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História Repressed Feelings - She's my person


Escrita por: jm0parrilla e mdsingrid

Notas do Autor


Oi, gente! Bom, eu queria dizer que amo muito todos os comentários e que eles me ajudam e MUITO a escrever, são realmente muito importantes e eu adoro ler e responder todos. Adoro também vocês comentando comigo lá no Twitter, eu fico me achando, bicho! Hahah. Enfim, espero que gostem ♡

Capítulo 8 - She's my person


POV Ana Paula

Escuto o barulho chato do despertador tocar e eu só tenho vontade de jogar esse telefone na parede mais próxima. Suspiro e abro os olhos devagar tentando me acostumar com a claridade, faço uma nota mental com letras maiúsculas e em negrito de fechar as cortinas quando passar da 3° dose de uísque, facilita a ressaca no dia seguinte. Fico longos minutos tentando me convencer e convencer o meu corpo de que tenho que acordar e ir trabalhar.

— Vamos, Ana Paula! Você tem uma empresa para tocar.  Falo comigo mesma me sentando devagar na cama. — Mas eu tô só o pó da rabiola.  Constato quando me olho no espelho do quarto. Vou ao banheiro e faço minha higiene matinal, vou na cozinha e tomo um remédio para a dor de cabeça. Remédio com estômago vazio, Ana Paula? Parece que a voz de Paola ecoa na minha cabeça assim que pego o comprimido e coloco na boca, suspiro e bebo um pouco de água. — Estava demorando você entrar nos meus pensamentos. Foram o que? 10 minutos de paz? — Todas as lembranças do dia anterior me atingem em cheio, lembrar da nossa conversa, da reação dela e principalmente, do encontro que ela teve na noite anterior, fizeram com que a minha dor de cabeça aumentasse.  Se ela gostasse mesmo de mim não teria corrido para os braços daquela loira sem sal tão rápido assim, não é? — Entro em uma conversa com Sofi, que a pouco tinha acordado e sentando ao meu lado.  Eu não estou errada, né?   puxo o banquinho da bancada e sento, Sofi logo sobe na mesma e me encara com aqueles olhos maravilhosos.  Não, eu não estou!  afirmo.  Ela que está sendo infantil, eu expliquei o meu lado, poxa!  Suspiro cansada. — Qual a dificuldade de entender que eu só preciso de um tempo? Eu gosto dela, eu realmente gosto dela, Sofi! Mas agora. Faço carinho em sua cabeça.  Agora eu tô uma bagunça, eu não ia ser uma boa namorada, esposa ou qualquer coisa que ela queira que eu seja dela. Levanto do banquinho.  Enfim, é página virada, né?  Coloco ração e água para Sofi, e começo a organizar algumas coisas para fazer um café da manhã descente pra mim. Começo a cortar algumas frutas pra fazer uma salada de frutas, e decido por fazer uma panqueca. Fazer o que? Acordei inspirada. Fico cerca de 30 minutos dando uma de chef, depois como tranquilamente assistindo o noticiário e lavo a louça. Opto por um banho rápido pois já estava mais do que atrasada e não poderia me dar ao luxo de ficar pelo menos 1 hora dentro da banheira relaxando. Solto um gemido frustrado quando constato isso. Finalizo o banho e coloco um vestido preto com sapatilhas da mesma cor, óculos escuros pra disfarçar as olheiras e a ressaca, pego o meu celular e vou a caminho do escritório. O dia seria bem longo por lá.

POV Paola

Depois que deixei Fran na casa do pai, decido ficar em casa, no escuro curtindo a minha ressaca. Liguei avisando que não ia para o restaurante hoje pela manhã e que passaria depois das gravações, ou seja, só à noite. Preparo um chá e tomo junto com um remédio, faz tanto tempo que não fico com uma ressaca tão grande desse jeito. Escuto o celular apitar notificando que havia chego alguma mensagem, pego e é uma mensagem de bom dia da Cecília, logo lembro de algumas partes da noite anterior e decido deixar o celular desligado. Só lembrava de ter bebido muito e que Cecília havia me deixado em casa, depois lembro de lutar contra a escada para não cair da mesma. Tenho a impressão que fiz algo de errado noite passada mas não sei o que é.

— Será que eu beijei ela? — Digo arregalando os olhos.  Mas por que isso seria errado, Paola? —  logo a figura de Ana se faz presente, apoio minha cabeça na mesa e fecho os olhos, logo sinto o cheiro do seu inconfundível perfume. O nosso subconsciente é uma armadilha, coisas tão pequenas e muitas vezes insignificantes, nos marcam muito mais do que pensamos.  Paola, Paola! Será que você não tá sendo um pouco irredutível demais?   suspiro e fico a manhã toda tentando lembrar da noite com Cecília por completo.

POV Ana Paula

Trabalho até às 11h e decido ir cedo para os estúdios da Band, estou começando a me organizar melhor. Chego e cumprimento todos, alguns participantes já estão por ali e eu converso com alguns, até Lari me chamar e nós duas ficarmos conversando no meu camarim.

 Você tá solteira mesmo? — A mesma pergunta depois de ficarmos em silêncio por alguns segundos.

— Estou. — Dou um sorriso meio envergonhado.- Mas não quero um relacionamento agora, sabe? Preciso me encontrar primeiro.

 Você precisa transar.   Ela diz e eu jogo uma almofada nela.  Tô brincando.   Rimos.   Eu entendo você, tire uma tempo para você! Os homens dessa cidade podem esperar.- ri mais ainda.

 Mas você é besta mesmo. — Termino de me vestir.

 Ué, e eu tô mentindo? Ou você prefere mulheres?   Sorri maliciosa.

 Eu ouvi bem? Ana Paula Padrão saiu do armário?  — Carol entra no camarim.

— Vocês são muito bestas!  pego meu celular dentro da bolsa e o coloco pra a carregar.  Acho que meu carregador quebrou, vocês tem algum pra me emprestar?

— Não trouxe nem celular hoje, sai apressada de casa. — Carol fala.   Você tem?

— Não trouxe, mas a Paola deve ter.  Suspiro e encolho os braços.   Ela não morde, Ana Paula! — Ri.

—  Deixa pra lá, quando eu sair daqui eu compro um.

   Ah não, é só pedir pra ela, mulher! Vocês são amigas, qual o problema?   Lari cruza os braços.  Vamos comigo, vou levar o figurino dela.  Me puxa pelo braço.   Você vem Carol?

 Não, já fiz o meu trabalho com ela. —  Lari apenas confirma com a cabeça e vamos em direção ao camarim da argentina.

  Posso entrar? — Larissa pergunta e escuto o meu sotaque favorito confirmar.   Vem!  Me puxa. — Tá aqui o seu vestido de hoje, espero que goste.- abre um sorriso e Paola agradece e logo desvia o olhar e me encara.

 É...— Vou começar a falar, porém, minha voz falha. — Eu queria saber se você tem um carregador porque o meu quebrou.

  — Tenho sim.  Ela pega a sua bolsa e procura.    Aqui.  Estende pra mim.

 Bom, eu vou indo, espero que você goste da roupa!   Lari diz e nos deixa a sós.

 Obrigada pelo carregador, já devolvo.   balanço no ar e se instala um silêncio constrangedor.  Eu vou indo.  Quando vou dar meia volta, Paola me chama.

 Ana!  — Paro os meus movimentos e ela dá continuidade. — Eu queria mesmo conversar com você.

  Sobre o que?  — Sento a sua frente e coloco o meu celular para carregar. — Se importa?    Pergunto quando vou colocar o celular na tomada, ela apenas nega com a cabeça.

   Bom, eu sei que fui muito irredutível e infantil com você, eu queria pedir desculpas.   Fala tudo de uma vez e passa as mãos pelos cabelos esperando uma resposta.

  Você é cabeça dura, Paola. Eu só preciso de um tempo pra mim, e não queria te magoar ou algo do tipo.  Ela suspira.     Nunca foi a minha intenção.

 Entendo que você queira um tempo, torço muito para você conseguir se encontrar.  Me encara.    De verdade.   Sorri.  Bom, eu vou me vestir rapidinho, se importa de esperar só um pouquinho?

  Claro que não, vai lá.    Consigo ligar o meu celular e enquanto ele reinicia eu tomo coragem pra perguntar algo que tá me corroendo a horas.    Paola?    Chamo.

 Oi.     Ela eleva um pouco o tom para que eu possa escutá-la.

   Como foi o encontro?   Digo como quem não quer nada e escuto ela rir. Droga!

   Foi bom, eu acho.- faz uma pausa e eu fico nervosa. — Até onde eu lembro foi agradável.  Pego o celular e começa a chegar algumas mensagens.  Eu não lembro de muita coisa, bebi muito.

   Tem uma mensagem sua na minha caixa postal.  Digo e pressiono o celular contra o ouvido. Em questão de 1 segundo depois vem uma Paola seminua pra cima de mim.

    Desliga! Desliga isso, Ana Paula!- consigo ser mais rápida e levanto, a mesma começa a correr atrás de mim e caímos as duas no sofá, ela por cima.  Desliga, Ana Paula! Me dá!   ela tenta tomar o celular e segura os meus braços, por fim ela retira o aparelho das minhas mãos e desliga.   O que você ouviu?  Ela continua segurando os meus braços e está sentada em cima de mim.- Responde, Ana Paula!   Fala mais alto e visivelmente nervosa.

  Eu tenho um sorriso lindo? —  Digo e ela sai de cima de mim e começa a andar de um lado para o outro.

  Meu pai! Que vergonha!   Ela senta ao meu lado com as mãos no rosto.

 Você me superou? Mas tão rápido assim?   Faço graça e ganho um tapa no braço- Au!

   Você não faz piada com a minha cara. Esquece isso, esquece tudo que eu falei nessa ligação e naquela noite, por favor! Deleta, finge que nunca aconteceu, tá bom?   Ela me encara. Me perco por breves minutos dentro daquela imensidão que são os olhos de Paola Carosella, os mesmos olhos que me deixaram curiosas no primeiro encontro, os que me deixaram mais encantada ainda no segundo, e que fizeram com que eu me apaixonasse mais ainda todos os dias depois daquele. Aqueles olhos, aquela mulher, nem em mil anos eu seria capaz de explicar a nossa conexão, foi uma coisa de alma, mesmo eu falando e negando que era só uma coisa física, desejo. Nunca foi, foi encanto, amor, admiração e conexão. Não dá pra mudar isso, ela é a minha pessoa. Coloco um dedo em seus lábios, fazendo um pedido silencioso para que ela parasse de falar, seja lá o que ela tentava falar com seu português/espanhol nervoso. Contorno o seu lábio, fazendo traços imaginários e ela fecha os olhos, gravo mais uma vez cada contorno daquele rosto e por fim, a beijo. No começo é só um encostar de lábios, porém, logo ela pede passagem e eu permito. Coloco minha mão em torno de sua cintura a trazendo mais de encontro para mim, a mesma passa os braços pelo meu pescoço. Acho que é nesse momento que eu falo as coisas mais clichês do mundo, não é? Foi diferente de qualquer outro beijo que já dei, foi calmo, sem pressa, envergonha e tímido. O toque dos lábios foi manso, tentando transparecer segurança e um pedido silencioso de que não acabasse logo. Nos separamos quando o ar se faz necessário, infelizmente não podemos desafiar a física ou qualquer outra matéria de exatas que eu nunca liguei na escola. Paola deposita um último beijo em meus lábios e se afasta um pouco, eu a encaro e ela sorri para mim, eu retribuo e faço um carinho com a minha outra mão em seu rosto.

  Fala alguma coisa.  — Ela pede.

   O beijo de escorpião é bom mesmo.    Digo e ela ri.

     Temos charme.    Ela pisca pra mim.   É melhor eu ir me vestir.  — A mesma estava só com a calça jeans e sutiã.

   Eu não me importo. — Recebo um tapa no braço.   Esse doeu!    Passo a mão pelo local.

  Era pra doer mesmo!- se levanta rindo e vai se arrumar.

POV Paola

Quando entro no banheiro para trocar de roupa, permito soltar a respiração que nem ao menos sabia que estava prendendo. Respiro fundo e tento organizar tudo que acabou de acontecer. Termino de vestir a roupa que Lari havia me entregado e saio do banheiro.

  Voltei! — Encontro Ana Paula mexendo em seu celular.  Acho que precisamos conversar sobre isso que aconteceu aqui.

  Sim.     Deixa o celular na mesinha e me encara.   Eu vou ser sincera com você, Paola. Eu gosto de você, eu gosto muito de você, de verdade. — Nem me animo muito com a revelação porque sei que vem um “mas” logo depois. Mas... — Não disse?    Eu realmente preciso de um tempo, eu ainda nem me divorciei, ainda não me organizei e ainda não me encontrei de novo. Eu sei que não posso pedir que me espere, e não irei fazer isso.   Dá um passo em minha direção.   Eu não quero te magoar, seria a última coisa que eu gostaria de fazer.   —  Suspira.  — Posso te pedir uma coisa?

    Pode.   Pela primeira vez eu me prenúncio.

    Não se afasta de mim, por favor!    Ela pega nas minhas mãos, não posso deixar de notar que as mesmas tem um encaixe perfeito.   Somos amigas antes de qualquer coisa, e eu não quero perder isso independente de qual seja o nosso futuro.

   Eu não vou me afastar, aquilo foi um surto de infantilidade.  — Sorrimos. —  Não vai se livrar de mim tão fácil assim.

 —   Nunca foi o meu desejo.   — Ela me puxa para um abraço. E lá estava ele, aquele perfume inconfundível, a minha favorita fragrância no mundo. A fragrância presente nos meus sonhos ao dormir, e nos meus devaneios acordada.   — Vamos? — Ela estende a mão em minha direção, e fixa os olhos em mim, esse pedido é muito mais do que um simples convite para irmos gravar, sua expressão faz um pedido silencioso, que prontamente é aceito por mim.


Notas Finais


Críticas? Elogios? Cartinhas de amor? Me chama lá no Twitter e me diz o que achou (rimou, pisei!) @mdsmader. ❤


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