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História Remember Me - Newtmas - Located


Escrita por: LadyNewt

Notas do Autor


L O S T F O L L O W E R S

Tadinho do Newtie no chapter passado...
Mas fé que vai dar tudo certo!

Bora lá sentir mais raiva do BOSSta (amei esse apelido que vcs criaram!!!).
Hm, vários followers novos ontem!!! Obrigada lindezas!!! Amando vcs aqui! :)

B o a L e i t u r a!
LadyNewt!

ps: prometo que assim que tiver um tempo respondo todos os comentários do chapter passado.

Capítulo 9 - Located


Fanfic / Fanfiction Remember Me - Newtmas - Located

 

Point of View of Newton Brodie-Sangster

 

Após levar mais uma surra de Derek dentro do quarto de BOSS, aguardo paciente, tendo meu corpo encolhido contra a parede oeste do quarto majestoso desse filho de uma puta. Meu rosto está dormente, assim como uma parte das minhas costelas e acho que quebrei um dedo, ao menos é isso que a dor e o roxo dele gritam para mim.

Não demora muito e o cretino do chefe surge no local, ostentando um olhar diabólico na minha direção. Manda seu capanga embora, sela a porta atrás dele e caminha até onde estou a passos lentos, me torturando apenas com um simples caminhar.

A cada passo seu, recuo ainda mais contra a parede. Parece que BOSS adora e aprecia o poder que exerce sobre cada um de nós, especialmente sobre mim.

- Está com medo, Sugar? – sibila ardiloso, agachando até onde estou. Ergue meu queixo, obrigando-me a encará-lo face a face.

Concordo com a cabeça.

- Sabe, devia ter pensado melhor antes de ter feito o que fez, tentar fugir de mim, logo de mim? Sou a pessoa que mais quer seu bem aqui, garoto, até porque você é minha fonte de renda mais preciosa no meio disso tudo. – sussurra contra minha orelha, lambendo a mesma.

Eu serro os dentes, travando-os na mandíbula. Sinto uma imensa vontade de chorar, mas não darei esse gostinho a Janson. Não hoje, não aqui, não do jeito que eu sei que ele quer.

- Você sabe o que acontece com quem tanta fugir? Eles morrem. – o próprio responde a pergunta – Você quer morrer, Newton? Está afim de bater um papo sério com o diabo, porque convenhamos, eu, você e todos os seus amiguinhos vamos direto para lá, não é mesmo? – sinto sua mão febril subindo até minha coxa, meu corpo todo treme. Ele inclina seu rosto até o meu, parando sua boca a centímetros dos meus lábios.

Sinto cada partícula do meu corpo ruir com o hálito desse monstro tocando a minha pele. Seu cheiro me deixa enjoado e faz com que eu sinta nojo de mim mesmo por estar tão próximo assim dele. De repente sua outra mão toca meu rosto machucado, BOSS desliza os dedos grossos pela minha pele, indo diretamente para a minha nuca.

- EU PERGUNTEI SE VOCÊ QUER MORRER, SUGAR?- grita ele puxando todos os fios de cabelo presentes ali, machucando-me ainda mais.

- Não, BOSS, eu não quero. – falo pela primeira vez depois da surra.

Minha voz falha, talvez porque todos os dentes da minha boca estejam moles, ou porque Derek me estrangulou tão forte que nem sei como ainda estou respirando. Ainda sinto as mãos dele no meu pescoço, rindo da maldade.

- Muito bem, Sugar. – ele solta minha nuca e brinca com meus lábios, tirando uma pequena quantidade de sangue dos mesmo.

Janson analisa aquilo, suspirando teatralmente.

- Você combina com vermelho... Fica extremamente excitante. Não é a toa que seus clientes adorem dar uma surra em você! – joga na minha cara a verdade nua e crua que tanto me fere. – Eu adoraria dar uma surra em você, Newt... – sibila quase gozando nos meus lábios – Mas hoje você merece algo divertido...

Janson levanta num solavanco sorrindo como o diabo e faz um sinal para Derek entrar no quarto.

- Pois não, BOSS? – o capanga ordinário mostra-se todo solicito.

Derek vendeu sua alma para o capeta no instante em que aceitou fazer parte de tudo isso, só que do lado errado da coisa. Assim como eu, Teresa, Brenda, Minho e os outros, Derek também foi sequestrado quando pequeno. Enxergando o potencial do cara de quase dois metros de altura, o porte atlético dele e a obediência e devoção que sempre demonstrou, BOSS ofereceu um cargo de confiança ao cara que parece não querer nunca mais voltar para casa, afinal, pelas contas aqui parece que faz 25 anos que ele está em poder da organização.

O mesmo aconteceu com Benjamin Sheffield. Eles tecnicamente tem regalias, podem sair, tem comida e casa, bem melhores do que onde nós dormimos. A diferença é que Ben ainda é gente boa, sempre encontra uma brecha para nos entregar comida a mais, protege as meninas quando consegue, ou arranja na surdina medicamentos quando estamos doentes. Já Derek não, esse virou um garoto perdido para sempre.

Não sei o que se passa na cabeça deles para aceitar esse tipo de coisa, mas se algum dia BOSS fizer uma proposta indecorosa como essa para mim, a resposta que tenho na ponta da língua será: “Eu prefiro morrer do que servir a você para o resto da minha vida!”.

- Leve Sugar para um pequeno passeio na câmara frigorífica. – Janson sorri de lado, dando sua sentença preocupante – Não esqueça de deixa-lo nu, quem sabe assim ele aprenda quando estiver à três graus negativos o quanto eu ainda mando nessa porra!

- Sim, chefe. – Hale avança na minha direção.

Sou arrastado para fora do quarto, Derek me carrega com pressa pelo corredor, ignorando os olhares de Sonya e Aris. Ao chegar na cozinha Caçarola pula e assusta com o movimento pelo local.

- Se eu pegar você ajudando esse garoto, eu corto seu saco fora! – Derek ameaça o menino ao retirar minhas roupas, trancando-me dentro da câmara fria do frigorífico do bordel, como se eu fosse um pedaço de carne de boi.

Nele, apenas uma fraca luz alaranjada me faz companhia, além de imensas prateleiras de ferro com alguns alimentos. Sei que preciso aquecer meu corpo antes que entre em estado de hipotermia e morra. Thomas O´Brien me vem a cabeça. Não foram as aulas de ciências que me ensinaram sobre choque térmico e queda de temperatura corporal, foi meu melhor amigo durante uma tarde no inverno rigoroso de Sitka.

Brincávamos perto do lago da sua casa quando minha bola escorregou até a água. Sabíamos do perigo de andar sobre a fina camada de gelo recém formada sobre o lago, porém eu queria muito pegar a minha bola de futebol e arrisquei caminhar devagar até meu brinquedo. Lógico que o gelo não suportou meu peso e despenquei dentro do lago congelante. Em segundos Thomas armou uma operação resgate, retirando a corda que prendia o barco do seu pai na marina e amarrou a mesma em seu quadril, pedindo que Malia amarasse a outra extremidade na árvore.

Tommy foi rastejando até onde eu tentava nadar e manter-me à tona, até que retirou meu corpo quase imóvel em seus braços. Foi aí que ele me ensinou sobre hipotermia, retirando minhas roupas e aquecendo meu corpo com o calor do seu e o da minha irmã.

Por isso analiso rapidamente as prateleiras, ignorando meu queixo batendo de frio. Procuro por algo que possa servir de abrigo, proteção para que aguente o tempo que for necessário. BOSS não será maluco de me deixar aqui. Eu espero.

Encontro alguns caixotes com frutas dentro, frutas que Caçarola usa para preparar drinks aos nojentos que aqui frequentam. As frutas estão enroladas em jornais velhos, alguns mostram a data, outros contém palavras que não consigo ler, mas nenhum deles diz de onde vem aquelas notícias, sem me dar uma pista de onde estou. Janson é tão espeto que, se não arrancou a data, fez questão de rabiscar todas as folhas que continham algo importante.

Retiro as folhas e passo a cobrir meu corpo, permaneço encolhido em um canto, sentado sobre uma caixa de madeira. Tenho então a brilhante ideia de construir um iglu com as caixas, tentar frear o ar gelado que sai do enorme refrigerador. Monto meu abrigo o mais longe possível da rajada de ar frio, empilho caixas e mais caixas, tentando preservar minha vida.

Parece que meu corpo está estável, ao menos parei de bater o queixo e meus dedos da mão não estão roxos, exceto o que eu quebrei. Decido que agora é hora de colocá-lo no lugar. Mordo meu braço esquerdo quando forço o osso para o lugar, urrando de dor.

- Filho de uma mula! – enfio um soco na parede atrás de mim, desejando que aquela fosse a cara de Janson.

Força, Newt, você vai sair dessa!

 

 

Point of View of Thomas O´Brien

 

Nem preciso dizer que nenhum de nós pregou o olho a noite toda. Ficamos horas na delegacia, vendo literalmente o sol nascer quadrado entre as grades da sala do xerife Stilinski. Combinamos por hora de não revelar nada aos meus pais e muito menos ao Sr. e Sra. Sangster.

Precisamos elaborar um plano a partir do momento em que Kira conseguir a localização da chamada de Newt para minha casa.

Céus, Newt lembrou o número da minha casa! Como isso é possível?

Gally tentou tirar um cochilo, mas já é por volta do meio dia, temos que seguir para a continuação da festa de Newt. Meu amigo parece mais animado com o fato de Malia ter baixado a guarda e estar mais calminha com relação a ele. Como eu disse, teremos casamento em breve, pode apostar!

Ao chegar na casa dos Sangster, um novo aperto consome meu coração. Encarar Trina sem dizer que ouvi a voz do seu filho durante a madruga é a maior prova de fogo que já passei em anos. Tenho vontade de abraça-la, garantir que o pequeno ficará bem, porém preciso manter minha parte no trato.

Após um almoço delicioso ao qual eu nem relei o dedo, muito menos Malia, Mia, Adam ou Gally, seguimos para a praia dar continuidade a gincana. Equipes são formadas para as provas de corrida no saco, corrida da batata, carrinho de mão e outras coisas que eu bem acharia engraçado se não estivesse com a cabeça na lua, ou melhor dizendo, com a cabeça em Newt.

- A Kira está demorando com a informação. – murmuro irritado para Malia, que está na minha equipe na prova de cabo de guerra.

- Logo ela aparece, Tom, tente parecer menos encanado. Sua mãe não para de olhar para cá.

Fito Meredith na equipe oposta, interessada na nossa conversa. Como disse, mamãe é foda e me conhece como ninguém.

- E se ele estiver em apuros? – sussurro pelo ombro para a loira atrás de mim.

- Tom, Newt sobreviveu dez anos na mão de uma quadrilha que trafica pessoas. Não se preocupe com isso, acho que meu irmãozinho sabe se cuidar. – responde ela, fazendo força ao sinal do início da prova.

Nossa equipe perde novamente e pelos meus cálculo, Galileu deve ser coroado o novo rei da gincana mais tarde, pois o desgraçado deu conta de vencer todas as provas. Para ele é fácil, afinal, não conhece Newt como eu, como Malia.

- Você já foi melhor, filho! – meu pai tira uma com a minha cara ao pegar uma água na estrutura montada na orla para receber os convidados do aniversário. – Parece com a cabeça distante, sua mãe anda preocupada e você sabe, né? Quando Mer acha isso, ela tem razão.

- Não foi nada de mais, pai. – minto entornando uma boa dose de água. – Estou apenas pensando nas provas finais e no exame da ordem.

- Você é um bom aluno, Tom, nunca pegou exame ou recuperação. Não se preocupe com isso e não leve a vida tão a sério. Procure curtir esses dias, ok? Vou dizer para sua mãe que você engravidou um garoto em Boston. Quero ver a cara dela! – ele brinca e corre até mamãe, dando a notícia de que serão avós em breve.

- Hey, man. – Gally me chama de canto. – Kira mandou uma mensagem para Malia. Temos que nos encontrar no píer em vinte minutos.

Meus olhos brilham com a novidade, brilham tanto que corro com meu amigo para o local do encontro e sem querer esbarro com a minha mãe, que sorri ainda afetada com a mentira descarada do meu pai.

Minutos depois estamos esperando por Kira no píer, todos bem agitados e ansiosos com a novidade. A morena aparece caminhando com o homem estranho, talvez o tal carinha que nos ajudou a conseguir a informação. Após uma rápida apresentação, confirmo minhas suspeitas, esse é sim o garoto que a ajudou, Jackson.

- Bom, segundo Jackson, temos informações conflitantes. – Kira começa seu discurso.

- Como assim, amiga? – Malia nos encara preocupada.

- Newt ligou de um celular de um tal de Gerard Buttler, britânico, morador de Londres.

- Então ele está em London, babe? – Mia exclama alegre.

- Não, pequena. O sinal que Jackson rasteou vem de outro lugar da Europa. – devolve Kira.

- E onde o inferno seria? – quem questiona é meu amigo Gally, sempre cheio de humor negro desnecessário.

- Kiev, Ucrânia. – Jackson afirma.

- UCRÂNIA?

Adam, Mia, Malia, Galileu e eu gritamos ao mesmo tempo, trocando olhares carregados de desesperança, mas prometi a mim mesmo que nada disso iria me afetar, nada disso é maior do que Newt. Eu vou trazê-lo de volta, não vou?

- Okay... – suspiro pesadamente – Quem aqui tem passaporte para fazer uma pequena viagem a Europa? – lanço no ar.

- Thomas, você não...? – Malia faz um sinal negativo com a cabeça, sem acreditar no que pretendo e vou fazer.

- Ah, futura Sra. Poulter, Thomas sim. Thomas O´Brien vai para a Ucrânia trazer esse menino nem que seja pelos cabelos! – Gally responde por mim.

- Isso é perigoso, Tom. – Kira intervém – Não é uma brincadeira de criança, essas caras podem matar você, esses caras podem acabar com toda sua família se quiserem.

- Eu não estou nem ai, Kira, sério mesmo. – afirmo minha decisão. – Essa é a primeira pista concreta que temos do desaparecimento do Newt em anos. Não vou simplesmente deixar tudo para trás, eu não posso fingir que nada está acontecendo. Eu não sou assim.

- Aquariano! – Gally dá de ombros.

- Então? – olho nos olhos de Adam, depois Mia, procuro o apoio nos de Malia e por fim fito Jackson, Kira e Poulter. – Vocês estão ou não estão comigo nessa? – pergunto estendendo minha mão ao centro da nossa roda.

- Sempre. – Malia é a primeira a não me deixar no vácuo, segurando com força meu punho.

- Idem! – Adam junta-se a nós, agarrando minha mão.

- Dane-se Juliard! – Mia sorri, agregando mais uma mão ao centro da roda. – Quero meu irmão de volta!

- Posso perder meu emprego, mas prefiro o Nobel da paz. – Kira dá de ombros e aceita que dói menos.

- Vocês nem me conhecem, mas vão precisar de mim, então sim, quero fazer parte dessa loucura com todo meu conhecimento e tecnica. – a mão pesada de Jackson segura firme nosso squad.

Falta ainda uma pessoa. Galileu olha para o céu, depois fita o oceano, franze a testa e coça sua enorme testa, resmungando:

- Zero chance de sucesso, zero chance de sair vivo, Malia talvez case comigo, eu posso pegar gosto por explodir coisas, falo alemão, vamos para a Europa... É... Acho que posso juntar-me a vocês com toda certeza! – diz rindo, fechado o mão sobre todas as outras firmando nosso grupo de resgate.

Posso ouvir Queen gritando na voz de Freddie Mercury o refrão que mais gosto da banda, fazendo a trilha sonora do momento enquanto fogos de artifício explodem na minha imaginação fértil:

“On, and on, and on, and oooooooooonnnnn,

We are the champions, my friends

Dan Dan dannnn daaaannnn,

And we’ll keep on fighting till the end,

Dan Dan dannnn daaaannnn,

We are the champions!

We are the champions!

No time for losers,

Cause we are the champions...

OF THE WOOOOOOOORRRRRRLD!”

 

- Tá, mas sério, precisamos de um plano, né? Você tem um plano, certo Thomas? – Poulter me faz voltar para a realidade, onde não tenho um plano. – Certo? Um plano? Não? Sim? Talvez? Hellllooou? – questiona sem respirar e só recebe um imenso vácuo da minha pessoa perdida.

- Claro que não, estamos falando de Thomas O´Brien, ele nunca tem um plano! – Malia revira os olhos, mordendo os lábios antes de cair na gargalhada.

- Tamo tudo morto... – Jackson dá as costas, levando as mãos a cabeça. 


Notas Finais


- Uh... Kiev...
- Jackson sendo bom em todos os sentidos, não é mesmo? he he he
- Thomas sem plano, como sempre!
- Newt Magaiver do Iglú...
- Newtmas cada vez mais real! UHUUUULLLLL


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