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História Renegades - Devil's tryna tempt me


Escrita por: FeJA

Capítulo 3 - Devil's tryna tempt me


POV. Lucy

Não acreditei que estava me deixando levar por isso, mas a cada novo toque dele eu me rendia um pouco mais, a cada vez que ele sugava meu lábio ou mordia o lóbulo da minha orelha eu desejava mais. Eu estava entregue, sabia que iria me arrepender depois, que ele não vale a pena, mas ele sabia dominar muito bem cada insegurança minha as tornando em desejo. A essa altura, me flagrei desabotoando a camisa dele quando eu já estava apenas em peças íntimas. Parei tudo o que estava fazendo e o olhei.

– Espera, eu tenho que te contar uma coisa! – Ele me olhou frazindo o cenho.

– Então fala! – O Harry me pareceu com pressa em resolver o problema com o volume em sua calça.

– Eu nunca fiz isso – Me senti envergonhada, não sei porquê. Normalmente o meu hímen intocado era motivo de orgulho pra mim.

– Acha que não reparei? Sei que sou tudo de bom, mas nenhuma garota fica molhada assim tão facilmente. E olha, não tô afim de ir me satisfazer com outra – Satisfazer com outra? Nossa como aquilo me atiçou, não queria saber dele tocando mais ninguém. Voltei a beijá-lo e ele sorriu safado.

POV. Harry

Desci a minha mão pela lateral do corpo dela explorando-a de todas as forma possíveis. Tirei seu sutiã, ela não é do tipo que tem seios avantajados, mas mesmo assim eles davam pro gasto, passei a chupar um de seus seios e só com isso ela deu uma gemidinha. Ri comigo mesmo. Pra quem dizia que não era como uma das minhas vadias, até que tava se saindo como uma. Levei uma de minhas mãos a sua intimidade a estimulando, embora não precisasse muito porque ela estava ensopadinha. Não fiquei assim por muito tempo, baixei a minha calça junto com a minha cueca box e a penetrei com tudo.
  Ela grunhiu de dor, não estava preparada o que a deixou tensa, por isso estava tão apertadinha. Comecei a estocá-la em movimentos lentos e profundos.

POV. Lucy

Ele sabia me tocar do jeito certo, o ritimo certo, bem, ele me machucou, mas depois fui me acostumando e tomando gosto, o prazer estava falando mais alto. Harry estava grunhindo rouco ao pé do meu ouvido e aquilo estava me fazendo delirar. Minhas mãos estavam emboladas em seus cabelos, passei a beijá-lo outra vez, ele mordeu levemente o meu lábio inferior e desceu até os meus seios deixando beijos e chupões entre eles. Apertei meus olhos o sentindo dentro de mim, as mãos dele que apertavam os meus quadris me fizeram emergir em uma total sensação de domínio. Meus gemidos saiam sem que eu pudesse controlá-los muito bem, mas ele levou a mão a minha boca abafando-os, deixei de sentir as minhas pernas, minha intimidade se contraiu mastigando seu membro, acho que tive o meu orgasmo, ele chegou ao ápice junto a mim.

                              [...]

Acordei com barulhos vindos da porta do meu quarto se abrindo, abri meus olhos esperando encontrar o Harry saindo. Nós havíamos feito mais uma vez no meu quarto, e uma vez superou a outra, mas não era ele quem saía, na verdade acho que ele deve ter ido a bastante tempo, mas como adormeci, não cheguei a notar. Quem estava ali era Anna, me sentei na cama, por sorte venci a preguiça e tinha vestido uma camisola. Ela me olhou.

– Desculpe querida, não queria ter que te acordar – Ela suspirou, sua expressão não era nada boa. Ai caralho, eu tô muito fodida mesmo, só faço merda, na certa ela sabia que eu tinha transado com o Harry, claro, ela com certeza sabia disso. Senti meu corpo todo enrijecer, esse era o efeito da culpa agindo sobre mim, já ia abrir a boca pra me explicar, mas ela começou falando antes. – Não consegui a licença pra faltar a conferência, viajo ainda essa noite.

Suspirei aliviada e ela fez uma pequena exclamação com o olhar.

– Pode ir sem se preocupar Anna, já sou bem grandinha, posso muito bem cuidar de mim sozinha. – Ela sorriu, mas pareceu não achar o mesmo.

– Infelizmente eu não vou poder te deixar aqui, sei que ainda precisa voltar ao colégio, portanto o Louis vem pra me levar ao aeroporto e te levar pra a casa dele.

Agora foi a minha vez de soltar uma exclamação.

– Ele aceitou isso na boa, tipo "Você vai ficar responsável por uma adolescente"? – Ela riu, e não entendi o motivo.

– Digamos que ele aceitou por livre e espontânea pressão! – A Anna caminhou até a cama e sentou na pontiha a meu lado. Beijou a minha testa e torceu o nariz me olhando, provavelmente eu estava empregnada com o cheiro do Harry.

– O Harry foi gentil com você? – Ai meu Deus, sabia que ela ia notar, agora sim eu estava ferrada.

– Claro, o uso do "Por favor" e "obrigado" é obsleto nos dias de hoje, quem vai usar essas palavras quando pode simplesmente sair dando ordens como se fosse dono do mundo? – Ironizei revirando os olhos o que a fez rir.

– Bem típico dele, é o menos paciente dos garotos – Ela levantou. – Você mal tirou suas roupas da mala e já tem que sair colocando tudo de novo, eu sinto muito por não poder estar aqui com você, mas prometo te recompensar quando voltar, iremos fazer muitas coisas juntas, e não tem como fugir.

– Olha, que eu sou do tipo que cobra – Ri me levantando.

– Vou te ajudar com a mala, vai vestir algo e volto em um instante – Assenti e ela saiu do quarto.

Vesti um vestidinho preto e amarrei um casaquinho na cintura, esse também era preto, coloquei meu tênis branco outra vez e concluí que tava bom até demais, não gostava muito de ficar provando roupas, e por minha preguiça de procurar algo melhor, preferi ficar do jeito que tava mesmo. Não tinha muito o que fazer com o meu cabelo já que é curtinho, então o deixei solto mesmo.
A Anna retornou trazendo uma caixa com Donuts, eu e ela devoramos tudo enquanto organizamos a minha mala.
Alguém bateu na porta.

Troy.

– Entra! – Falamos em uníssono.

– Eu só vim avisar que o Louis já tá lá embaixo! – Ele abriu a porta nos olhando.

– Bem a tempo. – Anna tirou a mala de cima da cama e Troy veio até ela nos dar uma assistência.

– Anna, me deixa cuidar dessa mala, vai pegar a sua.

– Não, não. A minha já tá lá embaixo a um tempão – O Troy saiu a carregando com ele.

Ela ia saindo do quarto, mas viu que eu fiquei.

– Anda, querida! – Ela gesticulou com a mão pra que eu saísse do quarto.

– Nunca é tarde demais pra se ir ao banheiro, certo? – Ela concordou sorrindo e eu logo tratei de ir usar o banheiro.

                             [...]

– Não a deixe no meio dos garotos, evite que falte qualquer coisa a ela. – Ela pareceu entregar algum dinheiro a ele.

– Mãe, você sabe que tenho dinheiro – Ele revirou os olhos, Anna fez menção de uma réplica, mas pigarreei e o olhar dos dois voltou-se pra mim. Ele sorriu.

– Lucy, você é mais gorda do que eu lembrava! – Filho da puta!

– E você é mais decrepto do que eu pensava – cheguei mais perto e simulei uma cara de espanto. – Eita, pior ainda do que visto da escada!

Rimos e ele me puxou pra um abraço.

– Temos que fazer a minha mãe pensar que eu realmente vou cuidar de você – Ele finjiu estar falando apenas pra mim e eu assenti me desvencilhando, tinha tomado um banho pra tirar o cheiro do Harry. Me agradeci mentalmente.

– Espero que esteja brincando Louis, sua tarefa é cuidar bem da minha Lucy! – Já estávamos saindo até o carro, as malas já estavam nele.

– Pode relaxar mãe, só não demora muito a voltar!

– É o que eu espero – Entramos no carro, a Anna na frente e eu no banco de trás.

O celular do Louis tocou e ele atendeu suspirando.

– Manda.

[...]

– Não dá caralho, já falei que ia estar ocupado por hoje.

[...]

– Não, na minha casa, não na sua.

[...]

– Filho da Puta! – Ele desligou.

Eu e a Anna nos olhamos pelo retrovisor, ela parecia entender algo, mas eu estava na mais completa ignorância. Odiava ficar por fora das coisas, me dava uma sensação de falta de controle, e eu, que sempre busquei não ficar saturando a vida alheia, me vi incomodada como um peixinho fora da água.

A ligação foi finalizada. Louis suspirou outra vez e um silêncio tomou conta do carro.

– E então Lucy, não nos falou como é no seu colégio. – Anna tentou quebrar o silêncio massivo, o Louis parecia nem estar mais prestando atenção em nós duas

– É chato. – Falei entediada e ela deu uma risadinha fraca.

– Fim da linha pra a senhora dona Johannah – Ele falou parando o carro em frente ao aeroporto.

                         [...]

O Louis tinha ído estacionar enquanto acompanhei a Anna na fila do check-in, recomendações sobre os próximos dias foi o que não me faltou, não entendi o porquê de tanta preocupação em me deixar com o Louis, afinal, ele me pareceu um cara centrado.
Difícil foi sair dos braços da Anna e deixar ela ir. Passei os últimos minutos antes do embarque em um abraço aconchegante até que tive que ceder e deixá-la ir, não importava quanta manha eu fizesse, ela tinha que ir.

Eu e o Louis passamos em uma lanchonete e compramos hambúrgueres e fritas pra a viagem e depois seguimos pra a casa dele. As coisas com essa família só me deixavam cada vez mais intrigada,a casa do Louis não era uma casa como eu tinha em mente, era uma casa enorme em um bairro nobre da cidade, se até mesmo cubículos aqui poderiam custar uma nota, não queria nem saber de quanto dinheiro ele teve que desembolsar pra comprar esse lugar que além de enorme, era também muito luxuoso. Essa foi apenas a impressão que tive do lado de fora, mas ao entrar fiquei ainda mais impressionada, o Louis me olhou analiticamente.

– Vamos comer? – Ele falou enquanto colocava a minha mala em um cantinho atrás do sofá e eu coloquei o nosso lanche na mesa de centro.

– Nossa, tô faminta – Me sentei no carpete ao lado da mesa de centro e ele sentou ao meu lado pegando o Hambúrguer dele, a TV nem tava ligada, e ficar mastigando ao lado dele naquele silêncio estava me deixando constrangida.

– O que aconteceu na cozinha aquele dia? – Ele puxou o assunto.

– O seu amigo queria mandar em mim, apenas isso – Dei de ombros.

– Não acredito que ele saiu do sério com uma coisa mínima dessas – Ele suspirou deixando o Hambúrguer de lado.

– Sua mãe disse, que vocês sempre encontraram motivos pra se estranharem.

– Acha que eu quem tava procurando motivos? Se ele encostar qualquer dedo em você, vou ter o maior prazer de o mandar fazer uma visitinha pro vermelhão que fede a enxofre.

– Para Louis, nem fala uma coisa dessas! – Ele falava de tirar a vida de alguém como se pra ele aquilo fosse uma coisa natural – Vamos ver alguma coisa nessa TV?

– Claro! – ele sorriu fraco pegando um controle, com ele fechou as percianas e baixou a intensidade da luz, logo depois ligou a TV. Wow, aquilo me impressionou de verdade.

– Eita, sua casa tá possuída! – Ele riu com isso me olhando.

– Acho melhor eu chamar um exorcista, o que recomenda?

– Sem dúvidas, não há melhor escolha. – Ri junto com ele e depois voltei minha atenção a TV.

– O que acha desse filme? – Era um desses filmes antigos de faroeste.

– Ele me parece bom, gosto desse gênero – Ele pareceu um pouco surpreso.

– Você é a primeira garota que ouço dizer isso.

– Tenho gostos muito peculiares – Dei de ombros e ele sorriu meneando a cabeça.

Devo ter adormecido no meio do filme no ombro do Louis, apenas me despertei com o barulho da porta abrindo e alguns cochichos, senti olhares sobre nós.

– Tá pegando a hospede da sua mãe Louis?! – O Niall falou alto e o Louis despertou, elevei meu olhar em sua direção. Ele não estava sozinho, e sob a sua companhia haviam o Liam e o Harry, meu olhar ficou no dele que parecia irritado com a minha presença ali.

POV. Harry

A Lucy adormeceu sob meu peito e tive um pouco de dificuldade em me desvencilhar dela, mas consegui me levantar. Havíamos feito mais uma vez, e na cama a vadia ficou mais confortável, pude fodê-la com força.
Me vesti e deixei o quarto logo descendo. Recebi uma ligação, era o Brad.

– Por que está me ligando cacete? – Atendi e saí da casa indo até o meu carro.

– Temos problemas, três dos seus caminhões foram interceptados, têm uns merdinhas aqui! – Ele falou tudo em uma exclamação e por trás de sua voz pude ouvir tiros.

Entrei em meu carro e dei a partida saindo acelerado.

– Como assim porra?! São os tiras? –  Ele não respondeu, o sinal falhou e a ligação foi finalizada. – Porra! – Gritei nervoso batendo as mãos no volante. Redirecionei a ligação pro Liam que prontamente me atendeu.

– Fala cara!

– Onde você tá Liam?!

– No laboratório de Monterey, por quê?

– Preciso que investigue algo com urgência pra mim.

Ele era mais o nerd de nós, quem fazia o controle do laboratório junto aos químicos.

– Cara eu tô bem ocupado.
– Cacete, acho que esse moleque não sabe o significado de "urgente".

– Cara, eu vou tentar ser mais claro. Interceptaram três dos nossos caminhões cheios do nosso produto, são quarenta e cinco toneladas cada, vinte mil por quilo, o que dá uma somatória de novecentos milhões por cada caminhão. Tem noção do tamanho do prejuízo?!

– Dois bilhões  e setecentos milhões de dólares – Ele concluiu.

– Porra, eu não tô te pedindo pra calcular, quero que me ajude a descobrir quem interceptou. Seriam dez caminhões a atravessar a fronteira hoje, e se isso for uma ação da polícia, nós estamos fodidos!

– Vou rastrear todos os chamados da Federal hoje, mas isso não tá com cara de coisa da DEA.

– Cara, só faz essa porra, que não estamos com tempo pra ficar de especulação.

– Me dá cinco minutos – Ele pediu e logo desligou.

Foi a minha vez de ligar pro Louis.

– Manda! – Ele atendeu.

– Cara estamos com um problema aqui, precisamos nos reunir.

– Não dá caralho, já falei que ia estar ocupado por hoje. – Filho da puta, ainda prioriza outras coisas.

– Claro, fica nessa de estar ocupado com coisas que outros poderiam facilmente resolver pra você e esquece que temos um negócio onde o nosso sempre está na reta. Quando você tiver na fila de execução não venha falar que eu não avisei. Agora vamos pra a minha casa!

– Não, na minha casa, não na sua.

– Ótimo, como preferir. Estaremos aí dentro de uma hora.

Desliguei bem a tempo de receber outra chamada do Liam.

– O que conseguiu descobrir?

– O DEA não está por trás disso, isso está com cara de que é coisa de outra facção.

– Porra, quem seria louco de nos desafiar dessa forma? – Éramos conhecidos pela nossa força silenciosa, fazíamos sujeira, mas sempre deixavamos os lençóis limpos, abaixo de qualquer suspeita, e zero tolerância com os traidores.
Sabendo disso, quem teria coragem de se meter em nosso caminho? Essa bosta poderia gerar uma grande confusão. Se as pessoas vissem que podem ir contra nós, não demoraria muito até que mais pessoas se rebelassem.

– Trabalharei pra descobrir isso.

– Você tem uma hora pra chegar na casa do Louis, leva o Niall contigo. – Desliguei acelerando ainda mais, tinha que passar na minha casa pra no mínimo tomar a porra de um banho.

                            [...]

Liam, Niall e eu paramos nossos carros na frente da casa do Louis. Descemos e caminhamos até a porta, como já sabíamos a senha do sistema de segurança, entramos na casa.
Pra piorar a minha condição de estresse naquele momento, me deparo com a vadia da Lucy deitada sobre o ombro do Louis na maior ceninha "Casal Nicholas Sparks", ela podia até não ter segundas intenções com ele, mas sabia que o Louis não é tolo de não ter nenhuma pretenção encima dela.
Não sabia porque estava tão irritado com o que vi, afinal só fodi com ela pra a magoar depois.

– Tá pegando a hospede da sua mãe Louis?! – O Niall perguntou e ela elevou a cabeça olhando em nossa direção, fuzilei-a com o olhar. O Louis também despertou.

– Vai te ferrar Niall! – Ele nem teve a coragem de responder, que babaca. Aquilo respondia tudo pra mim.

A observei levantar, puta que pariu como ela tava bonita com aquela cara de quem acabou de acordar. Desgraçada.

– Anda logo, sabemos que vocês não tão aqui pra ficar de piadinha não é mesmo? – Ele levantou logo em seguida.

– Eu vou subir e arrumar as minhas coisas – Ela falou nitidamente nervosa com a nossa presença ali, pegou uma mala que estava atrás do sofá, parecia muito pesada. Seria minha deixa.

– Eu te ajudo com isso – Não sabia o que ela fazia com essa mala aqui na casa do Louis. Todos me olharam estranhando o fato de eu ter me disponibilizado. – O que é? Ela me ajudou mais cedo!

– Você não vai pra porra de lugar nenhum com ela – O Louis interviu.

– Temos um assunto urgente pra tratar agora – O Liam se pronunciou pela primeira vez.

– Vai explicando a situação que eu já venho. – Caminhei até a Lucy pegando a mala dela, o Louis fez menção de vir até nós mas ela o interviu com um gesto na mão.

– Tá tudo bem Louis, estou certa de que ele não me fará nenhum mal, sei que não quer ganhar outro inchasso no olho.

– Fica esperto seu idiota! – O Louis recomendou e eu e a Lucy subimos.

– Onde é que eu tenho que colocar esse trambolho? – Caminhei atrás dela que saiu abrindo as portas dos quartos de hóspedes.

– Neste! – Ela pareceu ter escolhido um.

Caminhei até o quarto e coloquei a mala sobre a cama, a olhei.

– O que caralho você tá fazendo aqui com o Louis?

– Nós estamos juntos, não ficou claro pra você lá em baixo?

Essa mina só podia estar de brincadeira com a minha cara, vadia da pior qualidade, a poucas horas era comigo que ela estava.
Ri sem humor passando a mão pela cabeça.

– Acho que agora posso dizer que você fez jus ao rótulo de puta!

– Era você quem estava com uma vadia mais cedo, ou pensa que esqueci da vagabunda mal vestida que foi buscar aquela mala de dinheiro? – "Ela tava fazendo isso pra me provocar porque achava que eu tinha algo com a Gemma?" Pensei comigo mesmo.

Ri alto.

– Do que você tá rindo ótario? Me conta que eu quero rir também!

– Fala pra ela o que você acabou de me falar e você vai levar uma boa surra.

– Tá pra nascer o dia em que eu vou brigar com uma garota por macho, ou melhor dizendo. Por você, que é um merda, não vale nada!

– Não valo nada, mas pra te foder gostoso eu bem que valia não é? – Ela franziu o cenho irritada.

– Aquilo foi apenas sexo, as pessoas fazem isso não é mesmo?! – Foi a minha vez de franzir o cenho. A puxei pra mim levando minha mão a sua nuca.

– O Louis é careta demais pra pegar alguém da sua idade, ele meio que tem "valores" – sussurrei contra os lábios dela que só com isso já amolecia em meus braços.

– Tem razão, seu idiota! – Ela murmurou antes de me beijar, colei o corpo dela contra o meu. Tinha feito isso poucas vezes, mas já tava viciado. Explorei a boca dela e seus sabores, não tinha nada de certo ali, eu nunca tinha chegado a tanto com uma garota antes, talvez um beijo ou dois quem sabe, mas nada depois de já ter transado. Eu ainda poderia a magoar, eu iria a magoar. Meu novo brinquedinho seria ela.

– Agora, você é minha Lucy! – suguei o lábio inferior dela antes de me desvencilhar da mesma e sair do quarto.

POV. Lucy

Não acredito que disse a ele que tava ali porque estava ficando com o Louis. "Tinha como ser mais infantil Lucy?"  Tava me odiando por ter deixado ele entrar dentro de mim, por deixar aquele beijo dele revirar tudo o que eu tinha de sensato.
Afinal, quanto do Harry eu conhecia? Apenas seu nome e como eu fico perdidinha quando ele está por perto. Uma vida inteira andando na linha, sabendo exatamente qual seria o próximo passo a dar na minha vida, e apenas dois dias o conhecendo e eu já nem me conheço mais.

Pensar sobre isso, me levou a concluir que eu nem mesmo conhecia a Anna ou o Louis. Muitas questões foram surgindo, como por exemplo a casa em que estava, que lugar é esse? Como o Louis, que até onde eu sei não trabalha com nada, teria dinheiro o suficiente pra comprar um lugar desses? Que ligação ele e os meninos tinham? Que ligação ele e o Harry possuem? Seja lá o que for, não me parece algo legal.
Suspirei olhando a minha mala, eu costumava reclamar a minha mãe o fato de quase nunca ter o que vestir, mas naquele momento agradeci por ter tão poucas roupas. Comecei a retirar tudo e organizar em um closet enorme, até fez parecer que eu tinha menos roupas do que pensava.

                          [...]

POV. Harry

– Vincent Costello – Foi o nome apontado pelo Niall pra o suposto autor ao furto das nossas cargas.

– O Vincent perdeu a noção, ele está quebrando o nosso acordo! – Bati as minhas mãos na mesa. Estávamos em uma das salas de reuniões, tínhamos duas, uma ficava aqui na casa do Louis, e a outra na minha. O lugar basicamente era uma mesa enorme com as nossas cadeiras em volta.

– Parece que alguém cansou de suas redes de prostituição, jogos de azar e de produção ilegal de álcool. Isso não dá tanta grana quanto o nosso negócio. – O Louis acrescentou.

– Quero esse merda morto! – Eu já estava ficando alterado.

– Calma Harry, esse miserável ainda é importante pros nossos negócios tendo ou não quebrado o nosso acordo. – O Liam estava certo, o Vincent era quem abastecia a cidade com o nosso cristal, isso porque é proprietário da maioria das casas noturnas, mas pra mim isso não justificaria polpá-lo.

– Que se exploda a possível importância dele, temos que dar o exemplo pra qualquer um que pense em nos roubar, esse meia boca pode não ter causado um problema muito grande, mas os outros podem pensar em fazer o mesmo, e aí sim teremos um problema muito maior.

– Eu tô nessa com o Harry! – O Niall falou. – Dá um trabalho da porra passar três caminhões pra a fronteira, e esse bosta ainda chamou atenção de todo mundo pra lá, porque pra roubar algo nosso o negócio teve que ser grande!

– Daremos um jeito nisso – O Louis se pronunciou e me olhou. – Harry, hoje eu e você iremos fazer uma visita a esse merda.

Assenti.

POV. Lucy

– Frank como você foi trair a confiança do Styles? – A minha mãe falou alto e eu pude ouvir assim que botei os pés dentro de casa.

– Mila, aquele desgraçado tem tanto, eu só queria poder sair da merda!

Caminhei até a cozinha onde meu pai estava sentando à mesa e minha mãe estava encostada na pia com o rosto escondido entre as mãos.

– Mãe, pai?! – Os olhei.

– Oi minha princesa, como foi o seu dia heing? – Meu pai forjou um sorriso, mas eu sabia que tínhamos problemas.

– Foi bom. Sobre o que discutiam? Quem é o Styles?!

Repentinamente as imagens foram ficando distorcidas e eu já não estava mais na cozinha da minha casa, eu estava com o Harry. Eu já tinha tido sonhos eróticos antes, mas esse estava sendo diferente, não era nada relacionado a desejo ou prazer, nós estávamos transando em uma banheira cheia de sangue, não demorou muito até que eu entendesse que aquele era o meu próprio sangue e que em minha barriga havia uma faca atravessada. Gritei, mas nenhum som saiu da minha voz, eu queria acordar, eu lutava pra isso, no entanto, nada acontecia.

– Shi...meu amor, você apenas teve um sonho ruim, só isso. Foi apenas um sonho ruim – A minha mãe veio até mim me acalentando.

– Mãe, ele tentou me matar! – Falei desesperada e ela enxugou minhas lágrimas.

– O amor pode machuar muito às vezes, mas ele jamais teria te feito esse mal se soubesse antes.

Acordei.

Tudo não tinha passado de um sonho, não tinha nada de Harry, nada de sangue, do meu pai ou muito menos a minha mãe. Eu estava sentindo tanto a falta dela. Me peguei chorando, preciso tanto dela, sinto falta da minha vida, da minha família, da minha casa, meu quarto. Dos meus pais. Não perdi aquela sensação de estar vivendo a vida de outro alguém, são pessoas tão estranhas pra mim, outra forma de viver, nada parece se encaixar tão bem, a não ser quando estou ao lado do Harry ou do Louis, a Anna me passa um conforto, mas não quero acabar gostando dela e fazendo-a ocupar um lugar que deveria ser da minha mãe.

Suspirei me sentando na cama quando alguém bateu na porta. Era o Louis, ele entrou e veio até mim.

– Lucy, eu vou ter que sair pra ir resolver uns assuntos, mas volto logo – ele me olhou. – Hey, que olhos vermelhos são esses? Você estava chorando? – Falou enquanto sentava ao meu lado.

– Não é nada demais Louis, eu só tive um sonho.

– Sonhos não nos fazem chorar – Ele secou meu rosto com o seu polegar.

– Não? E quando você sonha com pessoas que ama muito, mas que sabe que nunca mais vai tê-los denovo?

– Bem, nessa condição sim – Ele respirou pesado e depositou um beijo em minha testa. – Fico mal em ter que sair e te deixar assim Lucy.

– Eu tô bem, foi apenas um sonho e vai passar. Pode ir resolver os seus problemas sossegado – O ofereci um sorriso, este era sincero.

– Não vou demorar tá? Olha a minha mãe disse que ia ligar todas as noites pra conferir se você está bem, então no seu lugar eu não saíria de perto do telefone, você não tem noção do que é a Johanna quando tá preocupada. – Ele sorriu fraco levantando.

– Sim senhor! – Bati uma continência o que o fez rir,  ele caminhou até a porta logo saindo.

Me levantei assim que ele saiu. Tomei um banho quente e demorado e depois saí pro closet indo me vestir, mal lembrava de como peguei no sono tão rápido, afinal tudo o que venho fazendo nos últimos tempos é isso. Decidi que não iria ficar sozinha naquele quarto, muito menos nessa casa. Desci e fiz uma vitamina de morango com blue berry, também fiz umas torradas e comi tudo, lavei a louça que sujei e fui pra a sala ver um filme naquela TV enorme, mas só ia fazer isso enquanto a Anna não ligava, porque depois disso ia sair, nem que fosse sozinha mesmo.
Não demorou muito até que o telefone tocou, praticamente pulei do sofá indo até a parede em que o telefone ficava fixado. Atendi.

– Alô?

– Ai meu doce, que bom que atendeu! – A Anna falou, pude ouvir uma música a seu fundo.

– Que bom que ligou! – Ri fraco. – Como está sendo a viagem, se divertindo muito?

– Eu queria dizer que não estou me divertindo, mas aí eu estaria mentindo. Acredita que eu estou em um Pub? Aqui é cheio de ingleses muito charmosos, você iria adorar conhecer um deles.

Voilà! Matei a charada do fundo sonoro. Ela estava em um Pub.

– Dispenso Anna, estou muito bem desse jeitinho.

– Fico feliz em saber disso – Ela riu.
– Como estão as coisas por aí? O meu bebê está te tratando bem?

– Acho que ele não gosta quando você chama ele assim Anna!

– Por que acha que eu o chamo assim?

Dei uma longa gargalhada.

– Você é das minhas! – Suspirei tentando me estabilizar outra vez após ter gargalhado. – Bom, ele me alimenta, não tem sido grosso e nesse momento saiu pra resolver um assunto, só não me pergunte que assunto porque eu não sei te responder.

– Bem, até imagino o que seja, não vou mais ficar te segurando ao telefone, e nem me segurando também. Não posso pegar os rapazes daqui, mas posso conseguir uns contatinhos pra você.

– Ai, ai Anna, só você mesmo. Está bem, vai lá. Não deixa de me ligar tá!

– Pode deixar, eu não vou deixar querida. Tchau!

– Tchau! – Ela desligou e eu suspirei olhando o telefone.

– Agora vamos lá Lucy, você tem uma noite inteira pra se divertir! – Sorri deslizando em minhas meias pelo chão mais que polido dessa casa. Subi as escadas com uma certa pressa e fui me vestir.

Entrei no closet procurando alguma roupa pra sair, eu tinha um vestido preto bem recatado, achei ele sem graça pra o lugar ao qual íria, então tratei de pegar uma tesoura e dar o meu jeito nele. Cortei o vestido de uma maneira que o deixou mais curto, também fiz uma fenda e um decote nas costas bem aberto. O vesti e achei o resultado excelente, eu não tinha muita maquiagem, a não ser um batom vermelho que passei nos lábios só pra não ficar muito estranho, meu cabelo já tinha secado um pouco então não me preocupei muito. Saí da casa indo até um ponto de ônibus que tinha visto quando estava vindo pra cá, tinha um dinheirinho comigo e ia gastar tudo hoje.
Tomei uma condução que me levou até a zona portuária, por lá tinham algumas casas noturnas e era pra uma delas que eu iria agora. Era meio difícil andar pelas ruas com aquele salto que eu estava usando, mas tava até dando, logo cheguei até a porta de uma das casas noturnas, a fila ainda estava pequena e logo deu pra entrar.
Confesso que nunca tinha vindo a um lugar desses, não por falta de vontade, mas porque meus pais nunca deixaram, acho que na verdade, eu nunca fiz muitas coisas na minha vida com receio de que acabasse os decepcionando.
Um cheiro forte de bebida alcóolica invadiu as minhas narinas, não tinha como determinar o que naquele lugar era mais promíscuo, não sabia apontar o motivo de aquele lugar ter um alvará de funcionamento. Respirei fundo e tentei me ambientar, observei como algumas garotas agiam ali e passei a agir como tal. Qual a chance de eu me divertir sozinha em um lugar como esses?

– Lucy, Lucy Hale? – Uma garota da minha turma de Biologia veio até mim. Avary Tallis, era loirinha, de estatura baixa– eu diria que mais baixa que eu – e com a pele branca manchada por algumas sardas. No conjunto total, ela era linda, ao menos eu considerava. Não entendi o que ela estava fazendo ali, afinal nunca foi de frenquentar esses lugares assim como eu.

– Avary! – Sorri a olhando, a mesma me abraçou.

– Como em tantos lugares pra nos esbarrar, vinhemos parar justo aqui?

– Bom, não me pergunte! – Ri retribuindo o abraço dela, mas logo me desvencilhei a olhando.

– Eu vim com a Becca, ela tá com um namorado novo e eu vim "ficar de olho", meus pais estão me pagando dez verdinhas pra evitar que ela transe com ele, o que é claro é um investimento furado, ela me paga bem mais pra não contar a eles. Nesse momento, pros meus pais, nós estamos em um restaurante de comida mexicana em Monterey, e vamos ficar em um hotel por lá pra irmos conhecer o aquário amanhã.

Becca é a irmã mais velha da Avary, isso era tudo o que eu sabia.

– Você tem um pensamento empreendedor Ava, por isso não vou te julgar! – Eu e ela rimos.

– Como você está? Não te vi no Colégio nos últimos dias, me disseram que você estava passando por problemas pessoais.

Ótimo, sabia que ela iria me questionar sobre isso, mudei a minha expressão por um instante, mas me recusava ficar de vitimazinha, definitivamente isso não é pra mim.

– Eu já estou bem, mas não é o momento apropriado pra falarmos sobre problemas não é? – Tratei logo de sorrir. – Vamos lá, o que faço pra tomar um Drink por aqui?

– Tem razão! – Ela sorriu. – Tem identidade falsa?

– Não, eu deveria ter uma? – Ela me olhou torto.

– Como conseguiu entrar aqui então?!

– Não me pediram nenhuma identidade, o cara lá na frente só disse pra eu me divertir – Dei de ombros.

– Já vi que o seu passe foi essas suas pernocas – Ela riu e eu ri junto embora não tenha entendido muito bem.

– Anda, vamos ficar perto do bar até alguém se oferecer pra nos pagar um Drink – Ava me puxou com ela até um lugar da pista que ficava perto do bar.

– O que tenho que fazer agora? – A olhei um tanto desconcertada.

– Rebola mulher! Só mexe essa buzanfa!

A obedeci, comecei a dançar conforme a música, balançando o meu corpo, como não sabia o que fazer com as mãos, uma foi pro cabelo e a outra descia por meu corpo. A música que tocava era "Show me love" Hundred Waters, e a forma como eu estava dançando até estava ficando sensual. Estava me sentindo.

– Isso aí! – Ouvi a Avary me incentivar e aí só fui me soltando mais, tinha muita gente a nossa volta agora, a atenção masculina era uma coisa com a qual eu não era muito naturalizada, mas confesso que estava gostando daquilo. Repentinamente vi que entre os homens a minha volta, quem estava ali era o Harry com os braços cruzados, atrás dele quem estava era o Louis.
Congelei.



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