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História Reminiscence - Take care


Escrita por: aspandicorn

Notas do Autor


GENTE EU TO GRITANDOOOOOO!!!! COMO ASSIM GANHAMOS MAIS DE 50 FAVORITOS DESDE O ÚLTIMO CAPÍTULO? '0' E FORA QUE TEM OS 12 FUCKING COMENTÁRIOS, MEU SENHOR AMADO, EU TO FELIZ PRA CARAMBA! Sério, muito obrigado por tudo e NOSSA, de verdade. Isso tá sendo um puta de um incentivo para que eu continue com a história e traga as atualizações mais rapidamente do que o normal KSAKSANKSANSA então, de coração, muito obrigada! Espero que continuem gostando da fic e acompanhando os próximos capítulos *u* Como sempre, deixarei uma música para acompanhar a leitura nas notas finais!

Boa leitura <3

Capítulo 7 - Take care


Fanfic / Fanfiction Reminiscence - Take care

"Se você me deixar, eis o que farei. Eu vou cuidar de você."

— TAKE CARE by DRAKE FT. RIHANNA

 

Jungkook sentiu a maior parte dos seus membros adormecidos após a quantidade excessiva de sedativo que os enfermeiros haviam lhe dado naquela manhã, em seguida ao seu surto. Era assim que o médico chamara, surto.

Aquilo só deixou o rapaz mais convencido de que tudo não passava de uma fantasia da sua cabeça, que talvez — só talvez — pudesse estar tentando criar uma espécie de figura que supriria a falta de seu bisavô. Mas para Jungkook, a presença do homem seria insubstituível, fora que ele negava complemente o fato que seu novo possível “amigo invisível” fosse um anjo.

Porém algo, no mais profundo do seu âmago, gritava para que Jungkook simplesmente se deixasse levar. Ele admitia, sentiu-se bem na presença do outro e ele queria mais, sua alma clamava por mais. Porém, o orgulho do jovem rapaz era maior, sempre foi.

Assim que sentiu-se melhor, com muito esforço conseguiu virar seu corpo, deitando-se de lado. Estava mais calmo, contudo, isso não mudava o fato do humano odiar ficar em lugares silenciosos e monótonos — exatamente como o quarto do hospital que estava internado —, pois esse era o ambiente mais propício para que seus pensamentos lhe atormentassem. Queria dormir, mas a voz do anjo chamando seu nome, como se fossem velhos amigos, não saia de sua mente.

O que mais assustava Jungkook é que ele tinha a leve impressão que Jimin realmente não lhe era um estranho.

— Jimin... — sussurrou o nome, seus lábios mal separando-se. — Por que sinto como se já te conhecesse? — o garoto jogou a pergunta no ar, com esperança que o anjo estivesse ali e lhe respondesse. Mas duvidava que voltasse a vê-lo algum dia, já que acabou o mandando embora da forma mais grotesca possível. Sentia-se culpado, mas Jungkook nunca foi bom em lidar com os próprios sentimentos.

Inconscientemente, sua mão caiu ao lado da cama, os dígitos encostaram levemente no prontuário que ficava num compartimento junto à cama.

“— Como sabia meu nome?

— Está escrito ali.”

De repente, lembrou-se da cena ocorrida então, com rapidez, segurou o prontuário e o puxou para cima. Enquanto folheava rapidamente, percebeu que havia inúmeras informações sobre o seu caso, mas nenhum dado básico sobre sua identidade além das pequenas letras dispostas na frente do objeto, onde estava escrito somente seu sobrenome.

O som do prontuário caindo e as folhas se espalhando pelo chão se misturaram com o murmúrio de surpresa do garoto. 

A situação, que até aquela manhã parecia ridícula aos olhos de Jungkook, estava tomando proporções maiores do que ele sequer imaginara.

Jimin não conseguiu sorrir da mesma forma ao ouvir a canção que acompanhava o nascer do sol. Apesar de estar feliz por Jungkook ter finalmente o visto, suas palavras duras ainda ecoavam na mente do anjo.

Taehyung, que caminhava ao lado do amigo, sabia que algo estava errado, mas decidiu esperar o outro desabafar, porém, como isso não aconteceu em dois dias, resolveu tomar a iniciativa.

— Jiminie, o que houve? — perguntou com o tom de voz doce, um de seus braços passou pelos ombros do mais baixo, dando um abraço desajeitado. — Você me parece tão abatido.

— Jungkook me viu... — o moreno responde num sussurro, seu olhar fixo no chão.

— E não era isso que você queria? — o loiro ergue as sobrancelhas, confuso.

— Sim, mas... Ele disse que odiava os anjos, estava muito alterado, eu sei. Mas isso não muda a brutalidade das palavras, Tae. Nem o efeito que elas tiveram. — conclui com a expressão sofrida. Taehyung comprimiu os lábios, receoso.

— Jimin, você não devia pensar muito nisso. Como disseste, ele estava alterado. — Taehyung para de andar e segura o braço do amigo, o fazendo ficar de frente para si. — Não deixe que coisas assim atrapalhem sua missão de proteger o humano, ele precisa de você. Então recomponha-se e vá cuidar dele. — concluiu, dando um sorriso meigo e um beijo na testa do moreno para em seguida se afastar.

Jimin permaneceu estático, fitando as costas do anjo até que o mesmo desaparecesse do seu campo de visão, em seguida, também tomou seu rumo. Sabia que Taehyung tinha razão, precisava se focar e fortalecer-se na meta que havia criado para si mesmo em relação à Jungkook. Precisava tirá-lo da escuridão.

E foi por esse motivo que ele voou rapidamente para o hospital.

Ao chegar, encontrou seu protegido dormindo. Antes de se aproximar, o anjo somente ficou observando o humano de longe, gravando em sua memória a cena que, apesar de tão simples e comum, era inteiramente linda aos seus olhos.

Sua cabeça pendeu para o lado, pensativo. Jungkook havia se machucado em demasiado, então provavelmente ficaria um longo tempo internado, porém, com apenas um mísero toque, Jimin poderia curá-lo, mas isso só reforçaria a ideia de que ele era realmente um anjo. Mas Jimin não poderia continuar preso às palavras jogadas no ar em um momento tenso, precisava cuidar do garoto e foi por isso que, decidido, deixou que sua mão pousasse delicadamente sobre o peito de Jungkook, este, que aspirou o ar profundamente e então abriu os olhos.

— Você tem o sono leve. — Jimin disse baixo, sua mão ainda repousava sobre o peito do humano, que franziu levemente a testa pela proximidade do moreno.

— Você voltou. — falou no mesmo tom de voz, fazendo o anjo erguer as sobrancelhas, completamente surpreso pela serenidade do outro.

— Sim, é minha função cuidar de você. — Jimin sorriu, ao que afastava a mão. — Se sente melhor?

— Você é um paciente da ala psíquica? — Jungkook voltou a perguntar. No momento, se encontrava em meio a uma guerra interna, onde seu lado racional praguejava com furor por ele estar dando papo para um possível louco, enquanto seu coração pedia por mais daquela sensação apaziguadora que nunca sentiu antes, em toda sua vida.

— Não. — Jimin desfaz seu sorriso, voltando a ficar com o semblante sério. — Você se sente melhor, Jungkook? — repetiu a questão.

— Relativamente sim. — o humano solta um suspiro. — Acredito que sejam os antibióticos inseridos diretamente na minha veia.

— Se dependesse deles, você ainda iria ficar aqui durante alguns bons meses. — Jimin rebate, soltando uma risada baixa.

— Mas eu vou. Eu sofri um acidente, sabe? — Jungkook responde sarcasticamente. — Devo estar cheio de hematomas, não sei. Ainda não sinto completamente meu corpo.

— Você não vai, confie em mim. — o anjo falou convicto.

— Como posso confiar em alguém que mal conheço? — questiona com uma sobrancelha erguida.

— Você sabe muito sobre mim, sobre os anjos... — Jimin murmura, não sabendo ao certo de onde surgiu sua tamanha e repentina certeza sobre isso. — Mais do que imagina, Jungkook. — continua enquanto se afasta calmamente, indo em direção à poltrona que havia no canto da sala. Jungkook abriu os lábios para voltar a falar, porém foi interrompido pelo médico que entrava na sala. Sua atenção pairou-se sobre os enfermeiros e em seguida, novamente para o móvel, que agora estava vazio.

Jungkook suspirou. Não tinha certeza se o anjo ainda estava no local, mas ao menos agora sabia que logo o mesmo voltaria para falar consigo, ao menos para explicar-lhe melhor o que estava havendo consigo.

— Hoje nós vamos fazer mais uma série de exames, okay, senhor Jeon? — a voz grossa do médico ecoou pelo recinto. O moreno somente acenou com a cabeça e aguardou os enfermeiros arrumarem sua cama para levá-lo à sala de exames.

A cama móvel foi empurrada e, antes de sair do local, Jungkook olhou para o lado, vendo Jimin sentado na poltrona e, apesar de não ter ouvido sua voz, havia entendido completamente o que o outro falou enquanto lhe lançava um largo sorriso.

Não se preocupe, tudo vai ficar bem.

Apesar de ter ficado pouco tempo preso na ala hospitalar, Jungkook sentira uma enorme falta de respirar o ar puro e límpido novamente, já que o ar do hospital estava afetado e possuía sempre um cheiro extremamente forte devido aos remédios e produtos de limpeza.

Sentou-se em um dos inúmeros bancos azuis que ficavam no pátio da clínica. Inalou o ar pesadamente, sentindo seu peito elevar-se para logo descer lentamente. Seus olhos se fecharam no ato, mas isso não o impediu de sentir uma presença ao seu lado.

— Até quando? — questionou, ainda de olhos fechados. Não adiantava mais mentir para si mesmo. Surpreendentemente, Jungkook sentia-se cada vez mais conectado a Jimin.

— Como? — o anjo ergueu as sobrancelhas, nitidamente confuso.

— Até quando essa alucinação vai durar? — Jungkook abriu os olhos, finalmente fitando o outro. Contemplar a beleza do anjo, que tinha uma espécie de brilho próprio, como se fosse banhado a todo instante pelos raios de sol, fez o ar ser expulso dos pulmões do humano, tal como se houvesse levado um golpe. — O-ou deveria chamar de castigo? — acrescentou rapidamente, desviando o olhar e desejando que Jimin não percebesse os segundos que ele passou lhe admirando.

— Até seu último suspiro. — Jimin respondeu direto.

— C-como é que é? — Jungkook balbuciou assustado.

— Quando um anjo é designado para cuidar de um ser humano, nós viramos seu companheiro fiel até a morte. — o anjo explicou de forma simplória.

— Isso se parece com os juramentos que são feitos no casamento. — comenta, soltando uma risada fraca. Pela expressão de Jimin, Jungkook julgou que ele não havia entendido a referência. — Por que você só apareceu agora? — pergunta, após alguns segundos de silêncio.

— Eu também não sei, Jungkook. — Jimin solta um suspiro, ajeitando-se no banco. Seus olhos encaram fixamente os olhos do humano. — Geralmente acompanhamos um humano desde o nascimento, mas com você foi diferente. — dá uma pausa, sem deixar de fitar seu protegido.

Naquele instante, Jungkook tinha plena consciência do arrepio que percorreu toda a extensão da sua epiderme. Sentia como se o outro estivesse lendo sua mente, mas sabia que ele nada encontraria lá. A não ser as inúmeras palavras que Jungkook sabia não serem suficientes para expressar o quanto Jimin lhe afetava de uma forma descomunal e peculiar.

— Então, você teve alta? — Jimin voltou a perguntar, depois do que parecera um milênio para o humano.

— Sim. — o garoto desvia o olhar, levemente envergonhado. — O médico disse que foi um milagre eu ter me curado tão rápido. — solta uma risada nasalada. — Parece que o mundo inteiro está conspirando contra mim, colaborando com essa loucura toda. É sério, quando que as câmeras irão aparecer e a pegadinha vai acabar? — sabia que sua teimosia já estava repetitiva, mas Jungkook simplesmente não sabia para quem dava o braço a torcer. Se para a razão ou seu coração.

— Eu não sei do que você está falando, Jungkook. — Jimin dá de ombros. O humano pensou que o anjo se irritaria, mas o semblante dele continuava sempre com a expressão calma e meiga. E aquilo desarmava Jungkook completamente.

— Odeio me sentir assim. — o rapaz murmura enquanto curva seu corpo para frente, apoiando seus cotovelos nas pernas e escondendo seu rosto entre as mãos.

— Assim como? — Jimin questionou. Podia ler a mente de Jungkook, mas preferia não o fazer. De certo modo, por mais que o mistério que rondava o seu desconhecido lhe instigasse, Jimin queria que o outro confiasse em si e decidisse desabafar por vontade própria.

— Você é um anjo. — o outro responde em tom zombador. — Não iria entender.

— Mas posso tentar, estou aqui por você. — Jimin se aproxima mais, pousando sua mão no ombro de Jungkook, este que fica estático, não sabendo ao certo como reagir.

— E-eu não preciso de sua ajuda. — gagueja, se levantando bruscamente.

— Mas isso não me impede de querer te ajudar. — o anjo também se levanta, o sorriso carinhoso não abandonando seus lábios fartos.

— Você deveria procurar alguém que realmente precise de você, eu estou bem. Não pedi para nenhum anjo me ajudar. — Jungkook rebate, dando alguns passos para trás, de forma a tentar se afastar do outro. Porém a tentativa era falha, para cada passo que o humano dava para longe, Jimin dava dois para se aproximar ainda mais.

— Você pensa que está bem, mas sabemos que não. Você precisa de mim, Jungkook. E eu sei que não fui designado para ser seu anjo à toa. — Jimin fala convicto.

— Então quer dizer que os anjos são sensitivos? — Jungkook questiona ironicamente, enquanto olhava nervosamente para os lados, desejando que algum médico aparecesse e lhe tirasse dali, levando-o para algum quarto e enchendo seu organismo de calmante, para que ele pudesse dormir e fingir que nada disso havia acontecido.

— De certa forma, sim. — a voz, que apesar de tudo ainda permanecia doce, fez com que Jungkook voltasse sua atenção para Jimin. — Quando nós somos designados a cuidar de um humano, é como se nos ligássemos com eles, como se tornássemos um só. É por isso que eu sei quando você precisa de mim, para cuidar de você, enxugar suas lágrimas, tomar suas dores ou, quem sabe, simplesmente ficar feliz por você estar feliz. — mais um passo e Jungkook sentiu suas costas batendo contra a parede, Jimin à sua frente estendeu os braços para lhe tocar, mas acabara recolhendo suas mãos. — Nós não sentimos isso da mesma forma que vocês, humanos, mas sentimos.

— Mas deve haver algum jeito de mudar isso. — o moreno contrapôs de maneira equivocada.

— Mudar o que acontece há milhares de anos? Jungkook, estamos falando de algo que ocorre desde os primórdios da humanidade e não de um experimento científico. — mesmo que parecesse uma reprovação, Jimin continuava com a expressão calma, a voz delicada e os olhos, em contrapartida, num misto de exaustão e decepção. — Entenda que essa linha que nos liga, nos conecta, é forte demais para ser quebrada, substituída ou acabada. Somente a morte poderá rompê-la, mas você ainda tem muito tempo de vida.

Jungkook desviou o olhar, sua respiração estava acelerada, mas ele sentiu seus membros tensos relaxarem ao toque — veloz demais para que fosse bloqueado — de Jimin em seu peito. Um toque rápido e inofensivo, porém mais efetivo do que qualquer calmante.

— Então... Isso realmente significa que terei que aguentar você até o fim dos meus dias? — questionou num balbucio, agora já mais tranquilo.

— Exatamente. — Jimin solta uma risada baixa. — Estarei lá até mesmo para te acompanhar ao descanso eterno.

— Não me diga que você vai continuar me seguindo até depois da minha morte. — Jungkook fala com seu habitual tom irônico, este, que passava despercebido pelo anjo.

— Não estarei presente em todos os momentos, porque terei que continuar com minha função aqui na terra... — o anjo estendeu novamente sua mão, porém dessa vez, a pousando sobre a bochecha de Jungkook, deixando ali um suave e simplório carinho. O humano prendeu a respiração, surpreendido pela ação inesperada, mas não afastou-se ou mesmo impediu-o. — Mas repito, nossa ligação será para a eternidade, Jungkook. E nada poderá mudar isso.


Notas Finais


Música: https://youtu.be/j9FfYWp_d5w



AEWWW, MAIS UM CAPÍTULO!!!! Espero que tenham gostado <3 Novamente, obrigada por todos os novos comentários e favoritos SOCORRO EU REALMENTE TO VOMITANDO ARCO ÍRIS SAKLSNAKSLNASA

Mil perdões pelos possíveis erros, até logo <3

E aaah, calmae. Quem ae tem kpop amino????? Adicionem a tia aqui O/// http://aminoapps.com/p/ljzw7

Se alguém quiser socializar: https://twitter.com/aspandicorn

XOXO


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