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História Remember Me - Newtmas - Oceans


Escrita por: LadyNewt

Notas do Autor


L O S T F O L L O W E R S,

Acho que esse foi um dos capítulos que mais gostei de escrever aqui na fanfic.
Vcs vão entender o pq.

B o a L e i t u r a!

Link no final com música do capitulo

Capítulo 64 - Oceans


Fanfic / Fanfiction Remember Me - Newtmas - Oceans

Point of View of A.D.Janson

 

- MAS QUE PORRA!

Entro na minha nova suíte, selando com um baque ensurdecedor a porta atrás de mim, sigo direto para o bar, servindo-me de uma boa dose de Scoth para acalmar meus ânimos. Dou alguns goles, o líquido âmbar queima minha garganta logo cedo. Que se dane, eu mereço isso e até pelo que sei nem Papa inventou ainda uma lei sobre horários para se beber.

Esfrego com força minha mão no rosto, tentando desviar meus pensamentos de tudo, no entanto não consigo. Parece que tivemos uma reviravolta impressionante nas últimas vinte e quatro horas, não? Tranco o maxilar com uma força desacerbada, sendo capaz de partir ao meio meus próprios dentes tamanha a minha raiva. Meu punho livre comprime-se com vigor, desejando socar alguma coisa urgentemente.

- TODO MUNDO ESTÁ QUERENDO ME FODER, É ISSO?

Urro lançando o copo de vidro contra a parede, vendo a forma grosseira como ele se parte contra o concreto e seus cacos caem em mil pedaços, manchando meu piso com Whisky e vidro. Primeiro O’Brien acha que pode me vencer e me roubar, planejando uma fuga. Segundo que sou obrigado a me mudar do dia para a noite, dificultando as coisas para ele, porque eu sei que ele tentará vir atrás de Sugar novamente. E terceiro agora isso, Lemonade morta por causa do descontrole do merda do Jorge.

Passo a mão no telefone sobre a mesa leste do escritório, discando para Lydia.

- Sim, chefinho? – a cretina atende a chamada.

- Entre em contato com Jorge Esposito e cobre dele o valor integral de uma venda. – digo.

- Como é que é, não entendi senhor?

É claro que não entendeu, é uma anta!

- Eu quero que ligue para o filho de uma puta do Jorge e cobre pela vida da garota morta aí embaixo, sua mula. Ele vai pagar por isso.

- Ah, entendi, chefinho. Deixe comigo. – ela responde – Mas e se ele se negar a pagar?

- Se ele se negar? – devolvo a pergunta com a mesma pergunta – Peça para ele providenciar o próprio caixão e Lydia, tem mais uma coisinha. – chamo a atenção dela novamente – Peça para Derek e Parrish reforçarem a segurança da casa.

Finalizo a ligação na esperança que esse medíocre tenha entendido o que pedi. Volto a andar de um lado para o outro, ainda cheio de ódio dentro de mim, realmente puto pela forma como venho sendo tratado ultimamente, porém tudo desaparece ou ao menos fica enrustido por um tempo quando olho para minha cama e vejo quem está deitado nela.

Sugar.

O marco zero de 70% da minha raiva, no entanto o único capaz de me acalmar de uma forma avassaladora. Não sei se é seu rosto, não sei se é seu cheiro, não faço ideia se é seu corpo ou o jeito como ele tem medo, tudo que sei e entendo é que Newt exerce um poder sobre mim  e isso não é bom, pois sinto-me fraco e burro, permitindo que merdas como essas, sua fuga por exemplo, aconteçam.

Caminho arrastando meus pés pelo piso frio, livrando-me da minha camisa ainda suja de ontem a noite, jogo ela para o espaço, tirando em seguida meu sapato social e minhas meias, atingindo a cama trajando somente minha calça. Mordo os lábios para a cena do loirinho ainda apagado sobre meus lençóis, dormindo como um pequeno anjo a mais de doze horas. Segundo Derek a dosagem de Boa Noite Cinderela foi baixa, então logo mais terei meu preciso comigo, engolindo todo esse choque de realidade que ele mesmo procurou.

Aproveito e deito ao seu lado, tomando seu frágil corpo pra mim, Newt resmunga baixinho quando repouso sua cabelo no meu colo, mas no segundo em que começo a mexer em seus fios ele volta a dormir novamente, mantendo uma respiração calma e tranquila.

Posso passar o dia todo aqui com ele, brincando com seus cabelos loiros e trabalhando sua pele branquinha com minha língua, no entanto tenho muitas coisas para resolver, por isso permito-me desfrutar de mais alguns segundos com ele do meu lado antes de seguir para o pequeno escritório montado no quarto. Preciso de informações sobre O’Brien, seu paradeiro e quem está com ele nessa.

Estabeleço contato com alguns informantes espalhados pela cidade, procuro informações nos sites da cidade sobre o acidente de ontem e consigo finalmente falar com minha equipe que está em Sitka atrás da família dele e do meu loirinho.

- Então você quer dizer que eles simplesmente desapareceram? – procuro falar baixo, evitando que Sugar escute minha conversa caso acorde.

- Sim senhor, nem sinal deles aqui. Já hackeamos o sistema das companhias aéreas do aeroporto de Juneau, senhor, nenhum deles embarcou recentemente. – meu capanga informa.

- Procure no de Anchorage, quero todos eles mortos até o amanhecer, você ouviu? – ordeno bravo, enquanto observo o pequeno corpo de Newt remexer na cama, ensaiando uma acordada. – Preciso desligar. Faça logo o que pedi. – termino a ligação, cruzando os braços sobre a mesa de madeira.

O loirinho abre lentamente os olhos e franze a testa, como se estivesse pensando e processando onde está e o que aconteceu, conto mentalmente os segundos para ele dar um salto da cama, assustado com as possibilidades.

Um...

Newt espalma a mão para o lado, procurando pelo seu macho.

Dois...

Ouço um suspiro alto, daqueles que você sabe que dói até o peito quando respira fundo.

Três...

Leva suas mãos até a boca machucada, constatando que tem um corte na mesma. Isso é o estopim para ele passar a se lembrar das coisas da noite passada, até que...

Quatro...

Newt finalmente pula da cama, bem antes do que eu havia previsto, ele se senta, está ofegante e tem os olhos curiosos por todo o quarto parcialmente escuro, até se deparar comigo sentado do outro lado da mesa, sorrindo para ele.

- Primeiro dia, Sugar, levante e brilhe! – brinco com ele.

Seus olhinhos castanhos em milésimos de segundos estão carregados de lágrimas, tão típico dele que meu pau chega a latejar na calça. Levanto da minha cadeira, esse pequeno gesto faz com que ele estanque os movimentos na cama, assim como sua respiração, dou alguns passos na direção dele, a cada metro, Newt encolhe cada vez mais e mais o corpo na cama, morrendo de medo do que posso fazer com ele.

- Onde ele está?

Sua voz embargada preocupada com Thomas me choca, quer dizer, da onde esse garoto tirou coragem de uma hora para outra para perguntar sobre seu machinho, sendo que está cada vez mais encurralado por mim no quarto.

- Isso importa pra você? – lanço cada vez mais perto dele.

Meu precioso concorda com a cabeça e se concorda, significa que se importa com a porra do cretino do O’Brien e isso faz com que o sangue ferva dentro de mim, ascendendo o animal que estava dormindo. Não consigo me controlar, quando dou por mim já estou com o garoto aos meus pés choramingando alto, implorando para soltá-lo. Tenho seus cabelos firmes na minha mão, dando severos trancos em seu corpo, punindo ele por se importar com outra pessoa que não seja eu.

- Quer saber? Eu devia ter matado aquele babaca! – cuspo essa verdade na cara dele, içando seu corpo novamente para cima.

Capturo seu pescoço com minha mão áspera e grossa, giro nossos corpos pelo quarto até que choco seas costas contra a parede, prensando seu corpo com o meu. Seu rosto está avermelhado, ele luta incansavelmente para soltar-se de mim, mas nada do que fizer vai me afastar dele, não mais, não cairei novamente nos seus truques.

Rosno a centímetros da sua face, ele está tremendo e seu rosto lavado de lágrimas, rio alto antes de lamber primeiramente seu queixo instável e subir lentamente pela linha do maxilar, até atingir suas bochechas rosadas, limpando essa água descontrolada que brota dos seus olhos.

- Eu mando aqui, você sabe, você sempre soube... – sussurro conta seus lábios, soltando a pressão do pescoço.

Newt me olha exatamente como no dia em que chegou pra mim, anos atrás; seus olhos não contém brilho algum, são como um pedaço do oceano, profundo e escuro, onde somente o mais louco dos homens se arriscaria mergulhar. E eu sou louco o bastante para me jogar nele.

Travo seus movimentos apertando seus braços finos, esganando eles com toda a força da minha mão fechada, estou mantendo ele em rédeas curtas, é assim que será daqui pra frente. Caio de boca na sua, Newt desvia a cabeça, luta contra o curto espaço que tem a seu favor. Irritado, solto um dos seus braços e estapeio a sua cara, jogando-o com força de volta pra cama.

- Podemos fazer isso do jeito fácil, ou do jeito difícil, garoto. Qual deles você vai escolher?

 

 

Point of View of Newton Brodie- Sangster

 

Eu escolho um jeito onde não exista você. Será que isso é possível?

Ele me encara esperando uma resposta e embora eu deseje desesperadamente gritar tudo que está entalado na minha garganta, eu não consigo, porque só que vem a tona é Thomas. Thomas, Thomas, Thomas, sempre Thomas.

 

O que aconteceu com ele? Como ele está? Se ele vai desistir de me tirar daqui? Como tudo isso aconteceu? De que maneira vim parar aqui? Por que Janson me pegou de volta? Onde foi que me perdi?

Embora tenha estas duvidas e questões em mente, nenhuma delas terá uma respostas imediata, não enquanto Janson estiver sempre no comando, controlando novamente a minha vida.

- Fácil ou difícil? – eles questiona novamente subindo na cama, onde meu corpo está imóvel, em estado de choque, somente pensando nele, no dono do meu coração.

A questão nunca foi fácil ou difícil.

Tudo sempre foi difícil desde o dia em que fui afastado de todos. Sempre fui aquele quieto, o que respeitava as regras, não questionava nada, fazia tudo quer mandavam, permiti como um carneirinho que esses homens me guiassem para onde quisessem, fazendo da minha vida e do meu corpo algo vago, algo sem a menor importância e sentido, mas a partir do momento que Thomas surgiu, mostrando-me tudo que ainda sou capaz de fazer e viver e que sim, eu sou forte o suficiente para lutar e me defender, porque ele foi o único em dez anos que me amou de verdade, de dentro para fora e não apenas meu corpo, eu fiz a minha escolha.

- VAI SE FODER, SEU DESGRAÇADO!

Cuspo na cara dele quando o mesmo está bem próximo a mim. Isso o deixa desconcertado, sei que ele nunca esperaria este tipo de reação minha e enquanto ele limpa o rosto totalmente em choque, aproveito e chuto seu saco, derrubando seu corpo no chão.

Vamos combinar que nunca nada foi fácil aqui e isso também está longe de ser um conto de fadas com o lobo mau tentando conquistar a Chapeuzinho, mas essa é a porra da minha história e o meu destino e nele, mando eu.

Corro até a porta do quarto, tento destrancá-la, grito alto na esperança que alguém me escute, se é que Teresa e os outros estão aqui. Sou pego de surpresa pelo idiota, que bate com força minha testa contra a madeira, jogando com força meu corpo no chão. Quero chorar, mas não vou, ao invés disso vou me proteger, e é assim que acerto alguns tapas na sua cara escrota enquanto ele tenta a todo custo controlar as minhas mãos. Janson leva uma mordida no braço, suas pupilas dilatam selvagemente enquanto ele grita comigo.

- VOCÊ ACHA QUE PODE VENCER A MIM? VOCÊ REALMENTE ACHA?

Não sei da onde tiro forças conseguindo desprender um braço meu do seu controle, grudo ele na sua face e enfio meu polegar contra seu olho azul, desejando arrancar um pedaço dele. Aperto o globo ocular com força, Janson urra de dor, finco minha unha  e todas as outras na sua face.

Se vou apanhar, dessa vez vou bater também, babaca!

O corpo dele titubeia para trás, a deixa perfeita para correr até o banheiro e me trancar lá, ganhando um tempo para minha revanche. Isso é estúpido, eu sei, é como se ele fosse um serial killer e eu a mocinha indefesa e ao invés de tentar sobreviver saindo pela porta frontal da casa, eu subo as escadas e me tranco no armário, como se isso fosse salvar a minha vida.

Corro meus olhos pelo local em busca de algo para me proteger. Reviro gavetas e o armário abaixo da pia, Janson está de volta esmurrando a porta, tentando entrar, ouço mais uma voz no quarto, parece que nossa gritaria chamou a atenção de quem quer que seja. Tenho quase certeza que é Darek Hale e seus dois metros de altura prontos para derrubar essa porta.

- Mas é isso! – vibro ao encontrar algo debaixo da pia.

Tenho consciência que isso não vai salvar a minha vida, muito provavelmente eu perca ela após fazer o que pretendo fazer, mas não volto de jeito algum a servir de cadelinha para esses filhos da mãe. Capturo o frasco e o abro, posicionando-me na entrada do banheiro, o local ideal para o ataque. Um, dois, três chutes na porta e ela começa a rachar.

- COM O OMBRO, SEU IMBECIL! – escuto Janson dar a ordem ao capanga.

Muito astuto giro o trinco, liberando a entrada dele sem que desconfie e no segundo em que seu ombro se choca contra a porta abro a mesma, fazendo com que Hale caia de cara no chão. Pulo seu corpo imediatamente, dando de cara com BOSS me esperando do lado de fora, esse que recebe na cara uma rajada de água sanitária na face, fazendo ela queimar e ele engasgar e tossir em desespero.

Corro pelo quarto, do quarto para o corredor, do corredor novo e estranho para as escadas, até que dou de cara com todos os meus amigos me encarando, surpresos com minha aparição.

- TEMOS QUE FUGIR, NÓS TEMOS QUE FUGIR! – grito desesperado, sacudindo todos eles.

- Argh, segurem esse merdinha. – Argent ordena saindo de trás de um balcão.

Um baque forte atinge minha cabeça, fazendo-me girar e perder o eixo, Teresa grita, Minho pula nas costas de alguém, Nick enfia um soco contra não sei quem, Caçarola quebra algumas garrafas. É um pequeno caos que iniciei e que termina aqui, comigo estirado no chão, sentindo o sangue cálido escorrer pela minha testa. Derek monta sobre meu corpo, vejo Parrish derrubar Nick, Lydia e Ren puxam os cabelos de Teresa e Sonya, Moonlight parece que está socando Justin, mas é Argent quem termina o tumulto, dando um tiro para cima, acalmando todos.

- ELE. APAGADO. AGORA!

São as três palavras que Christopher Arget profere antes de Hale estancar os movimentos do meu braço, pronto para injetar algo em mim.

- QUE MERDA É ESSA? ME SOLTA! – ainda luto para tentar escapar dele, seu punho fechado acerta meu maxilar com raiva, tudo dentro de mim trepida com o baque forte, anestesiando meus movimentos.

Mesmo grogue consigo ver Argent com a arma apontada na direção dos meus amigos, alguns chorando, como Tess e Soso, outros tendo que ser sutilmente segurados como é o caso de Scott e Nick. Derek encontra minha veia e injeta o que quer que seja.

- Isso é o que garotos rebeldes como você merecem, Sugar. – Hale cospe na minha cara, mas estou tonto demais para processar o que ele fez e a maneira como me trata. – Você tem sorte... – sua voz fica cada vez mais e mais distante – Sorte que apesar de tudo, BOSS ainda queira você vivo e quando acordar, pode ter certeza de que estará fodido.

Outro soco explode contra minha face, causando pequenos pontinhos de luz entre a camada escura da minha vista. Eles dançam devagar, um ritmo lento, variam entre prata e amarelo ouro, vez ou outra alguns pequeninos raios passam correndo ao fechar os olhos.

Penso se devo fazer mais uma das minhas viagens, deixar logo de uma vez que a escuridão me tire daqui, mas não há nenhum lugar no mundo que eu deseje me enfiar em minha cabeça agora enquanto sinto Hale carregar meu corpo mole novamente para cima, tudo que penso traz Thomas O’Brien para mim.

Eu o quero.

Nada se compara a maneira como o desejo e como preciso dele.

Eu realmente gostaria de sentir só mais uma vez sua pele em contato com a minha, a maneira perfeita como elas se completam. Seus beijos delicados e protetores cuidando do meu corpo, reverenciando tudo que é seu.

Eu o quero, como nunca o quis antes.

Desejo poder roubar sua respiração e fazer seu coração parar só mais uma última vez, e sei que ele estará sorrindo de volta pra mim. Tommy sempre sorri de volta pra mim...

Mas agora não existe nada além de um oceano entre ele e eu.

Thomas sabe que prefiro me afogar do que continuar nessa vida sozinho.

BOSS mais uma vez está me puxando para baixo, e por mais que eu resista, há um imenso oceano agora entre eu e ele, entre Tommy e Newt.

Embora esteja me afogando, eu o quero.

Eu sempre vou quere-lo.

“Parece que há oceanos,

Entre você e eu novamente”. 

 


Notas Finais


LINK: https://youtu.be/aqsL0QQaSP4

AMO ESSA MÚSICA
ACHO QUE ELA RESUME BEM OS SENTIMENTOS CAPÍTULO


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