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História Remnant - Uma (des)conhecida


Escrita por: Lostsilly

Notas do Autor


Hey, hey! Tudo bem com 'ocês? I do hope so. ❤

Mais um cap e espero que gostem. Boa leitura e leiam as notas finais pretty please. ❤❤❤

Capítulo 11 - Uma (des)conhecida


Fanfic / Fanfiction Remnant - Uma (des)conhecida

“Eu não sei o que devo fazer, sendo assombrado pelo seu fantasma.”  

― Lord Huron - The Night We Met 

 

Anteriormente...

– Ele é um demônio. – Respondeu, tomando um gole de sua bebida. – E pelo visto, uma das únicas pessoas legais nesse lugar. – Aumentou o tom de voz, tentando fazer sua voz ser ouvida por cima da música.  

– Isso... isso já é demais. – Agora era eu quem ria com ceticidade. – Você sabe que dizendo isso você implica na verdade sobre diversas outras coisas, certo?

Ela me olhou cheia de si, parecendo orgulhosa de me ver dizendo isso:

– Hey, você disse que acreditava em mim. – E com o lembrete, ela bateu seu copo no meu. – Feliz aniversário. – Piscou, o mesmo preto de segundos atrás aparecendo agora em seus olhos azuis em meio ao ato.

Agora...

Ela sabia que hoje era meu aniversário? As coisas estavam ficando realmente curiosas por aqui; a essa altura, eu deveria ser a única pessoa no mundo que sabia quando era meu real aniversário. Nem Gaspard, que dizia saber tudo sobre todos nós no I.C.E., sabia qual era o dia verdadeiro.

– Merda. – Dei uma risada fraca. – Por que eu estou sempre envolvido com as pessoas más?

Isso a fez comprimir os lábios, em uma atitude que dizia que ela não havia gostado de ouvir isso:

– E quem disse que eu sou uma das pessoas más? – Disse, tomando mais um gole, pensando no que falaria a seguir. Ela estava escolhendo palavras. – Os olhos pretos nunca foram um problema para você.

Nunca foram um problema?

Do que ela estava falando? A minha vontade era de perguntar que merda estava havendo ali, mas isso seria bobagem. Ela queria algo e nunca falaria o que era. Tomei mais um gole da bebida estranha, engolindo junto toda minha impaciência. Eu precisaria de toda minha calma aqui.

– São bonitos, apesar de tudo. – Dei lhe um sorriso. – O pessoal aqui não parece aprecia-los, no entanto. – Passei os olhos pelo lugar. Quase todos a olhavam como se ela fosse tudo, menos bem-vinda.

Ela me olhou pensativa por baixo da fachada cínica.

– Gosto não se discute.                                             

Levantei as sobrancelhas, impressionado, percebendo que gostava disso nela. Não dar a mínima para o que as pessoas ao seu redor pensam... Tarefa difícil.

– Gosto não se discute. – Concordei, levantando o copo para brindarmos novamente.

(...)

Em algum lugar pelos arredores de Nevada, 2016.

Julho.  

– Nope. Eu quero tudo. – Falei para o sujeito branco a minha frente.

O vampiro não pareceu gostar nada das minhas exigências. O que eu podia fazer se meu número da sorte era 21?

Um dia desses eu tinha jogado pôquer com o indivíduo aqui mesmo nos Los Beats e perdido tudo. Tudo. Até os meus sapatos se foram nessa história. Sem contar a Royal de Aidan – a essa altura, eu não me emprestaria mais nada se fosse ele, principalmente se o assunto fosse motos.

– Sabe, essa tatuagem de caveira na sua cabeça poderia te livrar dessa. Eu realmente gostei dela, ouvi falar que foi você mesmo que a fez... – Falei, me fazendo confortável na cadeira enquanto ele jogava todos os seus pertencentes na mesa. Por que vampiros tinham que ser tão exibidos? Eu já entendi que vocês têm grana, não precisa sair de casa coberto de ouro. – Mas.... Não, já tenho um tatuador.

– Estou vendo. – Respondeu, todo rancoroso enquanto olhava para o meu braço. Precisava disso? Algumas pessoas não sabem mesmo perder.

– Sabe... – Dei uma olhada lá pra fora por uma das janelas do bar. –  Me dá essa sua jaqueta aí também. Tá meio frio lá fora e eu esqueci a minha. – Ele me passou a jaqueta. Meio chateado, mas fazer o quê? 21 era meu número da sorte. Coloquei o que era de valor nos bolsos da calça jeans e vesti sua jaqueta, levantando da cadeira. – Foi muito lucrativo jogar com você. – Sorri e lhe dei um aperto no ombro, recebendo de modo muito ingrato uma cara feia.

Dá pra acreditar? Eu estava pensando em pagar um drink pra esse cara.

Fazendo jus ao nome, o Los Beats tinha um gosto musical muito bom. Me sentei no balcão, compartilhando os mesmos pesares que o Whitesnake. Delgol, um dos branquelos legais – tá, depende da sua compreensão sobre o termo legal – me ofereceu uma cerveja.

– E, aí, Sebastian. Vejo que dessa vez tem seus sapatos pelo menos. – O desgraçado morreu de rir da minha situação com o tatuado ofensivo.

Olhei para ele.                                                   

– Eu me pergunto o que a Leana vai achar quando descobrir sobre a sua... hm, como você chamou mesmo, ah sim, “Pesquisa de Campo” da semana passada.

Ele limpou a garganta:

– Ela já sabe. – Passou as mãos pelos cabelos. – Não se pode esconder muito de uma mulher como ela.

Dei um sorriso satisfeito:             

– É, não se pode. – Tomei enfim a cerveja.

Pela atitude dele, Leana devia ter lhe dado uma boa lição. Merecida, destaco. Traição era uma coisa muito idiota. E Leana, cristo, ela era diferente de qualquer uma que eu já tinha visto. Toda pálida e com aqueles cabelos castanhos..., um ar meio siberiano... sei lá. Eu não me importaria se ela me seduzisse ou coisa do tipo...

Vampiros do Sul tinham sérios problemas.

Senti alguém se aproximando. Me virei, recebendo as unhas de Bethany no meu pescoço com um grande sorriso. Todo esse lance da Leana tinha me deixado animado. Ela tinha chegado bem na hora.

– Um dos caras aqui me deu um presente. – Falei no ouvido dela. – Quer ver comigo se devo devolver ou não?

Ela sorriu de um lado, assentindo. Deixei uma nota em cima do balcão e peguei a mão dela, a levando para fora do Los Beats. Do lado de fora, busquei no bolso pelo chaveiro que o vampiro tatuado tinha colocado em cima da mesa. Um acender e apagar de farol me deixou saber ao que aquela chave pertencia. Caminhonetes não eram muito meu estilo, mas ela estava tão bem estacionada, logo ali no lado menos iluminado que.... É, serviria.

Eu gostava da Bethany por esse motivo: como eu, ela também me queria e para acharmos um jeito de nos encaixarmos – da melhor maneira –  dentro daquela caminhonete, levou apenas um piscar de olhos. Eu queria poder me sentir um ogro insensível, porém dessa vez quando a penetrei, não estava pensando se ela iria gostar ou não, eu só buscava o fim da minha própria angústia e desculpas nem se passavam pela minha mente. Sexo era sempre complicado para mim: eu nunca conseguia estar totalmente ali no momento. Com a Bethany, esse problema parecia quase resolvido e por isso, eu não conseguia me controlar perto dela. Mas então, quando acabava e eu puxava o zíper da minha calça, nem ela era capaz de parar o sentimento de que aquilo havia sido um erro.

(...)

– O bom filho a casa torna.  – Foi me dito enquanto eu subia as escadas da Casa Grande pela primeira vez em semanas.

Aidan era um saco.

– Haha. – Passei reto por ele, indo em direção ao cômodo em que eu dormia.

Amanhã – tá, hoje mais tarde – eu já teria que inventar alguma merda para Gaspard sobre onde eu estive essas semanas. Bom, sabe o que é, eu estive por aí andando com umas criaturas meio bizarras tentando entender em que merda eu havia me metido. Detalhe: enquanto isso, gastei todo meu dinheiro e só hoje consegui recupera-lo. Pesquisas custam caro. Principalmente no Mundo Complementar.

– Eu não vi a minha Royal lá fora... – Aidan disse, me seguindo. – Por que eu não estou surpreso, hein?

– Posso tê-la deixado em outro lugar. – Dei de ombros.

Eu não tinha, mas ele não tinha que saber disso agora.

– Hm... Sebastian, você precisa s... – Aidan me parou, o tom mudando enquanto eu me preparava para entrar no quarto.  

O encarei, antes mesmo de ele terminar de falar sobre sua moto novamente:

– Você não tem mais nada pra fazer da sua vida?

– Sério, esper... – Tentou dizer, mas eu já tinha aberto a porta.

Uma garota que eu nunca tinha visto na vida estava lá dentro. 

– É... Oi, Spike. – A garota disse, quase tímida, mas ainda, encontrando um jeito de sorrir.

Se não fosse pela frase, eu não conseguiria adivinhar. Era... Paige.

Nossa. Eu não via ela há... anos. Desde o dia em que o seu pai me deixou trancado por dias depois de eu ter me recusado a ser marcado como castigo por ter entrado em seu quarto. Eu fui marcado, de qualquer jeito, mas não antes de quase morrer de fome.

Eu não tinha tido mais notícias dela. Por alguns meses, eu me perguntava por que não a via mais pela casa – até tinha ido ao lugar que antes era seu quarto, porém Gaspard havia trancado o lugar. O tempo passou e sinceramente, não me importei mais sobre o que havia acontecido com ela. E neste momento, eu só queria que ela voltasse para onde havia ido.

– Oi pra você também, Paige. – Aidan disse, se encostando na porta ao meu lado.

Ela riu, parecendo feliz por estar ali:

– Eu acabei de falar com você, Aidan.

Merda, ela estava diferente. Agora, seus cabelos estavam longos e pude perceber pela primeira vez que eles eram de uma cor meio rubra, beirando entre o ruivo e o vermelho. Nada nela me lembrava a garotinha chata que me fazia carregar seus brinquedos. Ela era uma mulher agora.

– E daí? Eu odeio ficar de fora. – Aidan respondeu. – É sempre bom se sentir acolhido.

Cristo. Eu não podia fazer isso agora. Como se pede educadamente para uma pessoa ir embora?

– ...O que você está fazendo aqui?

Com a frase, eu recebi duas expressões. Paige parecia envergonhada de estar ali; Aidan estava mais para “Por que você disse isso?!”.

Por que ele ainda estava aqui de qualquer jeito?

– Hm... Eu pensei que...

Eu sabia que iria ser um estúpido agora, só que era preciso:

– Sabe, esse ramo de negócios ao qual seu pai se dedica pode cansar qualquer um e se você não se importa, eu gostaria de ficar sozinho agora.

Pronto, está aí, é assim que se pede para alguém sair estupidamente.

Dessa vez, as reações que me encontraram diante ao que falei não se diferenciaram muito: ambos me olharam como se eu tivesse acabado de matar um gatinho. Paige olhou para mim por alguns segundos, seus olhos não querendo demonstrar a decepção. Eu esperei. No final, ela não disse nada, apenas assentiu e saiu do cômodo. Finalmente, pude respirar. Olhei para a porta, encontrando Aidan ainda ali. Ele balançou a cabeça, me olhando com uma expressão semelhante à de Paige quando esta passou pela porta:

– Você e eu sabemos que ela não tem nada a ver com isso. – Se virou e foi embora.

Quem disse que era sobre isso que a situação toda se tratava?

 


Notas Finais


Vish, akjhskjhs.

E aí, o que acham que vem daqui pra frente? KJASKJHD, me contem nos coments. XD

Desculpem pelo atraso do cap, a semana passada foi meio complicated, mas enfim consegui terminar o cap e espero que tenham gostado! ❤❤
Qualquer erro, só falar! O/

Cya e um bjão de pizza, LP's! ❤


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