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História Required Malfunction - Paper Books and Blue Flames


Escrita por: Freakyfics

Notas do Autor


Atualizando as fics "rapidinho", olha q linda eu -q
Hihi
Kisssuuuuusss e boa leitura <3 <3 <3

Capítulo 9 - Paper Books and Blue Flames


- Me fala de novo, pra onde estamos indo?
- Pra casa da Tia.
- Sua tia?
- Não. 
- Mas então...
- Loirinho... cala a boca.
Uruha deu uma risadinha fofa.
E la estávamos nós. 
Reita achou melhor irmos para o tal lugar-super-ultra-secreto amanhã, com medo de ter chamado muita atenção no restaurante de lámen e estarmos sendo seguidos. Segundo ele, agora estavamos indo pra casa da tia.
Que tia?
Não sei.
Mas pelo jeito era um lugar seguro.
O robozinho chamado Uruha andava do lado dele que nem um cachorrinho, olhando de um jeito muito feliz pro seu novo dono.
Assim que a posse dele foi passada para Reita, ele terminou de quebrar a garrafa na cabeça do homem, deixando-o inconsciente. 
- Mestre, como posso chama-lo?
Reita suspirou, guardando o canivete.
- Não sou seu mestre.
O robô bonitinho praticamente saltitou até ele com um sorrisão no rosto.
- Mestre, não seja bobo! Acabou de me comprar, lembra? E eu sou todinho seu.
Ao dizer isso ele deu um sorrisinho tão fofo que o que quer houvesse de azedo e amargo no interior de Reita deu uma adoçada.
E então o robozinho pediu para andarem de mãos dadas, e Reita ficou com o rosto bem vermelho.
- Ele... deve ter programação de... hmm... "namorado"...
- E qual o problema disso?
Reita balançou a cabeça e começou a andar, com Uruha agarrado em seu braço. Olhei confuso para Yuu, do meu lado, que coçou a nuca, sem jeito.
- Hm... sabe a função do Aoi que você nunca usou?
Corei.
- Ãrrã.
- Ele vai, hm... fazer de tudo pra ser usado. É parte do sistema, cumprir a função a qualquer custo.
Ah.
Tá.
Então la estavamos nós a pé pela cidade, meu meio-mordomo-meio-garoto-sequestrado-e-escravizado, um rebelde maloqueiro com um robô doidinho pra dar pra ele... e eu.

-----
Minha noção de tempo não era das melhores aqui em baixo, tendo apenas luz artificial, mas acho que chegamos na casa da tia (?) ao anoitecer. 
Eu estava morto.
Os remédios estavam deixando de fazer efeito.
Que dia terrível.
E eu nem tinha Aoi para cuidar de mim.
Yuu passou o dia todo controlando o próprio corpo. O que era incrível, depois de passar tantos anos adormecido. Segundo Reita, isso era um sinal de que as tentativas de desativar o chip estavam dando certo.
Mas, por outro lado, tive um dos dias mais entediantes da minha vida. Ficamos andando em silêncio um do lado do outro, parecendo dois pré adolescentes no primeiro encontro, só observando Reita se derretendo pelo robozinho bonito que estava agarrado em seu braço tagarelando elogios aleatoriamente para seu novo dono.

Paramos em uma padaria.
- Chegamos.
Olhei, confuso, para Reita. 
- Você... Está com fome? 
Yuu riu do meu lado e sacudiu a cabeça. Ele parecia tão feliz e tão  triste, como eu nunca havia visto. 
Nostalgia.
Era essa sua expressão. 
- Não acredito que esse lugar ainda existe.
Reita sorriu.
- Vamos logo.
Era uma padaria no andar de baixo de um sobradinho mediano, bonitinha, um pouco velha, é verdade, mas decorada com carinho. Parecia um negócio familiar e cheio de hospitalidade. Haviam varios sofás com mesinhas de madeira desgastada com várias prateleiras com livros... livros de verdade! Feitos de papel!
Quando entramos um sininho acima da porta tocou. O lugar estava vazio. Uma voz gritou de dentro do que parecia sera cozinha.
- Boa noite! Ja encerramos nosso expediente! Por favor, volte amanhã e tenha o cuidado de estar em casa antes do toque de recolher! 
- Ja estou em casa.
Ouvimos passos e uma senhora extremamente pequena apareceu pela porta. Era baixinha e magrinha, os cabelos brancos estavam presos no alto da cabeça em um coque, e ela usava uma versão modernizada de um kimono. Devia ter uns 70 anos de idade, mas andava com a energia de uma moça, e seus olhos pequeninos brilhavam. Ao pousa-los em Akira e Yuu, eles se arregalaram e se encheram de água. 
- Meus meninos! - correu com seus passinhos curtos e agarrou ambos, abraçando-os com força. - Akira, você trouxe Yuu de volta! Você conseguiu! 
Ela segurou o rosto de Akira nas mãos, dando vários tapinhas, e então abraçou Yuu com tanto carinho quanto daria a um filho.
A cena me deixou meio emotivo e sem graça, então eu só fiquei ali parado ao lado de Uruha enquanto este esperava pacientemente pelo dono.
- Tia Yukki... eu achei que nunca mais veria a senhora.
- Ah, eu tive esperanças de revê-lo, meu querido... - ela acariciou os cabelos escuros de Yuu. - não eram muitas, mas estavam la.
- Como... como a senhora está aqui depois de tantos anos? Como está... viva?
Tia Yukki suspirou, indo com passinhos apressados até a entrada da padaria e trancando a porta.
- Esse é um assunto longo. Deve ser discutido com uma xícara de chá. Venham. Há muito o que conversarmos.
Tia Yukki saiu fechando e trancando todas as portas e janelas, baixando as cortinas.
- Quem são esses? - questionou ela se aproximando de mim com um olhar crítico. 
- Este é o dono de Yuu. Ele se recusou a me deixar leva-lo se não viesse junto. Ainda não conseguimos desativar completamente seu chip então de vez em quando ele perde a consciência.
- E qual o seu nome, garoto?
- T-takanori. Matsumoto Takanori.
- Bom, Takanori. Espero que saiba no que se meteu. 
Assenti.
Hoje vejo que não. 
Eu não fazia idéia em que eu estava metido.

---

A Tia nos levou para o andar de cima do sobradinho, pondo água pra esquentar pra fazer o chá. Ela tinha um fogão com fogo mesmo! Era muito legal, as chamas saiam azuis.
Parecia uma casa antiga de vó, com vários pufezinhos para sentar, bonequinhos de porcelana, fotos de gatinhos nas prateleiras e alguns gatinhos de verdade que vieram se esfregar nas minhas pernas.
Com o chá pronto e uns bolinhos que estavam muito cheirosos sentamos nos pufes ao redor da mesinha de centro.
- E então? - perguntou Yuu, sentado ao meu lado. - O que está acontecendo? Estive todos esses anos sem consciência, e quando a retomei era um boneco, sem controle das minhas ações. Durante esses quatro anos desde que acordei pensei que nunca mais veria vocês... como podemos estar todos juntos agora? 
Tia Yukki suspirou.
- Você deve se lembrar, meu querido, daquela proposta tentadora que recebemos a tantos anos atrás. Um emprego misterioso em um mundo de miséria.
Yuu assentiu, com uma expressão séria.
- E o que se lembra depois disso? 
O moreno levou alguns segundos para responder.
- Nada. Quero dizer... a primeira lembrança que tenho é de... estar em uma maca. Lembro de um depósito... como uma geladeira, com tantas pessoas dentro... Lembro de passar por operações, mas de não sentir dor. Mas tudo isso é bem distante, como se eu não estivesse completamente consciente. A primeira lembrança real que tenho é da casa de Takanori, quando ele e a mãe me ligaram pela primeira vez.
A lembrança aqueceu meu peito e gelou meu estômago. Pra mim, era uma lembrança boa. Para ele... era ruim. 
Tia Yukki assentiu.
- Parece que foi assim com todos do nosso lote. Eu, Akira, e os outros que encontramos.
- O-os outros? - Yuu arregalou os olhos. - Todos aqueles que conhecemos, os que ser inscreveram junto com a gente...
- Não encontramos todos, mas sim, vários de nossos amigos estão vivos e bem. Estão escondidos,  formaram uma organização na surdina para trazer todos de volta, e acabar com tudo isso de uma vez por todas. Talvez leve anos... - Tia Yukki segurou a mão de Yuu e sorriu. - Mas não vamos desistir. 
Yuu sorriu de volta. 
Engasgou.
E então seu corpo ficou mole, tendo que ser segurado por Akira para não cair no chão. 
- Merda... - resmungou o loiro. - Achei que conseguiríamos chegar lá antes de ele perder a consciência. 
- Tudo bem,  querido.  Vocês devem passar a noite fora das ruas,  de qualquer modo. O toque de recolher é muito severo. Venham, vou arrumar camas para você e... Como é mesmo seu nome, querido? 
- T-Takanori.
- Pare de gagueira, garoto. Se vai nos ajudar precisa ser forte. 
- C-certo. Quero dizer... certo.
- Certo. - tia Yukki sorriu pra mim. E então me agarrou pelo braço. - Venha, me ajude a arrumar as camas. Estou velha demais para arrastar colchões por aí. 
Montamos três camas apenas. Aoi e Uruha não precisam de camas, mas deixamos uma pronta para o caso de Yuu voltar.
Ao ver isso,  o robozinho saltitou para o lado de Akira.
- Aonde vamos nos deitar, mestre?
- Hm eu vou me deitar aqui. Você não precisa dormir. 
- Ótimo! - cantarolou Uruha... e começou a tirar a roupa. - Já que não preciso dormir,  posso transar com você a noite toda!
- E-ei ei ei! Não faça isso! - exclamou Akira, impedindo-o de tirar as calças, ficando bem vermelho. - Nós não vamos transar!
Uruha fez um bico tão grande que eu quase ME ofereci pra transar com ele. 
- Por que não, mestre? Fiz algo errado? - ele entortou fofamente a cabeça e entrelaçou as mãos na frente do corpo. - Me diga o que posso fazer para agrada-lo.
- Não... etto, não é isso...
- Se quiser, tenho técnicas para deixá-lo excitado, posso fazer com que sinta muito tesão... e então pode fazer o que quiser comigo. 
Dava pra ver na cara de Akira que ele realmente estava usando cada centímetro de auto-controle de seu ser para não comer o robozinho aqui e agora.
- Apenas diga para ele que não quer transar AGORA. - sussurrei. - Acho que isso de "não vamos transar" não adianta com ele,  ja que a função dele é essa.
- Eu... etto. Uruha?
- Sim, mestre?
- Não quero transar agora.
O loiro se fez de desapontado, mas sorriu e se curvou.
- O que deseja que eu faça, então, mestre?
- Merda, não sou bom nisso. Não sei lidar com robôs.
- Apenas durma com ele na mesma cama!
- De jeito nenhum! Não conheço esse garoto!
- Para um revolucionário com cara de punk você é surpreendentemente puritano.
- Você pode até se aproveitar de Yuu, mas eu não vou me aproveitar desse garoto.
- Shiroyama Yuu pede que ambos se calem. - interviu Aoi, com um sorrisinho simpático. - Sua discussão esta deixando-o chateado. Akira-san, peça desculpas para meu jovem mestre. Shiroyama Yuu ja havia lhe concedido permissão para fazer uso de seu corpo, portanto sua ofensa não tem fundamento.
Akira saiu xingando, e foi terminar de arrumar a cama.
Suspirei, e me virei para ajeitar a minha, mas Aoi ja havia feito isso. 
Me joguei nela, exausto, sentindo o sono chegar rápido. Aoi se deitou ao meu lado, e eu me aconcheguei contra seu peito. 
Seu perfume característico não estava tão aparente quanto de costume. Talvez tenha algo a ver com o fato de ter passado o dia todo desligado. Havia algo de mais humano em seu cheiro... o que não era necessariamente ruim. 
Nem um pouco. 
Senti as mãos macias de Aoi tocando meu cabelo, e adormeci.


Notas Finais


Capítulo meio agua com açúcar, mas eu precisava dessa tradição ^-^'

E aí? O que estão achando da história?

Kiiissus <3

Twitter: @TiaFreaky
Tumblr: http://tiafreaky.tumblr.com


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