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História Remember Me - Newtmas - Action - part III


Escrita por: LadyNewt

Notas do Autor


L O S T F O L L O W E R S,

Seguinte: esse é o penúltimo capítulo.
Vou deixar para postar o último na próxima sexta (23/06) e o epílogo no sábado (24/06), juntamente com o último trailer da fic.
É importante que vejam esse trailer, pois nele irão encontrar o destino de todas as personagens que sobraram na história.

B o a L e i t u r a E até sexta!
LadyNewt

Capítulo 78 - Action - part III


Fanfic / Fanfiction Remember Me - Newtmas - Action - part III

Point of View of Thomas O’Brien

 

Uma cotovelada.

Foi o que bastou para tentar inverter esse jogo e conseguir alguma vantagem nessa loucura que degringolou graças ao maldito que está urrando de dor, com as mãos no nariz, provavelmente desejando apreciar a minha cabeça em uma bandeja.

Não tenho muito tempo para pensar nisso, minha única reação é voar sobre o corpo de Newt antes que ele seja atingido por alguma bala perdida no meio dessa troca de tiros que acabei de iniciar. Derrubo o corpo franzino dele no piso repleto de cacos, protegendo principalmente sua cabeça. Abraço ele com tanta força, que sou capaz de parti-lo ao meio. Newt não protesta, o pequeno apenas amolece o corpo e enterra seu rosto contra meu peito, apertando os braços em torno da minha cintura.

Disparos passam a ecoar por todo o local, quebrando, destruindo e atingindo quem ou o que quer que cruze o rastro da bala. Ergo meu olhar até onde Matthew está, procurando uma saída para aquilo. Consigo vê-lo pedindo cobertura para Nick, que volta sua arma contra Janson e Parrish.

- Precisamos sair daqui... – digo contra o ouvido dele, arrastando nossos corpos pelo chão.

Newt balança lentamente a cabeça e se move com dificuldade, mas em momento algum solta meu corpo, como se fosse uma criança segurando seu doce preferido. Tudo acontece muito rápido, tiros e mais tiros voam para todos os lados, as luzes da sala piscam sem parar e do nada cessam por total ao serem atingidas pelos disparos.  Um corpo atinge o chão bem ao nosso lado no instante em que conseguimos nos abrigar atrás de um sofá caído no meio do caos. O loirinho leva a mãos até os lábios, segurando um grito ao notar que um de seus amigos está caído no chão.

- Tommy, é o Nick, me ajude a tirá-lo daqui, por favor. – Newt implora com seus lindos olhos castanhos, não tenho como negar.

Estico meu braço capturando a perna do moreno. A primeira coisa que faço é checar seu pulso, que graças Deus ainda tem sinal, mesmo que fraco.

- Onde ele foi atingido? – Newt questiona tateando o corpo de Nick.

Deixo meu queixo cair ao notar um tiro na cabeça do garoto, depurando sangue pelo pequeno orifício.

- Newt, temos que tirar você daqui. – peço desesperado, tocando o rosto do loirinho.

- Onde ele foi atingido, Tommy? – ele ainda insiste em saber a verdade.

- Isso não importa, Newt.

- Importa sim! – devolve choroso e cheio de força – Essas pessoas são a minha família! Vamos dar um jeito de tirá-las daqui!

Nossos corpos tremem após um forte barulho atingir a área próxima a cozinha, muita fumaça saí daquela área, transformando tudo em chamas. Newt e eu notamos o corpo de Aris em meio ao fogo, ardendo e queimando junto com as chamas. Seus gritos de desespero vão sessando aos poucos, conforme seu corpo é tomado pelas labaredas e ele tomba no chão, morto.

- Tente tirar Nick daqui, estamos mais próximos a saída! – peço a Newt.

- Mas e você? – diz temeroso, tem o olhar perdido e está totalmente com medo.

- Eu vou tirar seus amigos de lá, eu prometo para você! Nick precisa da sua ajuda, se ele não for para o hospital agora, ele vai morrer.

Recebo um aceno firme de cabeça do meu garotinho, no entanto antes de arrastar Nick para fora, Newt segura meu queixo com seu polegar e deixa um beijo calmo sobre meus lábios. É como se todos os gritos, tiros e barulhos ensurdecedores tivessem acabado repentinamente. Parece que só existe meu Pudim e eu no mundo, duas vidas, um só coração.

- Eu te amo. – paro o beijo, deixando claro a verdade suprema da minha vida.

- Eu te amo mais, sempre amei mais. – sibila piscando, me abraçando com força, sendo capaz de me sufocar com seus bracinhos fracos.

- Hey, calma. – peço – Parece que nunca mais vai me ver! É melhor você ir agora.

Quebro o abraço e qualquer clima de despedida que possa nos afetar. Precisamos nos manter fortes e seguros, só assim conseguiremos vencer esta guerra. Newt se afasta de mim com pesar, mas decidido a salvar a vida de Nick. Acompanho seu corpo arrastando o garoto pela perna, fazendo a cobertura da ação e impedindo que Janson, Argent ou qualquer outro filho da mãe tente acabar com nossa missão.

 

 

Point of View of Newton Brodie- Sangster

 

Uso toda minha força para puxar Nick até a saída, seu corpo é pesado e mil vezes mais forte que o meu. Agora que estou ganhando a claridade da rua, consigo ver a gravidade da situação.

Lollipop tem um tiro na cabeça e noto sua respiração bem escassa próxima à região do pescoço. Arrasto nós dois para fora, onde dou de cara com Scott, Kira e Jackson. Os três correm até nós.

- Vocês precisam levá-lo até o hospital! – digo ofegante.

Jackson toma o corpo do garoto em seus braços e corre até um dos carros de fuga.

- Mas e você e os outros? – Scott diz preocupado.

- Tire as meninas daqui, Scott, por favor. Siga com eles até o hospital, nós daremos um jeito de escapar daqui. – volvo rapidamente.

Neste instante escuto sirenes de polícia por todos os cantos, aparentemente nosso pequeno caos no Maison chamou a atenção das autoridades.

- Entrei em contato com a Embaixada Americana. – Kira informa – Eles devem ter tomado as providências. Tome, segure isso. – ela me entrega uma arma nova – Vai precisar usá-la mais do que eu. Vamos pessoal, vamos levar esse garoto ao hospital. – ela quase grita, dando o comendo para partirem. – Não se preocupe, Poulter está armado no outro furgão esperando vocês. Bos sorte, Newt, nos vemos no hospital! - diz otimista, correndo na direção dos meus amigos.

Ainda dou um último tchau quando a van passa apressada por mim, levando não apenas Nick, mas minha querida Sonya e também Harriet e Moonlight. Não tenho nem tempo de respirar fundo, giro com fúria meus calcanhares no chão e encaro a grande porta de entrada ao caos. Ele me aguarda lá dentro e é para lá que meus pés se movem, dispostos agora a encontrar O’Brien.

Conforme entro rastejando, o barulho dos tiros ainda continua, ficam cada vez mais altos a medida que me embrenho no local parcialmente escuro. O forte cheiro de queimado invade minhas narinas, fazendo-me tossir, mas sei que o chão ainda é o local ideal para me manter em um incêndio, pois o Co2 da fumaça concentra-se na parte de cima, deixando o oxigênio um pouco mais puro aqui embaixo, sendo uma das coisas que ainda me lembro das aulas de Ciências em Sitka.

Ao me esfregar pelo chão esbarro em algo, percebo que é uma pessoa e ao virar esse corpo seguro meu grito de comemoração ao perceber que trata-se de Justin e o peito cravejado de balas, mortinho da Silva. Não sei quem foi o filho da mãe que fez isso, mas ele merece meu eterno parabéns pelo feito.

Deixo o cretino morto para trás e continuo a me arrastar pelo chão, agora topando com Minho e Caçarola fugindo agachados de alguns disparos na nossa direção. Isso faz com que eu perceba que nesse curto espaço de tempo em que fiquei fora para levar Nick, o ambiente tomou uma nova configuração lá dentro.

- Onde estão os outros? – pergunto confuso, notando vários cortes em seus rostos e resquícios de sangue para todos os lados.

- Ainda estão lá dentro, lutando. – Darden responde minha pergunta.

- E Thomas?

- Ficou para trás para ajudar Teresa, junto com Matt. – os dois respondem ao mesmo tempo em que um disparo quase atinge as costas de Minho.

Como reflexo ergo minha arma e atiro a esmo para o breu, pois sei que um tiro pelas costas não é fogo amigo. Assim que efetuo 3 disparos um baque surdo nos atinge, mostrando o corpo de Parrish agonizando no chão. Minho engatinha até ele.

- Eu devia ficar com dó de você, mas sabe o que eu tenho? – o asiático pergunta segurando o rosto ensanguentado do capanga, que engasga no próprio sangue.

Caçarola retira a arma do homem, jogando-a para longe. Minho prossegue.

- Eu tenho nojo, mas sou muito bonzinho ainda e tenho um coração puro, coisa que vocês nunca iam conseguir mudar em mim, por isso terei compaixão suficiente para acabar com a sua vida, seu animal.

As pupilas de Parrish dilatam e sem pestanejar Minho termina com o sofrimento do miserável com um tiro na cabeça, terminando assim com a vida dele.

- Vejo vocês dois lá fora. – sibilo engolindo meu enjoo com a cena do babaca morto ao meu lado.

Minho e Dexter ficam para trás enquanto eu me arrasto cada vez mais para dentro do bar a procura de Thomas. Ao espalmar minhas mãos pelo piso sinto diversos cacos de vidro que cortam minha palma, além de uma leve ardência nos cortes devido a quantidade de álcool das bebidas estilhaçadas pelo solo, mas eu não ligo contanto que encontre meu Tommy.

Uma mão grossa gruda com violência contra meus cabelos, erguendo meu corpo para cima. Não preciso ser inteligente para saber quem é, só pelo jeito como iça e rosna contra meu ouvido sei que trata-se de Janson.

- Olá, pequeno Sugar! – volve ele contra meu ouvido, colocando meu corpo na frente do seu – Você será minha passagem para fora desse inferno. – comemora me aprisionando entre seus braços.

No mesmo instante os tiros sessam, posso ouvir Matt gritar algo para onde quer que Thomas esteja, avisando que BOSS está comigo e que precisam agir com cautela.

- ENFIEM A CAUTELA NO MEIO DOS SEUS CUS! – lógico que a grosseria vem do cretino atrás de mim. – SE THOMAS NÃO APARECER AGORA, EU JURO QUE ENFIO UMA BALA NO MEIO DA CABEÇA DESSE GAROTO! – ameaça – EU ESTOU FALANDO SÉRIO! APAREÇA, O’BRIEN!

Meu peito pulsa com afinco com as infinitas possibilidades que podem acontecer agora. Janson pode estar blefando, Janson pode mesmo enfiar uma bala em mim, Janson pode enfiar uma bala em mim e em O’Brien, Janson pode fazer qualquer coisa, pois se tratando de BOSS, tudo é possível.

Para meu desespero Tommy ergue lentamente seu corpo atrás do bar, tem as mãos na cabeça e me encara com medo e compaixão, posso sentir toda a tensão em seus olhos marejados, fitando intensamente somente a mim.

- Solte ele, Janson. Isso não precisa terminar assim. – Thomas pede um pouco ofegante – Olhe para sua volta! Está tudo acabado. Acabou, Janson. – seu tom é suave, tentando fazer com que o carrasco internalize a derrota.

- NÃO! – BOSS grita contra meu ouvido, me apertando com força.

- Por favor, Janson, solte ele!

Minhas esferas castanhas custam a acreditar na cena de Teresa saindo de trás do bar, bem ao lado do meu moreno, pedindo para Janson me soltar. Igualmente a Thomas, ela tem as mãos na cabeça, em sinal de paz. Meus olhos rapidamente procuram por Matt. Encontro o moreno posicionado estrategicamente próximo a sala VIP, mantendo o cano da sua arma diretamente em Argent, embora eu preferisse que ele estivesse mirando Janson.

- Vocês acharam mesmo que podiam me vencer? – o cretino indaga, esfregando o cano duro da arma contra a minha cabeça.

- Você não é dono dessas pessoas, Janson. Você destruiu muitas famílias, já. Está na hora de alguém colocar um limite em você. – Thomas sibila sem mover um centímetro sequer.

- HAHAHAHAHAHAHA! – o malvado ri, apertando meu corpo – E QUEM VAI ME COLOCAR LIMITE? UM MERDINHA MIMADO E APAIXONADO COMO VOCÊ, O’BRIEN? FAÇA-ME O FAVOR, NUNCA VI PESSOA TÃO ESTÚPIDA EM TODA A MINHA VIDA! VOCÊ FODEU COM MEUS NEGÓCIOS, VOCÊ TENTOU FODER A MINHA VIDA E AGORA... EU VOU FODER COM VOCÊ!

- Janson, não... – murmuro quando BOSS tira o cano da arma da minha cabeça e mira em Thomas e Tess, descarregando a maldita sobre as pessoas que amo.

Tudo acontece muito rápido.

Estilhaços eclodem para todos os cantos, garrafas de bebida explodem contra o balcão e vazam sobre o piso, a estrutura de madeira fica cravejada de tiros e os espelhos do bar partem em mil pedaços a cada bala que o imbecil dispara contra os dois. Não vejo Thomas, muito menos Tess e isso me deixa apavorado.

Tusso e choro, ainda preso nos braços de Janson, sendo obrigado a encarar de frente a loucura dele estampada na minha cara. Matt revidou, percebo o corpo de Argent caído, com um tiro no peito.

- Viu como se faz as coisas por aqui, Sugar? – questiona Janson, lambendo minha orelha.

Sinto nojo, mas não mais do que dor.

Tudo fica no mais absoluto silêncio, me punindo lentamente com a incerteza de que Thomas e Tess ainda estariam vivos. Se há alguma chance disse acontecer, ela escapa das minhas mãos a cada segundo que passa e nada vejo além do bar cravejado de tiros.

Subitamente meu corpo é jogado contra o chão. Sobre mim tenho ninguém menos que o demônio tentando me sufocar. Janson aperta seus longos dedos pelo meu pescoço, estancando todo e qualquer ar que busco freneticamente com golfadas violentas de ar, lutando pela minha vida.

- Eu vou matar você, seu filho da mãe. – Janson afirma ao me sufocar.

Debato meu corpo abaixo do seu, tento agarrar seus pulsos e fincar minhas unhas, eu realmente brigando pela minha única chance de sair desse inferno. Já com a vista turva e minha respiração cessando, tombo minha cabeça para trás, buscando o bar. Tudo que eu mais queria era ver Thomas uma última vez e dizer o quanto eu o amo e o quanto tudo que ele fez por mim e pelos meus amigos foi o maior ato de altruísmo e coragem que já presenciei na vida.

E eu finalmente o vejo.

Embaçado, mas vejo.

Não só ele, como Tess também.

Os dois estão lado a lado atrás do bar, corpos erguidos, rostos cansados.

Tommy me fita sério, talvez com um minúsculo sorriso nos lábios e direciona seus olhos castanhos marejados para a esquerda. Faço o mesmo a tempo de ver Matt voando na minha direção, antes de apagar totalmente no chão sujo de sangue.


Notas Finais


...


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