem mais nesse futuro juiz, com uma barriga trincada e músculos até que grandinhos se comparado há quase seis anos atrás.

Graças ao bom Deus Galileu foi direto para o quarto de hóspedes, ainda tenho tempo suficiente de esconder meus brinquedos que fazem figuração por aqui antes que ele tire uma foto e poste nas suas redes sociais.

- Desculpe, Woody! – murmuro para o boneco, socando ele debaixo na cama junto com Buzz e mais alguns Minecrafts.

Tomo um banho rápido e visto algo casual para encontrar os Sangster e seus amigos. Eles não tem frescura, aliás nunca tiveram. Lembro-me como se fosse hoje o dia em que mudaram de Londres para cá, acho que Newt tinha cinco anos e Malia minha idade, a pequena Mia tinha um ou dois anos, não lembro ao certo.

Papai contratou o Sr. Mark Sangster para ser seu braço direito nos negócios da família, mamãe logo de cara fez amizade com a Sra. Trina, creio que as duas são melhores amigas até hoje. Malia acabou caindo na minha sala na escola, enquanto Newt ficou no jardim da infância com o bebês. Desde o primeiro dia, desde o primeiro oi, desde a primeira troca de olhares, Newt conseguiu um lugar especial no meu coração. Seu jeito meigo, infantil e desengonçado encantam qualquer um... Ou encantavam, não sei ao certo. Espero mesmo do fundo do meu coração que ele não tenha perdido essa doçura que tanto me recordo.

Sigo com meus pais até a casa dele, os Sangster mudaram de residência dois anos após o desaparecimento de Newt. Trina alegava que aquele lugar trazia muitas lembranças do filho e que precisava se libertar delas para poder seguir em frente. Acho que ela conseguiu seguir, ao menos é isso que ela aparenta por fora.

Eu por fora aparento muitas coisas também, pareço animado e todos acreditam que superei o trauma de perder meu melhor amigo, mas de fato as coisas não são bem assim.

Como Trina, eu escolhi seguir em frente, mesmo que despedaçado por dentro.

Remexo meu corpo no banco do passageiro e estreito os olhos até meu colo. Aperto entre meus dedos tenho algo especial, algo que pertenceu a Newt um dia.

- Que lindinho! Vamos fazer rodinha de histórias com os amiguinhos? – Poulter questiona ao ver o livro Peter Pan comigo.

- É uma tradição, Gally. Todos lemos a história preferida do meu amigo antes da meia noite, na virada do seu aniversário.

Poulter bufa, incomodado.

- Vocês são muito esquisitos, sério! – sibila confuso.

- Você nunca entenderia... São coisas pequenas, mas são essas coisas que nos fazem sentir Newt ainda perto de nós... Então por favor, me poupe das suas piadas só por hoje. – viro a cara, ignorando ele.

O nó na minha garganta cresce a medida que nos aproximamos da casa dele. Todas as vezes encaro a porta de entrada na esperança de avistá-lo parado sobre o batente, esperado por mim. Mas ele nunca está lá.

Nem há cinco anos atrás, nem há três, nem hoje, talvez nem nunca. São dez anos assim, dez anos convivendo com um sentimento triste dentro do peito, esperando por alguém que a maioria jura não estar mais vivo, mas pra mim ele está, pra mim Newt sempre esteve vivo, onde quer que ele esteja.

- Okay, vamos lá! – Gally respira fundo antes de abrir a porta do carro. – Se Malia estiver me esperando com uma espingarda eu juro que caso com essa louca. – brinca fazendo-me rir.

Um a um deixo os degraus da varanda para trás, caminhando até onde Trina e Mark estão. Cruzo a sala de estar, convidados diversos estão espalhados pelos sofás e cadeiras. Estreito os olhos através da imensa janela da sala e vejo uma enorme roda no jardim. Mia, a caçula dos Sangster está ao centro junto com seu violoncelo.

Todo ano começamos as festividades com música, música de boa qualidade. Se existe no mundo uma coisa que os Sangster tem é bom gosto musical. Mark parece um aficionado por Rock progressivo, bem a raiz inglesa da família. Ele toca bateria e ensinou Malia a fazer o mesmo, embora ela não leve jeito algum para a coisa, a não ser socar os pratos como se fossem a cara de algum folgado tirando com ela. Trina tem a voz linda e sempre canta nos eventos, mas perdeu o posto principal desde que Mia passou a namorar um roqueirinho local, dono de uma voz bem boa, uma mistura de John Meyer e Chad Kroeger do Nickelback. Sem falar que o garoto toca violão, guitarra e baixo e não só punhetas como todos suspeitávamos.

Acho que Newt tocava flauta doce quando não enfiava ela nos buracos que cavava no jardim. O Sr. Sangster claramente tentou ter uma família estilo Jackson 5, porém a única que realmente levou a sério seu sonho foi Mia, que vai tentar logo mais ingressar na Juliard.

- Thomas O’Brien! – Trina abre um largo sorriso assim que me vê caminhando no jardim.

Absolutamente todas as cabeças da roda viram até onde estou, posso sentir meu rosto queimar com tantos olhares voltados a minha humilde pessoa. Se quero ser um juiz importante, preciso começar a me acostumar com isso, mas acho que nunca vou. Devo estar roxo de vergonha.

- Sra. Sangster! – a recebo em meus braços, apertado-a com força para mim.

- Fico feliz que sempre encontra um tempo para comemorar conosco o aniversário de Newt.

- Eu nunca perderia uma festa! – admito sorrindo.

Encontro meu lugar me esperando ao lado de Malia, que fez questão de mandar Gally sentar-se junto com seu primo mal encarado. Reconheço alguns rostos, como Kira, o xerife Stilinski e Adam, o namorado de Mia.

Durante as horas seguintes fico no jardim, sentando junto a todos na grande roda, cantando algumas músicas divertidas e outras nem tanto. Mia faz a base com seu Violoncelo, tem a ajuda de Adam no violão e Mark Sangster junto com meu pai marcando as batidas com um tambor e pequenos guizos.

Observo uma linda mesa próxima a churrasqueira, sobre ela um bolo de três andares bem decorado. No topo, uma vela azul com estrelinhas e gliter prateado anunciando a idade do aniversariante ausente. Engulo o choro, eu preciso fazer isso, embora não queira. Volto a sorrir para todos, sorrio de verdade ao observar Malia encarando Galileu mexendo na mesa dos docinhos, roubando um brigadeiro antes da hora.

Ela ameaça levantar da roda e provavelmente matar ele a tapas, porém não o faz. Malia sorri torto e procura pelo meu olhar, parece que ela sente quando não estou bem. Devolvo com um sorriso fraco ao morder os lábios, ela nega com a cabeça e estala dos dedos, finalmente levantando até meu amigo atrevido. Penso se devo evitar a terceira guerra mundial acontecendo entre Poulter e Sangster, mas acontece que adoro ver o circo pegar fogo.

Minha diversão nem bem começa quando a louca gruda suas mãos na garganta dele, Trina interrompe a cena anunciando que está na hora da história, falta apenas uma hora para meia noite e conforme a tradição, agora é a hora em que lemos Peter Pan aos convidados que ainda encontram-se sóbrios após a orgia etílica que sempre acompanham as festas de Newt.

Malia começa a leitura, alternando com Mia, Mark e Tasha. Algumas pessoas são convidadas para ajudar na leitura, me surpreendo quando Galileu se oferece e lê belas palavras sobre os garotos perdidos. Eu sempre fico com o final, então quando chega a minha vez leio em voz alta, firme, sorrindo... e morrendo. Morrendo no fundo, com minha alma doendo e gritando, se remoendo e sangrando. Mas como eu disse antes, eu finjo, lanço um olhar de “ está tudo bem” para Malia, quando na verdade não está. Eu apenas leio no meu piloto automático, finalizando a história.

Preciso de uma cerveja!

Então olho disfarçadamente para o relógio, é meia noite em ponto.

Todos correm para a mesa principal cantar parabéns, cantam empolgados, com um brilho incomum no olhar. Trina está feliz e é isso que importa, Malia não chora mais, Mark parece conformado, Mia nem sequer se lembra do irmão, o que julgo ser uma sorte grande.

Meia noite e dois.

Ainda bato palmas, Galileu canta comigo, assim como meus pais, sempre companheiros e compreensivos, me amando e me apoiando incondicionalmente.

Meia noite e três.

Ganho o primeiro pedaço de bolo, como Newt sempre fazia. Não era Trina, nem Mark e muito menos Malia. Era sempre eu quem ganhava a primeira fatia.

Maia noite e quatro.

Corro para o banheiro. Eu preciso chorar, caso contrário vou acabar explodindo. Tranco a porta e finalmente encontro a paz que preciso para deixar as primeiras lágrimas da noite escorrerem para fora dos meus olhos cansados. Choro de saudade, de amor, de medo, de tudo. Choro porque estou vivo e tenho uma vida boa, choro por não saber onde ele está, choro ao imaginar ele sofrendo, choro como um garotinho, o garotinho que tinha doze anos quando ele desapareceu.

Meia noite e cinco.

Hoje é dia dezesseis de Maio de dois mil e dezesseis, dia em que meu melhor amigo completa dezenove anos. 


Notas Finais


Anwt, Tommy, fica assim não meu amor! :(

Gostaram da family do Newt???
Próximo POV é dele!!!!! - GRITOOOOOOOOOOOOOOOOOOOS


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