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História Remember me - Refúgio


Escrita por: Goatfarmiga

Notas do Autor


Amo normero e pensei em fazer uma fanfic sobre eles, aqui está.
Ela será bastante similar a história deles na série, algumas falas também, então essa obra não é de total minha autoria.

Capítulo 1 - Refúgio


Fanfic / Fanfiction Remember me - Refúgio

 

Entro no carro e olho para um casal que sai do City hall cheios de sorrisos, olhares e beijos tudo parece tão romântico, com pespectivas de uma linda vida juntos, casamento e isso, e para isso que serve, quando você decidi se unir a alguém, só aquela pessoa,  porque se amam, o que não é o meu caso, meus antigos casamentos mesmo que ruins, houve um sentimento um contato íntimo antes, porém agora foi diferente, não sei foi mais assustador o fato de Alex ter aceitado a proposta ou eu ter feito a proposta, tudo foi por Norman,  sempre é para Norman. Me parece tão injusto ter pedido isso a ele, Alex e um bom partido e fora que é bonito, sem dúvidas encontraria alguém ou ele estava com alguém e eu nem fiz questão de saber, isso tudo soou tão egoísta agora.
 

– Pare Norma..já aconteceu - digo olhando-me através do retrovisor.
       Ligo o carro e sigo para casa, para  arrumar as coisas pois meu marido irá levar suas coisas, sorrio com a idéia de agora ter um marido, e agora sei que terei que cumprir com meus deveres de esposa.


                                                *****


 Estou na cozinha quando ouço batidas na porta, vou atender para ver quem é.

– Preciso de uma chave - Diz Alex com suas malas em mãos.
   Ele passa por mim, e continuo calada, sem dizer nada, observando o rumo que minha vida irá tomar a partir de agora.

–  Onde fica meu quarto?

 –  O primeiro próximo a escada, está aberta a porta"
    Alex está no andar de cima arrumando seus pertences no quarto, sinto-me aliviada pois ele não sugeriu dormir em meu quarto, seria mais do que estranho, nunca tivemos nada, hoje nos beijamos, e eu não paro de pensar sobre isso, o primeiro beijo foi tão verdadeiro que hava esquecido de toda a farsa,  o segundo beijo não teve necessidade, sua desculpa era que as pessoas poderiam desconfiar da falta de aproximadamente deles, só que não havia ninguém para presenciar  o show, ele o fez porque quis.
Sou tirada de meus pensamentos pela voz de Alex, que me chama.  
         
 

– norma

– Arrumou todas suas coisas? - Digo cortando alguns legumes.

– Sim - ele vem até mim e para ao meu lado - garanto que serei um bom companheiro de quarto.

– Que assim seja, as coisas serão menos estranhas do que parecem.
  Minha atenção volta para os legumes, que corto com certa pressa, à proximidade dele está me deixando desconfortável, toda a situação, mas eu quem pedi isso, não devo cobrar mais nada de sua generosidade.

– Recebi convite para um jantar - ele diz um pouco mais alto, devido ao barulho da faca cortando um tomate - Norma pode me ouvir um momento.
  Largo a faca, e viro para olhá-lo

– Um amigo deu um jantar de graça para nós, e eu acho que devíamos ir.

– Ah Alex. .acho que não seria uma boa ideia.

– As pessoas já sabem sobre o casamento, e não se recusa uma boa comida de graça. - diz ele animado.

– Eu não sei.

– Eu estou tentando fazer com que tudo isso de certo, ok - gesticula com as mãos - Vamos Norma, nada que um bom vinho não resolva.
  Resmungo, ele está sendo tão gentil, e eu apenas estou de mal humor.

– Desculpe Alex, tudo isso está tão confuso para mim, eu aceito o jantar.

– Isso também está para mim, mas vai acabar bem, não é para sempre.
  Encaro seus olhos escuros por um tempo, sentindo segurança, ele tem esse poder, ficamos nos encarando por um tempo

– Eu vou me arrumar, depois faça o mesmo.
   Ele sobe as escadas, e eu arrumo as coisas antes de fazer o mesmo.
               
                                          *****

 Coloco o vestido preto, que precisa ser fechado e eu não conseguirei sozinha, se Norman estivesse aqui ele o faria, e logo sorrio melancólica ao lembra de meu filho sozinho naquele lugar. Vou até o guarda roupa tentando encontrar algo  que não precise de ajuda para fechar e nada parece tão bom quanto o vestido que estou usando. 

– E o jeito - murmuro.
   Em passos curtos vou até a porta do quarto dele, bato na porta.

– Algum problema? - Pergunta ao me ver manobrar o vestido no corpo para que ele não caia.

– Uma ajuda para fechar.

– Vire.
  Assim eu faço, ele vai até o zíper que fica acima de meu bumbum, quando sinto sua mão um arrepio percorre meu corpo, ele percebe o que não torna as coisas menos desconfortáveis. Ele fecha e sua mão pousa em meu ombro.

– Pronto.
  Solto o ar percebendo que estava o prendendo.

– Muito gentil..obrigada.
   Dou de costas para ir até meu quarto mais ele me chama.

– Esta linda Norma.
Um sorriso aparece em meu rosto, balanço a cabeça agradecendo. Entro no quarto e finalmente respiro, o que está acontecendo comigo?
       Término de me arrumar, desço  as escadas e o vejo no celular, ele encerra a ligação assim que me vê.

– Isso será legal - diz vindo até mim Nada mal exibir uma linda mulher ao meu lado.

– acho que serei mais respeitada agora que sou mulher do xerife - digo dando a mão para ele.
O rosto dele mudou por um tempo, ficou tenso e desconcertado. Definitivamente precisamos de uma bebida para acabar com o clima constrangedor a todo momento.

                                           ******

  Chegando no restaurante somos alvo de alguns olhares curiosos, provavelmente se perguntam como tivemos algo, ou talvez devem imaginar que minhas idas frequentes a delegacia não era porque meu filho era algumas vezes suspeito de algum assassinato e sim para uma visita romântica. 

– Felicidades aos dois - diz uma mulher.

– Obrigada.
  
   Romero puxa a Cadeira para mim, sento meio desconfortável com tudo, ele logo senta de frente para mim.

–Tudo bem?

– E só estranho tudo isso, eu e você casados e jantando em um restaurante.

– Estranho de um jeito ruim?

– Nada a declarar num momento.
  Ele toca em minha mão sobre a mesa, sorri de canto, ele está sorrindo, as coisas não podiam estar mais estranhas.

– Vamos pedir vinho. - digo de prontidão 
    
     Foi a melhor coisa que fizemos, o ar se tornou mais respirável e leve, sem toda a tensão que estava, tudo está caminhando tão bem agora depois de taças  de vinho e uma boa comida.                                                                      

– Vê? Álcool só torna muito mais fácil.

– Eu posso ver que você vai ser uma grande influência. - apoio os braços na na mesa - Estão nós olhando...devem está surpresos de ver você rir - digo rindo bebendo um pouco mais de vinho. 

– Esse é seu efeito, baby.

– Se você me embebedar toda noite, talvez nem seja tão ruim nosso casamento.

– Eu deveria me sentir ofendido, sou uma pessoa agradavel norma.

– Não Alex..você é mal comigo.

– Eu sou o mais bom dos homens com você. - diz convencido. - Então esse é o seu terceiro casamento?

– Sim.

–Tudo bem, esse é o meu segundo.
Estreito os olhos surpresa.

– Ooh meu deus..alguem se casou com você? -  Digo rindo, estou ficando surpresa a cada minuto.

– Eu era um fuzileiro naval, eu estava parado em pedlenton, sul da Califórnia. Ela era irmã de um camarada meu, e nos demos bem. E nós separamos 6 meses depois disso.

– O que aconteceu?

– Percebi após uma semana que tinha cometido um erro, e me torneio impossível de conviver....e eu sei, muito maduro - sorri de canto. - E ela me deixou. E quanto a você?

– Eu não tive uma grande vida em casa  - respiro fundo para revelar um pouco de meus casamentos merdas - meu namorado do colégio me engravidou e e eu fugir com ele para ter Dylan e não foi bom, dois anos depois eu conheci o pai de Norman. Pensei que o amava. Tivemos um caso. O pai do Dylan descobriu, e me deixou, casei com aquele cara, Sam. Ele era um idiota. Então ele morreu. - curvo o rosto  e sorrio - Realmente não tem como inventar uma Merda dessas. 

– É, não tem mesmo. Um brinde a quem sabe escolher bem

– Saúde - levanto a taça 

– Saúde.

– Posso te fazer uma pergunta?

– Claro, somos casados. - brinca 

– Com quem diabos você dormia? Digo, você sabe. Você deve está dormindo com alguém esse tempo todo.

– Claro, já peguei pessoas que vejo.

– Eu conheço?

– possivelmente sim , é uma cidade pequena.

– Quero nomes. - resmungo 
Ele recua, sempre faz isso quando não quer falar sobre alguma coisa, ele costuma desviar o olhar ou então seu semblante muda.

– Entendi, sigilo. 
   
  O encaro por segundos, ele sente-se desconfortável, agora sabe quando me sinto quando ele me lança um olhar tão intenso algumas vezes.

– Talvez devessemos ir.

– Sim Querido.
    Assim fazemo, acertamos os detalhes e saimos do restaurante. Está fazendo tanto frio, me abraço tentando me esquenta.

– Tome -  ofere o Palito.
  Ele me cobre e por fim me abraça, entre tropeços vamos ao carro que parece tão longe, o efeito do alcool.

– Alex andado sobre efeito de bebida..eu acho que deveria te prender - digo sentado no bando do passageiro.

– Querida eu mando aqui, e estou bem sobreo, agora você...nem um cinto consegue colocar.

– Não tem noção do que posso fazer.
  Tento coloca o cinto para mostrar que ainda sou capaz de fazer algo, é percebo como errada estou ao começar a xinga o mesmo.

– Merda de cinto -esbravejo.

– Irei te salva.
  Romero puxa o cinto e com calma coloca com facilidade, sua mão encosta em minha perna, e se olham sugestivos.

– Vamos.
Lanço olhares para ele durante o caminho até casa, e pela primeira vez o silencio entre nós parece agradável.

– chegamos 
  Ele me ajuda a subir, o que parece engraçado pelo fato dele mesmo não poder fixa os pés no chão, depois de um tempo conseguimos abrir a porta.

– você está bem?

– Estou. Cedo ou tarde. - digo me apoiando - eu quebrarei o pescoço nessas escadas
    A luz fraca me deixa mais confusa, vou até escada na intenção de subir.

– Uou..veja só quantas escadas.- me seguro no corrimão para me apoiar.

– nossa

– isso é como um teste de sobriedade.
   Sua mão passa sobre minha cintura, me apoio nele para subir.

– Você está tão bêbada.

– Bebi apenas umas taças de vinho.
    
    E no último degrau tropeço, ele me segura, ou melhor, quase me carrega, o que fez parecer com recém-casados, o noivo carrega sua noiva para irem consumar seu casamento, de um jeito torto como minha mas pareceu similar, logo vem a minha cabeça a idéia de "cumprir deveres de esposa" sei que ele sente atração por mim, eu poderei fazer isso. Ele me coloca na cama.

– Tem certeza de que está bem?

– Estou bem. Estou bem. - digo - Obrigado pela noite.
  Ele se aproxima e beija minha testa, carinhoso, o que não é dele.

– Até amanhã.
  Quando ele se afasta para ir embora eu estranho, pensei que ele iria querer algo a mais, como todos os outros homens, porém lembrei que ele não  é igual aos outros homens, sorrio com isso.

– Boa Noite Alex.
  Ele fecha a porta e diz em bom tom.

– Boa noite, Sra.Romero.
  Seus Paços se afastam e eu grito.

– Irei manter meu sobrenome.

                                                 ******

       Acordo com pequenas luzes do sol em meu rosto, minha cabeça dói um pouco, mas nada muito grave, efeitos do álcool. Lembro da noite passada e um sorriso se faz presente em meus lábios, lembro agradável foi a primeira noite de Alex em casa, não deve ser tão ruim que ele esteja por perto, lembro dos dias em que ele passou hospedado no hotel quando sua casa havia sido incendiada, senti-me tão segura e quando ele foi eu senti um vazio, como se algo de ruim fosse acontecer a qualquer momento sem e seu jeito protetor.
  Pego meu robe e vou até seu quarto, que está vazio, desço as escadas e o silêncio reina, ele já foi para o trabalho, vou para cozinha e observo um bilhete perto da cafeteira, assim que abro percebo a caligrafia de Alex, involuntariamente me pergunto como sei como é a letra dele.

Bom dia! Curta o presente de casameento. Chanei alguns operarios para você. Eu te vejo hoje a noite.

                     A.


          E inevitável não sorri com o jesto carinhoso dele, eu percebo que ele está se esforçando para que isso não seja tão estranho, e eu o devo fazer também, sinto a vontade de ver ele nesse momento, talvez para agradecer ou quem sabe dizer que o espero no jantar e que ele tenha um bom dia, e com essa indecisão eu tomo meu café solitário.
    Limpo a louça suja, vou tomar um bom banho para tirar a ressaca que tenho, o enquanto estou na banheiro meus pensamentos são tomados por Norman, como meu filho deve está se sentindo naquele lugar, será que ele sente minha falta?
   Quando término de tomar banho, visto um vestido florido, e faço uma ligação para ver se poço fazer uma visita para Norman, ele precisa ver a mãe e eu preciso saber que está tudo bem.

– Desculpe senhora, mas o paciente não poder receber visitas ainda.

– Eu gostaria de falar com o Dr Edwards.

– Ele está com um paciente, assim que puder eu direi que ligou.
   Xingo mentalmente essa maldita. Volto para meus afazeres domésticos para passar o tempo, a casa está vazia e eu estou sozinha, desejo que a noite chegue logo.

                                             *****

Depois de ter comprado alguns utensílios para casa, chego no fim da tarde e me assusto ao ouvir barulhos do porão. Desço receosa.

– Meu Deus que susto, é você. Apenas Norman vinha aqui - Digo vendo Alex surgi no meioda bagunça do porão - o que fazia aqui?  

 – Estava procurando algo para lavar minhas roupas.

– Me dê, eu gosto de lavar roupas. -digo e olho para ele desconfiada -  Essa é a verdade?                                                

– Não, eu estava procurando um lugar para esconder um monte de dinheiro.        

– Ah engraçado - rio de sua brincadeira - Bem..vamos subir que eu vou preparar algo para comermos.
Subo as escadas e ele vem logo atrás.

– Como foi seu dia? - pergunto indo a cozinha.                   
        

– Alguns casos pequenos no trabalho, e o seu?             

– Solitário - faço careta - Norman que ficava comigo, e agora.
E inevitável o tom de melancólica em minha voz, lembra de meu filho sozinho e sem mim causa esse efeito.      

– Eu fico feliz de ver que conseguiu dar esse paço, você  é Norman sempre muito apegados, as vezes é bom respira. 

– Está certo, eu sei que é o certo, mas é triste essa distância.

– Eu admiro isso, você Faz tudo pelo seu filho.                       

– sempre foi apenas nos dois.                  

– Quanto a Dylan?            

– Não temos um bom relacionamento, como já percebeu.- ele nem me chama de mãe - Aqui está.            
Abro o armário para pega os pratos. Alex segura minha mão.   
                                  

– Deixe-me ajuda. - diz pegando os pratos da minha mão.       

– Não se preocupe eu arrumo, senta - pego os pratos.           

– Então ninguém vai comer, deixa de ser chata que eu posso ajudar.
Resmungo e entrego os pratos para ele, que sorri vitorioso. Observo ele arruma e sorrio boba, ele consegue ser chato e depois tão..nem sei ao certo as palavras. Ponho o jantar, encho o prato dele.                                                                

– Norma quanta coisa.     
Sento  de frente para ele e começamos a comer, ele parece não saber por onde começa, talvez eu tenha exagerado.                                                                               

– Me conte sobre você Alex, nos conhecemos a tanto tempo e eu não sei nada, então agora que somos casados você precisa me conta. - digo aproveitando a oportunidade.       
    

– não tem muito o que saber, eu sou filho único e tenho um pai que está preso, e uma mãe que se suicidou.           

– Bem..um resumo..eu não queria resumo, mas é melhor do que nada. - digo - Sua mãe devia ser uma mulher incrível.    

– Ela era, tenho certeza que ela gostaria de você.               
      

– Então ela aprovaria nosso casamento? Se ele não fosse falso.                                 

– Ela aprovaria um casamento com a mulher que eu amo. - diz pensativo - Ela sempre dizia "quando você encontra a mulher que tome conta de seus pensamentos, que você ame, a amarre e não solte."                                                                     

– muito sábia. Eu sempre pensei que o amor é lindo, que quando eu encontrasse alguém, ele me tiraria da lama e me levaria para o castelo com ele. Bobo né?                                       

– Não é bobo, só que a realidade é outra.
Sim, a realidade é amarga. Eu sempre pensei que havia alguém por aí que me amaria, isso mudou quando eu percebi que o homem e cruel, eu percebi isso com meu irmão.  

– Tudo bem Norma? - pergunta Alex.       

 – Tudo sim..você quer mais?   
      

–  Eu ainda nem terminei. - diz ele me observando -  que me conta algo?
Eu respiro fundo, tentando me acalma, essas más lembranças sempre me consomem.                                                 

– Eu já vou dormi, estou cansado. - diz ele recolhendo seu prato.                                           
Eu pego meus pratos, coloco na pia, Alex segura levemente meu braço, me virando para ele.

– Eu queria poder apaga suas lembranças ruins Norma. Se eu puder te ajudar, diga - Ele toca em meu rosto 

– Boa Noite.      

– Durma bem Alex - ele deposita um beijo no meu rosto. - E obrigada.
Ele sai e ouço seus ele subir as escadas, eu estou andando em linhas tortas.

                                         ******

    Sou tirada de meus pensamentos quando ouço passos, penso ser Alex e viro tão  sorridente que poderia iluminar o mundo.

– Acho que está sorrindo assim para pessoa errada - diz Dylan a olhando atendo.

– Dylan-  vou até ele é o abraço, não era quem eu pensava, mas não houve nenhuma decepção.

– Pensou ser Alex? Eu soube de seu casamento, todos estão a comentar.
  Seu tom de voz e estranho, parece  saber o motivo do casamento repentino.

– Não lembro de ter visto nenhum romance entre você e o Xerife. - diz sentando no sofá.

– Bem foi para Norman, ele precisa de um plano de saúde.

– Eu não acredito que ele faria tudo isso por você.

– Bom, ele tem seu lado bom.

– Casam só para dar um plano de saúde, só por isso.

–Ele querida me ajuda - digo convencida dessa verdade.

– Norma eu só um cara. Certo? Eu sei como eles fazem.

– Eu sei. ele não é a pior pessoa do mundo. Eu só não gosto dele dele jeito. - digo confusa - não posso pensa em nada além de Norman, sinto como se o tivesse abandonado.
  Ele suspira e seu olhar dizia "novidade" sou capaz de ler isso em seu rosto.

– Está fazendo a coisa certa para ele.                           

– Todos os segredos que eu tenho escondido, coisa que as pessoas não entenderiam, não tenho controle algum sobre isso. E tenho tentando a tanto tempo protege -lo.

– estou tão  angústiada.

– enfim, não importa mas. Está lá fora para o bem ou mal, não depende de mim.

– O barco partiu, então veremos o que acontece.

– acho que dará tudo certo, Norma.

– E quanto a Emma? Como estão as coisas?

– Ela está melhorando a cada dia.

– Isso é bom..muito bom, as coisas estão indo bem. - digo pensativa.
   Ele volta a me lançar um olhar curioso.

– Então você é Xerife, não a alguma coisa mesmo?

– Estamos apenas sendo amigos, ele é um bom homem.

– Que bom Norma. Seu casamento me pegou de surpresa assim como a cidade.

– Cidade?

– ninguém esperava por algum tipo de romance entre a louca do motel e o Xerife Romero.

– Louca do Motel ?

– E o que dizem.
  O olho indignada, como louca? 

– Calma mãe, eles não conhecem a Norma realmente louca, aí sim teriam o que dizer .

– Céus você me chamou de mãe - digo animada.
  Ele olha para mim com o mesmo olhar quando ele era criança e ficava constrangido.

– Oh querido obrigada por esta aqui, não sabe como animou meu dia.
  Percebo que Dylan gostou do que ouviu, ele até mesmo sorrio, eu amo meu filho e sej que não demonstra com frequência.

                                              *****

  Sou incapaz de esperar a ligação que eu sei que não receberei do Dr Edwards, preciso ver meu filho e eu farei isso.
    Vou até  meu quarto e pego uma roupa social, me avalio no espelho e vejo que está bom, pego a bolsa e as chaves do carro.

– Mamãe está indo ter ver Norman - murmuro animada.
         
             Assim que chego em Pineview vou até a recepcionista, que tenta me tirar de lá.

– Eu preciso ver meu filho, ele precisa de mim, e eu só quero ver ele - digo nervosa.
   Para a minha sorte o Dr Edwards aparece.

– Graças a Deus - vou até ele - Eu quero ver Norman, sabe como ele está.

– Ele está bem na medida do possível.

– Permita que eu veja ele, por alguns minutos, isso fará bem a ele.
   Percebo que ele se convenceu com meu argumento, e permite que eu vá, lanço um sorrizinho para recepcionista que olha tudo com cara de boba, ele deve saber agora que quando eu quero algo eu consigo.
   Vou até um Sala e vejo Norman assistindo TV com algumas pessoas, ele está tão atendo que nem percebe minha presença, me aproximo e o chamo.

– Norman 
   Ele vira e vejo seu semblante mudar, ele parecer está surpreso em me ver, eu sorrio para ele o chamando.

– Querido, que bom te ver!
  O abraço cheia de saudades, nunca ficamos tanto tempo longes um do outro, e eu estou tão mal por te colocado ele ali.

– Senti tanto a sua falta Norman.
  Enquanto eu digo o quanto sinto saudades dela e de sua companhia ele parece está alheio a tudo, magoado por esta num lugar que não é sua casa.

– Eu sinto tanto por ter que passar por isso, mas é necessário querido.

– Mãe eu não queria está aqui, sabe que eu estou aqui por você.

– Isso aqui não será para sempre - digo positiva.

– Fácil falar quando você não é a pessoa que está trancada aqui - altera a voz

– Norman fale baixo - sussurro percebendo os olhares.

– Não se preocupe aqui só tem loucos, eles nem sabem onde estão.

– Não diga isso Norman. Como eles estão te tratando aqui?

– Como tratam um doente.
  Abaixo os olhos, ele está sendo tão rude, eu não vejo uma sombra do Norman carinhoso e gentil, ele parece ter mudado.

– A senhora que deveria está aqui, mãe a senhora corre perigo estando sozinha, isso é não é saudável - diz agitado.
   Olho em volta e percebo os olhares para a nossa conversa, Norman parece não se importa em expor o que estamos falando, entendo sua raiva, mas isso dói tanto.

– Não sei o que veio fazer aqui, a não ser que tenha vindo me tirar desse lugar.

– Querido calma, saiba que eu sinto muito por te que fica aqui - digo tocando em seu rosto, ele afasta meu braço

– Norman...não seja assim comigo.
   Ele vira o rosto magoado, um nó se forma em minha garganta  e sinto vontade  de chorar e implorar para que ele fale comigo e me entenda.

– Me perdoe Norman, me perdoe por favor, eu fiz para seu bem querido.
  Ele olha no fundo de meus olhos, sua íris estão sombrias ele está magoado, mas do que eu poderia imaginar.

– Eu não te perdôo mãe.
  Isso bastou para mim, a visita não foi nada do que eu planejei, queria ter uma conversa com ele, queria um abraço e nem isso tive, ele me desprezou, negou meu pedido de perdão. Bato a porta do carro com força, soco o volante descontando minha raiva.

– Droga, droga, droga...odeio tudo isso..odeio - digo repetidas vezes entre lágrimas de desespero.
   Paro ao ouvi batidas na janela do carro, e o  Dr. Edwards está me olhando atentamente, okay um buraco para me enfiar não seria uma má idéia. Abaixo o vidro e forço um sorriso.

– Gostaria de alguma coisa?

– Ele está passando por um momento  difícil Norma, e normal que ele sinta raiva - diz sereno 

– Sim eu entendo, e só uma droga tudo isso.

– Ele não estava preparado para sua visita, está em processo de aceitação, as coisas iram se resolver, ele está recebendo ajuda.
  Respiro fundo, estou fugindo do meu controle, sim, tudo ficará bem, ele vai ficar bem e nos ficaremos bem, ele voltará para casa bem.

– Obrigada, qualquer coisa não evite me avisar, e quando ele se senti melhor para falar comigo me diga.
    Me despeço e vou para casa, meu coração ainda está em pedaços, e eu só queria chegar em casa e chorar por um longo tempo, lembrei de Alex, talvez umas taças de vinho com ele me caíssem bem.
     

Eu não te perdôo mãe, essas palavras rodeiam minha cabeça, eu nunca vi aquele olhar dele, Norman não parecia mais meu garotinho, ele está cego de raiva e eu entendo, sei que eu trai ele, porém eu estava com tanto medo, toda a situação fugiu do meu controle. 
  Naquele dia, o maldito dia que eu vi senti tanto medo dele, parecia que eu iria morrer, ele estava com um arma em mãos, eu poderia jurar que seria morta pelo meu próprio filho, nada me fez mais triste e amedrontada, e quando eu me senti assim eu liguei para Alex...sim Alex, parece tão estranho o fato de eu esquecer tudo quando estou com ele,  que eu me sinta protegida.

                                             ******

  Chego em casa destruída, meu corpo parece fraquejar, olho em volta e parece está vazio, um soluço de dor passa por minha garganta.

– Norma?
  Ouço uma voz familiar, Alex está em casa. 

– O que houve? - ele vem até mim preocupado.

– Eu fui ver ele Alex,  e foi tão ruim.
  Me atiro em seus braços, buscando seu conforto e eu encontro, deito em seu peito quente.

– É tão assustador. E não é só o modo como ele está se sentindo. Posso perdê-lo para sempre. - digo com um nó na garganta, essa possibilidade e inaceitável.
   Ele me abraçar e olha para mim, tira fios de cabelos grudados em meu rosto.

– Vai ficar tudo bem, você está fazendo a coisa certa.
   Sinto uma imensa vontade de senti os lábios dele, levanto o rosto para ficar próximo ao dele, meu nariz roça em seu rosto. Minha respiração está agitada, a dele a também, nossos lábios se encontram num encaixe perfeito, minha mão passar por sua nuca, aprofundando o beijo até que ele se afasta um pouco.

– não acho que devemos  fazer isso agora

– Eu quero fazer.

– Não brinque comigo,  okay? - ele diz como um jovem inseguro.

– Não estou brincando.
Não estamos em jogo,  sem propostas, sem armaduras, apenas eu e ele.

– Tem certeza que quer isso? - Pergunta enquanto nossos lábios estão milímetros de distância.

– Tenho certeza de que quero.
  Voltamos a nos beija intensamente, ele me carregou para o andar de cima, segurei em seu pescoço, e me apoiei em seus braços fortes, não poderia está em lugar melhor. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado.
XOXO


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