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História Repressed Feelings - Atrás da porta


Escrita por: jm0parrilla e mdsingrid

Notas do Autor


Oi, meninas! No vídeo de hoje vou ensinar como ser desesperada e postar logo 2 capítulos de uma vez. Quem assiste friends ou já assistiu friends vai perceber a referência a minha Rachel e vai rir quando lembrar da cena (Pelo menos a intenção é essa). Espero que gostem!

Capítulo 7 - Atrás da porta


POV Paola

Atrás da porta- Elis Regina

Quando olhaste bem nos olhos meus

E o teu olhar era de adeus

Juro que não acreditei

Eu te estranhei

Escuto o barulho da porta sendo fechada e só aí, me permito soltar as lágrimas que estava segurando. Choro ali, sozinha, sentada no tapete da sala, esperando o emaranhado de sentimentos passar. Sinto raiva por ter me apaixonado e me entregado tão rápido à ela, eu sinto vontade de me estapear e estapear ela por ter me feito acreditar que ela sentia o mesmo. Repasso tudo na minha cabeça como um filme, um filme que vejo diversas vezes e repetidamente durante a noite, repasso desde a hora que a vi pela primeira vez, o nosso encontro no elevador, as gravações do MasterChef, o nosso encontro na boate, da cena de ciúmes, a declaração dela no fim da noite e, por fim, a nossa última conversa. Quanto mais eu penso sobre, mais raiva e decepção eu sinto, eu sei que ela nunca me prometeu nada, nunca me deu realmente esperança alguma, mas mesmo assim me sinto chateada e me permito chorar noite a dentro. Adormeço ali mesmo no sofá.

-Mama?- sinto Fran apertando o meu braço e quando abro os olhos vejo o seu rosto bem próximo do meu.- Tô com fome, mama. Acorda!

-Oi, meu amor.- ela se afasta e eu sento no sofá. - Que horas são?- ela dá de ombros.- Sinto que estamos quase atrasadas para a escola.

-Ainda bem. - ela sorri sapeca e eu a repreendo com o olhar. -Tô com fome.- ela repete.- Por que a mama dormiu aqui?

-Peguei no sono.- levanto e a pego no colo.- Que tal você ir separando seu uniforme enquanto a mama faz seu café?- ela apenas faz que sim com a cabeça e corre em direção ao quarto. - Outro dia, Paola! Não vai se deixar abater, minha filha!- digo para mim e logo começo a preparar o café da manhã. Por ter pouco tempo, faço uma tapioca e preparo uma vitamina de mamão com banana. Dou um rápido banho na Fran, a arrumo e comemos juntas. Eu sempre tenho o cuidado de fazer a primeira refeição do dia com a minha filha, geralmente eu nunca posso encontrar com ela no horário do almoço, por isso tento sempre tomar o café da manhã junto com ela. Deixo tudo arrumado, mesmo sabendo que contratei uma pessoa para fazer esses pequenos serviços, eu gosto de deixar tudo em ordem. O caminho até a escola é feito com Fran contando o dia que teve com o seu pai, ela falava tão animada que toda a tristeza que meu coração estava sentindo, é esquecida completamente naquele momento. Logo depois de deixar Fran na escola e conversar com a diretora para saber se estava tudo bem, faço meu caminho até o Arturito. Fico toda a parte da manhã cuidando de entregas, recebimentos e checando a cozinha e resolvendo alguns problemas na mesma, não são nem 12h e eu já estou com dor de cabeça. Ligo pra casa pra ver se Fran já chegou e almoçou, e quando desligo a chamada o mesmo começa a tocar, não tenho o número salvo e fico meio relutante em atender, mas atendo por fim.

-Alô, Paola?- Não reconheço a voz e parece que a pessoa leu meus pensamentos.- Sou eu, Cecília.

-Ah, oi! Tudo bom?

-Tudo sim e com você? Só liguei para você salvar o meu número.- ela parece nervosa do outro lado e eu acho fofo.

-Tá tudo bem sim, mas eu acho que você não me ligou só pra fazer isso.- digo brincando e ela sorri do outro lado.

-Culpada!- rimos.- Eu queria saber se você queria sair comigo, qualquer dia desses.- penso um pouco e logo Ana Paula aparece nos meus pensamentos e sou trazida de volta a realidade que venho ignorando.

-Claro, mas essa semana vou estar ocupada todos os dias.- Não é de total mentira, realmente essa semana vai estar muito cheia para mim.

-Tudo bem, qualquer coisa você me liga, ok? Vou ficar esperando.

-Ok. - escuto ela desligar e volto aos meus documentos. Leio os últimos do dia e saio apressada para gravar o programa. Estou sempre atrasada, preciso organizar meus horários, se não qualquer dia desses vou me perder. Todo o meu esforço de não deixar Ana Paula me abater é em vão, porque assim que estaciono o meu carro, a mesma acaba de chegar e estaciona a duas vagas depois da minha. Respiro fundo, pego minha bolsa e saio do carro. Tento controlar o meu estúpido coração, porém, o mesmo está fazendo um verdadeiro carnaval dentro do meu peito, com direito a confete e um trio elétrico da Ivete Sangalo. Ela me encara e os nossos olhos se conectam por breves segundos, eu trato de ignorá-la e continuo meu caminho.

-Paola, espera!- ela corre e segura o meu braço.- Precisamos conversar.- Me viro e olho para o meu braço, a mesma acompanha o meu olhar e retira a mão.- Por que está me evitando?

-Não temos nada para conversar.- começo a caminhar novamente só que um pouco mais rápido dessa vez.

-Você não respondeu a minha outra pergunta.- ela corre de novo e puxa meu braço.- Por que está me evitando?

-Você vai me machucar.- digo tirando o meu braço de forma rude. - Só estou fazendo o que você pediu.

-Não pedi pra você se afastar de mim, Paola.- ela fica na minha frente.- Eu só disse que não estou pronta para um relacionamento agora, não queria te encher de esperanças e depois não poder cumprir nenhuma delas.

-Você já fez isso!- falo aumentando um pouco o tom e ela apenas se afasta um pouco.- Você já fez isso, já criou esperanças e as tirou de mim.

-Eu nunca te prometi nada.- diz ríspida e vejo que na mesma hora ela se arrepende.- Desculpa, eu....- a interrompo.

-Não precisa mais dizer nada, você quer um tempo? Tome o tempo que precisar, porque de qualquer forma eu não vou estar mais aqui esperando você mesmo.- arrumo a bolsa no ombro e finalmente concluo o meu caminho.

POV Ana Paula

As horas seguintes são as mais torturantes, antes de começarmos a gravar, o nosso diretor nos avisa que daqui uma semana vamos ter que viajar para fazermos uma prova externa do MasterChef. Todos concordamos, logo depois todos vão se preparar e rapidamente começamos a gravar. Durante toda a gravação, Paola me ignora e não corresponde a nem um dos meus olhares, quando vou questionar o que os chefs fariam, ela respondeu olhando para os participantes, confesso que todo esse gelo dela me deixa angustiada. Na hora do almoço a saudade triplica, ela senta junto com Fogaça, e eu sento sozinha, Fogaça até me convidou mas quando vi que Paola ficou tensa, optei por respeitar o espaço dela. Faço minha refeição sozinha, aquele momento era nosso, todo dia Paola me contava sobre o seu dia no restaurante e eu contava sobre algumas viagens que já fiz pelo mundo, todo dia escutava aquele sotaque maravilhoso e apaixonante contar animadamente alguma travessura que Fran havia feito, e eu me deliciava com aquele sorriso maravilhoso em seu rosto, porém, hoje, nada disso eu tive, e eu sei que isso é culpa minha mas eu realmente preciso de um tempo, eu só queria que ela entendesse que eu quero estar bem para estar com ela, só isso. Escuto Fogaça dizendo que vai ao banheiro, da minha mesa vejo Paola pegar o celular e começar a mexer no mesmo, fico a observando e a mesma começa a fazer algumas caretas olhando algo no aparelho, só nesse intervalo que ela ficou sozinha na mesa, eu me apaixonei umas 3 vezes por ela. Fogaça volta e os dois voltam para o estúdio, eu também logo termino a minha refeição e volto também. Damos continuidade ás gravações e nada muda, ela continua fingindo que eu não existo. Por que eu fui me apaixonar logo por uma escorpiana? Não tinha alguém mais fácil não? Encerramos por hoje e desisto de falar com ela, troco de roupa e vou direto pra casa. Como o resto do jantar que tinha feito na noite anterior e abro uma garrafa de vinho,  fico degustando a minha taça fazendo carinho em Sofia.

-O que você acha de ganhar uma irmã, Sofia?- ela me olha desconfiada.- Somos só você e eu nessa casa enorme, o que acha de uma irmãzinha?- ela ronrona e sai do meu colo.- Ai, mas você é ciumenta, viu?- digo rindo. - Vou comprar um cachorro!- coloco um pouco mais de vinho e ligo o som. - Sempre quis um cachorro, sem ofensas, filha. - pego o meu celular e faço um lembrete de ir ao petshop. Fico lendo algumas mensagens e quando vejo já estou na minha conversa com Paola, ela está online. Eu sento e abaixo o som- Você acha que eu devo pedir desculpas pra ela, Sofi?- cruzo as pernas.- Você é minha psicóloga, Sofi. Vai ter que me aguentar.- subo a nossa conversa e fico lendo e relendo as nossas mensagens, o frio na barriga se faz presente quando  vejo que ela mudou de foto.- Meu Deus do céu que mulherão da porra!- digo quando faço menção de abrir a foto, só que meu dedo escorrega e quando vejo já estou ligando pra ela.- Puta que pariu! Desliga, desliga, desliga!- aperto várias vezes e bloqueio a tela do celular.- Meu Deus, essas coisas só acontecem comigo, eu tenho certeza!- quando tomo coragem desbloqueio a tela e digito “Desculpa, liguei sem querer” e fico aguardando vários minutos. - Com quem ela tá conversando? Meu Deus, que demora. - bebo o resto de vinho e ela responde com um “ok”. - Ana Paula, algo me diz que você perdeu essa mulher de vez.- deito no sofá e fecho os olhos. Eu não sei nem como eu me meti nessa confusão, eu quero a Paola, eu não consigo explicar o quão importante ela é pra mim, só que agora eu tô uma confusão, eu quero que seja tranquila qualquer coisa que venha a ter com ela, ela é especial demais. Fico curtindo a minha bad, cantando algumas músicas e chorando agarrada a Sofia, até que minhas costas reclamam mais ainda e eu resolvo ir deitar.

POV Paola

A semana toda gravamos episódios para o MasterChef e em todos Ana Paula ficava me encarando, conforme os dias foram se passando, a mesma foi desistindo de tentar uma aproximação, a última vez que “conversamos” foi no dia que ela “acidentalmente” me ligou. Hoje é sexta feira e eu passaria o dia todo no estúdio, eles queriam adiantar algumas coisas e por isso as gravações começavam às 9h, isso significava que eu teria que correr muito mais com alguns problemas no restaurante. Surpreendentemente eu chego com 15 minutos de adiantamento, fico um bom tempo conversando com Carol até que a mesma chama Ana, que passava por ali, para conversar.

-Vem, Ana! Aproveito e faço logo sua maquiagem.- Ana me olha e entra. - Eu estava falando pra Pao que essa viagem vai ser ótima.- ela começa a fazer o seu trabalho.

-Estou precisando mesmo sair um pouco de São Paulo. Um tempo fora será ótimo.- Ana Paula comenta.

-Você tá precisando de tanto tempo, parece relógio.- comento e Carol ri, alheia a tudo.

-Vocês dias são engraçadas juntas.- Carol comenta e começa a passar um batom vermelho em Padrão, o que deixa os lábios dela bem mais convidativos do que já são.- Pronto, gata, vai arrasar vários corações!- ela brinca. Ela já tá arrasando, Carol. Na verdade ela arrasa o meu coração faz um bom tempo.

-Você é besta.- Ana Paula sorri envergonhada e olha pra mim, quando ela vai fala algo, Larissa entra e a mesma e entrega o meu figurino e enquanto vou me trocar, as três ficam conversando.

-Já arrumou um crush, Aninha?- escuto Larissa perguntando e nessa hora eu fico atenta a resposta.

-Eu não, preciso de um tempo, já disse!- fico aliviada.- Mas quem sabe daqui uns dias, não é?- O quê?

-Você é rápida, né querida? É das minhas.

-Estou brincando.- elas riem.- Mas não sou de ficar muito tempo sofrendo, e nem muito menos correndo atrás de alguém. - Eu sinto que isso foi uma indireta, termino de me vestir e saio do banheiro. Ah, Ana Paula! você vai ver quem é que supera quem aqui.

POV Ana Paula

Paola fica me provocando, dando cutucadas durante toda a conversa, e quando eu tenho a chance, entro no jogo dela, mas ao contrário de mim, ela parece que não se abalou. Começamos a gravar e aquele figurino dela está me matando aos poucos. Sério, pra quê um decote daquele tamanho, Larissa? Quando nos dão um intervalo, ela passa por mim juntamente com Fogaça rumo ao refeitório. Não estou gostando nada da aproximação desses dois. Chego no refeitório e compro um sanduíche e um suco de maracujá.

-Senta conosco, Aninha.- Fogaça me chama e eu sento ao lado dele.- Esse é o seu almoço?

-Sim.- digo e ele nega com a cabeça.- O que foi?

-Vamos ficar o dia todo aqui, só com isso no estômago você não vai aguentar.- Fogaça me repreende e eu vejo Paola nos observando.

-Esqueci de preparar algo hoje.- tomo um pouco do suco. Paola suspira e me dá um outro pote.- O que é isso?

-É salada de beterraba com cenoura e peito de frango.- diz. - Pode comer esse, eu trouxe outro pra mim.- diz mostrando o seu.

-Obrigada, mas não precisa.- digo recusando e ela coloca na minha frente.- Paola...-ela me interrompe.

-Você ouviu o Fogaça.- não diz mais nada, e volta a comer logo em seguida.

-Não queremos ficar sem a nossa querida apresentadora.- Fogaça diz e ri, Paola apenas sorri de canto e comemos em silêncio. Algumas vezes Fogaça puxava um assunto só que logo morria. - Eu vou indo, encontro vocês lá.-ficamos sozinhas e quando vou puxar um assunto com Paola o telefone dela toca.

-Oi, desculpa eu esqueci de ligar.- abre um sorriso. Que sorriso é esse? Quem deve ser? Só pode ser a Fran, não é?- Mas mesmo assim, eu disse que ia ligar e não liguei.- ela começa a mexer no cabelo envergonhada.- Claro, claro! Vamos marcar sim.- definitivamente não é a Fran.- Eu vou sair daqui umas 20h, você me pega às 21h, pode ser?- O que? Seria um encontro? Eu não acredito nisso! Ela só pode tá me provocando.- Tudo bem, até à noite então.- ela desliga e não me encara.

-Você tem um encontro? Com quem?- quando vejo a pergunta já saiu e Paola me encarava.

-Desculpa, não lembro de dever satisfação pra você.- ela pega o seu pote e começa a levantar.

-É com aquela loira do bar?- digo e ela bufa.- É com ela, né? Eu sabia que ela não ia perder a oportunidade de dar em cima de você de novo.- Reviro os olhos.

-E qual o problema, Ana Paula?- ela diz me desafiando.- Eu tô solteira, ela também, nada nos impede, não é mesmo?- ela não espera uma resposta e sai do refeitório.

-Eu vou ser presa por assassinato.- digo e volto para o estúdio a passos largos.

POV Paola

Assim que sou liberada vou pra casa, dou todas as instruções pra babá e coloco Fran pra dormir. Começo a me arrumar, opto por um vestido azul marinho e um salto não muito alto, não me atrevo a fazer aquelas maquiagens lindíssimas porque sei que vai ficar horrível, passo o básico e quando termino escuto buzinas de carro e vejo pela janela que é Cecília, dou uma última checada no espelho e desço as escadas.

-Deixa que eu atendo.- grito das escadas.- Oi-. digo envergonhada quando abro a porta e ela me olha de cima a baixo.- Boa noite.

-Boa noite.- ela abre um sorriso.- Olha, eu achei que isso fosse impossível, mas você conseguiu ficar mais linda ainda.- fico mais envergonhada ainda e ela me direciona ao carro, abre a porta pra mim e logo vai para o seu lado.- Eu fiquei pensando em um lugar que eu pudesse levar uma chef que tem um restaurante por muitas horas. - rimos.- Até que achei um, ele fica no centro, acho que você vai gostar.

-Eu tenho certeza que sim.- Cecília realmente parecia uma pessoa muito legal e de fato está esforçando muito para a noite ficar muito legal. Então, só hoje, por favor Ana Paula, saia dos meus pensamentos. Faço um pedido silencioso e tento prestar atenção no que Cecília fala. Quando chegamos, ela repete o ato de abrir a porta pra mim e de fato o restaurante é bem bonito, ela escolhe uma mesa um pouco mais afastada.

-Vamos pedir a entrada?- pergunta e eu afirmo com a cabeça. Pedimos as entradas e ela pede um vinho. Engatamos em uma conversa e quando vejo já estou na terceira taça e já me encontro um pouco alta. Quando é servido o jantar, descubro que tenho muitas coisas em comum com Cecília, a mesma tem uma filha da idade de Fran.

-Leva ela lá em casa para brincar com Fran da próxima vez.

-Haverá uma próxima vez?- ela bebe um gole do vinho presente em sua taça e segura a minha mão que estava repousando em cima da mesa. Olho para as nossas mãos juntas e fico desconfortável.

-Claro,- faço sinal para o garçom me servir mais uma taça de vinho. Pedimos as sobremesas e depois ficamos só jogando conversa fora. Perdi as contas de quantas taças de vinho tomei, só sei que nesse momento estou tendo que ir bem devagar em direção ao banheiro se não caio. Me encaro no reflexo do espelho e jogo um pouco de água no meu rosto, pego o celular e disco o número de Ana Paula, toca porém ela não atende e cai na caixa postal. Deixe o seu recado que eu retorno assim que eu puder.

-Ana, aqui é a Paola! Sim, a Paola! Você ainda lembra de mim ou já me superou?- começo a rir.- Escuta aqui, eu só tô ligando pra dizer que eu já esqueci você, ok? Eu não tô nem aí pra você, nem pra você e nem pra esse seu sorriso lindo.- me encosto na pia porque estou meio tonta.- Eu superei você, sabia? Eu su-pe-rei você! Eu não penso mais em você.- aumento um pouco o tom de voz.- Tchau!- desligo e volto para mesa.

 

-Desculpa a demora!- Cecília já tinha pago a conta e ela me ajuda a ir até o carro- Acho que bebi um pouco demais.- começo a sorrir e Cecília me acompanha.

-Eu tô percebendo.- ela me ajuda a colocar o cinto e dá a volta no carro se sentando no seu lugar.- Vou deixar a senhorita em casa e depois conversamos mais.- afirmo com a cabeça e encosto minha cabeça no vidro do carro. Eu não lembro mais de nada da noite, só lembro que cheguei e nem troquei de roupa, fui logo me jogando na cama onde fiquei até o dia seguinte.

POV Ana Paula 

Chego em casa e faço a mesma coisa dos outros dias, preparo um jantar e depois dele fico na sala escutando música triste abraçada com Sofia, só que hoje Sofia não quis me fazer companhia e eu tive que ficar com o meu amigo uísque. Depois da 3° dose eu já tô chorando cantando junto com a Maiara e Maraisa. Por que eu tinha que fazer mais uma besteira pra minha coleção E arruinar tudo com a mulher da minha vida? Esse encontro com aquela loira ridícula poderia ser comigo, mas não, eu tinha que fazer alguma besteira. Parabéns, Ana Paula! Você ganhou o prêmio de otária do ano! Por que eu não expliquei direto as coisas pra ela desde o começo? A culpa é toda dela por ter feito eu me apaixonar tão rápido e virar tudo do avesso. Aqueles olhos que eu amo desvendar cada mistério deles, aquele sorriso que me deixa mais boba e apaixonada do já sou, aqueles lábios que me levam a loucura e me fazem ter desejos nada puros, aquele cabelo que eu poderia ficar cheirando horas e horas. Eu amo Paola Carosella e estraguei tudo com ela, parabéns, querida! Parabéns.


Notas Finais


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