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História Renascida. - Capítulo 36.


Escrita por: Kah_9uchiha

Notas do Autor


Desculpem a demora... tem projetos, seminários, provas, vestibulares. Acho que vocês me entendem né.

Boa leitura.

Capítulo 37 - Capítulo 36.


Fanfic / Fanfiction Renascida. - Capítulo 36.

Três dias depois mamãe trouxe o laptop que meu pai havia comprado, e junto como visita, tia Tsunade apareceu. Meu Deus, como ela estava horrível. Nada parecido com o que eu estava acostumada, parecia toda modificada e a impressão que tinha ao vê-la é de que a mesma estava a sofrer de alguma ação alérgica. Seus lábios estão inchados, o rosto meio puxado e com uma expressão dura.

Mamãe apenas deixou meu presente e esperou que sua irmã fizesse o que tinha de ser feito. Ela me abraçou, mas meus braços não conseguem tê-la por completos pois seus seios parecem dois balões de tão grande do que já foram um dia.

— Tia ama, tia cuida! – falou apertando minhas bochechas. – Graças ao meu bom Senhor você acordou e está aí toda bonitona.

— Valeu, tia. Você também está... diferente. – eu não poderia dizer bonita.

— Tive que fazer algumas mudanças. Já falei pra sua mãe fazer o mesmo, mas ela não me ouve.

Tia Tsunade sentou na beira da cama com seu vestido colado de estampa de onça e um sobretudo bege. Ela sorria, mas parecia doer, tudo efeito dos procedimentos estéticos que a mesma fizera, com alguma grana que honestamente fiquei curiosa pra saber de onde havia surgido, mas ela não parava de falar.

— Você tem algumas linhas de expressão desde a adolescência. – disse analisando meu rosto. – É melhor cuidar disso antes dos 40.

— Tia o que...

— Calma! Tenho um presente pra você.

Ela foi pegar sua bolsa enquanto eu trocava um olhar de desespero com minha mãe, que apenas se divertia com aquilo tudo. Mas a verdade é que, eu sempre me irritei com a minha tia, justamente por conta desse seu comportamento meio destemperado, egocêntrico e narcirzista. Todavia, tinha de suportar.

— Foi algo simples, que vi em Paris e achei sua cara.

O presente foi posto sobre minhas pernas imóveis. A sacola é rosa, mas a total atenção ia pra um símbolo preto famoso no mundo da moda e consumista.

Chanel.

Minha mãe olhava com desdém, mesmo ainda se divertindo com a minha cara de espanto. Qual banco ela havia roubado pra conseguir tanto dinheiro? Eu queria poder perguntar, mas seria rude demais, deixaria minha mãe furiosa e a tia Tsunade com os sentimentos feridos. É, apesar de tudo ela tem sentimentos.

Tirei a fita branca que mantinha a sacola fechada, e em minhas mãos logo veio o presente, de couro rosa, com detalhes em dourado. Era pequena, mas já chamava muita atenção. Coloquei a bolsa no ombro. Confesso que amei, apesar de achar um exagero, pois acredito que não seja um típico presente que se dar a alguém que acordou de um coma.

— Obrigada tia, ela é linda.

— Sabia que ia gostar. Quem não gosta de Chanel? – ela disse abrindo um sorriso, como uma típica rica esnobe que pode existir.

Depois disso ela foi embora, tinha hora marcada no cabelereiro e já estava atrasada propositalmente vinte minutos. Mas pelo menos tive tempo com minha mãe que logo me contou o que havia acontecido com a tia Tsunade. E dizendo com suas palavras: ela conheceu um velho milionário, se casaram e a festa durou três dias, agora moram na Irlanda, mas ela está sempre na América.

De certa forma foi só uma confirmação para o que eu já suspeitava. No entanto, eu não achava ruim, fico contente em saber que minha tia mudou e que talvez eu possa conviver com sua nova personalidade. Desde que ela não queira arrastar minha mãe para o fundo do poço novamente.

...

Mesmo estando presa à cama, sei das coisas que os médicos – mais especificamente Hidan – planeja ao meu respeito quando sai do quarto com os meus pais. Na hora de tomar um dos meus medicamentos, a enfermeira deixou escapar algo que eu já necessitava ouvir.

“Soube que vai embora na terça-feira.”

Ela contou no sábado.

Mas agora, é terça. E mesmo sem comentar nada com os meus pais, Hidan ou Tenten, eu permaneci calada. Mas a enfermeira também não mentia.

Antes do almoço, Hidan apareceu com Tenten. Eles pareciam contentes, não escondiam o sorriso. Mamãe os acompanhava também, mas ela não conseguiu conter o choro.

Ambos saíram da porta, e um enfermeiro entrou empurrando uma cadeira de rodas. Por um vislumbre, lembrei de Hinata, mas logo se dissipou. Fiquei apenas encarando aquela cadeira, que obviamente seria minha companheira até eu me recuperar cem por cento.

— Sakura, hoje você sair dessa cama. – falou Hidan esticando os braços.— Vamos? – ele se aproximou.

Eu não tive o que falar ou o que expressar. Apenas ansiei por aquela cadeira, pelas paredes que não fosse aquelas, pelas janelas que me mostrassem além do que eu via todos os dias e por sentir que eu posso sair daqui e ficar livre da cadeira também. Praticamente me joguei nos braços de Hidan. Ele tem um cheiro bom.

Fui colocada na cadeira. Até que é confortável.

Mamãe fez questão de me guiar, e ao sairmos do quarto, a equipe médica estava no corredor, esperando por mim com sorrisos orgulhosos. Algumas enfermeiras choravam, sei que um momento como esse deve ser de dever comprido para eles, mas acredito que tudo está apenas no começo.

A UTI é grande, parece uma cidade. Pegamos um elevador que suportou nós cinco, sendo que eu estou em uma cadeira de rodas acessível para meu tamanho. Não sou pequena, tenho 24 anos e meu corpo agora é de mulher, não posso ignorar esse detalhe. Olho para baixo e vejo minhas pernas esticadas e até mais cheinhas.

Costumava ser magra.

Quando chegamos à recepção, senti olhares sobre mim. Aquelas pessoas provavelmente só ouviam ao meu respeito, ou talvez estivessem lembrando o ocorrido naquele tempo. Mas eu não ligava, estava concentrada demais no carro do meu pai que estava a minha espera, já com as portas abertas.

Senti o calor do verão de Chicago. Vi as coisas fora do hospital como se fosse à primeira vez. Era magnifico. Mamãe guardava minhas coisas, enquanto Hidan se agachava pra ficar a minha altura.

— Eu disse que você sairia antes do que podia imaginar. Vou sentir saudades.

— Pode ir visitar, se tiver tempo. Minha mãe é uma ótima cozinheira. – falei enfatizando ambos.

— Podem me aguardar.

— E você? – perguntei virando-me para Tenten.

— Nossa rotina não mudou, apenas o local.

Achei bom que Tenten continuasse ao meu lado. Ela é nova para mim, tê-la por perto não me faz recordar o passado e ter que suportar rápidos flashbacks daquele tempo. Apesar de que, era somente a mesma comigo agora. Shikamaru apareceu, mas ele não é uma garota.

Tenten poderia ser minha amiga.

E enquanto dobrávamos as ruas da cidade, raspando cuidadosamente os prédios, as pessoas, árvores e até mesmo o céu, eu senti que as coisas agora são reais. A sensação é de que acordei apenas de um sono, as ruas me fazem acreditar que não se passaram sete anos, que é só mais um dia de novembro de 2007 e eu estou de ressaca depois daquela festa.

Contudo, volto logo à realidade quando vejo o prédio em que cresci. Ele continua o mesmo, porém parece desgastado, mesmo com a nova demanda de tinta, e para mim agora ele também é menor do que eu costumava achar. Mas pelo menos o estacionamento no subsolo tem uma aparência mais agradável, só que ainda meio assustador.

Mamãe revela: o porteiro Watson faleceu há dois anos. Ele já estava velho, adoentado e não suportava a ideia de inutilidade; foi enquanto dormia, não sentira dor. Ela revelara também que ele sempre ansiava pela minha volta, e aquilo definitivamente quebrara minhas pernas. O senhor Watson era um bom homem, que adorava os meus amigos, conta-los histórias sobre a velha Inglaterra. Mas agora não há um e nem outro.

E já de frente para a porta de casa, mamãe fez suspense. Achei desnecessário, mas em todos esses anos sei que é uma ansiedade para ela.

— Bem vinda de volta à sua casa.

A porta foi aberta. E lá estavam, os cômodos, as cores, os móveis, o cheiro... nada mudou. Entrei passeando com as pontas dos meus dedos nos retratos, no sofá, na bancada da cozinha. Por que continua tudo igual? Chega a ser estranho. Quando quero me acostumar à nova realidade, ao ano, às pessoas. Mas parece que tudo está lá ainda, o passado cutucando o futuro que não vi chegar. Mamãe percebera minha indiferença.

— Algo de estranho, Sah?

— Não, não há nada de estranho, esse é o problema. – falei em um sussurro

Mamãe ficou incrédula, aliás, foi um esforço seu manter tudo conservado, de bom uso para que provavelmente eu não estranhasse a nova geladeira ou a nova cor da parede da sala. Ela queria que eu sentisse como se nada tivesse mudado.

Andei até o meu quarto. Não lembro como o deixei antes de sair para a festa, mas ao entrar, notei a bagunça razoável. Mas não fora aquilo que me chamou a atenção. A janela estava aberta, deixando a luz natural entrar assim como lembranças de uma vida não vivida e de uma paixão imaginária. Andei até ela, com o coração batendo rápido como se eu fosse vê-lo do outro lado, com o seu cigarro entre os dedos e esperando por mim, mas o peito só apertou, quando não vi nada além de uma janela fechada e a solidão do outro lado.

— Vamos deixa-la sozinha. – falou papai fechando a porta.

Sentei na beira da cama, extasiada por tudo que estava acontecendo. É, a ficha caiu Sakura. Vinte e quatro anos, sem ter completado o colegial, entrado pra faculdade de medicina, desempregada, ainda morando com a mãe, sem amigos, sem uma paixão... essa não foi a vida que sonhei pra mim.

Estava tudo certo, como dois mais dois é igual a cinco!

 


Notas Finais


Aos poucos a situação de Sakura vai melhorando e bons acontecimentos irão vir também!
Aaah, fiz um Jornal a respeito do casal SasuSaku https://spiritfanfics.com/perfil/kaat_9uchiha/jornal/sasusaku-e-real-6757329 dêem uma lida e comentem o que acham também, seria interessante.
Espero que tenham gostado desse capítulo, bj. <3


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