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História Rentad Boyfriend - Capítulo 2


Escrita por: Vincintyr

Notas do Autor


Capitulo 2 haha Espero que gostem. Obrigado pelos comentários do capítulo anterior, mesmo sendo tão poucos, eu peço que se vocês puderem, comentem por favor. É muito trabalhoso eu postar aqui, pois posto em outro site também, não quero deixar de postar aqui pela falta de comentários. Não encarem isso como uma chantagem de autor, pois tem alguns que fazem isso, mas se vcs puderem comentar, só comentem por favor. Atenciosamente obrigada, e me desculpem se eu chateei vocês com o pequeno recado.

Aproveitem a leitura :)

Capítulo 2 - Capítulo 2


 O dia amanheceu em cheio.  Ágora eram cerca das três da tarde, e Natasha tentava achar provas para ajudar em um caso de sua amiga, que colegava junto há ela na mesma profissão. 

Ás duas mulheres estavam em uma das muitas salas particulares que o prédio da polícia de NY disponibilizava aos seus detetives.  Ambas investigavam arquivos que incriminassem Yuri Bernerdy, um empresário de tecidos que tinha possíveis ligações com uma pequena máfia, que estranhamente andava liquidando seus próprios integrantes. Yuri era a prova que iria fechar o caso, mas o cara aparentava ser um santo.

— Estou começando a considerar a ideia de passar essa investigação para Rumlow.

— Tão persistente, em?

— Não é isso. Esse cara, parece ser simplesmente... um mágico. Há meses eu estou nessa, e ainda nada. Você sabe o quanto eu odeio quando uma das minhas investigações demoram? Meu negócio é ação. Eu quero muito colocar uma algema em volta das mãos de alguém. – a mulher de cabelos pretos e olhos azuis, encarou o teto e deu mais uma mordida em sua maçã.

—Eu acho que você precisa...  de uma bebida. – Natasha passou as mãos por seus olhos e suspirou de cansaço.

— Sua noite não parece ter sido boa. – comentou sua amiga brincando com uma caneta vermelha, jogando-a para a cima e pegando-a entre os dedos quando ela ia caindo.

— E não foi.

— Não foi uma pergunta. – cantarolou a outra mulher zombeteiramente, mas logo parou de sorrir.  – Que tal nós duas sairmos? Hoje é feriado. Todo mundo vai sair cedo. – argumentou, e deu um sorriso lascivo para Natasha, que revirou os olhos, já sabendo as reais intenções de sua – amiga –.

— Não, eu tenho problemas para resolver hoje á noite. – Natasha se inclinou em sua mesa, e deu uma boa olhada nos arquivos.

— Certo. Mas, mais uma vez, você está perdendo a chance de limpar as teias da sua toca.

  Natasha não disse nada, pois ela estava muito ocupada lendo algo sobre uma arrecadação de fundos, que Yuri fez para reconstruir um orfanato de 1956 que estava caindo aos pedaços.  Mas que ainda não tinha dado início às obras, e isso já iriam fazer quatro meses.

— Achei algo que você possa ir fazer em sua mesa, longe daqui. – Natasha mostrou os arquivos para a sua amiga, que os pegou e sorriu constantemente.

— Ual. Então o safado está desviando fundos da caridade. Isso é um bom começo, apesar de eu não ser o Arqueiro Verde. – Maria, como se chamava, olhou para Natasha ironicamente, enquanto levantava-se da cadeira e caminhava em direção a porta com os arquivos em mãos. –Nos vemos depois. – Natasha assentiu em concordância, e olhou ás horas em seu relógio.

  Ainda eram três e alguns minutos. Ela estava esperando ás três e meia para ir falar com seu chefe de departamento.

  Natasha olhou para a sua mesa, perfeitamente organizada. Sua sala estava silenciosa, do jeito que ela gostava, silencio para os seus ouvidos.  Mas faltava algo.  Natasha olhou para o interfone na sua mesa e apertou uns dos muitos botões.

— Peter! Será que tem como você me comprar um café? – Natasha soou nos ouvidos do jovem estagiário, que todos exploravam.

— Sim, senhorita Romanoff.

Ótimo, agora não faltava mais nada.  Natasha fechou os olhos e se inclinou em sua cadeira. Eram raros momentos assim. Mas Natasha sabia que essa calmaria não iria durar.

  A mulher passou longos e relaxantes, quatro minutos de olhos fechados, apenas ouvindo o chiado das vozes das pessoas que trabalhavam do lado de fora de sua sala, cada um em sua mesa.  Diferente dos outros, ela tinha conseguido uma sala individual por mérito seu, dada a ela pelo governador de Nova York.  Natasha recebeu a sala, pois comandou uma operação para aprender um grupo de terroristas. 

  Claro que isso não era nem de longe para ela meter seu nariz no meio, mas sua teimosia era tanta em obedecer seu superior e passar a investigação ao FBI, que ela acabou por preferir agir meio que ilegalmente.

   Natasha abriu seus olhos novamente e tocou na tela de seu celular que estava em cima de sua mesa.  Três e vinte e oito.  A ruiva levantou-se e foi em direção a porta de sua sala.  Natasha andou pelo corredor e no meio do caminho, topou com Peter que vinha com uma caixa branca com o logotipo do Dough Donuts. 

 Peter chegou perto de Natasha e sem falar nada; simplesmente abriu a caixa e estendeu um dos muitos copos de café que ele segurava em uma bandeja verde escura de plástico.  Natasha pegou uma das rosquinhas, de chocolate com avelã, eram às suas rosquinhas favoritas.  Os pedacinhos de avelã em cima, e o chocolate cremoso, era uma delícia.  A mulher deu uma mordida na rosquinha e tomou um gole do café, emitindo um pequeno ruído de delírio com o sabor.

   Nat nem ao menos agradeceu, apenas deu uma batidinha com a sua mão esquerda no ombro do garoto, e continuo a andar passando pelos gabinetes, e também por Maria, que parecia muito ocupada lendo sobre seu caso. Natasha finalmente chegou em frente a sala de seu chefe e simplesmente entrou, sem bater ou anunciar sua entrada a secretária. 

  Seu chefe levantou a cabeça, e fitou Natasha com a cara de poucos amigos.

— Bom dia, Nick. – Natasha depositou o café que ela tinha bebido, em cima da mesa de Fury, que o pegou e bebeu grande quantidade do liquido quente.

— Você sendo cordial, Romanoff? Quando a esmola é grande, o santo desconfia. – o homem deu um grande bocejo, e encarou Natasha que devorava a pobre rosquinha como um animal, o primeiro alimento que ela colocava em sua boca hoje.

— Certo. Vou ser direta. – Natasha deu outra mordida na rosquinha, e mastigou lentamente, antes de se dispor a falar. –Eu quero férias. – disse ela, e deu uma última mordida na rosquinha. 

  Fury arqueou as sobrancelhas em completo ceticismo.

— Você querendo férias? Há por favor, conte outra. – Nick Fury levou a borda do copo de café até seus lábios e deu um gole, olhando fixamente os olhos severos da mulher.

— Estou falando sério. Você deveria estar feliz. Há quatro anos eu não tiro férias, e isso desde que comecei a trabalhar aqui. Desse jeito vão achar que você está me explorando. – Natasha sorriu e rodopiou na cadeira enfrente a de Fury.  A cadeira era muito confortável, até melhor a qual ela tinha em seu próprio escritório.

— Não tira porque não quer. Mas já que você quer férias, eu te dou. – Fury pegou uma das canetas que estavam em cima de sua mesa, e a tacou na direção de Natasha, para que ela levasse isso mais a sério.

— Então, quando eu passo no Departamento de Pessoal? – Natasha parou com a cadeira no lugar, e fitou Fury.

— Não precisa passar, eu mesmo preencho à sua papelada, e mando-a para o RH.

— Tão prestativo, chefe. É por isso, que a sua unidade te leva tão a sério. – Natasha zombou e se levantou da cadeira.

— Um mês, e duas semanas. – Fury nem ao menos se deu ao trabalho de responder às provocações de Natasha, apenas carimbou em letras grandes e vermelhas a ficha dela.

  Fury sempre tinha a ficha de Natasha em sua mesa, pois alguém “sempre” reclamava de algo que ela fazia, mesmo Natasha sendo tão boa no que fazia, ela era uma completa rebelde quando se tratava de obedecer suas ordens ou de qualquer outro. Um mês e duas semanas era o tempo de recesso de Natasha

— Só isso, era para eu tirar três meses.  – Natasha puxou a ficha da mão de Fury e deu uma olhada, e assinou onde ela tinha que assinar, antes de devolver.

— Ambos sabemos que você voltaria muito antes dos três meses, detetive. – Natasha revirou os olhos, mas Fury dizia a verdade.

  Natasha era uma espécie de viciada em trabalho, ela nunca se cansava.

— Tudo bem. – a ruiva concordou, e olhou com atenção o retrato que estava na mesa de Fury, e antes que ele a detivesse, ela já tinha pego o seu retrato de casamento. –Nossa, há quanto tempo eu não venho a este escritório. Que dia você se casou? Semana passada. – Natasha debochou e olhou, mais uma vez com atenção a foto.

— Coloque de volta, de onde pegou, e saia do meu escritório, senão eu vou te dar os três meses de férias. – Fury ameaçou, mas sua ameaça não fez efeito em Natasha, mesmo a ruiva colocando a foto no lugar. 

— Okay, chefe. Já que não tem nada para mim fazer aqui, eu vou para casa. Me chame se tiver algo de importante.

— Aproveite o restante do dia, Romanoff. E pode dormir à vontade, não irei te chamar. –  Natasha  fez pouco caso das palavras, e saiu da sala sem nem ao menos ter dado um tchau. Ela sabia que alguém a iria chamar.

  Antes de ir embora, Natasha foi para o seu escritório, e pegou seus poucos pertences, limpando de vez o escritório.  Assim a ruiva não teria nada para fazer amanhã aqui. Suas férias começariam a contar no sábado, e ela ainda teria quinta e sexta, mais dois dias.  Natasha saiu sem nem ao menos se despedir de ninguém, e nem comunicar aos demais que ia sair de férias.  Apenas bateu ponto e saiu.

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  Natasha só sábia que tinha o restante das horas para ela mesma. Antes que desse às nove da noite, e sua visita estivesse batendo na porta.  A ruiva olhou em volta de seu apartamento vendo que o mesmo estava limpo, e não precisava de limpeza.  O apartamento de Natasha era decorado em cores de tons pastéis. 

 Ás mobílias eram em cores, marrom escuro e bege claro, tinha verde nas almofadas, e algumas plantas espalhadas completando a decoração.  Natasha tinha alugado esse apartamento por causa das janelas, eram bonitas, e ela podia ver o que estava acontecendo lá em baixo, e ela não tinha vizinhos. Natasha morava no último andar, e nesse andar só tinha o apartamento dela, e a porta para o térreo do prédio. Exatamente como ela gostava, isolada.

  Natasha resolveu por tomar um banho e ir dormir, mas quando ela estava preste a pegar no sono, seu celular tocou. O celular vibrava em cima da mesa de sua cabeceira, tornando as vibrações mais fortes e também irritadiças.  Natasha soltou um silvo de protesto, e esticou seu braço até o celular, que agora vibrava na palma de sua mão.  Assim que ela identificou o número no visor do celular, seus dedos se apertaram em volta do aparelho eletrônico, antes de com os dedos deslizar a notificação de chamada e clicar na imagem do pequeno telefone verde.

— Mãe?

— Darling! Tudo bem com você?

— Sim. –  respostas curtas e diretas.

— Estou ligando para saber quando você vai vir?

— Domingo.

— Vai trazer seu Boyfriend? – Natasha revirou os olhos para o tom de animo presente na voz de sua mãe, e colocou o aparelho eletrônico no viva-voz. – E como ele é?

— Como ele é o que? – Natasha franziu o cenho, e saiu de debaixo das cobertas, soltando um grande bocejo.

— De aparência, sabe? – sua mãe sorriu do outro lado da linha, um sorriso de pura curiosidade misturado com malícia.

— Você vai ver ele pessoalmente, para que estragar a surpresa?! – Natasha disse e bebeu um pouco da água do copo, que ela sempre deixava na mesinha ao lado de sua cama.

— Porquê. Eu. Quero saber. – sua mãe chiou como se fosse obvio. Era obvio, mas Natasha só se fazia de tonta, até sua mãe desistir.

— Mas. Eu.  Não quero contar.  Vamos lá mãe, só faltam mais dois dias para você vê-lo. Aquiete-se.

— Tudo bem, mas antes só me responda uma perguntinha. –  Natasha piscou os olhos e suspirou, esperando sua mãe continuar, logo depois do pequeno “Sim” que ela tinha dito. – Ele é forte?

   Natasha franziu o cenho e mordeu os lábios, afinal o que que tinha a ver se o cara era forte ou não.

— Por que você quer saber? – curiosamente ela perguntou.

— Porque eu quero. Ágora fala logo, minha comida está no fogo e vai queimar com à sua demora.   

 - Ele é forte, sim. Auto e musculoso. – Natasha revirou os olhos, mas mordeu os lábios puxando mais profundamente a memória do homem, que ela vera ontem, os detalhes ainda vivos em sua mente.

— Ótimo!

  Natasha franziu o cenho novamente, para a esquisitice de sua mãe em relação a isso tudo.  E então ela resolveu perguntar:

— Mãe por que você quer...

— Querida, tenho que ir, seu pai vai me levar na... manicure!

— Você não estava fazendo comida...

— Tchau, beijos. Depois conversamos.

  TUM-TUM, TUM-TUM...

  Em certo ponto, Natasha admitia que tinha puxado geneticamente algumas das características de sua mãe, mas ser uma péssima mentirosa não.   Ela bufou e olhou em volta de seu quarto, vendo no canto, um sexto de roupas sujas para lavar.   Nastasha pegou às roupas, e as levou para à lava doura.   Ela retornou ao seu quarto e se sentou na cama, fitando o chão de madeira polida de seu apartamento. Ágora ela não tinha nada para fazer, era por isso que Natasha era uma viciada em trabalho. Às vezes viver sozinha era uma chatice, mas ela gostava de ter essa independência dela.

  Levantando-se da beirada da cama, a mulher caminhou em seus curtos shorts de dormir e regata preta até a cozinha de seu apartamento.  Revirando todos os armários e sua geladeira, ela encontrou ingredientes para uma lasanha, o suficiente para ela e seu convidado.   Natasha colocou os ingredientes na mesa. E pegou seu Macbook de cima da mesinha que ela sempre deixava em um canto no corredor.  Natasha procurou em seu computador os documentos que ela tinha preparado ontem, e envio-os para a impressora, assim ela não precisaria fazer isso quando seu convidado chegasse. 

   Natasha ligou o som de sua sala e foi preparar a lasanha, era uma tarefa fácil.  Molho, queijo, massa, presunto. Molho, queijo, massa, presunto... e assim vai.  Natasha estava fazendo um prato simples, era a única coisa que não saia errado quando ela fazia.  Da última vez, que ela tentou fazer algo diferente, os armários da cozinha quase pegaram fogo.

  Quando finalmente ela finalizou seu prato, já eram 20:25 pm, e Natasha decidiu por ir tomar um banho e tirar o cheiro de molho de tomate que tinha ficado em suas vestes. Antes de ir para o banho Natasha colocou a lasanha no forno, e arrumou os papéis impressos, os colocando em cima da mesinha de centro da sala, e desligou o som.

  Ela tomou um banho relativamente curto, com duração apenas de cinco minutos.  Natasha perguntava-se como às horas tinham passado assim tão rápido.   A mulher saiu do banheiro enrolada em uma toalha e foi direto ao seu closet, escolhendo uma calça jeans preta e uma blusa azul escura com mangas, com um decote nos seios.  Ela arrumou o cabelo em cachos vermelhos e curtos caindo no ombro.  Natasha passou um rímel e lápis de olho, destacando seus olhos verdes e exorbitantes, e com pressa, passou um batom vermelho forte. 

  Quando arrumada, ela encarou seu relógio acima da cabeceira de sua cama, vendo os ponteiros marcarem 20:45 pm.   

  Natasha se sentou em uma das suas poltronas na sala, e tomou um gole d’água do copo que ela trouce de seu quarto.  Só mais alguns minutos e seu convidado iria chegar.  Natasha inclinou-se para a frente e depositou o copo na mesinha de centro, pegando logo em seguida os papeis que ela colocara em cima da mesinha, momentos antes.

  Seus dedos viajaram pelas oitos páginas que ela tinha escrito ontem, enquanto finalmente decidia que ela iria realmente fazer isso.   Natasha relia às páginas, verificando se estava tudo em ordem, quando ela ouviu o barulho da campainha escoando em dois toques, antes de simplesmente parar.  Natasha suspirou e colocou os arquivos para baixo, olhando às horas em seu relógio. 

   O cara era pontual. Porra. Eram nove horas em ponto e ele estava em sua porta.   Natasha se levantou e passou as mãos por sua roupa alisando as rugas imaginárias, antes de caminhar em direção a porta, e olhar pelo olho mágico da porta verificando se era mesmo ele, e era.

  Natasha abriu a porta, e encarou o homem, que a deu um pequeno aceno de cabeça.  Ela não sabia o que dizer, mas apenas deu um passo para o lado e fez gesto para que ele entrasse no interior do apartamento.  

Assim que pusera seus pés no local, ele não pode deixar de sentir o cheiro incrível atravessar o seu olfato, o deixando com água na boca.  Tinha sido cansativo vir até o apartamento dessa mulher, que mais parecia uma rainha, quando ele a viu de pé em frente a porta.  Ele tinha mais que aprovado o visual dela, ela simplesmente parecia natural, não que tinha se embelezado por horas, a mulher estava bonita e acabou por atraindo a sua atenção.

  Mas do mesmo jeito que ela tinha o despertado, ela o tinha deixado sério, e fazendo com que o ligeiro brilho de beleza que o atraiu, sumisse.

— Sem ser rude, mas será que você poderia adiantar o assunto? – ele dirigiu-se a mulher, dando um passo à frente e a encarando seriamente. 

— Claro, mas primeiro eu quero que você se sente e leia aqueles papéis. – Natasha disse e apontou para as folhas que antes ela lia.

  O homem suspirou e se sentou na pequena poltrona se sentindo desconfortável pelo seu tamanho.  Seu corpo era grande demais para aquele móvel delicado, e Natasha acabou notando seu desconforto. Qualquer um notaria.

— Você pode se sentar no sofá, é maior. – ironicamente ela sorriu e caminhou até a cozinha dando privacidade ao homem, e também indo verificar a lasanha para que não queimasse. Se isso acontecesse, seria vergonhoso. 

   Natasha abriu o forno e encarou seu jantar que aparentava estar no ponto certo.  Natasha pegou uma de suas luvas e um pano de prato, tirando o recipiente quente de dentro do forno e o colocando em cima da pia.  Natasha fechou a porta do forno com o pé, e se inclinou nas pontas dos dedos pegando de seu armário, pratos, copos e talheres, antes de os distribuir em cima de sua mesa de vidro.  

  Depois de tudo arrumado.  Natasha pegou uma garrafa de vinho tinto adocicado de dentro de seu armário e também taças, e uma caixa de suco de laranja da geladeira.

  Logo ela retornava à sala, descobrindo que como ela disse, o homem tinha sentado no sofá e que também ele já estava na penúltima página.  Natasha constatou que ele lia rápido, como ela.

— Eu estou indo jantar, sinta-se à vontade se quiser se juntar a mim na mesa. –  Natasha disse educadamente como uma sugestão e esperou alguns minutos para que o homem a olhasse e assentisse com a cabeça, antes dela se virar nos calcanhares e caminhar para a cozinha. Sentando-se na sua pequena sala de Jantar e servindo-se de um pedaço de lasanha e vinho.  

  Natasha teria feito algo a mais, mas ela tinha certeza que não daria certo, então apenas a lasanha já estava de bom tamanho.

  Ela não esperou que Grant se junta-se a ela na mesa, simplesmente foi comendo na frente, mesmo que se ela esperasse, seria uma demora de cinco minutos. Porquê cinco minutos depois, ele estava adentrando a cozinha e puxando uma cadeira na frente dela. 

   Natasha encarou fixamente o homem mastigar um pequeno pedaço de sua comida, para logo depois mastigar com vontade um pedaço maior. Isso a fez se sentir ofendida, pois era como se ele estivesse com medo da comida. Mas o que a deixou meio pasma foi ele escolher o suco ao invés do vinho. Natasha sabia que era um pensamento espalhafatoso, mas ela não se conteve em achar que apenas porque ele vendia seu próprio corpo, que ele simplesmente iria atacar a comida ou degustar do vinho, como um selvagem.

— Algum problema? – Grant perguntou levantando seus olhos e encontrando os verdes da moça o encarando.   Mas a mulher ignorou a pergunta e lambeu os lábios antes de tomar um gole de seu vinho sob o olhar atento e severo do homem a sua frente.

— Leu os papéis?

   O homem franziu os lábios e tomou um pouco de suco, enquanto encarava a bela mulher levar o garfo até os lábios tingidos de vermelho.  Esta mulher era bem distinta.  Talvez fosse a sua característica dominante, ou os contornos fortes de sua indomável figura esbelta.

— Sim, e eu quero deixar claro, que já providenciei os exames de sangue e DSTs. 

   Natasha parou de comer e o encarou. Prestativo.

— Ótimo, mas eu preciso deles no sábado.  –  Natasha informou limpando os cantos de seus lábios com o guardanapo, antes de se levantar e colocar seu prato e copo na pia.

— Impossível, levam mais de dez dias para ficarem prontos. – Grant a informou seriamente. E se levantou levando seu prato até a pia.

— Não. Não levam se a clínica for particular, e você pagar um pouquinho a mais.

   Natasha caminhou até a sala e pegou os papéis e uma caneta, retornando até a cozinha. 

  Grant suspirou e encarou a mulher, que se sentava na mesa junto aos papéis que ele tinha lido.  Natasha se serviu de um pouco de suco e assinou os papéis.

— Sente-se e assine-os. – o tom de comando era muito obvio em sua voz, e isso deixou o homem com o pé atrás sobre está mulher.

  A mulher era bonita, tinha um corpo de parar os carros na rua, porque ela tinha contratado um homem que vende o corpo para ser seu namorado, ela poderia encontrar um namorado facilmente sem precisar pagar.

  E antes que sua mente filtrasse o que dizia ele apenas pode se ouvir falando as seguintes palavras:

— Porque você está fazendo isso?

   Em frações de segundos ele adquiriu a atenção da mulher. Constrangedor. O jeito ao qual os olhos ávidos e duros da mulher o encaravam era simplesmente constrangedor. 

— Isso não lhe diz a respeito.

— Na verdade diz sim. 

   E novamente o olhar dela voltou a figura masculina. Desta vez rude, como se prontos para atacar.

— Desde de que você esteja me pagando, e não queira um desperdiço de dinheiro. Eu tenho que saber para que estou sendo contratado.

  Com a ponta da língua, ele circulou seus lábios ressecados, os deixando molhados e brilhantes. E assim ele continuou:

— Conhece o equilíbrio de Nash? 

  Natasha revirou os olhos e encarou fixamente o homem. Um vagabundo estudado, não teria sido uma escolha melhor.  Sua consciência lhe disse, como se aprovasse tudo aquilo.  Natasha não precisava de uma pessoa a contestando e contestando seus planos.

— Sim eu conheço, mas, isso não se aplica nesta situação...

— Está enganada, senhora. Se você não me dizer para o que estou sendo contratado, futuramente posso descobrir o porquê. E isso acabaria com os seus planos. Claro que a Teoria de Nash não se aplica a isso, mesmo que não estamos em um jogo, mas o que quero dizer é que como o equilíbrio, você tem a perder.

  Natasha apertou os olhos juntos e colocou delicadamente a caneta que ela segurava, em cima da mesa.  Inclinando-se para a frente, ela cruzou seus braços na mesa e olhou a face do homem.

— Eu te disse ontem, e você leu o contrato. Você finge ser meu namorado por três semanas e ganha seu dinheiro, fim.

— Eu sei disso, e não foi isso o que perguntei. Perguntei sutilmente o motivo dessa encenação. – Natasha mordeu os lábios e suspirou em insatisfação. Este homem era esperto. Mas ela tinha que concordar com ele que tinha a perder se não fizesse isso certo, e era muito a perder.

— Meus país. Fazem cinco anos que não vejo a minha família. Eu não sou estável emocionalmente para ter um relacionamento duradouro. Não gosto de relacionamentos, e contratar uma pessoa que eu não precise ter uma conexão... profunda, foi a estratégia que eu encontrei.

  Assentindo com a cabeça o homem se sentou finalmente e pegou os papéis os assinando.  Por mais confuso e patético que tinha soado a explicação desta mulher – ele a entendia – mas não acreditava totalmente nisso, ele sabia que havia mais fatos ocultos que ele viria a saber futuramente, mas por enquanto ele teria que fingir agir às cegas.

— Tudo bem, eu li às suas clausulas na página três, e eu estou completamente de acordo desde de que isso fique totalmente entre nós.

— Claramente isso é confidencial entre nós dois.  Ágora vamos aos detalhes mais importantes. 

 Natasha procurou a página em que ela tinha feito especialmente para esse momento, mas ela não conseguia achar.

— Página sete no verso, você deixou cair no chão. 

 Cruzando as mãos em cima da mesa o homem disse, fazendo Natasha suspirar e pegar a folha do chão.

— Tudo bem, vamos começar.  Qual o nome dos meus pais?

— Nicholas e Alexandra.

    Natasha assentiu e revirou os olhos, vendo a pergunta seguinte.

— Se te perguntarem como nos conhecemos, o que você deverá dizer?

— Starburcks.  Você estava entrando na loja e eu saindo, acabamos tombando um com o outro, e eu derrubei meu café na sua roupa.

— Uhum... próxima pergunta.  Nome dos meus irmãos e idade?

— Lisbeth 26 anos, Juleanne 32, John e Sharon tem 29 ambos são gêmeos. Os dois últimos são Benjamin e Matt.  Benjamin tem 19 e Matt tem 23.

— Quantos sobrinhos eu tenho?

— Juleanne tem três filhos. Lisbeth está gravida de seu primeiro. John é noivo. Sharon casada. Benjamin não tem namorada, e Matt também não. Então eu acho que você tem quatro.

  Natasha estava impressionada pela memória dele, era ótima, ele tinha memorizado tudo em um período de tempo tão pequeno, e isso também a assustava pois ele sabia tanto de sua família sendo um mero desconhecido. É isso o que se acontece quando você contrata um desconhecido para fazer sua família de trouxa junto com você. Oh...  

— Isso é o básico do que você precisa saber.  – Natasha disse e deu uma pequena espiada na face do homem, vendo claramente a expressão de hilaridade partir de seus lábios. – Há... Eu preciso saber algumas coisas sobre você, também. – o pequeno sorriso antes estampado na cara do homem, foi substituído rapidamente por um semblante sério e uma postura espessa.

— Quais? 

— Seu nome inteiro por exemplo? – Natasha fez uma pequena pausa, e continuou. –O verdadeiro.

  Grant suspirou e cruzou os braços se recostando para trás na cadeira de madeira da cozinha, tendo uma visão mais detalhada da mulher.

— Tudo bem. É Steve, Steve Rogers.

  Natasha assentiu e o avaliou vendo se a natureza de suas palavras eram realmente reais, mas ela ainda tinha dúvida quanto ao seu nome.

— E onde o Grant se encaixa nisso?

— Entre o Steve e o Rogers.

— Steve Grat Rogers.  Você não é tão esperto como se parece. – Natasha disse atraindo a atenção do homem.

— E porque não?

— Você usa o Grant como um pseudônimo, mas ele tem relação ao seu nome e é fácil se encontrar uma pessoa quando se tem as características físicas e o pedaço do seu nome.

  Steve Franziu o cenho e suspirou, vendo claramente a tensão de concorrência que a mulher estava querendo criar entre eles.

— Se vamos fazer isso, não pode haver discordância de ambas às partes, pois senão isso não funciona, docinho. – Steve descruzou seus braços e inclinou-se para frente plantando suas mãos na mesa. –Ágora continue com às suas perguntas. – Natasha arqueou às sobrancelhas, e organizou os papéis os batendo em cima da mesa para deixá-los organizados, mas isso podia ser comparado a um pequeno acesso de estresse.

— Você tem um emprego além de se vender como um brinquedo sexual? – Natasha perguntou um sorriso presente em sua voz, enquanto ela fitava os papéis que tinha acabado de arrumar.

   Mas ela não conseguiu gerar nada da parte de Steve, pois homem apenas suspirou e emitiu um pequeno “Sim”.

— Eu às vezes pinto.

  Anotando nas folhas o nome e função do cara entre outras coisas. Natasha se lembrou de mandar uma mensagem a sua amiga Maria para que ela pesquisasse esse nome. Claramente esse cara não estava nessa apenas pela crise econômica, um desempregado vadio e insolente.

— Como se chama a sua mãe? – Natasha em seguida fez mais algumas pergunta e outras coisas importantes, até que  ela chegasse no ponto importante desta celebração entre eles.

  Tirando de seu bolso uma folha preenchida com números e por extenso, Natasha a colocou em cima da mesa.

— Aí tem 11 mil e quinhentos. Te pago metade ágora e quando o serviço estiver acabado, te pago a outra metade. – Natasha informou e se levantou da mesa, pegando seus papéis.

— Em cheque?! Preferiria em dinheiro. – Steve reclamou também se levantando.

— Que pena, terá que se contentar com isso. – Natasha disse andando até a sala, e sendo seguida pelo homem.

Ignorando o tom hostil da mulher, ele se aproximou cada vez mais até estar parado atrás dela.

— Nós sairemos daqui no sábado de manhã, e por favor traga os exames. Não se preocupe com custos de viagens, isso irá ser por minha conta. Mas lembre-se que quando pisarmos na florida, sua encenação deverá ser impecável. – Natasha terminou sua sentença e se virou dando de cara com o homem.

— Como quiser. – Steve menosprezou suas palavras e tirou seu telefone do bolso. – Anote seu número de celular, por favor. – Steve estendeu o celular na direção de Natasha.

— Por que? – Natasha perguntou, mas já havia pegando o celular das mãos dele.

— Se o cheque for sem fundo, eu tenho que me comunicar com você de alguma forma. – Steve deu um pequeno sorriso, ouvindo o bufo de sua futura namorada.

— Como quiser. – Natasha imitou com ironia, o estendendo de volta o celular quando tinha anotado o número.

  Steve pegou seu celular e caminhou até a porta. Sendo seguido pelos passos rápidos e curtos da mulher.  Sem dizer nada, Steve saiu pela porta, fitando os números no cheque, ágora sua cabeça não estava mais em completa liquidação.


Notas Finais


Espero que vocês tenham gostado, e se quiserem deixar Review, podem deixar, irei responder com o maior prazer :)


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