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História Resiliência - O homem mais poderoso do Japão


Escrita por: bolodebaunilha

Notas do Autor


Olá, tudo bem com vocês? :)
Eu estou MUITO feliz por vários motivos!
Mas o primeiro deles é que eu consegui postar antes da meia noite! Uhuuuuuul :D HAHAHAHA
E por conta disso acho que hoje mesmo já começo a responder alguns comentários!
Estou com muitas saudades de conversar com vocês por lá ❤

O segundo motivo é que de alguma forma muito louca e maravilhosa Resiliência passou de 700 favoritos!!!!!!!!!!!!! #autoradesmaiada
Isso é tão incrível que eu fiquei sem acreditar quando vi! Parecia até que estava olhando a fic errada! HAHAHAHA
Uma história que foi criada sem pretensão nenhuma, totalmente como um passatempo chegou até aqui cheia de leitores maravilhosos!
Cada vez que eu recebo um comentário, uma mensagem, uma recomendação... Eu fico emocionada de verdade!
Apesar de não ganhar dinheiro com isso eu tenho recebido tanto carinho que vale a pena cada momento que eu tiro para escrever os capítulos! Fora as pessoas incríveis que conheci e que sempre estão me motivando a continuar :)
Aos 711 favoritos aqui no spirit e os 91 lá no Nyah, eu só posso deixar o meu mais sincero agradecimento ❤
Vocês são os melhores ❤

Agradecimentos especiais para:
xXPandoraXx que foi a leitora número 700! ❤
E para a Charlotte que deixou uma recomendação maravilhosa lá no Nyah! Obrigada Charlotte, e você que conquistou meu coração com essa recomendação linda ❤
Também um obrigada mais que especial para todas as meninas lindas que lembram de Resiliência todo domingo lá no grupo do Facebook! Vocês são maravilhosas ❤
Obrigada pelo carinho ❤ ❤ ❤

E é isso, hoje eu estou mais tagarela que o normal (!!!!), mas é porque eu tenho os melhores leitores do universo!

Hoje tem tiro, porrada e bomba! Então se preparem :)
Nos vemos no domingo que vem! :D
Boa leitura :*

OBS¹: Apenas para lembrar dos links nas notas finais com explicações e referencias.
OBS²: Tem duas músicas nesse capítulo, então deixei os links para elas nas notas finais! Não são indispensáveis para a leitura mas ajudam muito! :)

Capítulo 17 - O homem mais poderoso do Japão


Fanfic / Fanfiction Resiliência - O homem mais poderoso do Japão

Uchiha Sasuke não era apenas um CEO multimilionário que comandava a maior e mais lucrativa empresa de tecnologia do mundo, agora tendo todo seu patrimônio valendo absurdos US$ 600,35 bilhões*, crescendo cada vez mais. Na verdade, o poder que ele tinha ia muito alem, tendo como Primeiro Ministro do país alguém leal ao clã que comandava, o tornando assim a pessoa mais poderosa e influente do Japão.

Tantas responsabilidades, compromissos e preocupações o faziam estar sempre com a cabeça cheia. Por mais que tivesse várias pessoas de confiança para auxilia-lo, nada acontecia naquele país sem que o Oyabun soubesse. Tanto poder e eficiência, aliado a rigidez e falta de piedade, o tornavam o melhor que já comandou a Yakuza.

E por tudo isso, era comum que acordasse das poucas horas de sono que se permitia ter, já com mil e um assuntos a serem resolvidos. Antes mesmo de abrir os olhos já repassava mentalmente sua agenda, analisando tudo o que tinha de ser feito no dia. Nunca conseguia descansar completamente.

Mas naquela manhã algo mudou.

Ao acordar, não foi em seus compromissos que pensou, mas sim no quão agradável era aquele perfume doce. Pêssego era mais forte, mas a baunilha que ele associava com conforto e… amor, estava lá também.

Abriu os olhos, piscando algumas vezes para despertar realmente e teve a visão que achou que nunca teria.

O rosto adormecido de Sakura. Confortável no travesseiro, emoldurado pelos cabelos rosados espalhados por todos os lados. A boca entreaberta e o semblante delicado completamente relaxado, em um sono tranquilo. Tão linda, que Sasuke tinha certeza que poderia ficar o dia todo apenas admirando.

Tão concentrado e hipnotizado pela beleza dela, que só percebeu a pequena mão segurando firmemente a sua quando sentiu um leve aperto.

Desviou os olhos do rosto dela e os direcionou um pouco para baixo, encontrando seu pedaço de gente, dormindo completamente esparramado entre os dois. Uma das mãozinhas seguravam a sua com força e a outra a de Sakura.

Sanosuke dormia profundamente, os cabelos completamente bagunçados e uma das pernas por cima da mãe, enquanto a outra estava dobrada, embolada na coberta.

O dinossauro de pelúcia de alguma forma havia ido parar ao pé da cama, onde Aoda o usava de travesseiro. Inconscientemente imaginou Fluffykins ali também.

Sentiu o filho mexer novamente e voltou a olhar para ele, vendo a perna antes dobrada agora esticada para fora da coberta. As mãozinhas ainda firmes sem soltar as dos pais e Sasuke agradeceu por isso. Era bom.

E olhando para as duas pessoas mais importantes de sua vida, percebeu que não queria pensar em outra coisa que não fosse eles. Qualquer outra preocupação ou compromisso nem passou por sua cabeça.

Tudo o que queria era ficar observando Sakura e Sanosuke dormir.

•  •  •  •  •  •  •

– Izumi! – Itachi chamou enquanto balançava o filho de um lado para o outro –  Seu celular!

O pequeno Ryou resmungou e puxou o cabelo do pai, se remexendo incomodado.

– Uchiha-sama – A mulher atendeu assim que chegou na sala, enquanto escutava o que o patrão e cunhado falava entregou a mamadeira para o marido – Tem certeza? Terei que remarcar tudo para os próximas dois dias – Dizia enquanto consultava o tablet – Vai ficar sem tempo para mais nada, já que vão ser dois dias seguidos… Ok, já entendi! – Resmungou enquanto fazia uma careta.

Itachi apenas assistia a esposa e ajudava o filho a tomar a mamadeira. Ryou estava resfriado e o casal pouco dormiu naquela noite por conta disso.

– Ele quer falar com você! – Izumi estendeu o celular em sua direção.

– Fala irmãozinho! – Cumprimentou com uma animação pouco comum para as 7:00h que o relógio marcava, nem parecia que havia dormido pouco.

Não vou trabalhar hoje, fique em meu lugar – Não foi um pedido, Itachi logo percebeu – E a noite, acompanhe nossa mãe ao templo para ver o que é necessário para a comemoração de ano novo do clã.

– E o que levaria o senhor “vivo e respiro trabalho” a faltar hoje de novo? – Perguntou enquanto assistia o filho vomitar todo o leite na esposa.

Se já era raro Sasuke deixar de trabalhar, o fazer por dois dias seguidos era inacreditável.

Não é da sua conta – Respondeu e desligou o telefone.

– Educação mandou lembranças! – Resmungou olhando para o aparelho indignado, mas já acostumado com o jeito do irmão.

Largou o celular em cima da mesa e foi buscar um pano para socorrer a bagunça que Ryou havia feito em Izumi.

– Obrigada – Ela agradeceu e tentou limpar o melhor que conseguiu – Pelo menos assim posso ficar com ele hoje – Disse se referindo a folga que ganhou por Sasuke não trabalhar.

– É, mas eu me ferro – Reclamou pegando o filho para que a esposa pudesse terminar a limpeza – Eu não sei como ele aguenta fazer tanta coisa todos os dias – Tirou a roupinha do filho o deixando apenas de fralda – O que me aguarda?

– Hn – Ela tirou a própria blusa e juntou com o pano e com a roupinha de Ryou, para lavar – As coisas mais importantes eu remarquei já que precisavam que fosse ele mesmo – Ela explicou, a voz mais abafada por ela estar na área de serviço do apartamento – Só sendo Oyabun mesmo para cancelar uma reunião com o Primeiro Ministro.

– Oh, a reunião sobre o próximo ano era hoje né? – Itachi murmurou surpreso – O que faria ele cancelar tudo assim?

Izumi apareceu na sala apenas de sutiã e shorts e colocou a mão na cintura, sorrindo.

– Um dia com a família dele! – E Itachi sorriu também, entendendo.

•  •  •  •  •  •  •

Depois de ter falado com Izumi e Itachi, Sasuke apenas ficou deitado junto à Sakura e Sanosuke, até adormecer novamente.

Quando acordou, no que pareciam horas depois, viu a cama completamente vazia.

Como reflexo, pensou ter tudo sido apenas mais um sonho, uma invenção do seu subconsciente que tantas vezes já havia fantasiado com aquilo, mas o barulho de risadas o fez levantar da cama em um pulo.

O apartamento sempre silencioso estava preenchido por música, cantorias e risadas. A medida que avançava pelo corredor até chegar a sala, podia escutar tudo com mais clareza e sentir também o cheiro de algo bom sendo preparado.

[On Track: To Fall In Love With You - Old Daisy]

Ao passar pela porta da cozinha, viu a fonte de tanto barulho.

Sakura, ainda vestida em seus pijamas, concentrada em algo no fogão, enquanto Sanosuke estava ao seu lado, de pé em uma cadeira trazida da sala de jantar. Ele mexia a colher em uma tigela grande, fazendo massa voar em todas as direções.

A Haruno ao mesmo tempo que preparava o que pareciam ser panquecas, dava alguns passos desajeitados seguindo o ritmo da música e cantando junto.

O pequeno tentava acompanhar na cantoria, mas acabavam apenas rindo um do outro.

Em um canto, o pobre Aoda coberto de farinha apenas observava tudo com seus olhos amarelos.

– PAPAI! – Sasuke olhou para baixo a tempo de ver sua perna ser envolvida por um completamente sujo Sanosuke.

Havia farinha nos cabelos e massa na roupa e nas mãos, e agora também em suas calças de dormir, o Uchiha concluiu.

Sem se importar com o fato, abaixou e pegou o pequeno no colo, que colocou as mãos sujas em seu rosto para logo depois rir com gosto. Sakura estava do outro lado da bancada, tão suja quanto o filho, mas não menos linda.

– Bom dia Sasuke-kun! – Ela cumprimentou empolgada, antes de virar um panqueca, que por um segundo Sasuke teve certeza que cairia para fora da frigideira – Dormiu bem?

A forma carinhosa que ela o chamou fez seu coração aquecer em nostalgia.

Podia se acostumar com aquilo.

– Sim – Respondeu colocando Sanosuke de volta à cadeira ao lado da mãe.

– Desculpe não te acordar, mas antes de ir embora Chiyo disse que Itachi avisou sobre um dia de folga ou algo assim – Ela falou tirando a panqueca já pronta e colocando mais massa na frigideira, sem reparar na mãozinha do filho tirando um pouco de dentro da tigela – Você estava dormindo tão tranquilo que não tive coragem, só ia te chamar quando o café estivesse pronto.

– Hn – Ele balançou a cabeça encostando na bancada com os braços cruzados. Os olhos atentos no filho que corria pela cozinha sujando tudo e gargalhando por qualquer motivo.

E diferente do que pensou, não se sentiu incomodado com a bagunça.

– Veja, esses são salgados – Voltou sua atenção para Sakura, que lhe estendeu um prato – São crepes recheados, mas são muito gostosos também! – Explicou e pegou mais dois pratos, com panquecas.

Os três estavam sujos demais para sair andando pela casa, então se acomodaram nos bancos altos da cozinha mesmo, Sanosuke de pernas cruzadas sentado no mármore da bancada e comendo com as mãos, aproveitando que já estava todo sujo.

– Está bom – Sasuke sentiu necessidade de elogiar.

Sakura sorriu agradecida e um pouco sem graça, ainda tentando acostumar ao que quer que estivessem começando a ter.

Aos poucos estavam voltando a se acostumar um com o outro.

Um passo de cada vez.

– Quero! – Sanosuke engatinhou até o pai abrindo a boca para receber um pouco do crepe que ele comia – Bom! – Elogiou de boca cheia e pegou da panqueca em seu prato estendendo para o pai, com a mão mesmo.

Mesmo vendo toda a calda de chocolate no pedaço de panqueca, Sasuke comeu, sem esboçar no rosto austero o quão desagradavelmente doce achou.

– Bom – Murmurou sério e Sanosuke abriu um sorriso lindo, que herdou de Sakura.

A Haruno apenas sorriu também, trocando um olhar agradecido com o Uchiha.

Ver o tanto que ele se esforçava pelo filho mexia com ela verdadeiramente.

Por baixo da bancada, discretamente segurou a mão dele, que apreciou o contato fazendo um carinho meio desajeito com o dedão na mão delicada dela, não querendo solta-la tão cedo.

– Dia de folga da Chiyo, não é mesmo? – Perguntou e Sakura apenas balançou a cabeça confirmando, enquanto tinha a boca cheia de panquecas. Três dias por semana a senhora Chiyo tinha merecidas folgas já que Sasuke dificilmente ficava em casa e aquele era um deles – Então quem vai arrumar essa bagunça? – Apontou para a cozinha suja de farinha e massa, e por último para o filho que agora tinha calda de chocolate por todos os lugares.

– A gente! – Respondeu sorrindo.

E foi assim que Sasuke se viu parado no meio da cozinha segurando uma vassoura.

Sakura andava de um lado para o outro com um pano e arrastando um balde, enquanto Sanosuke também tinha um pano em mãos para imitar a mãe, esfregando onde considerava sujo.

O Uchiha suspirou, olhou da vassoura para o chão e por último para Aoda, que havia parado ao seu lado para observar a movimentação.

Os pelos tão escuros quanto a noite agora brancos pela farinha.

Olhou da vassoura para o gato, do gato para a vassoura.

E foi assim que Uchiha Sasuke ajudou na limpeza, varrendo o gato, que provavelmente nunca mais se aproximaria de uma vassoura na vida.

– Prontinho! – Sakura suspirou e olhou para os dois Uchihas – Agora vocês precisam de um banho! – Tanto pai quanto filho estavam sujos de massa de panqueca, sendo que Sanosuke tinha o plus de farinha e chocolate.

– Você também – Sasuke respondeu, e apesar do tom sério de sempre, Sakura conseguiu reconhecer o fundo malicioso que ele costuma usar quando ainda namoravam.

– Sim, você no seu banheiro e eu no meu – Acrescentou tentando não mostrar o quão desconcertada ficou – Vou só dar banho nesse mocinho…

– Vou com o papai! – Sanosuke anunciou sorrindo e correu em disparada para o quarto do pai.

Antes de seguir atrás do filho, Sasuke se aproximou de Sakura e beijou rapidamente os lábios dela e por último a testa, como de costume.

•  •  •  •  •  •  •

– Qual filme? – Sakura perguntou quando já estavam todos limpos e acomodados no sofá da sala.

– CARROS! – Sanosuke exclamou pulando no sofá, antes que a Haruno o tirasse de lá.

– Não pule no sofá – Repreendeu e o pequeno se contentou em sentar ao lado do pai – Poxa Sano, já vimos esse tantas vezes! Que tal O Rei Leão? – Perguntou esperançosa.

– Pode! – Respondeu e olhou para o pai, esperando aprovação.

Sasuke nunca havia assistido tal filme e por isso apenas maneou a cabeça concordando com a escolha.

– Sobre o que é? – Perguntou para Sakura, que parou o que fazia olhando chocada para o moreno.

– Você nunca assistiu O Rei Leão?! – Parecia verdadeiramente chocada, e Sasuke apenas ergueu a sobrancelha – De que planeta você veio?

Sem esperar resposta, procurou pelo filme no catálogo e colocou, voltando para o sofá e sentando na outra extremidade.

Sasuke havia puxado o assento do sofá para que ficasse como uma cama, e por isso estava deitado com Sanosuke o usando de travesseiro.

– Sakura – Chamou e a Haruno viu que ele olhava seriamente em sua direção, e não para o filme.

O Uchiha abriu os braços, indicando que a queria deitada ali.

Por um momento pensou em recusar, mas ao mesmo tempo pensava em como parecia confortável;

Por fim suspirou e aceitou que não adiantava ficar encrencando com tudo relacionado à Sasuke.

Era melhor relaxar e deixar as coisas andarem normalmente, sem ficar surtando a cada coisa que ele fazia.

Mesmo um pouco envergonhada, engatinhou até lá e se acomodou deitada no peitoral forte de Sasuke, entre os braços e as pernas dele.

Era mais confortável do que imaginava, e assim ainda podia fazer carinho nos cabelos do filho, que nem piscava olhando para a televisão.

Já para Sasuke, a Haruno estava onde nunca deveria sair.

E enquanto assistia o filme fazia um singelo carinho na cintura dela.

– Os animais falam…? – Sasuke comentou depois de um tempo – E cantam…

– Sim!  – Sakura respondeu empolgada, e logo depois, junto de Sanosuke já cantarolava uma das músicas do filme.

Ao mesmo tempo que achou adorável os dois saberem cantar as músicas, também achou estranho quando choraram em determinada cena.

“Filmes infantis deveriam ser tristes?”, pensou confuso enquanto sentia sua camisa molhar pelas lágrimas de Sakura.

Aparentemente teria que começar a se familiarizar com aquele tipo de coisa, percebeu ao ver como o filho ficava entretido.

Ao final do filme, Sakura comentou sobre fazer o almoço, mas querendo evitar mais bagunça causada pelo pequeno que parecia particularmente agitando naquele dia, Sasuke sugeriu pedir algo. Que era o que normalmente fazia quando não tinha Chiyo ou disposição para arriscar cozinhar.

Infelizmente cometeu o erro de ligar para Sai, pedindo para que fosse até o Mangekyou buscar o que tivesse de melhor no cardápio, visto que o restaurante não tinha serviço de entrega.

E foi assim que acabou com o primo e a loira inconveniente se convidando para o almoço, trazendo de brinde Naruto, que chegou reclamando sobre ter que trabalhar quando o patrão estava de folga.

– É um absurdo Sakura-chan! Todo mundo ralando e ele de folga! – O Uzumaki reclamava indignado.

A Haruno apenas achava graça, mas não ousava reclamar. Ter Sasuke em casa estava sendo ótimo, e Sanosuke não tinha onde estar mais feliz.

Sasuke apenas resmungou, segurando os hashis na altura da boca do filho, que estava sentado em seu colo.

O pequeno ainda parecia preferir o colo do pai a sentar como os outros, mas o Uchiha não se importava. Dividia um prato com ele tranquilamente, tomando o cuidado de não sujar Sanosuke, que havia dado um certo trabalho para tomar banho.

– Vocês não tiram férias não? – Ino perguntou de repente – Final de ano quase aí e vocês trabalhando como uns loucos!

– Reclama com esse Teme aí! – Naruto apontou para Sasuke com o hashi.

– Eu já estou de férias – Sai comentou tranquilo.

– Porque é um inútil! – O Uzumaki zombou.

Sai apenas sorriu pousando tranquilamente os hashis em cima da tigela de arroz.

– Eu entendo que esteja com inveja – Começou a falar vendo o loiro parecer intrigado – Mas veja bem, uma boa parcela da população tem problemas de aceitação com o próprio órgão genital – A voz soava compreensiva, como se fosse um especialista dissertando sobre o assunto – É completamente normal se sentir inseguro diante de tão pouco comprimento.

Naruto abriu a boca chocado e irritado.

– Como é?! – Questionou batendo a mão na mesa.

– Estou falando sobre o seu pinto pequeno, é claro! – Respondeu com a maior naturalidade do mundo – Obviamente você está se sentindo diminuído em uma mesa com dois exemplares tão bem dotados – Indicou a si mesmo e depois Sasuke, que continuava alimentando o filho alheio ao assunto.

– Você é ridiculo! – Exclamou revoltado.

– Pelo menos não tenho pinto pequeno! – Alargou o sorriso ao ver o loiro se irritar mais ainda.

– Não tem mesmo não! – A Yamanaka confirmou.

– PINTO PEQUENO É O…. – Naruto começou a berrar mas recebeu uma ameixa na testa.

– Olha como fala – Sasuke repreendeu indicando Sansouke que assitia a tudo muito interessado.

– Pinto pequeno! – E o pequeno exclamou sorrindo.

Sakura se engasgou com a comida, enquanto Ino não sabia se socorria a amiga ou ria.

– SANOSUKE! – Ela exclamou em tom de repreensão depois de beber um copo de suco para desengasgar – Não fale essas coisas!

– O que mamãe? – Perguntou inocentemente.

– Acho que ela está se referindo a “pinto pequeno” – Sai fez o favor de explicar, igualmente inocente.

– Pinto pequeno! – E Sanosuke gritou de novo, achando engraçado a careta que a mãe fazia toda vez que repetia.

Sakura passou a mão pelo rosto frustrada, mas ao olhar novamente para Sai, foi com um olhar tão assassino que apenas uma mãe era capaz de fazer.

– Peço que não repita mais esse tipo de coisa perto do meu filho – Sorriu de uma forma que todos ali consideraram assustadora.

Ao mesmo tempo que era fofa era de dar medo.

“Vai ser uma ótima Hime”, Naruto pensou satisfeito.

– Pinto pequeno! – Sanosuke repetiu mais uma vez atraindo novamente a atenção de todos.

– Chega – Sasuke disse sério – Não repita mais isso – Olhou com um olhar repreensor para o filho que murchou o sorriso na hora – E peça desculpas para sua mãe.

– Desculpa mamãe – Pediu cabisbaixo.

Definitivamente não gostava de ser repreendido pelo pai.

•  •  •  •  •  •  •

– Trabalhando? – Naruto perguntou sentando no chão ao lado da poltrona em que Sasuke estava.

– Não – Respondeu sem olhar o amigo.

Dividia a atenção entre a tela do computador em seu colo e Sakura, que dançava com Ino em um jogo que nem sabia possuir em sua coleção.

O sofá havia sido afastado e a mesa de centro retirada para dar mais espaço para as coreografias.

Sakura que de inicio havia ficado acanhada, principalmente por conta do olhar atento de Sasuke, agora se divertia com a amiga.

Naruto seguiu o olhar do Uchiha e sorriu.

– Você precisa contar para ela – Aconselhou em tom mais sério, desfazendo o sorriso.

– Eu sei – Respondeu passando a mão enfaixada pelos cabelos – Mas não quero que eles se afastem de mim – Confessou em voz baixa.

Naruto olhou compreensivo para o melhor amigo.

– Quanto mais tempo demorar pior vai ser – Opinou refletindo um pouco mais sobre a situação – Você já mentiu muito para ela – Fez questão de lembrar – Se a quer ao seu lado definitivamente, o primeiro passo é contando toda a verdade.

Sasuke já sabia de tudo aquilo.

Estava curtindo não só Sanosuke, mas agora Sakura também. Apesar de estarem bem no inicio, tinham algum tipo de relacionamento agora e isso é muito mais do que desejou durante esses anos longe dela.

Esperou tanto por isso, que agora a possibilidade de perder tudo o assombrava.

Poucos dias e aqueles dois mudaram sua vida de uma forma que seria impossível esquecer.

Naruto se distraiu com seu celular, “Suas amigas estão jogando Just Dance” digitou para o contato “Doçura”, “Seria mais divertido com você por aqui também”, acrescentou sorrindo a receber um emoticon envergonhado.

– Vou chama-la para jantar – O Uchiha disse de repente, fazendo com que Naruto quase derrubasse o celular.

– Wow, isso é inusitado! – Se surpreendeu não reconhecendo Sasuke naquela decisão.

Se bem que quando o assunto era Sakura, o moreno não agia de maneira normal. Para falar a verdade, era apenas com ela que ele se permitia ser o Sasuke de verdade.

Era um privilégio para poucos.

– Vou aproveitar o jantar para contar a verdade – Disse olhando para a Haruno que sorria enquanto tentava acompanhar os passos mostrados na tela da televisão – e provar a ela que não a quero longe.

– E como vai fazer isso? – Perguntou interessado.

Eram poucos os momentos que Sasuke se abria daquela maneira, e com certeza podia atribuir o bom humor aos dois dias de folga seguidos que tirou para ficar com a família.

Sasuke não respondeu, apenas levantou deixando o computador na poltrona e foi em direção ao seu quarto, sendo seguido por Sanosuke que tinha como maior passatempo seguir o pai.

O Uzumaki bufou incomodado, mas pegou o computador se jogando no lugar antes ocupado pelo Uchiha.

– O que você anda fazendo por aqui? – Se perguntou em voz baixa abrindo o navegador da internet.

“Como ser um bom pai de primeira viagem”, era a primeira aba. Um bloco de notas aberto com parágrafos retirados do site indicavam que o Uchiha estava levando bem a sério os conselhos.

Foi mudando de abas, bisbilhotando o que o amigo fazia – sem qualquer culpa já que os anos de amizade o davam essa liberdade. Viu emails, a sessão de esportes de um jornal online e também outro site nada condizente com a personalidade do Uchiha: Conquistando a mulher ideal em 10 passos.

“Onde ele arranja essas porcarias?”, Naruto se perguntou correndo os olhos pela página vendo um dos itens, “Jantar em um restaurante caro” chamar a atenção por ter sido selecionado.

Não conseguiu controlar a risada.

Era hilário pensar no todo sério Sasuke lendo aquelas coisas.

“Mas ele está se esforçando”, pensou ao cessar o riso.

E a última aba o fez achar completamente compreensível o fato de Sasuke voltar do quarto vestido para sair.

O catálogo da joalheria associada ao clã mostrava claramente as intenções dele.

– Sakura – Sasuke chamou elevando um pouco a voz para sobrepor a música animada do jogo – Preciso resolver algo rapidamente na empresa – Explicou brevemente. Mentir para ela era algo que ficava cada vez mais difícil – E vou levar Sanosuke comigo – A verdade é que não queria ficar longe do pequeno, mesmo que por pouco tempo.

Só então Sakura reparou no filho já de banho tomado e vestido em roupinhas de sair.

– Espere, vou com vocês e... – Começou a falar já indo em direção ao corredor.

– Ah nem vem! – Ino exclamou puxando a amiga pela blusa de volta para a sala – Você vai jogar comigo! Está super divertido!

– Dance com o Sai – Argumentou apontando para o Uchiha sentado no sofá.

– Da última vez que me aventurei no mundo da dança, fui comparado... Como era mesmo? – Levou a mão ao queixo pensativo – Ah sim! Um lombriga epilética!  – Explicou sorrindo tranquilo, como se não tivesse sido ofendido – A partir de então prefiro me abster de tal atividade.

– Poxa Sai, isso não foi nada legal – Sakura falou compreensiva se aproximando do Uchiha.

– Aposto que foi o loiro de p... – Ino olhoou rapidamente para Sano que assistia a conversa interessado – ... desprovido de bons dotes! – Acusou.

– Nossa Ino! Como sabia? – Sai perguntou surpreso.

– Bem a cara desse invejosos! – Fuzilou o Uzumaki com os olhos, que apenas deu de ombros.

– Naruto, não é legal falar essas coisas! – Sakura repreendeu com o mesmo tom que usava com Sanosuke, fazendo assim o loiro abaixar a cabeça envergonhado.

– Desculpa Sakura-chan – Pediu coçando a nuca e sorrindo sem graça – Prometo tentar não fazer isso mais.

Ela ia falar mais alguma coisa, mas Sasuke parecia impaciente para sair, atraindo sua atenção.

– Você vai demorar? – Perguntou preocupada – Sano não dorme muito tarde.

– Não vou demorar – Respondeu sério, balançando a cabeça em uma despedida singela, quando na verdade queria beija-la.

Se não tivessem platéia era o que faria.

– Qualquer coisa me liga – Recomendou um pouco aflita – E pelo amor de Deus, não o deixe sozinho novamente! – Lembrou do episodio do dia anterior.

– Nunca mais – Garantiu segurando firmemente a mãozinha do filho.

Os dois saíram pela porta depois do pequeno beijar a bochecha da mãe em despedida, sendo seguidos por Naruto.

– Primeira vez que o papai Uchiha vai sair sozinho com o filho – Ino comentou parando ao lado da Haruno, que olhava atentamente por onde os dois saíram.

– Sim – Concordou e depois sorriu – Ele está provando cada dia mais ser digno de confiança.

– Você e Sano estão tão apegados a ele, que vai ser uma dó quando voltarmos para Konoha – Lamentou parando em frente a televisão para selecionar uma nova música.

Sakura que sentava no sofá ao lado de Sai para aguardar a escolha da música, se assustou com a fala da amiga.

Tanta coisa vinha acontecendo que simplesmente havia esquecido que não morava em Tóquio, não morava naquele apartamento maravilhoso e muito menos era casada com o Uchiha. Tinha uma vida, um emprego e muitas outras coisas aguardando em Konoha.

Inclusive contas atrasadas para serem pagas!

– Para ser sincera nem estava me lembrando disso – Admitiu derrotada – Com certeza será difícil, principalmente para Sano.

– Você também pode dar uma de protagonista de novela mexicana e largar tudo em nome de um grande amor! – Falou enquanto fazia caras e bocas – Ele pode não ter nome composto e um cabelinho cheio de gel, mas tem dinheiro e você está se apaixonando por ele novamente! Eu deixaria tudo tranquilamente por algo assim... – Terminou olhando discretamente para Sai, que parecia verdadeiramente interessado em um enfeite de bronze ao lado do sofá.

Se ele mostrasse qualquer interesse em tornar o que tinham em algo sólido, Ino não pensaria duas vezes em largar tudo e voltar a morar em Tóquio.

Mas infelizmente o que tinha de gostoso, Sai tinha de lerdo.

Era mais fácil ela propor tudo do que aguardar algo vindo dele com tamanha carga sentimental.

Entretanto aos poucos pretendia ensinar ao Uchiha algumas coisas.

– Bem, de qualquer forma ainda tenho alguns dias até ter que me preocupar com isso, certo? – Sorriu para a amiga e então apontou para a televisão – Vamos dançar ou não?

•  •  •  •  •  •  •

O rolls-royce preto estacionou novamente no bairro Ginza, dessa vez em frente a joalheria mais luxuosa e que pertencia ao clã.

Shisui era o responsável, mas estava em missão então teria que ser atendido como qualquer outro cliente.

Os seguranças espalhados pela rua mostravam que Sasuke não pretendia descuidar novamente da segurança do filho. E só após ter a autorização de Naruto, saiu do carro com Sanosuke.

– Onde vamos papai? – Ele perguntou andando ao lado de Sasuke, a mão pequena firme na sua para não dar margem para mais incidentes.

– Comprar um presente para sua mãe – Respondeu ao passarem pela porta da loja aberta por um de seus seguranças.

– Papai você é mesmo muito importante – Sanosuke comentou de repente, fazendo o Uchiha olhar para ele – Olha só o tantão de gente que te segue quando você sai! – Apontou para a porta de vidro, onde vários seguranças aguardavam atentos na calçada.

Sasuke apenas esboçou um sorriso pequeno e bagunçou mais ainda os cabelos já rebeldes do filho.

– Uchiha-sama – A atendente tratou de recebe-los fazendo uma mesura respeitosa – Uchiha-sama – Repetiu o gesto na direção de Sanosuke, que devolveu da mesma forma, fazendo a funcionário quase morrer de fofura.

Naruto já estava sentado em uma das poltronas dispostas pela loja, mais uma vez completamente entretido com o celular.

– O que vamos comprar para a mamãe? – Sanosuke perguntou curioso, olhando as peças brilhantes nas vitrines.

– Um anel – Respondeu observando os que estavam expostos em um bonito mostruário.

– Mas a mamãe já tem isso – Falou lembrando da caixa de joias de sua mãe, que certa vez mexeu sem que ela soubesse.

– Esse vai ser diferente – Explicou sério e se aproximou da atendente que os olhava atentamente – Quero ver todos os seus anéis com pedras.

– Sim senhor, só um minuto! – Ela começou a recolher todos os mostruários com anéis e ainda alguns catálogos com modelos que poderiam ser encomendados – Prontinho! – Sorriu ao depositar tudo na bancada de vidro.

Sasuke olhava atentamente cada peça, mas nada chamava sua atenção. Foi então que olhou para o filho e ao lado do topo da cabeça dele uma joia em especial pareceu até brilhar.

Olhando lado a lado, a pedra era da mesma cor que os olhos de Sanosuke. A esmeralda brilhava como os olhos dele... Como os dela.

– Vou levar essa – Apontou para o anel de ouro com a esmeralda de um tamanho considerável.

– Mais alguma coisa? – A funcionária perguntou enquanto embalava a peça.

– Enviarei um desenho para que seja fabricado outro anel – Informou, aceitando a sacola onde a caixa contendo o anel estava.

– Sim senhor, estaremos aguardando! – Ela fez uma mesura e observou o dono do lugar sair pela porta acompanhado de sua miniatura fofa.

•  •  •  •  •  •  •

– Papai! Olha isso! – Sanosuke parou de repente apontando para uma vitrine colorida.

Sasuke apenas voltou alguns passos e olhou o motivo de tanta empolgação.

O pequeno olhava maravilhado uma inusitada bolsa cor de rosa em formado de... Dinossauro.

– Você quer? – Perguntou torcendo para que a resposta fosse negativa. Não estava preparado para ver o filho andar com uma bolsa cor de rosa.

– Quero! – Respondeu sorrindo – Mamãe gosta de bolsas!

E o suspiro que o Uchiha soltou foi involuntário.

Tão aliviado que prontamente entrou na loja e comprou a bolsa, pedindo ainda que fosse embrulhada para presente.

Já de volta ao carro, Sanosuke se distraiu “escrevendo a cartinha para a mamãe”, que nada mais era que uma folha com alguns rabiscos e projetos de letras tortas.

– Escreve ‘pra mim papai – Pediu estendendo o papel para Sasuke – Escreve que a mamãe é a melhor do mundo e que eu amo ela mais do que batata frita!

Sem ter como resistir ao pedido, o Uchiha escreveu as exatas palavras do filho em um dos poucos cantos não rabiscados da folha.

– Coloca no final “beijos do Sano e do papai, os mais legais do mundo” – Ditou observando o pai escrever – E tem que desenhar um dinossauro... Você sabe desenhar um dinossauro?

Naruto, que apenas observava, não conseguiu conter a risada, que apenas aumentou de intensidade ao ver o Uchiha de fato tentando desenhar o animal.

•  •  •  •  •  •  •

Sakura acordou um pouco alarmada, sem saber exatamente que horas eram.

Sentou na cama coçando os olhos, vendo Ino dormindo profundamente ao lado.

Confusa sobre o que a despertou, assustou quando o celular apitou novamente, avisando sobre uma mensagem.

Era de Sasuke.

“Venha almoçar na Uchiha Corp. hoje
Traga Sanosuke”

Estranhou um pouco ele não ter comentado nada na noite anterior após voltar do passeio com Sano e Naruto.

Terminaram a noite pedindo pizza, depois do Uzumaki, auxiliado por Ino e Sano, ganharem na votação a respeito do jantar. E por conta da hora todos acabaram ficando por lá, mesmo que Sai tenha sido obrigado a dormir no sofá novamente.

Espreguiçou e acordou Ino, e logo depois Sano, que dormiu daquela vez em seu próprio quarto.

Se arrumaram e por fim já saiam do apartamento quando encontraram Naruto, que por conta de toda a situação com a Akatsuki havia recebido ordens de Sasuke para ficar com Sakura e Sanosuke o tempo todo.

– Sasuke convidou para almoçar – Explicou o motivo de estarem de saída.

– Mesmo? – Pensou um pouco, tentando lembrar de qualquer coisa a respeito daquilo, mas nada lhe ocorreu.

Entretanto não deu muita importância, já que sua cabeça andava no mundo da lua desde que havia conseguido o telefone da morena mais doçura que já teve o prazer de conhecer.

Mesmo ela sendo extremamente tímida estavam conseguindo manter um diálogo bem legal.

– Eu vou também – Ino anunciou para Sai, que apareceu por ali saído do elevador.

– Te mostrarei minha sala – Ele respondeu sorrindo e ela tratou de enlaçar o braço dele com o seu.

– Vamos então! – O Uzumaki liderou o grupo em direção a saída do prédio.

•  •  •  •  •  •  •

– Quero só ver como vão me tratar agora – Ino tirou os óculos escuros ao atravessar a grande porta automática da Uchiha Corp., o braço firmemente enlaçado ao de Sai.

Daquela vez estava vestida mais do que adequada, sendo até exagerada no look "a cara da riqueza", como anunciou quando escolheu o modelito.

Desfilando pelo piso encerado como se fosse a dona do lugar, fazendo questão de olhar para os seguranças e qualquer outro funcionário que anteriormente a colocaram para fora.

Agora ela estava por cima, saindo com um Uchiha.

Sakura vinha logo atrás segurando a mão de Sanosuke, que olhava para todos os lados empolgado. Volta e meia apontava alguma coisa e se não tivesse bem seguro pela mão da mãe, teria acabado se perdendo.

Naruto bagunçou os cabelos do pequeno ao passar pelo grupo e se aproximou da balcão, sorrindo para as atendentes.

– É a mulher do patrão – Falou baixo e as funcionárias arregalaram os olhos focando as atenções em Sakura, completamente alheia a tudo – Ela e o pequeno estão liberados para andar onde quiserem, ok?

Elas assentiram e o mesmo aconteceu com os seguranças.

Em pouco tempo o grupo virou o centro das atenções. Todos curiosos a respeito do futuro dono de tudo aquilo e da mulher capaz de fazer o sempre correto Uchiha Sasuke cometer adultério.

A Haruno se sentia completamente deslocada naquele lugar tão luxuoso, ainda mais com todos olhando em sua direção. Tudo parecia moderno e caro demais para alguém como ela. As pessoas, principalmente as mulheres, tão bem vestidas que a fez agradecer Ino mil vezes em pensamento pela ajuda na hora de escolher suas roupas.

A saia preta era um pouco justa demais, por ter sido emprestada por Ino que não tinha tanto quadril e bumbum, mas combinou bem com uma de sua blusa branca e rendada de manga comprida. Ao entrar no prédio, por conta do aquecedor, retirou o casaco – também emprestado por Ino – e passou as mãos pelos cabelos arrumados em um coque alto, se certificando que tudo estava em seu devido lugar. Torcendo para a maquiagem não ter borrado e para não tropeçar em seus saltos no meio de toda aquela gente refinada, Sakura travessou o saguão de entrada com o filho, seguindo Naruto até o elevador panorâmico.

E isso foi o suficiente para Sanosuke ir a loucura, encostando as mãozinhas no vidro olhando admirado a medida que subiam.

Assim que as portas se abriram, encontraram Mikoto e Izumi conversando próximas a mesa.

As duas sorriram ao ver o grupo.

– Quero ir de novo! – Sano pedia se recusando a sair do elevador.

– Depois Sano! – Sakura falou enquanto segurava a porta para que não fechasse – Vamos ver o seu pai agora, ok?

– Papai! – Esquecendo completamente do elevador o pequeno saiu correndo, sendo parado por Mikoto que o pegou no colo com carinho.

– Olha se não é meu netinho! – Beijou a bochecha dele e depois sorriu para Sakura.

Gostava muito da Haruno e não conseguia se impedir de ansiar por tê-la como nora no futuro. Mesmo que Fugaku ainda tivesse o pé atrás e resmungasse a respeito de traição, via apenas coisas boas na mulher de cabelos rosados.

Ela fazia bem ao seu filho e isso era o bastante.

– Vieram ver Sasuke? – Perguntou colocando Sano no chão para que pudesse ser cumprimentado por Izumi.

– Viemos almoçar com ele – Sakura informou um pouco constrangida. Sempre ficava intimidada na presença de Mikoto, mas agora se sentia mais insegura ainda por estar voltando a ter algo com Sasuke.

Não que fosse algo público, mas tinha a impressão que a partir do momento que admitiu para si mesma que estava voltando a se apaixonar por ele, uma placa foi colada em sua testa anunciando o fato ao mundo.

E bem, ainda não tinha muita certeza de como a família Uchiha a via depois de tudo.

– Isso é ótimo! – A mais velha exclamou sorridente – Vamos todos almoçar juntos então! – Segurou a mão da Haruno com carinho, que acabou contagiada pela empolgação.

– Sim! – Respondeu sorrindo mais tranquila.

Talvez pudesse ficar menos apreensiva quanto a senhora Uchiha.

•  •  •  •  •  •  •

Antigamente era tão viciado em trabalho, que achava até graça da situação em que se encontrava no momento.

Vendo o irmão e o pai discutirem alguma questão sobre a recepção da última atualização de sistema do Uphone, Sasuke só conseguia pensar em como gostaria de ter tirado mais um dia de folga.

Passar dois dias inteiros por conta de Sanosuke e Sakura foi a coisa mais relaxante que fez em anos.

Aproveitando a distração dos outros abriu a gaveta, olhando mais uma vez para a caixinha azul.

Tinha certeza do pretendia fazer.

A porta foi aberta de uma vez fazendo Sasuke fechar a gaveta bruscamente e olhar irritado para o autor da falta de educação.

Não foi surpresa nenhuma encontrar Naruto sorrindo abertamente e já entrando sem pedir licença.

– Nem vem me xingar que trouxe visita! – O Uzumaki anunciou sem se abalar com o olhar irritado do Uchiha.

– Quem… ? – Começou a perguntar mas se calou ao ver Sakura passar pela porta um pouco tímida.

Estava linda como sempre, mas as roupas fugiam um pouco do estilo dela a deixando mais adulta. De fato era o tipo de modelo que lembrava os que via algumas mulheres usando pela Uchiha Corp. – e que não achava atraente nelas, mas em Sakura estava de tirar o folêgo. E sem querer sua imaginação foi longe, onde conseguia criar perfeitamente o cenário; Sakura sendo sua secretária e ele a beijando naquela mesa…

– PAPAI! – Foi tirado de seus devaneios eróticos com o chamado de seu filho.

Por mais que agora já estivesse habituado a ser chamado daquela forma, seu coração ainda se aquecia toda vez. E foi com esse sentimento bom que afastou a cadeira e recebeu o filho, que pulou em seu colo.

– Sanosuke, cuidado para não atrapalhar seu pai – Sakura alertou preocupada – Ele está trabalhando!

Tentou não se sentir intimidada com todos aqueles Uchiha a observando.

Eles tinham uma presença muito marcante.

– Não tem problema, Sakura – Sasuke olhou brevemente para ela, a expressão sempre pesada suavizando um pouco ao encontrar aqueles olhos verdes brilhantes.

Brilhantes como a pedra que tinha guardada na gaveta.

Coisa que não passou despercebida por Mikoto, que teve ainda mais certeza de que existiam chances daquela mocinha se tornar sua nora.

E ela ia ajudar para que isso se tornasse realidade!

– Papai está trabalhando? – Sanosuke perguntou se acomodando melhor no colo do pai e começando a mexer na mesa sempre organizada dele – Mamãe faz doces gostosos e leva bronca da tia Tsunade, o que o papai faz?

Sakura ficou da cor de um tomate naquele momento, ainda mais ao escutar as risadas de Mikoto, Itachi e Izumi.

Sentia o olhar do senhor Uchiha em suas costas, mas tudo o que queria era desaparecer. Esperava que ele não tivesse uma impressão errada dela depois disso.

Sorte que Ino havia ido para a sala de Sai e não estava ali para acrescentar mais alguma coisa vergonhosa.

– Sua mãe leva bronca? – Sasuke perguntou com um tom que beirava o divertimento, para o desespero de Sakura.

– Muita! – Respondeu inocentemente – Tia Tsunade fala que ela vive tropeçando e derrubando as coisas… Que ela é uma… Uma… Uma destrada!

– Desastrada – Corrigiu, conseguindo imaginar perfeitamente Sakura naquelas situações.

Certas coisas definitivamente não mudavam.

– Filho! – Sakura chamou quando encontrou a voz – Você queria saber o que seu pai faz, lembra?

Sanosuke parou de rabiscar os papéis que tinha na mesa e voltou sua atenção para o pai, aguardando a explicação.

– Sabe esse prédio? – Sasuke olhou para o filho que balançou a cabeça positivamente – É meu.

– Seu? – Perguntou maravilhado, olhando em volta.

– Sim – Respondeu satisfeito ao ver os olhinhos verdes dele brilharem em admiração – Eu mando.

– Que legal! – Sanosuke falou olhando para o pai como se ele fosse um super herói – Mamãe, o papai é o chefão!

Itachi, Mikoto, Izumi e Naruto riram ao perceberem que “Chefão” era uma palavra que definia muito bem o que Sasuke era.

– Sanosuke – E as risadas cessaram ao escutarem Fugaku chamando o pequeno – Tudo isso vai ser seu um dia.

– Mesmo?! – Olhou do pai para o avô sorrindo – Mas sabe vovô, eu acho que faltam alguns dinossauros! – Comentou olhando ao redor como se fosse realmente o dono daquilo, colocando a mãozinha no queixo – Mas preocupa não que quando for meu vai ter alguns!

Daquela vez nem Sasuke e Fugaku conseguiram escapar, acabaram sorrindo minimamente pelas palavras do moreninho, que agora explicava para Naruto onde exatamente iam ficar os dinossauros.

Sasuke apenas observava Sanosuke usar sua caneta para rabiscar os papéis – que poderiam ser contratos ou qualquer outra coisa de igual importância – e assim demonstrar onde queria cada coisa, mesmo que tudo não passasse de rabiscos desformes.

– Vai ficar lindo! – Mikoto elogiou olhando atentamente o desenho, como se fosse a maior das obras de arte.

– Vai mesmo! – Sanosuke concordou e sorriu tão genuinamente que tocou até o coração de Fugaku.

Aos poucos o pequeno ia conquistando todos.

•  •  •  •  •  •  •

– Sano, vamos até a minha sala? – Naruto propôs ao reparar como o pequeno estava agitado, rabiscando papéis que claramente eram importantes – Tem vídeo game!

Mesmo que Sasuke não ligasse para o que o filho fizesse com seus contratos, Naruto achava melhor não arriscar nada mais.

– Vamos! – Sanosuke respondeu prontamente, descendo do colo do pai e já pegando a mão de Naruto para puxa-lo pela porta.

– Eu vou com eles! – Sakura levantou do sofá, onde conversava com Mikoto e Izumi – Mas voltamos para o almoço, ok? – Se aproximou de Sasuke, enquanto as outras duas, acompanhadas por Fugaku e Itachi, também saiam pela porta.

– Sim – Respondeu deixando de lado a organização da mesa anteriormente bagunçada pelo filho. 

Tudo estava revirado, mas Sasuke simplesmente não conseguia se importar com isso.

Sakura então sorriu e se preparou para seguir os outros, mas a mão de Sasuke a impediu quando enlaçou seu pulso.

– Algum problema? – Perguntou confusa se aproximando mais dele.

– Não – Respondeu sério – Vamos jantar essa noite…? – Foi um projeto de pedido, visto que o Uchiha não era acostumado com isso.

Sakura se surpreendeu com o convite e ficou um tempo em silêncio, para assimilar a ideia.

Abriu um sorriso tímido e olhou nos olhos dele, tão escuros e misteriosos. Mas também conseguia enxergar um brilho, ainda que pequeno, estava lá e cada vez mais intenso.

– Sim – Respondeu por fim, sentindo a mão que antes envolvia seu pulso deslizar para a mão, entrelaçando os dedos.

Era curioso assisti-lo tentar ser carinhoso, com a expressão sempre fechada e séria, completamente oposta aos pequenos gestos que ele fazia.

Mesmo que ele mantivesse a austeridade de sempre, Sakura sentia o dedão dele fazer uma leve caricia em sua mão.

– Na hora do almoço acertamos os detalhes – Disse sem tirar os olhos dela, fazendo o clima existente entre eles ficar mais intenso.

Aos poucos o carinho cessou e com um movimento da mão, Sasuke a puxou de uma vez, fazendo Sakura cair sentada em seu colo.

Não poderia realizar seus sonhos… Inapropriados naquele momento, mas nada o impedia de aproveitar um pouco.

Afinal, agora ele podia.

E com esse pensamento não exitou em segurar o queixo dela com firmeza e beijar os lábios mais doces que já experimentou na vida.

Ao sentir as mãos pequenas espalmarem em seu peito, Sasuke achou que seria rejeitado – talvez estivesse indo rápido demais – mas quase gemeu ao senti-las subirem até contornarem seu pescoço e emaranharem em seus cabelos. E quando ela mesma aprofundou o beijo, entreabrindo a boca e procurando sua língua, pensou seriamente em jogar tudo para o alto e realizar sua fantasia naquele momento mesmo.

Suas mãos desceram para a cintura dela, segurando firme, mostrando todo o desejo que sentia. Certamente acabou usando mais força que pretendia devido a tudo que sentia, mas ficou feliz dela apenas intensificar o beijo após isso.

Os lábios se moviam cada vez mais afoitos, e o Uchiha já sentia o suor descer pelas costas e a calça apertar.

O terno incomodava, e a gravata parecia enforca-lo.

Sem conseguir se segurar mais, levantou da cadeira a segurando com facilidade pela cintura e a colocou sentada na mesa, não se importando com as coisas que iam ao chão.

Ela tão pouco reparou nisso também, abrindo as pernas o máximo que sua saia apertada permitia para que ele ficasse entre elas.

A língua dela em sua boca, os dentes que vez ou outra mordiam sensualmente seus lábios e as mãos em seus cabelos, o estavam deixando fora de controle.

Como sentia saudades daquilo.

O fôlego faltou, mas ele direcionou os beijos para o pescoço perfumado dela, apreciando os tímidos gemidos que escapavam a cada contato de seus lábios com a pele de porcelana.

Suas mãos, que pareciam grandes demais para aquele corpo tão delicado, desceram pelos quadris até chegarem as coxas grossas cobertas pela meia calça.

Voltou a beijar os lábios já inchados e avermelhados dela ao mesmo tempo que subia as mãos, dessa vez por dentro da saia e sentia as dela começarem a desfazer o nó de sua gravata.

– Teme… CARAMBA! – Sakura simplesmente se jogou no chão, escondendo debaixo da mesa enquanto Sasuke encarava Naruto com seu pior olhar.

Em sua cabeça assassinava o loiro de diversas formas.

Naruto e sua maldita mania de entrar sem bater.

“Depois de cinco longos anos, estava quase!”, resmungava indignado enquanto fuzilava o amigo.

– Volta gente! Volta que Sasuke ‘tá ocupado! – O Uzumaki virou e começou a empurrar quem vinha atrás dele pela porta, antes de fecha-la impedindo que vissem o CEO completamente amarrotado, descabelado e com um nada discreto volume na calça social.

– Porra! – Xingou batendo o punho na mesa, antes de se afastar e olhar para Sakura que parecia mortificada pela vergonha encolhida no chão – Ele já foi embora… Merda! – Resmungou o xingamento enquanto a ajudava a levantar.

A vontade de continuar de onde pararam apenas aumentou ao perceber os lábios inchados pelos beijos trocados.

Mas para sua infelicidade, conseguia escutar Naruto tagarelando do outro lado da porta, provavelmente distraindo quem quer que seja.

– Fomos irresponsáveis Sasuke – Ela repreendeu quando recobrou a capacidade de falar. O rosto ainda corado, de vergonha e excitação – Qualquer um podia ter visto a gente… Meu Deus, o Sano poderia ter entrado e…

Ele a calou com um beijo, que apesar de mais tranquilo do que o que trocaram a pouco, era igualmente envolvente.

– Da próxima vez eu tranco a porta – Sussurrou rouco próximo ao ouvido dela, fazendo com que Sakura se arrepiasse até o último fio de cabelo e também amaldiçoasse Naruto em pensamento por ter interrompido.

•  •  •  •  •  •  •

Consultou o relógio rolex mais uma vez. O tempo parecia não correr, por mais que estivesse resolvendo assuntos de suma importância para a Uchiha Cop. só queria que o horário de almoço chegasse logo para poder realizar a refeição com Sakura e Sanosuke.

O carinho e amor que ela empregava em cada gesto, o fazia se sentir preenchido de uma forma que nunca aconteceu antes. Era ainda estranho para ele perceber o quão mais relaxado podia ficar por conta dos dois. Nenhum assunto parecia importante demais ou urgente demais, quando tinha aqueles dois pares de olhos verdes brilhando em sua direção.

Depois que teve seu momento com ela interrompido por Naruto, que estava acompanhado por Itachi e Fugaku – Esse último sendo motivo de um quase desmaio de Sakura ao encontra-lo quando saiu da sala – acabou envolvido em uma conversa enfadonha sobre atualizações de sistema e espaço de memória no próximo Uphone.

Tudo o que conseguia pensar é em Sakura deitada naquela mesa, completamente entregue para ele. Ainda podia sentir o cheiro de baunilha dela impregnado em seu terno, coisa que não ajudava a parar de imaginar o que poderiam ter feito caso não tivessem sido interrompidos.

– Sasuke! – Fugaku chamou pela terceira vez – Onde você está com a cabeça? – Questionou irritado – Não vim aqui atoa.

O mais novo passou as mãos pelos cabelos frustrado ao ser desperto de sua bolha de excitação e voltou sua atenção para o pai, que o olhava deixando explicito seu desagrado pela desatenção que demonstrava com os assuntos da Uchiha Corp.

– Não lembro de ter marcado nada com o conselho para hoje – Como andava com a cabeça mais desligada de suas responsabilidades, Sasuke abriu sua agenda no computador, conferindo os compromissos agendados para aquele dia apenas para ter certeza.

Não costumava esquecer nada, principalmente quando envolvia seu pai. Fora isso Izumi era eficiente e estava sempre atenta para lembra-lo dos compromissos.

Mas não havia nada a respeito de Fugaku nos horários apertados de sua agenda.

Intrigado, olhou para o pai, que mesmo tendo passado o comando da empresa para o filho, ainda exalava autoridade. De fato, ainda tinha que contar com a aprovação do mais velho para muita coisa. Fugaku era o representando do conselho para quem Sasuke era obrigado a responder.

– Hora essa! – Fugaku exclamou cruzando os braços – Recebi uma mensagem requisitando minha presença urgente! – Explicou mais irritado ainda – Ainda pediu que Mikoto viesse para o almoço!

Sasuke parou o que fazia e olhou seriamente na direção do pai. Tirou os óculos de leitura e pousou calmamente na mesa, enquanto os pensamentos iam a mil em sua cabeça.

– Dona Mikoto também veio para almoçar? – Naruto perguntou ao entrar na sala sem bater – Quando estava saindo para o trabalho a Sakura-chan me disse que Sasuke queria almoçar com ela também – Comentou enquanto sentava no sofá relaxado.

Havia acabado de deixar uma envergonhada Sakura em sua sala com Sano.

– Como? – Sasuke questionou confuso, sentindo uma especie de alarme soar em sua cabeça – Sakura e Sanosuke vieram por terem sido chamados?

Quando os dois chegaram mais cedo, ficou tão distraído apreciando a presença deles, que não se atentou ao fato.

– É – Naruto respondeu tranquilamente, não percebendo Sasuke ficar cada vez mais tenso – Eu mesmo trouxe eles!

E por isso que não foi avisado por seus seguranças que os dois haviam saído do apartamento, Sasuke concluiu ligando os pontos.

Naruto era a pessoa de sua maior confiança, então Sakura e Sanosuke estariam seguros com ele.

Ainda mais que estavam acompanhados por Sai, ninguém se alarmou.

– Mas o que isso tem a ver comigo e com Mikoto? – Fugaku perguntou impaciente.

E olhando seriamente nos olhos do pai, Sasuke levantou de uma vez da cadeira.

– Eu não mandei chamar ninguém hoje – Disse seriamente, enquanto pegava a katana, que ficava estrategicamente posicionada na lateral de sua mesa, escondida mas de fácil acesso caso fosse necessário.

Instantaneamente Naruto assumiu a postura mais séria, assim como Itachi e Fugaku. Cada um levando a mão a suas armas, prontos para qualquer situação.

E como se fosse cronometrado os quatro ouviram um barulho de explosão e logo depois um tremor que percorreu todo o prédio. O alarme soou logo em seguida e assim que Sasuke deu um passo em direção a porta, o barulho de um helicóptero se aproximou às costas dele.

O susto foi o suficiente para que todos se jogassem no chão, ao mesmo tempo que tiros de alto calibre foram disparados contra a grande janela de vidro que cobria toda a parede. Segundos se passaram até que Sasuke levantasse irado, vendo as balas ricochetearem no vidro blindado.

– Estão invadindo o prédio! – Izumi entrou na sala já armada, e quase caiu para trás ao ver o helicóptero – Mataram todos os seguranças da entrada!

Sasuke ouvia o que a cunhada falava, mas sem tirar o olhos da janela. A lateral do helicóptero ostentava o símbolo da Akatsuki não deixando dúvidas sobre quem era o autor de tudo aquilo.

E o Oyabun percebeu que era o momento de sofrer as consequências por todos os seus atos impensados.

A aeronave manobrou sem sessar os tiros, alvejando toda a fachada do prédio e quebrando os outros vidros que não eram blindados como o do CEO.

– A Sakura-chan e o Sano estão na minha sala! – Naruto exclamou de repente, aterrorizado ao ver o helicóptero começar a descer, atirando para todos os lados.

E a compreensão atingiu Sasuke como um caminhão desgovernado; O vidro da sala de Naruto não era blindado.

Com os olhos arregalados, Sasuke olhou na direção do loiro antes de correr pela porta, sendo seguido por todos os outros.

“NÃO! NÃO! NÃO!”, repetia em pensamento correndo o mais rápido que podia.

A Uchiha Corp. podia ser definida naquele momento como o completo caos.

Funcionários corriam para todos os lados e o elevador fazia viagens lotadas, mesmo que isso não fosse o mais indicado no momento, já que volta e meia explosões eram ouvidas e sentidas por todo o prédio, fazendo as pessoas se desesperarem mais ainda.

Praticamente empurrando quem entrasse em seu caminho, Sasuke se lançou pela escada, descendo de três em três degraus, em um desespero que poucos o haviam visto. Naruto era o que vinha logo depois, tentando alcançar o amigo, que ia em uma velocidade praticamente anormal.

Os gritos de Izumi ao telefone podiam ser ouvidos por toda a escada. Ela tentava se comunicar com os seguranças, mas tudo estava uma loucura nos andares mais baixo. Itachi vinha atrás da esposa e a frente dela, mostrando que a idade não afetava seu preparo físico, Fugaku descia a escadas com velocidade também.

Mas Sasuke foi obrigado a parar quando deu de cara com um grupo bastante conhecido por ele.

Bloqueando seu caminho até Sakura e seu filho estavam os membros mais importantes da Akatsuki.

Se todos eles estavam ali, quer dizer que o clã de Otogakure veio em peso pronto para a guerra.

Um ataque tão aberto assim – inclusive para o resto do mundo – era definitivamente o inicio oficial da guerra na yakuza japonesa.

– Vejam só se não é o jovem Oyabun – A voz arrastada de Orochimaru foi ouvida por todos que estavam naquelas escadas.

Na mesma hora todos que estavam ali empunharam suas armas. Itachi, mesmo em meio a reclamações por parte dela, se colocou a frente de Izumi.

E logo a figura desagradável surgiu entre Hidan e Kisame, que abriram espaço para que o Oyabun da Akatsuki passasse.

– Não tenho tempo para perder com você! – Sasuke pronunciou friamente, tão ameaçador que os mais próximos dele sentiram necessidade de recuar um degrau.

– Imagino que não – Falou com descaso, sem pressa alguma – Será que essa pressa toda tem a ver com as pessoas que eu gentilmente convidei para nossa reuniãozinha? – Perguntou sorrindo maldoso.

– Você enviou as mensagens! – Fugaku acusou, olhando com ódio para aquele que um dia considerou um parceiro na yakuza.

– Sim! – Alargou o sorriso, não se mostrando minimamente afetado com o olhar assassino que todos os Uchihas lhe direcionavam – Olha só que maravilha! Em um lugar só temos papai, mamãe, irmão, sobrinho, vadia preferida e filho bastardo! – Enumerou com diversão – Todos que são importantes para você, não é mesmo? – Perguntou retoricamente – Ridículo deixar o comando da ninkyō dantai na mão de alguém fraco com você! – Desdenhou sem se abalar com a arma de Sasuke apontada em sua direção – Um Oyabun que se prese não pode ter tantas fraquezas assim, vocês não concordam comigo? – Todos os Akatsukis presentes concordaram.

– Se algo acontecer com qualquer um deles – Encostou a arma na testa de Orochimaru – Eu juro… Juro que mato da forma mais dolorosa possível – Ameaçou com todo seu ódio, não se sentindo intimidado por estar na mira das armas inimigas.

– Você não está em posição de ameaçar – Orochimaru continuou a provocar em seu tom bem humorado, mesmo que por dentro ainda estivesse abalado com toda a aura assassina que exalava do Uchiha – Se demorar mais um pouco, sua vadia e seu bastardo vão ter um encontro bem agradável com meu helicóptero… Por falar nisso, crianças gostam dessas coisas não é? Aposto o pirralho vai apreciar ser morto por um!

E o sangue de Sasuke ferveu.

Naruto já estava pronto para pular na frente dele e receber os tiros em seu lugar quando um disparo foi ouvido e um corpo caiu rolando escada abaixo. Antes que pudessem reagir outro disparo e mais um corpo.

Fique longe da minha família! – Mikoto disparou novamente, mas dessa vez seu alvo desviou.

Izumi aproveitou o momento de distração e atirou também, atingindo Orochimaru de raspão fazendo com que ele abaixasse a arma que apontava para Sasuke.

E isso foi o suficiente para o Uchiha virar um soco no Oyabun da Akatsuki fazendo ele desequilibrar e precisar se apoiar no corrimão.

Fugaku aproveitou para disparar certeiro na cabeça de Orochimaru, mas Zetsu, Kobun dele, entrou na frente recebendo o tiro em seu lugar.

O corpo já sem vida rolou pela escada, enquanto Orochimaru praticamente rugia de ódio, vendo o seu leal parceiro morto.

E isso foi a deixa para a troca de tiros iniciar.

Itachi empurrou Izumi escada acima, enquanto atirava. Já Sasuke avançava junto de Fugaku, que só queria chegar até Mikoto.

Ela, já desarmada, lutava com a única integrante feminina daquele clã, Konan.

Naruto atirou algumas vezes e conseguiu desarmar Orochimaru, e aproveitando isso Sasuke e Fugaku avançaram ao mesmo tempo acertando um soco cada no rosto pálido do homem.

– Vai! – Fugaku ordenou para o filho mais novo enquanto defendia um golpe de Orochimaru – Agora!

Itachi mais acima lutava com Kisame, enquanto Izumi enfrentava Hidan.

– Vamos Sasuke! – Naruto passou por ele abrindo caminho.

Sasuke olhou uma última vez para o pai e nos olhos tão parecidos com os seus enxergou a mensagem.

“Salve a sua família”

E com isso em mente, e um último olhar para seus pais que lutavam bravamente, voltou a descer a escada em alta velocidade junto de Naruto.

A sala do Uzumaki ficava cinco andares abaixo da de Sasuke, e quando chegaram lá quase foram atingidos pelos tiros vindos do helicóptero, que assim como fez nos outros andares, atirava em toda a fachada destruindo janelas e matando quem tivesse a infelicidade de estar por ali.

Sem sequer olhar para os corpos que já jaziam no chão do hall do andar, Sasuke se abaixou escondendo atrás da mesa da secretária junto de Naruto.

Tinha os olhos fixos no helicóptero, que vez ou outra cessava os tiros, provavelmente para recarregar as armas. E foi em uma dessas pausas que disparou corredor a dentro, sendo seguido de perto pelo Uzumaki.

A sala de Naruto ficava no final do corredor, uma porta dupla que estava fechada no momento.

A medida que avançavam, mais pessoas passavam desesperadas por eles, sem nem reparar no CEO correndo como um louco.

Os tiros recomeçaram e Sasuke acelerou o passo sabendo que logo os tiros chegariam na janela da sala de Naruto.

O corredor parecia não ter fim e o helicóptero avançava cada vez mais. Em um impulsou se jogou contra a porta, a fazendo bater nas paredes pela força que usou.

Os poucos segundos que levou para analisar a situação, foram o suficiente para encontrar os olhos amedrontados de Sakura, encolhida abraçada ao filho próxima ao sofá que tinha por ali.

E assim que estendeu a mão para ela que já levantou carregando Sanosuke – que chorava amedrontado grudado a mãe – indo em sua direção, viu o helicóptero surgir atirando.

E quando o vidro quebrou ao mesmo tempo que segurou firme a mão pequena dela e a trouxe para junto de seu corpo, sentiu medo de não ser rápido o bastante.

Um tiro passou raspando em sua costela, e o grunhido de dor de Naruto indicando que ele estava ali para cumprir seu juramento.

Usando seu corpo como escudo e sem se importar com a bala alojada no braço, o loiro revidou os tiros enquanto cobria os outros até a saída da sala, os escoltando para fora da sala, se abrigando no armário de faxina que havia ao lado.

– Sasuke! – Sakura chamou amedrontada, a voz tremula e as lágrimas caindo sem parar – O que está acontecendo? – Perguntou tentando não demonstrar para o filho o quão desesperada estava, mas não conseguia parar de tremer.

Por um momento achou que ia morrer.

Que ela e o filho iam morrer.

Sanosuke estava agarrado ao pescoço da mãe, chorando de uma forma que Sasuke não havia visto ainda.

Aquela cena aumentava seu ódio mais ainda.

– O prédio está sendo invadido! – Respondeu olhando nos olhos verdes de Sakura, percebendo que não tinha outra saída.

Se quisesse tira-los com vida daquele prédio não podia esconder mais nada dela.

– Invadido?! – Exclamou nervosa – Invadido por quem?!

– Fique calma! – Pediu, mesmo que por dentro estivesse completamente desesperado. Sua mulher e seu filho estavam ali enquanto a Akatsuki invadia o prédio.

Se Orochimaru colocasse as mãos neles, não queria nem pensar no que aconteceria.

Se aqueles dois morressem, tinha certeza que morreria junto.

– Mamãe! – Sanosuke chorava e soluçava – Papai! – Estava aterrorizado, e os barulhos de tiros, vidros quebrando e gritos apenas pioravam a situação do pequeno.

– Vai ficar tudo bem – Sakura tentou tranquilizar, apertando os braços em volta do filho e olhando questionadora para Sasuke.

Precisava de respostas!

O Uchiha via como os dois estavam assustados e daria tudo o que tinha para não faze-los passar por aquela situação.

Sempre soube que ter Sakura de volta em sua vida seria arriscado. Só não esperava que fosse sentir tanto desespero a mera possibilidade de perder os dois.

Estava beirando a insanidade e isso era perigoso.

Não existia se quer chances de Sasuke deixar algo acontecer com eles, e isso era uma certeza.

– Vai ficar tudo bem – Concordou com a Haruno, pousando a mão nas costas do filho, afagando o mais gentilmente que conseguiu.

Sua mão tremia de ódio e sua visão ficava turva a cada soluço do filho.

Orochimaru iria pagar caro por aquilo se sobrevivesse ao seu pai.

– Precisamos ir – Naruto falou, chamando a atenção dos dois – Se ficarmos aqui…

O rosto do loiro mostrava toda a apreensão sobre a situação. O braço atingido agora tinha a gravata enrolada firmemente para conter o sangramento, mas ele não demonstrava sentir dor, assim como Sasuke nem reparava no ferimento na costela.

Enquanto esperava o Oyabun, o Uzumaki trocava mensagens pelo celular, tentando conseguir apoio.

Sai estava do lado de fora do prédio e não podia deixar a loira amiga de Sakura sozinha, aparentemente a mulher estava em pânico.

– Eu sei – Sasuke respondeu sério, sentindo cada vez mais o sangue ferver de ódio – Vamos logo.

O Uzumaki assentiu e levantou, abrindo a porta para conferir se o caminho estava seguro.

O Uchiha se virou para sua família e antes de levantar, tirou a própria gravata com agilidade.

Com todo o carinho que conseguiu, puxou o filho o colocando de pé a sua frente.

Seu coração falhou uma batida ao ver o pequeno tão amedrontado.

– Vou tampar os seus olhos agora – Falou tentando suavizar a expressão. Não queria mostrar ao filho sua pior face – Tem coisas feias por lá, e não quero que você veja, certo?

Sanosuke não parava de chorar, agora grudado a mão do pai.

Mas mesmo nessa situação, balançou a cabeça confirmando. Se existia uma pessoa que passava segurança ao pequeno, era Sasuke.

Sakura se aproximou abraçando o filho enquanto o Uchiha passava a gravata vermelha por cima dos olhinhos verdes, prendendo até que estivesse firme e que Sanosuke nada conseguisse enxergar.

Sakura respirou fundo e em um movimento rápido rasgou a saia abrindo uma fenda, que a possibilitaria de correr caso necessário. Também tirou os saltos do pé, não arriscaria correr neles, ainda mais com Sano no colo. 

Respirou fundo mais uma vez ficou de pé levando o filho no colo, abraçando com força e sentindo os bracinhos dele envolverem seu pescoço com força.

Sentia o filho tremer de medo e isso acabava com ela.

Sasuke tirou o paletó e jogou por cima de Sanosuke, dando um beijo na cabeça dele antes de voltar sua atenção para Sakura.

– Não deixarei nada acontecer com vocês – Prometeu com toda a certeza que tinha e instantaneamente a Haruno sentiu que poderia confiar nele. Alguma coisa no olhar feroz de Sasuke a dizia que ele os protegeria custe o que custasse – Não se afastem e obedeça tudo o que eu disser.

Sakura apenas balançava a cabeça positivamente, assustada demais para formular qualquer resposta.

– Não vamos ter reforços – Naruto disse entrando novamente no armário guardando o celular no bolso – Estamos sozinhos nessa.

Aparentemente boa parte dos seguranças foram mortos e as saídas bloqueadas.

Toda a operação havia sido planejada e infelizmente a Akatsuki claramente teve acesso a informações privilégiadas a respeito do funcionamento da empresa.

Um traidor que Sasuke descobriria a identidade e lidaria depois.

Por fim, antes de levantar beijou brevemente os lábios de Sakura.

Apreciando a suavidade e aspirando o cheiro que sempre o acalmava.

Não queria pensar que talvez fosse a última vez que olhasse para ela.

“Eu te amo”, não conseguiu falar em voz alta o que gritava em pensamento.

Os dedos indicador e médio pousando rapidamente na testa dela, tentando passar o que sentia.

“Que Deus proteja os dois”, fechou os olhos brevemente fazendo uma rápida oração.

Apesar de tudo, os yakuzas tradicionalmente eram ligados a religião – A Sharingan inclusive tinha um grande templo, cuidado através de gerações pela família Uchiha – e mesmo que não fosse algo frequente, Sasuke realizava suas orações.

Por todos seus pecados sabia que não tinha salvação, mas pediria por aqueles dois, que já significavam tudo para ele.

Suspirou um pouco fragilizado pelo momento e olhou para o loiro, que espiava por uma fresta da porta.

Levantou e caminhou até ele, chamando sua atenção.

Eles são prioridade – Parou de frente para Naruto, olhando fundo nos olhos azuis dele – E isso é uma ordem.

Naquele momento Sasuke estava abrindo mão da proteção de Naruto, priorizando Sakura e Sanosuke, e como ordem do Oyabun não tinha como ser recusada.

O loiro suspirou sentindo o peso daquela ordem e assentiu, indo na frente.

Anos atrás havia jurado proteger o Oyabun com sua vida caso fosse necessário, mas naquele momento havia concordado em ignora-lo para manter Sakura e Sanosuke seguros.

Sasuke ajudou Sakura a levantar, tocando um última vez a cabeça do filho e lançando um olhar pesaroso para ela, que estranhou a atitude.

“Não me odeie”, ele pediu em pensamento.

Para Sakura era estranho ver o sempre descontraído Naruto tão sério e compenetrado. A arma em sua mão parecia completamente fora de lugar.

“Desde quando Naruto anda armado?”, era o que se perguntava confusa enquanto andava atrás do loiro.

Em suas costas, Sasuke vinha atento, sabendo que provavelmente teriam problemas a frente.

[On Track: My Songs Know What You Did In The Dark (Light Em Up) - Fall Out Boy]

E não deu outra. O grito de Sakura foi o alerta, assim como Sanosuke – que apesar de não enxergar – se assustou com o grito da mãe e começou a chorar mais ainda.

O corredor terminou e a visão do hall lotado de membros da Akatsuki os saudou.

Sakura travou em choque quando Naruto levantou a arma, mas não foi ele o primeiro a atirar.

Dois braços fortes surgiram em seu campo de visão, e completamente em choque viu Sasuke atirando com precisão na cabeça de dois dos homens ali parados.

Tiros certeiros bem no meio da testa.

Gritou horrorizada caindo sentada no chão ao mesmo tempo que Naruto também se juntava ao tiroteio.

Sem saber o que fazer, se encolheu no espaço da mesa da secretária vendo os tiros atingirem as paredes.

Os braços apertavam Sanosuke com força, como um escudo, mas seus olhos não conseguiam desviar de Sasuke, que parecia ter saído de dentro de um filme de ação.

Atirando com precisão, não errando um tiro.

Naruto se mantinha recuado, pronto para defende-la enquanto Sasuke avançava cada vez mais, entrando parcialmente nas salas abertas para se proteger quando necessário.

O Uchiha tentava derrubar o maior número de inimigos antes que suas balas acabassem.

Sentia a katana presa a suas costas e a vontade de puxa-la era imensa, mas não queria ter que deixar o Oyabun sair na frente de Sakura.

Mostrar seu pior lado para ela era algo que nunca queria ter que fazer.

Mas seus esforços foram para o espaço, quando suas balas acabaram e nesse espaço de tempo os tiros se intensificaram.

O grito de pavor dela junto ao choro desesperado de seu filho foi o suficiente para jogar as semi automáticas no chão com ódio e puxar da bainha presa as costas sua kusanagi.

Trocando um olhar com Naruto, foi com tudo para o meio dos inimigos, desviando como podia dos tiros e cortando qualquer um que aparecesse pela frente.

Como uma dança mórbida Sakura via o pai de seu filho se mexer com agilidade no meio daqueles homens, cortando membros como se fossem de papel.

Sangue tingia o chão e as paredes, assim como os gritos das vitimas.

Por mais que Naruto estivesse fazendo uma boa cobertura, o Oyabun não estava saindo ileso.

A perna latejando indicava mais um tiro para a lista dos muitos que levou na vida. O ombro e o rosto também estavam marcado, onde balas atingira de raspão.

Mas era como se não sentisse dor.

Tinha que acabar com todos eles para tirar sua família dali.

Sua prioridade era eles e nada mais.

– Fique abaixada! – Naruto pediu, ao ver que suas balas haviam acabado.

Tinha que ajudar no braço agora.

Mostrando que eram a elite da Akatsuki, os que recém saíram do elevador empunhavam no lugar de armas de fogo, katanas.

E Sasuke se colocou em posição de luta.

O som das lâminas colidindo sobrepôs qualquer outro barulho ali. Sasuke interceptou uma katana com sua kusanagi ao mesmo tempo que desviava de outra que passou rente seu pescoço.

Aproveitando o movimento de esquiva voltou com tudo e cortou a cabeça do primeiro e ainda atingiu o segundo no mesmo movimento.

O infeliz se afastou atordoado pelo ferimento e Sasuke enterrou a katana na barriga dele.

Como se tivesse olhos nas costas se abaixou para escapar do golpe que vinha por trás, e assim o atingido foi o inimigo que já tinha a kusanagi fincada na barriga.

A cabeça dele rolou e Sasuke tirou a katana de uma vez fazendo o cabo dela acertar o estomago do que estava atrás. Voltou a cabeça com tudo acertando bem na testa do infeliz que foi ao chão.

Sem perder o embalo já emendou outro golpe acertando o que vinha logo em seguida.

Assim que o homem caiu morto viu ao fundo Naruto trocando socos com três ao mesmo tempo.

Ele não aguentaria por muito tempo se continuasse daquela forma.

– Naruto! – Chamou em voz alta ao mesmo tempo que desviava de outro golpe e usava a cabeça de quem havia o atacado para quebrar o vidro de emergência da caixa vermelha presa a parede.

Sem se importar com o homem que caiu desacordado no chão, tirou o machado para incêndio.

Os olhos azuis de Naruto brilharam e ele sorriu maldoso.

Sasuke, sem ter como chegar até o amigo no momento, derrubou mais dois antes de lançar o machado no ar, atingindo um dos que vinham pela escada.

O Uzumaki estava do lado e apenas puxou o machado do corpo sem vida e segurando com as duas mãos ia atingindo quem chegasse pela escada.

NÃO ENCOSTA NO MEU FILHO! – O Uchiha sentiu o coração falhar uma batida ao escutar o grito de Sakura.

A katana fincou em um inimigo ao mesmo tempo que via a mulher que amava lutar com um homem no minimo três vezes maior que ela.

Mesmo pequena ela desviava bem e até conseguia acertar alguns golpes, mas a experiência do oponente era maior.

Sanosuke completamente aterrorizado gritava pela mãe, chorando e soluçando ainda abaixado perto da mesa.

Mais dois inimigos iam para cima da Haruno e tomado pela fúria, Sasuke simplesmente arremessou o homem com quem lutava pela janela.

Como uma locomotiva desgovernada atravessou o hall derrubando na base do soco quem entrasse em sua frente.

A sua frente tudo o que via era alguém tentando ferir sua família.

E pensando nisso o Oyabun levantou o homem que lutava com Sakura como se não pesasse nada e jogou com toda a força na mesa da secretária, a partindo ao meio.

Tomado pelo ódio e completamente cego, pegou a tela do computador caído ao lado e bateu repetidas vezes na cabeça do infeliz até que estivesse morto.

Sem pensar duas vezes virou arremessando a tela ensanguentada, acertando em cheio na cabeça de um dos que tentava chegar até Sakura, mas era impedido por Naruto.

O que permaneceu de pé conseguiu passar pelo loiro quando mais dois chegaram, e avançou com tudo em Sakura que mesmo em choque se preparou para defender.

O inimigo tinha uma katana nas mãos, e foi o que acertou o braço de Sakura.

Mesmo de raspão, ver o sangue manchar a blusa branca dela fez Sasuke perder o fio de razão que restava.

Aparando a lâmina com a mão, sem ligar para o corte profundo na palma de sua mão, conseguiu apenas na força afasta-la de perto de Sakura e torcer a mão do inimigo para trás, tirando a arma dele, a lançando longe e atingindo outro que passava por ali.

O homem arregalou os olhos quando Sasuke o levantou pelo pescoço, até que não tocasse mais o chão e com facilidade torceu as mãos, quebrando o pescoço dele.

Sakura gritou horrorizada caindo no chão ao lado de Sanosuke, vendo o homem morto despencar a sua frente.

O Uchiha rapidamente se desfez da blusa social, agora manchada de sangue. Separou em dois pedaços, primeiro envolvendo a própria mão que tinha um corte profundo e logo depois se aproximou de Sakura, fingindo não ver o medo estampado nos olhos dela, e amarrou no braço depois de ver que o corte não era profundo.

Por poucos segundos trocou um olhar com ela e viu ali o medo que ela estava sentindo, não apenas da situação mas dele também.

“Não tenha medo de mim”, implorou sem conseguir colocar o pensamento em palavras.

Sem poder ficar mais ali e apenas conferindo se o filho estava intacto, voltou a luta, faltando agora apenas quatro inimigos.

Ao se aproximar Naruto lançou a kusanagi em sua direção, que pegou e se colocou em posição de luta.

O Uzumaki ao lado empunhava o machado.

E sem esperar mais Sasuke foi com tudo para cima dos inimigos, girando a katana no ar e defendendo cada um dos golpes desferidos em sua direção.

Um corte profundo na barriga de um dos inimigos foi o suficiente para o outro recuar e esse momento foi o que Sasuke usou para cortar a cabeça dele fora.

Naruto já tinha fincado o machado na cabeça de um e agora trocava socos com outro.

Sasuke já cansado da situação apenas acertou a katana nas costas do inimigo, o vendo cair já sem vida na frente do loiro.

Sakura abraçada ao filho, observa Sasuke se erguendo imponente no meio daquele massacre, coberto de sangue e segurando a katana ensanguentada.

A tatuagem se destacando nas costas largas, o falcão que ela conhecia tão bem continuava majestoso, mas agora pousado em um galho de cerejeiras.

E em uma confusão de sentimentos e pensamentos, percebeu que aquelas flores… Aquelas Sakuras foram tatuadas pensando nela.

O que você é? – Pergunta em um fio de voz.

Sasuke olhou por cima do ombro, encontrando aqueles olhos verdes completamente amedrontados.

Olhando intensamente para a mulher que significava mais que sua vida, percebeu que era hora de revelar tudo.

Sou o homem mais perigoso e poderoso do Japão – Falou mais frio e imponente do que nunca, acentuando o que cada palavra significava – O Oyabun que comanda a yakuza.


Notas Finais


Não me matem! HAHAHAHA ❤
Juro que está tudo seguindo direitinho o que foi planejado!

Mais importante de tudo: Confiem em mim e confiem na Sakura também, ok?
São 17 capítulos então eu acho que vocês já devem me conhecer pelo menos um pouquinho para poder confiar em mim e também saber que não sou de enrolar :)

Eu sei que muita gente vai ficar assustado com a forma que a Sakura descobriu tudo! Mas eu tenho explicação!

• Vamos ao meu raciocínio: A Sakura tinha que descobrir a respeito da yakuza, não é mesmo?
Isso era algo inevitável e todos vocês já estavam esperando isso! Maaas, sempre que eu pensava a respeito eu não conseguia criar uma situação em que ela entendesse de primeira o que ser Oyabun significava.
Eu tinha a impressão que o Sasuke ia contar a verdade para ela e depois ela ia ter outro choque ao ver ele em ação, entenderam? Aí ia ter mais um conflito, em que ela ia perceber que ser da yakuza implicava em matar pessoas e outros tipos de violência , e eu acho que isso ia ser muito repetitivo. Já tem tanta complicação na vida desses dois que eu senti necessidade de criar uma situação em que ela já descobrisse tudo de uma vez. Ou seja, nesse capítulo ela não apenas descobriu o que o Sasuke escondia como viu exatamente o que ser Oyabun significava.
Pode ser que tenha sido mais impactante para ela, mas o próximo capítulo vai esclarecer qualquer dúvida que vocês tiverem a respeito de toda essa situação, ok? Confiem na Sakura!
Espero que vocês tenham gostado da forma que eu escolhi revelar o segredo do Sasuke e que tenham entendido meu raciocínio :)

• Lembram quando eu pedi para vocês repararem bem no que o Sasuke fez com o Kabuto alguns capítulos para trás? Pois então, tudo isso que aconteceu foi consequência daquilo. O Orochimaru queria vingar o filho (Kabuto ainda ta vivo, mas ficou bem destruído depois do encontro com o Sasuke) e meio que surtou, que nem o Sasuke fez quando a Sakura foi sequestrada.

• Não sei se ficou confuso de entender, mas o as mensagens recebidas por Sakura e Fugaku foram enviadas por Orochimaru (vou falar mais um pouco sobre isso no próximo capítulo), que teve ajuda de alguém de dentro da Uchiha Corp. para organizar todo esse ataque.
Existe um espião lá, afinal só tendo informação privilégiada para passar pela segurança eficiente deles, não é? Mas não é ninguém que tenha aparecido ainda na fic, apesar de infelizmente ter relação com um dos personagens de destaque!
Mas não se preocupem que o Sasuke vai investigar isso direitinho! Vocês devem imaginar como ele vai estar depois de tudo isso! HAHAH

• Mas autora, e o Orochimaru e os Uchihas?
O desfecho da luta que aconteceu nas escadas vocês vão saber no próximo capítulo! (eu queria colocar nesse, mas o capítulo ia ficar absurdo de gigante HAHAHA)
Mas eu só digo uma coisa: (SPOILER) o Orochimaru é o maior vilão de Resiliência, então toda essa situação ainda vai render um bocado, afinal a guerra foi iniciada, não é mesmo?
Outra coisa que vai ser explicada no próximo capítulo é como as coisas vão ficar na Uchiha Corp. após esse ataque, então podem ficar tranquilos que tudo vai ser explicado!

• Sobre o hentai que todo mundo atrapalha de acontecer HAHAHA
Gente, eu sei que vocês devem estar querendo me matar por ter interrompido os dois mais uma vez, mas eu não queria que isso acontecesse com algum assunto pendente entre eles! Eu quero que tudo esteja esclarecido e resolvido para que a coisa seja feita da maneira certa!
(SPOILER) Não está tão longe assim de acontecer, e quando acontecer vai ser uma coisa de louco! (tanto que não estou sabendo se vou ter capacidade para escrever HAHAHAH Torçam por mim!)
Paciência que acho que vai valer a pena esperar mais um pouquinho ❤

• Hoje teve um pouquinho mais de dois casais bem legais: Izumi e Itachi, com o plus do pequeno Ryou, e Sai e Ino ❤
O primeiro já está mais que junto, mas o segundo aos poucos está chegando lá, não é mesmo? Estou adorando escrever sobre os dois e também saber que o Sai é tão querido! ❤
Ah, e tenho recebidos muitos pedidos por Naruhina, e gente, tanto no capítulo passado quanto nesse teve, foi beeeeem de levinho, mas teve! Esse casal é mais devagar por estarem longe e a Hinata ser bem tímida, mas (SPOILER) nos próximos capítulos teremos mais dos dois! Acho que tá todo mundo ansioso para o Naruto encontrar logo a "Doçura" dele, né? HAHAHA Calma que vai acontecer logo logo!

• Informação aleatória que senti necessidade de compartilhar: Acho que nunca expliquei aqui, mas o motivo para a Sakura ter um perfume de baunilha e o Sanosuke um de pêssego é por gosto pessoal meu! HAHAHA
Quando eu era pequena tinha um perfume de pêssego que era uma delicia e hoje em dia me remete muita nostalgia! Já o da Sakura é um que usei até pouco tempo atrás, até trocar para um de caramelo (!!!) HHAHAHAH
Eu gosto de perfumes doces e por isso emprestei esse meu gosto para eles, espero que não se importem :)

• Sobre religião em Resiliência: Não vou abordar muito sobre isso, mas acho muito interessante incluir pois algumas cerimonias tradicionais da yakuza são realizadas no templos (ou santuários) xintoísta! E isso vai ser necessário para alguns momentos no futuro da fic (um exemplo é o pedido de Sasuke no inicio do capítulo para que Itachi acompanhe a mãe ao templo para resolver as questões da comemoração de ano novo do clã).
Enfim, no tempo certo eu vou falar mais um pouquinho sobre isso :)

#GLOSSARIO:

*Esse valor foi escolhido aleatoriamente por ser maior que o valor estimado da Apple, que de acordo com uma matéria que eu li é a empresa tecnológica mais valiosa do mundo (US$ 520,89 bilhões). E como em Resiliência eu já citei algumas vezes que a Uchiha Corp. ultrapassou a Apple, então nada mais justo que ela valer mais, não é mesmo? :)
(Pois é, Sasuke não tem onde ser mais rico! HAHAH)

Primeiro-Ministro do Japão: (内閣総理大臣, Naikaku-sōri-daijin?) é chefe de governo do Japão. Ele é nomeado pelo Imperador do Japão após ser indicado pela Dieta entre seus membros e deve gozar de confiança da Câmara dos Representantes para manter o seu cargo. Ele é o chefe do Gabinete e nomeia e exonera os Ministros de Estado.
Já o Imperador efetivamente atua como chefe de Estado em ocasiões diplomáticas.
Mas em Resiliência todos os dois são aliados da Sharingan, então Sasuke merece mesmo o título de homem mais poderoso do Japão HAHAHAHA

Ninkyō dantai: Os membros da Yakuza se auto denominam ninkyō dantai, que significa "organização de cavalheiros" em uma tradução mais exata.
Nem sempre eu uso essa denominação porque é tão difícil de escrever que acabo esquecendo HAHAHA

#IMAGENSDEREFERENCIA

Mangekyou: http://68.media.tumblr.com/941b2567762a6be642d9845565ac71f5/tumblr_ogyoq3GxoP1vsy478o1_1280.jpg
Vocês lembram dele? É o restaurante do clã comandado pela dona Mikoto :)

Apartamento do Sasuke: http://68.media.tumblr.com/420c779834e41247242652e54f8d151f/tumblr_okkheowdv21vsy478o8_1280.jpg
Só para lembrar mesmo como é!

Interior da joalheria: http://68.media.tumblr.com/884960d6ca8b8f4edb9b8c8aed859854/tumblr_okkheowdv21vsy478o1_1280.jpg
http://68.media.tumblr.com/35d41ed5a5040d41e5eb10784fda99d0/tumblr_okkheowdv21vsy478o4_1280.jpg

Anel que o Sasuke comprou: http://68.media.tumblr.com/8d487906d182b709ef12e19eb45c2857/tumblr_okkheowdv21vsy478o2_1280.jpg
Caixinha do anel: http://68.media.tumblr.com/dc43af1c0a80e7a729522bfa930a1ec8/tumblr_okkheowdv21vsy478o3_1280.jpg

Roupas Sakura e Sano para visitar a Uchiha Corp.: http://www.polyvore.com/resili%C3%AAncia_uchiha_corp/set?id=215753917
A Bolsa de dinossauro também está nesse link :)

Roupa (nada discreta) da Ino: http://www.polyvore.com/resili%C3%AAncia_ino_na_uchiha_corp/set?id=215808950

Uchiha Corp.: http://68.media.tumblr.com/ad9d859e2f99a55cfd64349bcc515926/tumblr_okkheowdv21vsy478o6_1280.jpg
Também para lembrar vocês como é :)

Sala do Sasuke: http://68.media.tumblr.com/a87c982823eb8f6a9acfed8847fd25da/tumblr_okkheowdv21vsy478o7_1280.jpg
(que é uma montagem horrorosa que eu fiz HAHAHA)

Lugar onde aconteceu a cena final do capítulo: http://68.media.tumblr.com/63f2af77ffcbfbdbf75beb00500f2257/tumblr_okkheowdv21vsy478o5_1280.jpg
Mas imaginem o corredor um pouco mais longo e na parede que não aparece os elevadores e a porta das escadas.

Tatuagem do Sasuke: http://68.media.tumblr.com/89efe471c0b40e93ca7c776f6c4f91d2/tumblr_ohornaUwws1vsy478o4_r2_1280.jpg

#MUSICAS:

To Fall In Love With You - Old Daisy: https://www.youtube.com/watch?v=XWJwp6wPKV0

My Songs Know What You Did In The Dark (Light Em Up) - Fall Out Boy: https://www.youtube.com/watch?v=LkIWmsP3c_s

✩°̥࿐୨୧

E é isso! ❤
Acho que assim como da última vez que escrevi cenas de ação estou ansiosa para saber o que vocês acharam! Acho que ainda tenho muito o que melhorar nisso, mas de qualquer forma me divirto muito escrevendo! HAHAHA
Aos pouquinhos eu vou melhorando e espero que as próximas cenas desse tipo saiam bem melhor!
Agradeço a paciência que vocês tem comigo que ainda estou aprendendo como ser autora ❤
Muito obrigada gente ❤

O mesmo eu digo para as cenas quentes, morro de vergonha mas estou me esforçando para que saia legal para vocês e para os personagens também, coitados, cinco anos esperando por isso, né? HAHAHA
Vamos ver como vou me sair daqui para frente!
Me desejem sorte! :D

Como já disse nas notas iniciais, hoje estou com um pouco mais de tempo, então vou tentar responder o máximo de comentários que conseguir! E aos que eu não conseguir hoje, prometo responder assim que puder! Sou imensamente agradecida por cada um deles e quero sempre deixar claro o quanto cada um é importante para mim! ❤

Ah, e por falar de mim sendo toda atrapalhada com comentários e mensagens... Se você me mandou mensagem privada e eu não respondi ainda é porque eu tenho dó de apagar notificação de favoritos e comentários! HAHAHAHA Mais alguma autora é assim? Eu estou com um número absurdo de notificações e tudo por dó de apagar! HAHAHA Me passa a impressão que estou apagando os comentários (mesmo que não seja isso!) HAHAHA Sou louca ou mais alguém é assim?
E é por isso que pode acontecer de alguma notificação de mensagem ficar perdida no limbo do carinho (que é como estou chamando o lugarzinho onde aparecem as notificações HAHAH), mas vou tentar responder todas hoje, ok?
Agradeço mais uma vez a paciência com essa autora sem tempo!
Eu posso demorar para responder os comentário, mas deixar vocês sem capítulo domingo nunca ❤

Bem, agora só semana que vem não é? :)
Vamos ter a reação da Sakura a descoberta do segredo do Sasuke, as consequências do ataque a Uchiha Corp. e o Sasuke furioso com Deus e o mundo!

Se você está lendo isso espero que tenha um ótimo fim de domingo e que minha fic tenha contribuído para terminar o dia bem e começar a semana melhor ainda :)

Obrigada a todos pela paciência e por continuarem acompanhando ❤
Qualquer coisa errada, dúvidas, sugestões e etc comentem que eu respondo assim que possível!
Obrigada por lerem, beijos e até domingo :*


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