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História Remember Me - Noivado


Escrita por: Helpyou

Notas do Autor


— Pra deixar claro só estou postando esse capítulo tão rápido pois o anterior havia sido escrito ontem a tarde e como eu fiquei sem internet e não pude postá-lo no mesmo dia, postei nessa manhã e este eu já estava escrevendo o começo.

Não posso afirmar que a essa fanfic acabe no próximo capítulo, ainda mantenho a dúvida de que ela terá quatro ao total.

Capítulo 2 - Noivado


Remember Me.

Capítulo Dois.

Noivado.

"Das lembranças que gosto de ter, e as trago em minha vida, você é uma saudade que gosto de lembrar..."

Meu corpo relaxou quando entrou em contato com a água quente, suspirei adorando aquela sensação e sentindo que poderia deitar logo depois desse banho e dormir para sempre, eu gostaria de fazer isso, fugir um pouco de toda aquela realidade que me assolava, nunca fui daquele tipo de adolescente que reclamava de tudo e vivia dizendo que queria ser criança novamente, eu queria mesmo era ser adulto, ter meu emprego, minha casa, uma pessoa que eu gostasse ao meu lado e meus amigos do tempo de escola por perto.

E eu tive tudo isso até certo tempo, mas acabei perdendo o privilégio do pacote perfeito quando a pessoa que eu gostava se esqueceu de mim, um amor unilateral era doloroso, mesmo sabendo que a qualquer momento ele fosse lembrar de mim e de tudo, ainda assim era doloroso, porque tinha a pequena porcentagem dele não se lembrar.

Era naqueles momentos desde seis meses atrás que eu desejava ter reclamado de não querer crescer; Yoongi reclamou de não querer crescer para poder dormir mais, sua vida estava boa; Hoseok reclamou de não querer crescer para poder entrar na piscina de bolinhas, sua vida estava boa; Taehyung reclamou de não querer crescer para poder tomar banho pelado de mangueira, sua vida estava boa; Jin reclamou de não querer crescer para poder comer o quanto quisesse sem o olharem torto, sua vida estava ótima; Namjoon reclamou de não querer crescer para poder quebrar as coisas sem ser repreendido, sua vida estava ótima.

Mas eu me esquecia que Jungkook também era amigo deles e eles também sofriam pelo estado que o mais novo de nós se encontrava, assim como se preocupavam com meu estado, eu era meio egoísta em alguns momentos, mas não poderia evitar, estava com a mente cheia, preocupado demais com meu noivo para focar nos sentimentos dos outros, e isso era horrível, eu sei, mas meus amigos me entendiam, eles sabiam o quanto minha cabeça estava cheia, tinham noção que eu não poderia me preocupar muito com eles sendo que estava em uma situação mais delicada. Eu gostaria de me preocupar, mas não conseguia.

Aliás, Jungkook também reclamou de não querer crescer para poder se divertir com qualquer coisa relacionado ao Homem de Ferro sem ser olhado torto, e adivinhem? Agora ele tinha um tumor no cérebro que não sabíamos dizer se era ou não maligno. Parecia que reclamar não ajudava e nem favorecia ninguém. 

Terminei o banho sentindo o sono chegar lentamente, eu havia passado bastante tempo acordado por causa do hospital, além de cobrir o meu turno acabei cobrindo o de Jin também, sem contar minha insistência em ficar perto de Jungkook até alguma melhora ou, na pior das hipóteses, até o momento em que ele piorasse mais que aquilo.

Vestiu uma roupa confortável e foi para a cozinha preparar um café, era um dos seus vícios básicos de vida, até um ano atrás poderia adicionar o cigarro a um deles, mas por insistência do noivo havia deixado aquilo de lado, Jungkook odiava o cheiro de cigarro, apreciava o cheiro de canela, tintas e café, aquilo era algo em comum que o ligava tanto ao mais novo.

Depois que o café ficou pronto pegou uma xícara do mesmo e uma manta e seguiu para o ateliê do mais novo, o cheiro de tinta e canela exalou do local assim que abriu a porta, estava tudo da mesma forma que ele havia deixado, o quadro novo que estava pintando sobre o tripé com o cavalete ao lado. Sentou-se no sofá que ficava na parede afastada de toda aquela bagunça de cores, sempre sentava ali quando o mais novo estava pintando, dificilmente conversavam naquele momento, ele adorava apenas observar Jungkook trabalhando.

— Você vai demorar muito? — Jungkook perguntou enquanto eu observava o café sendo passado.

— Só até o café estar pronto, pode indo que eu já vou. — Falei sorrindo de seu comportamento ansioso. 

— Ah, isso demora muito. — Reclamou e me abraçou por trás beijando meu pescoço. — Jiminie, faz tempo que não transamos. — Proferiu dando uma leve chupada no local em que havia depositado o beijo.

— Garoto, para com isso, tô passando o café. — Exclamei rindo da forma como ele bufou e me virou para si me prendendo contra o balcão da cozinha.

— Você está trabalhando muito e me deixando de lado. — Sussurrou enquanto mordia meu lábio inferior me fazendo rir. — Não ria, Jimin. — Disse sério e baixo, senti uma fisgada em meu membro.

— Você poderia ser mais paciente, okay? — Sugeri e então lhe beijei enquanto passava meus desdo por entre os fios de seus cabelos.

Nos beijamos por mais alguns segundos, eu adorava aqueles momentos que tínhamos juntos, Jungkook sempre aparentou ser mais fechado, mas ele era bem carinhoso, bem mais que eu, em frente aos nossos amigos ele era calmo e geralmente era eu que o abraçava em público ou até lhe beijava, mas quando estávamos no conforto de nossa casa ele que vinha até mim em busca de carinho.

Depois de um longo tempo lá sem querer me separar dele decidi que deveríamos pegar logo nossos café e seguirmos para o ateliê. Jungkook estava animado para a pintura da nova tela, ele disse que se encontrava inspirado, que não conseguiria dormir sem começar a pintar aquele quadro e eu o que eu poderia fazer? Apenas ficar por lá até ele se sentir satisfeito, eu não gostava de dormir em nossa cama sem ele ao meu lado, mas acabava dormindo naquele sofá que havia no ateliê, provavelmente era por sua presença.

— O que vai pintar? — Perguntei depois de uma meia hora ali percebendo que os traços formavam rostos.

— Nós dois. — Ele respondeu e eu acabei me surpreendendo com isso, geralmente ele só pintava a mim, nunca um auto-retrato.

— Por que? — Perguntei curioso.

— Nosso presente de noivado. — Respondeu e eu senti meu coração disparar.

Minha boca secou e a xícara de café caiu de minhas mãos direto para o chão causando um barulho alto pelo local silencioso, Jungkook me olhou um pouco assustado e preocupado, mas eu não me movi, estava surpreso com sua fala, nós não éramos noivos, éramos namorados, isso, por acaso, havia sido um pedido? Talvez não, ou talvez sim.

De repente eu me sentia inseguro como quando o pedi em namoro, mas dessa vez era diferente, ele havia feito o pedido, ou não, talvez eu tenha ouvido errado, era só bom demais para ser verdade. Muitos questionamentos rondavam minha mente e eu semicerrei os olhos quando ele se abaixou a minha frente falando algo e rindo enquanto juntava os cacos de vidros da minha xícara favorita. 

— Não vai me responder? — Ele perguntou com uma expressão um tanto quanto preocupada e nervosa enquanto ainda se mantinha ajoelhado em minha frente.

— O que? — Perguntei pigarreando e ele suspirou sorrindo.

— Perguntei se não quer casar comigo. — Explicou e sorriu mais ainda quando desviei o olhar do seu, mas eu podia sentir seu nervosismo.

— Claro que sim, pergunta idiota, Jeon. — Resmunguei e ele gargalhou percebendo como eu estava constrangido, era difícil esses momentos. 

— Você tá chorando? — Ele perguntou tentando olhar meu rosto, mas desviava do mesmo.

— Claro que não! — Respondi com a voz embargada e ele gargalhou mais alto segurando meu rosto com as duas mãos e limpando as lágrimas que escorriam pelo mesmo.

— Por que está chorando? — Ele perguntou em um sussurro.

— Porque estou feliz. — Respondi no mesmo tom de voz.

Ele levantou o rosto e me beijou, não um beijo terno que havíamos trocado na cozinha, esse foi mais bruto, mais desejoso. Eu considero Jungkook um adolescente, cheio de hormônios, dificilmente ele fica satisfeito depois de uma relação sexual, sempre quer repetir mais algumas vezes, e eu não poderia negar seus pedidos insistentes se ele me tocasse exatamente da forma que me tocava agora.

Suas mãos deslizavam pelo meu corpo me tirando do sofá e me pondo sobre seu colo logo depois de apoiar as costas no móvel sentado no chão, os cacos da xícara não foram pequenos, então ele já havia se livrado deles, nosso único problema era o café no chão, mas não nos importamos com isso. Gostávamos do cheiro do mesmo.

Suas mãos foram rápidas em tirar minha camiseta e ele passou a distribuir beijos por meu abdômen me fazendo suspirar, dava mordidas e chupões na lateral traçando uma pequena trilhar, ele adorava me marcar dessa forma e eu não reclamava, adorava também. Ele tirou sua camiseta e uma de suas mãos desceu até meu membro semi ereto o apertando com gosto, gemi com aquele contato maravilhoso e senti um resquício de sorriso se formar em seu rosto, mas sua expressão continuava um pouco séria.

Logo seu corpo ficou sobre o meu, entre minhas pernas ele se prostrou de joelhos e desabotoou a própria calça e a retirou sem muitos empecilhos, logo retirou a minha própria e massageou seu membro mordendo os lábios com força, o puxei pela nuca iniciando um beijo necessitado e abracei sua cintura com minhas pernas remexendo o quadril em busca de mais contato, o que o fez gemer em meio ao beijo.

Ele se separou e retirou nossas peças íntimas voltando a me beijar enquanto friccionava nossos membros de forma gostosa me fazendo arfar, eu sabia que ele queria ser o ativo, sempre que trasavamos ali no ateliê ele que dominava, acho que era uma concordância muda que tivemos ao longo dos anos de convivência.

Nossos membros expeliam pré-gozo, não tínhamos tempo para outro contato mais demorado, fazia realmente um tempo muito grande que não nos relacionávamos assim, eu sempre no hospital e ele sempre pintando. Não demorou muito para me preparar e então me penetrar me fazendo soltar um gemido longo, mordi seu ombro conforme ele entrava e saia de meu interior, seu abdômen se esfregava em meu membro ereto me causando uma sensação maravilhosa.

— Jungkookie, mais rápido. — Pedi gemendo alto quando ele acertou minha próstata.

Em vez dele acatar o que eu havia pedido, saiu de meu interior me fazendo o puxar novamente pela nuca, o que o fez rir, bufei e ele sentou-se se encostando no sofá novamente e então me puxou para seu colo e sem esperar algo de mim me penetrou me fazendo soltar um gritinho, logo me auxiliou nas investidas, as vezes rápido, as vezes lento, mas nunca deixando de ser bom.

Aquela noite havia sido incrível, mas meses depois tudo começou a desandar, além de brigarmos um pouco mais que o normal, ele passou a ter os sintomas suspeitos que eu não notava pois estava ocupado demais evitando uma conversa direta com o mesmo, tendo receio de brigarmos novamente. Fui tão idiota.

Agora eu estava li, deitado naquele sofá, chorando, tomando café e fitando o quadro faltando pouco para ser finalizado, nós dois sorrindo na pintura, ele fez a partir de uma foto que tiramos quando compramos o apartamento, estávamos tão felizes em finalmente poder dividir um espaço só nosso.

Limpei as lágrimas quando meu celular começou a tocar, suspirei meio irritado, nem quando era minha folga eu podia chorar em paz.

— Boa noite. — Cumprimentei sem me importar em ver o nome do contato.

— Sou eu, Jimin, o Hoseok. — Meu amigo disse parecendo meio hesitante. — Te liguei para falar sobre o Jungkook. — Avisou e eu me levantei preocupado.

— Aconteceu algo? Ele piorou? — Perguntei aflito.

— Sim e não. — Respondeu e escutei ele suspirando. 

— Ele... Se lembrou de algo? — Perguntei esperançoso.

— Não tenho como saber, Jungkook não está no quarto dele e nem no hospital. — Ele disse me fazendo estremecer. — Ele simplesmente sumiu. — Aquilo me fez perder as forças das pernas.

— Do que está falando? — Indaguei sentindo minha voz trêmula.

 

 

 

 


Notas Finais


E é isso! Espero que não tenha ficado tão pequeno como o anterior, mas vai ser normal os capítulos dessa serem pequenos.

Vou começar a escrever o capítulo dez de Agridoce.

Até o próximo.


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