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História Resiliência - A visão do futuro que nunca teria


Escrita por: bolodebaunilha

Notas do Autor


Olá, tudo bem com vocês? :)
Primeiro de tudo, queria agradecer pelos parabéns que recebi de vocês pelo meu aniversário! Cada palavra que vocês deixaram foi um presente para mim, muito obrigada ❤
E cada comentário que recebi no último capítulo também foi como um presente! Vocês são os melhores leitores do universo e eu amei ler o que estão achando de Resiliência! ❤
VONTADE DE ABRAÇAR VOCÊS E NÃO SOLTAR MAIS ❤❤❤

Para que o capítulo de hoje não saísse muito mais tarde deixei para responder todos os comentários após a postagem e espero que vocês não se importem com isso, prometo responder todos com muito carinho!
Prefiro atrasar do que responder sem o devido carinho ❤

Agora vamos falar de outra coisa maravilhosa, 221 FAVORITOS YAAAAAY ❤❤❤❤❤
Gente, sério, estou sem acreditar até agora! ❤
E isso me leva para outro agradecimento: Ontem foi a festa do meu aniversário e eu estava muuuito ocupada organizando tudo, mas no meio da correria abri o site pelo celular mesmo apenas para dar uma olhada e vocês não imaginam o susto! Tantos favoritos que surgiram que eu fiquei chocada! HAHAHAHAH #autoradesmaiada
Hoje descobri que foi graças a recomendação MARAVILHOSA feita pela página SasuSaku Love lá do Facebook ❤
Juro que fiquei emocionada e até chorei com todo o carinho, e com tudo o que escreveram sobre mim e minha história! Estou sem saber como descrever aqui o que estou sentindo, então só saibam que agradeço de todo o coração ❤❤❤❤❤
Obrigada Lai da SasuSaku Love por deixar meu domingo mais feliz ❤

Agradeço também a leitora Raven Volturi que deixou uma recomendação muito maravilhosa também lá no Nyah!, e cheguei a conclusão que meu coração não vai aguentar tanto carinho HAHAHAHAHA Nunca esperava isso e NOSSA, MUITO OBRIGADA ❤

Muitos agradecimentos mas não tinha como não deixar aqui registrado o tanto que vocês me deixam feliz ❤
Amo cada um de vocês!
(e vou lotar isso aqui de coraçõezinhos sim porque merece! HAHAHA)

Bem, sem mais enrolação, aqui vai o oitavo capítulo!
Boa leitura :*

OBS¹: Apenas para lembrar dos links nas notas finais com explicações e referencias.
OBS²: Tem várias músicas nesse capítulo, então deixei os links para elas nas notas finais! Não são indispensáveis para a leitura mas ajudam muito! :)

Capítulo 8 - A visão do futuro que nunca teria


Fanfic / Fanfiction Resiliência - A visão do futuro que nunca teria

– Onde ele 'tá? – Naruto perguntou para Kakashi assim que o encontrou pelo corredor principal da sede da Sharingan.

O Hatake estava encostado na parede lendo um livro de capa laranja despreocupadamente. Ao ver o loiro suspirou e fechou o livro, assumindo uma expressão cansada no rosto.

– No quarto – disse por fim – onde mais estaria à essa hora?

– Merda – Praguejou antes de apressar o passo pelos corredores da mansão, olhando a todo tempo para o relógio em seu pulso.

Sem bater, escancarou a porta da suite – que não era a mesma onde ele dormia – encontrando o quarto sombrio, as cortinas fechadas e a fraca luz vindo apenas do abajur ao lado da cama.

Deu um passo para dentro ao mesmo tempo que uma mulher, usando apenas um calcinha preta, passou por ele sorrindo maliciosa sem se importar com seus seios fartos completamente a mostra.

Naruto arregalou os olhos acompanhando a mulher sumir pelo corredor e voltou o rosto incrédulo para a figura de pé em frente a cama bagunçada, com seus lençóis negros caindo por todos os lados.

Sasuke tinha um cigarro nos lábios e se ocupava em fechar a calça sem se importar com a presença do loiro.

– Aquela prostituta tinha cabelo rosa? – Perguntou ainda desacreditado – Você é doente, cara – Disse atordoado balançando a cabeça negativamente.

Passou os olhos azuis pelo quarto que cheirava a cigarro, sexo e bebida, vendo o chão ao lado da cama lotado de garrafas vazias, bitucas de cigarro e embalagens de camisinha. Parecia uma masmorra da putaria, classificou o Uzumaki fazendo uma careta.

Viu o Uchiha, ainda ignorando sua presença, jogar o cigarro no chão e pisar com o pé descalço em cima, andando até a poltrona onde o resto de sua roupa estava. Uma pequena fresta da cortina por onde a luz do sol entrava fez as costas largas de Sasuke se iluminarem e o loiro ter o vislumbre da famosa tatuagem do Oyabun.

O falcão de olhos astutos pousado em um galho. Galho que não era mais seco como anteriormente. Agora suas extremidades eram adornadas com delicadas pétalas de cerejeira.

Pétalas de Sakura.

Por um minuto a nostalgia o abateu. A lembrança da melhor amiga cujo o nome agora era proibido de ser pronunciado, o fez amargar a saudade.

Depois de toda confusão com Karin e também com a Akatsuki, Sasuke desistiu de procura-la. Fingia indiferença mas Naruto sabia que ele sofria com isso todos os dias, temendo ir atrás dela e assim dar brecha pra Orochimaru usa-la em sua vingança.

Pois o maldito estava sempre por ali rondando. Ameças, veladas ou não, sempre chegavam até ele.

Mikoto inclusive teve que ter sua segurança reforçada. Até passou a andar armada, coisa que não fazia desde a aposentadoria do marido como Oyabun.

Orochimaru estava atacando Sasuke em tudo que julgava ser seus pontos fracos.

Sakura definitivamente estava melhor longe dele.

Mas Naruto e Itachi, que conheciam toda a historia, sabiam que o Uchiha ainda à amava. Amava de verdade e de sua forma torta, mas era definitivamente um amor como nunca tinham visto antes.

Sasuke praticamente idolatrava a memória de Sakura.

Ele não falava, mesmo quando perguntado sobre o assunto, mas era possível ver como os olhos dele se perdiam as vezes e ele ficava por um momento mergulhado nas lembranças. Ele sempre parecia mais frio ainda nesses momentos, mas apenas quem o conhecia de verdade conseguia enxergar no fundo dos olhos ônix a melancolia.

Era triste pensar que quando finalmente aprendeu a amar, Sasuke não pôde ficar com aquela que trazia cor ao seu mundo cinza e frio.

E por conta disso nunca aceitou se casar novamente – por mais que Fugaku insistisse que era necessário para o clã. Não cometeria esse erro mais uma vez.

Seu coração – se é que tinha um – pertencia à ela.

Apenas ela.

•  •  •  •  •  •  •

– Exatamente na hora – Itachi disse consultando o relógio que levava no pulso quando Naruto abriu a porta para que Sasuke entrasse.

– Nunca me atraso – Disse indiferente já sentando em sua cadeira na cabeceira da mesa.

"Só não atrasou hoje porque fui te chamar, maldito”, Naruto pensou reprimindo um resmungo.

– Vamos começar logo? – Madara perguntou impaciente.

Era raro uma reunião acontecer tão cedo, e por isso todos não estavam em seu melhor humor.

– Vamos – Itachi disse puxando alguns papéis da pasta que tinha em mãos – Recebemos informações sobre um descarregamento não autorizado no Porto de Tóquio – Apontou para o mapa que havia colocado na mesa e todos – menos Sasuke – se aproximaram para olhar melhor.

– Qual a carga? – Obito perguntou.

– Aparentemente é armamento – Respondeu sério.

– Para quem? – Dessa vez quem perguntou foi Izuna.

– Ainda não sabemos com certeza – Itachi respondeu cruzando os braços – Vamos pressionar quem estiver por lá, mas aparentemente é a Tríade Chinesa novamente.

– Esses merdas não desistem! – Shisui resmungou contrariado. A Tríade Chinesa era a inimiga número um da Yakuza. Todos os clãs japoneses tinham algum tipo de problema envolvendo a máfia chinesa.

– Pelo visto não são espertos – Sasuke falou atraindo atenção de todos para ele – Eu vou.

– Não vai ter ninguém importante lá – Itachi argumentou já cansado de repetir isso para o irmão em todas as reuniões – É desnecessário o Oyabun se envolver por enquanto.

– Eu vou – Falou mais uma vez, pronunciando cada silaba pausadamente.

Itachi apenas suspirou e deixou para lá já puxando outro papel com a lista de membros do clã para decidir quem acompanharia Sasuke na missão.

Nos últimos anos o Oyabun estava participando ativamente de quase todas as missões, sejam elas pequenas ou grandes. Aparentemente era um modo de descarregar as frustrações e descontar a raiva acumulada matando os inimigos.

Itachi apenas assistia o irmão matar para descontar suas dores.

E infelizmente se perder cada vez mais na escuridão.

•  •  •  •  •  •  •

Já era madrugada e um grande cargueiro estava atracado no Porto de Tóquio junto à outros de cores diferentes. Mas o que o diferenciava era a movimentação no convés quando já havia passado da hora autorizada para carga e descarga de containers.

As luzes estavam apagadas e todos os que trabalhavam ali tentavam fazer o minimo de barulho possível. Os seguranças que volta e meia passavam pelo local fingiam não ver, tendo em seus bolsos boas quantias de dinheiro para se manterem cegos e surdos.

Os que estavam no convés abaixavam caixas grandes e pesadas de madeira para a terra firme, que eram amparadas por outros homens. Todos vestidos de maneira discreta e tão concentrados no trabalho que nem perceberam vultos se mexendo nas sombras do porto escuro.

– Mais duas e podemos ir – Um homem vestindo um macacão preto falou um pouco mais alto enquanto riscava os itens em uma prancheta.

– Na verdade, vocês podem ficar mais um pouco – Uma voz rouca e perigosa soou próxima a orelha do homem com a prancheta, que tremeu percebendo o corpo grande em suas costas e o cano de uma arma em sua nuca.

Sasuke pressionou levemente o dedo no gatilho balançando a cabeça apreciando o medo que emanava do homem à sua frente. Ainda com a arma encostada na pele do homem, o Uchiha subiu a semi-automática até o meio da cabeça dele e sem pestanejar apertou o gatilho.

O barulho do tiro foi o sinal e assim todas as luzes do porto se ascenderam de uma vez. Os que cuidavam da segurança do armamento reagiram na mesma hora mirando suas armas para o porto, mas deram um passo para trás ao ver cerca de cinquenta homens fortemente armados mirando suas armas no cargueiro. Á frente deles o Oyabun, que passou por cima do corpo sem vida sem se importar com o fato. Os olhos ônix analisando a situação rapidamente.

O cargueiro lotado de homens vestindo macacões pretos no convés, outros vestidos da mesma maneira no porto ao lado de várias caixas de madeira grande e cerca de quinze homens armados para fazer a segurança.

– Matem todos – Disse indiferente enquanto se abaixava para pegar a prancheta um pouco suja de sangue – Pensando bem, deixem um ou dois apenas para me dar algumas respostas – Ordenou frio.

Como esperado o simbolo da Tríade estava lá e junto todas as informações sobre o que havia nas caixas.

Enquanto escutava a troca de tiros e alguns corpos caindo na água, andava tranquilamente até o rolls-royce que o esperava logo na saída do porto.

•  •  •  •  •  •  •

No alto de um dos prédios mais altos de Tóquio um grupo de homens vestidos em ternos pretos se encontrava.

Ignorando o vento frio do inverno e a altura, Sasuke estava próximo a beirada segurando uma corrente. Os músculos bem trabalhados, mesmo cobertos pelo terno preto feito sob medida, ressaltavam através do tecido pelo esforço.

Na outra ponta da corrente, amarrado à uma cadeira e chorando desesperado, estava um dos homens da Tríade Chinesa.

– Vou perguntar mais uma vez – A voz do Oyabun pôde ser ouvida mesmo com todo o barulho do vento – O que vocês pretendem trazendo esse armamento para a minha cidade? – Falava em um chinês fluente para que fosse entendido.

O homem desesperado nada respondeu, apenas olhava assutado para trás vendo a distância que percorreria até o chão caso fosse solto.

Lá embaixo os carros passavam em alta velocidade deixando apenas um rastro de cor por conta dos faróis.

Sasuke estalou a língua no céu da boca impaciente e soltou um pouco da corrente fazendo a cadeira pender mais ainda em direção a queda.

– NÃO ME SOLTE – Gritou desesperado o homem – EU VOU MORRER!

– Sim, você vai morrer – Concordou calmamente sacudindo um pouco a corrente, mostrando que não era esforço nenhum sustentar o homem sentado à cadeira apenas com a força de um braço – Mas me fale o que quero saber antes que eu perca a paciência e sua morte seja mais sofrida.

O homem derramava lágrimas sentindo o vento gelado leva-las para longe.

Não queria morrer, mas também não podia trair seus irmãos.

Seria fiel à Tríade até o fim.

– Tudo bem então – O Uchiha sorriu sádico soltando a corrente de uma vez fazendo o homem gritar desesperado.

Mas antes que caísse do prédio Naruto segurou a ponta solta por Sasuke com facilidade e puxou a cadeira de volta para o chão firme.

– Pelo visto não quer da maneira mais fácil – Resmungou tirando o paletó, a gravata e a blusa social – Vamos pelo mais difícil então – Virou de uma vez e com um golpe da sua inseparável kusanagi cortou fora as duas mãos do infeliz.

O grito ecoou pela noite mas foi abafado pelo vento e pelo barulho dos carros lá embaixo.

– Fale – Ordenou ignorando a dor de sua vítima.

E como sempre, o Oyabun teve o que queria.

O pobre coitado não sabia muita coisa já que não era importante na Tríade, mas deu pistas valiosas para a Sharingan antes de ter sua vida tirada por Sasuke.

Fazia anos que o Oyabun não deixava passar alguém com vida.

Mais impiedoso do que nunca.

•  •  •  •  •  •  •

[On Track: Summer - Calvin Harris]

Virou o copo da bebida de uma vez sentindo descer queimando por sua garganta de uma forma prazerosa. Largou o copo e levou um cigarro aos lábios apreciando o relaxamento que ele o proporcionava.

Sentado na área vip de uma de suas várias casas noturnas olhava com desinteresse as mulheres seminuas dançando de maneira provocante à sua frente, se insinuando para aquele que elas sabiam ser o homem mais poderoso daquele lugar.

Sasuke estava sentado sozinho em um sofá vermelho, os braços apoiados no encosto e as pernas cruzadas de uma maneira máscula, impedindo que as dançarinas se sentassem em seu colo, como sabia que elas queriam fazer.

Não estava afim de sexo naquela noite.

A batida da música alta o incomodava um pouco, mas de alguma forma estava relaxado.

Viu alguns de seus homens dividindo o pó branco que com muito custo havia abandonado e se viu satisfeito por não sentir necessidade de usa-lo mais. Fazia dois anos que não tocava naquela merda. E apesar de querer reprende-los deixou para lá, hoje não estava com paciência para ser Oyabun.

Naruto mais a frente dançava com duas mulheres e apesar da garrafa em mãos, sabia que o loiro não estava bêbado. Ele não podia. Sua responsabilidade era sempre estar pronto para atender as ordens do Oyabun, e por mais que o loiro fosse daquele jeito relaxado, levava esse trabalho muito a sério.

Olhou para o lado vendo a pista de dança lotada e as pessoas animadas se agitando no ritmo da música. Seus olhos focaram em um grupo de garotas dançando juntas, pareciam se divertir bastante e no meio delas uma morena mais baixa com os olhos verdes claros e brilhantes chamou sua atenção. Piscou algumas vezes e subitamente sentiu vontade de ir para casa.

Apagou o cigarro em um cinzeiro e levantou fechando o paletó sem pressa, não precisava se preocupar de esconder suas semi-automáticas, todos que estavam ali eram daquele mundo.

– Naruto – Chamou depois de desviar das mãos das dançarinas – Vamos.

– Poxa Teme – Choramingou se afastando das mulheres com quem dançava – Tchau doçuras! – Soprou um beijo para as duas que sorriram encantadas.

– Você é ridículo – Sasuke zombou enquanto desciam as escadas.

Dois de seus seguranças apareceram imediatamente assim que colocaram os pés na pista. Os homens vestidos em ternos pretos abriram caminho entre os frequentadores que dançavam para que o Oyabun e o Kobun pudessem passar.

Já era madrugada, mas a rua estava movimentada graças as várias casas noturnas e motéis daquela região.

Uma fila longa de pessoas aguardavam para entrar onde os dois haviam acabado de sair.

– O que você está fazendo? – O Uchiha perguntou irritado quando Naruto entrou no carro junto com ele. Não estava de motorista naquela noite, e por isso dirigia seu amado Bugatti Veyron, um dos mais caros de sua coleção – Pensei que ia para a Sharingan.

– Sua televisão é enorme – Informou como se fosse a resposta obvia.

– E? – Arqueou a sobrancelha impaciente.

– E que você tem Resident Evil cara – Retrucou sorrindo – Acelera que quero matar uns zumbis – Bateu no painel do carro rindo alto.

Mesmo a contra gosto Sasuke ligou o carro e foi para o prédio onde os dois moravam. O loiro passava mais tempo na cobertura de Sasuke do que no seu próprio apartamento, por isso que quando entraram o Uzumaki já foi abrindo a geladeira, pegando umas bebidas e uns petiscos como se estivesse em sua própria casa.

– Cara, ‘pra quê tanto jogo? – Naruto perguntou mexendo na gaveta onde os jogos ficavam – Você nem joga!

– Hn – Resmungou ignorando o amigo e indo para o quarto. Tirou a roupa jogando no cesto e entrou no chuveiro, a água gelada mesmo com o inverno castigando lá fora.

Saiu sem se importar de se enxugar direito, sabendo que como era dia de folga de Chiyo não haveria ninguém para reclamar do piso molhado.

Colocou uma calça de moletom cinza e uma blusa de manga comprida preta, confortável.

Conferiu o celular vendo várias mensagens e emails esperando respostas mas deixou de lado, só preocuparia com isso na segunda.

– Você tem que comprar mais lanchinhos! – Naruto comentou quando Sasuke chegou na sala e sentou no sofá.

– Não – Respondeu indiferente pegando um controle e entrando no jogo.

– Você só tem tomates e coisas sem graça – Continuou falando sem tirar os olhos da televisão, onde seu personagem corria de um zumbi que logo foi abatido com um tiro bem na cabeça pelo de Sasuke – Eu preciso de besteira! Açúcar! Gordura trans!

– Preciso lembrar que aqui não é sua casa? – Retrucou enquanto acabava com uma horda de zumbis, todos os tiros certeiros na cabeça.

– Você tem que pensar nas visitas – Fez uma careta vendo o quão bom Sasuke era em qualquer jogo.

Era ridículo, ele nem praticava!

– Não recebo visitas.

– E eu? – Perguntou indignado.

– Não vou nem responder – Falou e logo em seguida olhou feio para o loiro que morreu por se distrair na conversa.

– Fodas – Mostrou o dedo do meio para o Uchiha – Vou pedir ‘pra Chiyo comprar!

Sasuke deu de ombros e voltou a mexer os dedos pelo controle concentrado no jogo. Volta e meia xingava Naruto por lerdar e morrer, mas passaram boa parte da madrugada jogando e, mesmo não admitindo em voz alta, o Uchiha se divertiu de uma forma que estava ficando cada vez mais rara de acontecer.

•  •  •  •  •  •  •

Um soco.

Dois socos.

Um chute.

Mais um oponente caído no tatame.

Sasuke levantou o olhar, sacudindo os braços doloridos de tanto bater. O suor escorria por seu rosto mas ele não mostrava sinais de cansaço.

Enquanto os oponentes saiam carregados, o Uchiha não tinha um único arranhão no rosto austero. Era a terceira luta que ganhava e já começava a pensar que os membros da Sharingan estavam muito fracos.

Teria que conversar com Kakashi sobre isso depois. Seus homens não poderiam ser fracos. Nunca.

Oyabun-sama – Um empregado se aproximou fazendo uma mesura respeitosa.

– Hn – Sasuke apenas olhou em sua direção.

– Seu irmão o espera na sala de reuniões – Fez mais uma mesura e saiu.

Sasuke dispensou os outros que estavam por ali para treinar com ele e foi para o vestiário, onde tomou uma ducha e vestiu seu costumeiro terno preto.

Entrou na sala de reuniões e encontrou Naruto e Itachi com expressões tensas nos rostos.

Sentou em seu lugar e aguardou que começassem a falar.

– Sasuke – Naruto que rompeu o silêncio pesado o chamando pelo nome e fazendo assim com que o Uchiha tivesse total atenção no assunto – Mantenha a calma.

Sasuke arqueou a sobrancelha e olhou de um para o outro curioso.

Itachi suspirou e empurrou um envelope na direção do irmão mais novo, que abriu tirando de dentro várias fotos.

A mesa grande de reuniões tremeu como se fosse se partir ao receber a força do punho do Oyabun.

O punho apertado tão forte que sangue começou a sair e manchar a madeira. O maxilar estava trincado e os olhos estreitos em ódio analisavam as fotografias.

Dona Mikoto com as amigas em uma cafeteira, ajudando no orfanato, saindo do restaurante Mangekyou e também cuidando do jardim na mansão.

Todas as fotos, apesar de terem sido tiradas à distancia, tinham boa qualidade.

– Mandou analisar? – Perguntou entre dentes.

– Sim – Itachi suspirou pesaroso – Verdadeiras.

– Orochimaru? – Perguntou fechando os olhos para tentar conter a irritação.

Tríade – Naruto respondeu estendendo um papel onde o símbolo da máfica chinesa estava estampado – Aparentemente eles não ficaram felizes com o que fizemos lá no porto.

– MALDITOS – Rugiu socando a mesa mais uma vez fazendo um rachado aparecer onde o punho atingiu.

– Fique calmo! – Pediu Itachi – Mamãe está segura e você sabe!

– Não só os seguranças do clã como seu pai está de olho nela – Lembrou Naruto na esperança de acalmar a fera.

Sasuke grunhiu irritado se forçou a normalizar a respiração. Olhou mais uma vez para as fotos antes de larga-las na mesa com nojo.

Não só Orochimaru estava de olho em sua mãe, como a Tríade também!

Quando teria paz em sua vida?

Os malditos se aproveitavam de qualquer fraqueza dele.

Dois meses antes haviam assassinado uma prostituta por acharem que ela significava alguma coisa para ele. Tudo porque requisitou a presença dela mais do que das outras. E apenas por ter aqueles malditos olhos verdes que lembravam tanto ela.

Não podia ter nada nessa vida, fraqueza nenhuma!

– Reforce a segurança – Ordenou e Naruto saiu da sala, indo atrás de resolver isso.

Itachi esfregou o rosto com a mão e olhou com pena para o irmão mais novo que parecia perdido em pensamentos observando um ponto fixo na parede.

Nesses momentos Itachi se culpava por não ter sido capaz de assumir a chefia da Sharingan como deveria ter sido.

Não teria sua família, mas Sasuke seria feliz.

E tudo o que desejava nessa vida era ver o seu irmãozinho tolo feliz.

•  •  •  •  •  •  •

[On Track:  Stop Crying Your Heart Out - Oasis]

O sol se punha, sumindo por entre os prédios altos de Tóquio.

Era inverno e o frio apenas ficava mais intenso com a chegada da noite. O vento gelado batia em seu rosto sem dó, mas Sasuke não se importava.

Estava sentado em uma espreguiçadeira no alto de sua cobertura observando a vista da cidade que lhe pertencia.

Vestia sua roupa confortável que usava apenas em casa e tinha em seu colo o gato preto de olhos amarelos, Aoda.

Sua mão acariciava as orelhas do felino que ronronava contente se aconchegando no colo quente do dono.

Apenas por aquele instante Sasuke deixou a mente vazia. Fingindo não ter preocupações, ódio e saudade. Fingindo ser um homem normal que apenas estava cansado de um longo dia de trabalho.

O que ela acharia se o visse agora?

Será que ainda seria capaz de amar um homem tão quebrado quanto ele?

Por várias vezes durante esses cinco anos pensou em ir atrás dela, mas ao mesmo tempo que esse pensamento vinha, ele ia embora com as ameças frequentes de Orochimaru.

Não se arrependia de ter matado Suigetsu. 

Nunca. Ele mereceu. 

Mas, sabia que se não o tivesse feito poderia, quem sabe, estar agora com ela em seus braços.

Todos os seus movimentos eram observados e tinha medo de que descobrissem a importância de Sakura em sua vida se mandasse irem atrás de informações dela.

Todo dia, pelo menos em algum momento, os cabelos rosados e os olhos verdes brilhantes passavam por sua mente trazendo aquele gostinho de saudade.

“Eu te amo Sasuke-kun”, era o que ouvia as vezes pouco antes de acordar quase toda manhã.

Ainda sonhava com ela e apesar de muitas vezes serem pesadelos, uma parte era um futuro que seu subconsciente idealizou como sendo perfeito.

Era sua mente gritando que se não tivesse sido o grande canalha que foi, estaria ao lado dela.

Mas cinco anos se passaram e estava sozinho.

E assim ficaria.

– Sakura – Sussurrou ao mesmo tempo que o vento passava balançando seus cabelos e dando a impressão de levar o nome para longe junto com o que sentia.

O gato se espreguiçou e pulou do colo de Sasuke subindo no parapeito da cobertura, andando com agilidade até sentar e olhar para frente como se admirasse a vista.

Sasuke levantou e se aproximou do parapeito inclinando o corpo vendo a rua longe lá embaixo e o fluxo de carros passando em velocidade. Seus cabelos voaram para trás com a força do vento mas ele não se importou.

Endireitou o corpo e, apoiando as mãos no parapeito, pegou impulso e subiu naquele espaço estreito. Se equilibrou com facilidade e por um momento se perdeu olhando a vista assim como Aoda. 

Com as mãos no bolso da calça de moletom, Sasuke andou por toda a extensão do parapeito ignorando o vento e o perigo de cair. Sua cabeça erguida olhando sempre para frente como se não fosse arriscado o que estava fazendo. 

O Uchiha foi despertado de sua admiração quanto a vista ao escutar o gato miar e descer indo em direção a parte de dentro do apartamento.

Olhou por um tempo para a porta por onde o felino entrou e depois voltou o olhar para a cidade. 

Estava tão cansado.

Uma corrente de vento particularmente mais forte passou por ele, que sentiu o corpo oscilar um pouco. Olhou para seus pés descalços vendo o quão estreito era o espaço em que pisava. 

O chão parecia muito distante lá embaixo e bastava apenas um passo para o lado e cairia.

Apenas um passo.

Levantou um dos pés e o pendeu perigosamente no vazio. Os olhos vagos e as mãos ainda nos bolsos da calça.

“Sasuke-kun”

Não soube se foi o vento ou sua imaginação, mas quando sentiu o pé que sustentava todo seu corpo falhar escutou a voz dela o chamar. 

Na mesma hora voltou as firmar os dois pés no parapeito e por fim desceu para a segurança de sua cobertura.

Olhou em volta como se esperasse encontra-la por ali e sorriu saudoso. 

Ela nunca o deixaria cair.

•  •  •  •  •  •  •

O corpo caiu com violência no tatame e Kakashi resolveu interferir quando Sasuke avançou na clara intenção de continuar.

– Isso é apenas um treinamento – Alertou se colocando na frente do Oyabun – Tente não matar meus alunos, ok?

Sasuke piscou algumas vezes como se assimilasse a fala do Hatake e por fim fechou a cara enquanto dava uns passos para trás.

– Eles continuam perdendo vergonhosamente – Falou passando uma das mãos enfaixadas para o treino pelo cabelo molhado de suor – Continuam fracos.

Kakashi sorriu para o Uchiha com toda a sua paciência.

– Não Oyabun-sama – Aumentou o sorriso sabendo que o moreno não acreditaria no que ia falar – Você que está forte demais, habilidoso demais e tão concentrado nas lutas que meus alunos nem tem chance.

– Bobagem – Resmungou olhando de maneira intimidante para um grupo de jovens membros do clã que estavam assistindo a luta. Os rapazes se olharam apreensivos e trataram de voltar a treinar – São uns medrosos. Meus homens não podem ser medrosos.

Kakashi olhou em volta e todos realmente pareciam meio amedrontados pela presença imponente do Oyabun.

Não era uma desculpa, mas naquele dia apenas os membros mais jovens do clã estavam treinando. Nenhum deles era capaz de se quer tocar em Sasuke durante uma luta.

O Uchiha deveria começar a aparecer durante os treinos dos veteranos. Não que ele fosse perder para algum deles – pois o Uchiha era o melhor do clã, até mais que Fugaku foi em sua época – mas pelo menos teria mais desafio nas lutas.

– O medo é uma sensação que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente – A voz sempre controlada de Sai chamou a atenção dos dois para a porta – Eles estão com medo do senhor, Oyabun-sama.

Se aproximou do tatame e se colocou do lado oposto ao de Sasuke.

– Já eu – Sai fez uma mesura e depois se colocou em posição de luta – Não tenho medo de nada – E sorriu de um jeito que só ele conseguia.

Kakashi se afastou rapidamente e a luta começou.

Os dois se moviam pelo tatame com agilidade, os passos eram rápidos e até o momento nenhum deles havia acertado um golpe no outro.

Sai era um veterano no clã, e um Uchiha também. A família tinha o costume de treinar suas crianças desde pequenas e os dois que lutavam já haviam sido alunos de Kakashi.

– O que eu perdi? – Naruto parou ao lado de Kakashi segurando um pacote de batatinhas que havia saído para pegar.

– Dois homens com dificuldades de demonstrar seus sentimentos lutando – Deu de ombros e puxou um livro do bolso. Estava quase acabando um capítulo que estava particularmente interessante.

Sasuke acertou um soco no rosto de Sai que acabou dando uma passo em falso e assim abertura para que outros socos viessem em seguida. Entretanto o Oyabun teve as costelas atingidas por um chute alto enquanto concentrava apenas em atingir a cabeça de Sai.

Decidido a não ser atingido mais nenhuma vez Sasuke segurou a perna de Sai antes que outro chute viesse e o jogou no chão. Na mesma hora foi para cima dele e, sentado em seu abdômen, começou a desferir uma serie de socos no rosto pálido.

– Porra! Pensei que eles estavam praticando algum estilo de luta especifico – Naruto exclamou enquanto embolava a embalagem das batatinhas e jogava no lixo – Mas ele estão só se batendo! Parece UFC!

Kakashi tirou os olhos do livro e quase caiu para trás. Sasuke parecia que não pretendia parar de bater em Sai, e quando o Oyabun tomou impulso para acertar um golpe ainda mais forte se aproximou rapidamente junto de Naruto para apartar a luta.

– TEME! – Naruto puxou Sasuke de cima de Sai com dificuldade, já que o moreno era mais alto e pesado – Você vai matar ele! Merda!

Com dificuldade fez o Uchiha se afastar até o outro lado do tatame.

Todos os presentes naquela sala de treinamento pararam para assistir a luta e agora olhavam admirados para o Oyabun.

– Foi uma atividade interessante – Sai comentou sorrindo. Se sentou com dificuldade no tatame sendo amparado por Kakashi, seu rosto com vários cortes e alguns roxos – O senhor tem um ponto fraco no seu lado esquerdo, quando se movimenta para atingir o rosto do oponente, ocasionalmente e por poucos segundos, suas costelas viram o alvo mais fácil – Um pouco ofegante se levantou e fez uma careta quando o corte que tinha no supercílio ardeu.

– Hn – Sasuke resmungou emburrado. Treinaria mais tarde até não ter mais essa falha.

Atualmente tinha que ser praticamente invencível durante uma luta.

– Você tem que aprender a se controlar melhor – Repreendeu Kakashi, por um minuto se esquecendo que falava com o Oyabun e não seu aluno brilhante mas encrenqueiro que costumava treinar quando mais jovem.

 O Uchiha escolheu ignorar o ex-sensei e começou a tirar as faixas brancas já desgastadas que usava para proteger as mãos.

– Espero ter outra oportunidade de lutar com o Oyabun-sama – Sai falou se aproximando de Sasuke – Mas tenho a impressão que nunca terei chances – Pareceu pensar por um momento e depois olhou para o moreno – Acho que é como dizem... – Pensou mais um pouco e de repente voltou a sorrir – O senhor é destruidor mesmo hein!

Naruto não aguentou e começou a rir e até Kakashi teve que colocar o livro na frente do rosto para que Sasuke não visse sua risada.

– E você é um idiota – Retrucou mal humorado. 

O Uchiha saiu da sala de treinamento ignorando as risadas de Naruto e o olhar confuso de Sai.

– Eu disse alguma coisa errada? – Perguntou para o Hatake.

– Não – Respondeu sorrindo – Vamos lá que vocês estão fedendo!

– Vocês sabiam que são as Glândulas sudoríparas apócrinas, que produzem o suor que contém materiais gordurosos? São elas que fazem a gente cheirar mal – Sai explicou casualmente arrancando uma careta de Naruto.

– Cale a boca Sai – O Uzumaki deu um tapa na cabeça do Uchiha e passou por ele.

– Apenas estava tentando manter uma conversa interessante e com grande conteúdo enriquecedor – Explicou confuso – Não imagino o que possa ter feito errado dessa vez.

– Acho que o Naruto aprecia umas conversas mais simplificadas – Kakashi explicou enquanto saíam da sala de treinamento.

– Entendo – Murmurou pensativo – Vou tentar algo diferente da próxima vez.

Desceram as escadas até chegarem ao local mais quente da mansão. Era um pouco abafado por conta do vapor causado pela água quente mas o cheiro dos sais de banho predominavam por todo o corredor.

Passaram pela cortina noren e tiraram seus sapatos guardando em armários, já que não precisavam tira-los para andar pela mansão – Habito que se fez necessário por terem de estar sempre preparados para correr caso fosse preciso. 

Aquele banho era apenas para os membros homens do clã, já as mulheres que não eram em grande quantidade, tinham um ofurô espaçoso no banheiro destinado à elas.

Encontraram Sasuke parado em frente à um armário falando irritado ao celular e já sem a camisa. Passaram por ele e, depois de retirar suas roupas, seguiram para a área dos chuveiros.

– Como devo iniciar uma conversa com pessoas como Naruto? – Sai perguntou enquanto direcionava o chuveiro para molhar seus cabelos.

Kakashi sentou no banquinho e ligou o chuveiro já se molhando antes de responder.

– Tente ser agradável – Aconselhou – Pense nas qualidades da pessoa e fale coisas que a deixem bem, talvez um elogio – Parou para pensar tendo dificuldades em explicar o que queria – Sinceramente não sei exatamente como te direcionar melhor sobre isso – Suspirou.

– Entendo – E então ficou em silêncio, parecendo pensativo enquanto terminava de se limpar.

Quando Kakashi e Sai terminaram de se limpar seguiram entre as linhas de chuveiros acomodados lado a lado ao longo da extensão da parede até chegar à grande banheira ocupada por alguns membros do clã que conversavam em uma das bordas e Naruto que estava sentado relaxado em meio a água quente.

– Vocês demoraram – Acusou quando viu os dois.

– Sim – Sai respondeu com naturalidade e Kakashi suspirou com a falta de noção do Uchiha.

Os dois entraram na banheira que estava perfeita naquele inverno.

Ficaram em silêncio apreciando água até Naruto se levantar impaciente. O loiro bufou descontente olhando para alem dos chuveiros.

– Vocês viram o Teme? – Perguntou.

– Passamos por ele no vestiário – Kakashi respondeu – Estava ao celular.

– Merda! – Saiu da banheira indo em direção ao vestiário. Do jeito que Sasuke andava estressado não era uma boa ideia deixa-lo sozinho.

Alguns minutos se passaram e os dois voltaram, Sasuke já nu pronto para o banho e com a expressão irritada. Entraram na banheira e se acomodaram do lado oposto ao de Kakashi e Sai.

Sasuke sentiu os músculos tensos relaxarem assim que a água quente envolveu seu corpo, e fechou os olhos para aproveitar a sensação.

– Naruto – Sai chamou de repente e Kakashi suspirou já prevendo a situação – Eu estive observando e finalmente achei uma qualidade sua e gostaria de comenta-la.

– É? – O loiro perguntou desconfiado – Acho que vou me arrepender mas... Qual é?

Kakashi prendeu a respiração e Sasuke abriu um dos olho.

– Apesar de ter um pênis pequeno – Começou a falar sorrindo – Você tem uma bunda bem avantajada, achei excepcional! – Concluiu empolgado.

O silêncio que se fez a seguir foi tenso. Até os outros membros do clã que estavam lá pareciam ter parado de falar depois do que Sai disse.

– SEU MALDITO! – Naruto levantou de uma vez e simplesmente pulou em Sai espalhando água para todo o lado – PARA DE FALAR DO MEU PAU – Gritou enfurecido – E PARA DE OLHAR PARA A MINHA BUNDA! 

O Uzumaki gritava e tentava acertar Sai que desviava com agilidade. Tentando escapar o Uchiha saiu da água iniciando assim uma corrida em volta da banheira já que o loiro saiu logo atrás.

Sasuke apertou a ponte do nariz irritado e Kakashi não sabia o que fazer vendo os dois correndo pelados, protagonizando uma cena nada agradável de assistir.

Os gritos de Naruto ecoavam pelas paredes de azulejo e Sai escorregava vez ou outra no piso molhado.

– CHEGA – Sasuke praticamente rugiu ao levantar e puxar os dois que passavam por ele pelos braços, fazendo assim com que caíssem dentro da banheira.

Naruto levantou com dificuldade pronto para afogar Sai mas Kakashi deu uma rasteira nele fazendo com que voltasse a afundar.

– O que eu fiz agora? – Sai perguntou chateado quando finalmente conseguiu parar de tossir por conta de toda a água que engoliu ao cair.

– Nada  – Kakashi respondeu suspirando, sabendo que nada mudaria então nem adiantava tentar explicar.

Já o Oyabun, mesmo irritado e xingando Naruto, ficou satisfeito por todo a cena ridícula ter desviado seus pensamentos do dos problemas que tinha para resolver.

•  •  •  •  •  •  •

Sasuke estava com seus óculos de leitura concentrado nos documentos que deveria levar já revisados para a reunião que teriam logo mais.

– Que preguiça dessa reunião – Naruto exclamou se esparramando no sofá preto da sala de Sasuke sem se importar de estar atrapalhando o amigo.

– Profissional como sempre – Comentou Izumi entrando na sala – Uchiha-sama, sua agenda de hoje – Ela mostrou o tablet e sentou em uma das cadeiras dispostas na frente da mesa de Sasuke.

– Fala – Disse sem olhar para a mulher, ainda concentrado no que fazia.

– As 14h vídeo conferência com o Senhor No Sabaku sobre a filial de Suna...  – Izumi foi recitando a agenda de modo profissional e mesmo não olhando para ela Sasuke escutava tudo.

– Achamos a mamãe! – A Uchiha parou de falar quando Itachi abriu a porta atraindo a atenção de todos – Olha lá ela! – Falou com voz infantil mexendo os bracinhos do filho que estava em seu colo.

O pequeno de apenas um ano de idade deu um sorriso e soltou um gritinho estendendo os bracinhos na direção da mãe que sorriu boba.

Sasuke tirou a atenção do trabalho por um momento vendo o irmão carregando o pequeno Ryou.

Izumi largou o tablet para correr na direção deles com um sorriso amoroso nos lábios.

– Cadê a bolsa dele? – Ela perguntou pegando o filho nos braços com carinho e depois olhando para Itachi – Ele não pode sair sem a bolsa Itachi – Exclamou repreensora – Quero ver você trocar a fralda sem uma nova – Olhou feio para o marido que apenas sorriu amarelo e roubou um beijo dos lábios dela – E nem pense que vai fugir da bronca com beijos!

– Poxa amor – Se fez de magoado e o pequeno Ryou riu quando o pai cutucou a testa de Izumi com dois dedos de forma carinhosa.

Os dois haviam iniciado um relacionamento um ano depois dela começar a trabalhar na Uchiha Corp., Mikoto ficou maravilhada e quase soltou fogos de artificio quando o sexo casual evoluiu para um namoro e posteriormente um casamento. Ela amava a nora como uma filha que nunca teve e aprovava o relacionamento com entusiasmo.

Fugaku ficou orgulhoso e falava contente do neto o tempo todo. Andava até com uma foto do pequeno no bolso para mostrar por aí. Definitivamente surpreendeu como um avô babão.

Já Sasuke descobriu que ser tio era uma coisa bem agradável.

Não arriscava ficar muito tempo com o pequeno no colo ou trocar fraldas, mas se davam bem e Ryou parecia ter um fascínio pelo tio de cara fechada. Sempre abria um sorriso ao vê-lo.

E mesmo não querendo, presenciando essa cena cheia de amor protagonizada pela família do irmão mais velho, Sasuke sentia uma pontada de inveja. Não era amoroso ou carinhoso como Itachi, mas tinha vontade de ter um filho.

Não apenas um herdeiro de tudo que tinha, mas uma criança que poderia ensinar o que sabia.

As vezes se sentia sozinho mesmo que rodeado por várias pessoas.

Por um segundo conseguiu se ver naquela situação. Carregando uma criança de cabelos pretos, pele branca e olhos verdes brilhantes. Ao seu lado ela estaria sorrindo mimando a criança o máximo possível.

“Olha como é fofo, Sasuke-kun!”, podia até ouvi-la falando.

Era exatamente o tipo de coisa que ela diria, com certeza.

Seus lábios repuxaram inconscientemente em um minimo sorriso, que logo sumiu quando piscou e a imagem sumiu, voltando a família feliz de Itachi e um Naruto fazendo caretas para o bebê.

Bagunçou os cabelos irritado e abriu a pasta de fotos do computador, vendo o sorriso dela encher a tela.

Apenas ela poderia ser mãe de seus filhos.

E como não a tinha, permaneceria sozinho.

•  •  •  •  •  •  •

Depois da visão do futuro que nunca teria, Sasuke ficou disperso e irritadiço, preocupando assim Itachi e Naruto.

Vendo como estava o irmão mais novo, Itachi resolveu guiar a reunião. Nos últimos cinco anos aprendeu a interpretar quando Sasuke sofria, mesmo ele não demonstrando e mantendo a expressão indiferente no rosto, sempre via quando ele pensava nela.

Quando Sasuke mergulhava nos pensamentos sobre Sakura acabava ficando daquela forma e nada podia ser feito.

Era quando ele precisava de um tempo.

– Bem, estamos aqui para discutir sobre a nova filial – Itachi começou a falar pegando a pasta que estava à frente de Sasuke – Temos aqui três opções de cidades que estão aptas a receber uma filial da Uchiha Corp.

– Pensei que já estivéssemos presentes nas maiores cidades do Japão – Fugaku comentou sem deixar de reparar na apatia do mais novo. Já não era mais o CEO da empresa, mas atualmente trabalhava como representante do conselho e participava das reuniões.

– Sim – Respondeu Itachi – Mas agora estamos pensando em cidades menores – Colocou três folhas na mesa.

– Uma cidade pequena tem condição de receber a Uchiha Corp.? – Madara perguntou cético.

– Essas três tem! – Apontou para os papéis – Hakone, Urayasu e a que eu acho mais promissora, Konoha – Olhou para Naruto que sorriu ao ouvir o nome da cidade onde nasceu.

Com essa fala a atenção de Sasuke foi atraída para a conversa.

– Konoha? – Perguntou interessado. Era lá que teve noticias dela pela última vez.

– Sim – Estreitou os olhos na direção do irmão, curioso com o súbito interesse – Algum problema?

– Não – Resmungou irritado e puxou as folhas para analisar as cidades, mas apenas leu a ficha de Konoha.

Naruto vendo o comportamento estranho do amigo percebeu do que se tratava e rabiscou um bilhete passando discretamente para Itachi.

“A última vez que ele teve noticias da Sakura-chan foi em Konoha”, era a mensagem escrita na letra meio confusa do Uzumaki.

Itachi arqueou as sobrancelhas e sorriu de canto. Sua cabeça começou a trabalhar em alta velocidade formulando planos mirabolantes.

Entedia e concordava no porque de Sasuke não procurava a moça, mas não se conformava em ver o irmão de coração partido. Era fácil enxergar o tanto que o mais novo amava aquela mulher e por isso Itachi torcia para que pudessem estar juntos algum dia no futuro.

E talvez, ali naquela nova filial fosse a ajuda do destino para que isso acontecesse.

– Acho que Konoha é a melhor opção – Comentou e Sasuke tirou a atenção do papel para olhar para o irmão – É uma cidade pequena e sem muito turismo, mas tem crescido muito nos últimos anos – Pegou o papel da mão de Sasuke e mostrou para os outros homens da mesa o gráfico do crescimento da cidade – E tendo a Kurama como uma de nossas principais aliadas, deixa tudo mais fácil. – Comentou aproveitando que naquela reunião havia apenas membros do clã.

– Parece promissor – Comentou Fugaku – Se Minato já estiver de acordo, não me oponho em abrir a próxima filial lá.

– Sim – Madara concordou. Obito e Shisui se manifestaram positivamente também.

– O que acha Uchiha-sama? – Itachi perguntou diretamente para o irmão que parecia perdido em pensamentos. Quando em reuniões da empresa tinha que chama-lo de maneira respeitosa.

– Sim – Respondeu depois de pensar um pouco.

– Ótimo! – Concluiu sorrindo empolgado  – Nossa próxima filial vai ser em Konoha! – Falou ainda sorrindo e puxou de dentro de uma pasta algumas folhas – Já que era minha opção preferida já tinha tomado a liberdade de pesquisar possíveis locais e também empreiteiras para a obra – Comentou separando mais folhas – Tem ótimas referencias.

Izumi se aproximou e Itachi passou para ela as folhas que foram então distribuídas entre os outros.

– Parece bom – Fugaku concluiu ao terminar de analisar os papéis.

– Uchiha-sama? – Itachi olhou para o mais novo.

– Também parece bom para mim – Respondeu passando os olhos pelo papel. A empreiteira tinha ótimas referencias.

– Então agora só precisamos decidir quem vai viajar para conferir tudo e fiscalizar o inicio das obras – Falou olhando para todos e parando em Naruto – Pensei em você já que é de lá. Minato-sama ficará muito feliz em vê-lo!

O clã Kurama, comandado pelo Oyabun Minato – pai de Naruto – tinha sua sede em Konoha e eram os principais aliados da Sharingan.

– Por mim ok – Respondeu sorrindo – Passa os detalhes para minha secretária – Pareceu pensar por um tempo e depois alargou o sorriso – Acho que Uchiha-sama deveria ir comigo.

Itachi sorriu faceiro e Sasuke arqueou as sobrancelhas.

– Não vejo necessidade – Fugaku comentou confuso – Porque o CEO iria fazer algo assim?

– Seria uma boa ideia – Itachi se apressou em falar – Ele tem uma boa visão e poderia cuidar para que Naruto não saía da linha – Falou divertido e o Uzumaki protestou indignado. Discretamente fez um sinal de que conversaria com o pai mais tarde e Fugaku suspirou. Seus filhos só davam trabalho.

–  Então Sasuke, o que você vai fazer? – Fugaku perguntou para o mais novo ignorando o loiro arremessando clipes de papel em Itachi.

– Vou para Konoha – Disse depois de um tempo, os olhos ônix focados na janela onde a noite já começava a chegar e o rosto sorridente dela em seus pensamentos.


Notas Finais


Estão prontos para a volta da Sakura? :D
No próximo capítulo ela está de volta e trazendo fortes emoções para Resiliência <3

Vamos às considerações do capítulo (também conhecido como autora tagarelando):

• Minha intenção com esse capítulo foi mostrar como o Sasuke estava cinco anos depois de tudo.
Eu tinha várias idéias de como ele poderia estar e descobri ser uma grande dificuldade esse negócio de passagem do tempo HAHAHA
Ao mesmo tempo que eu queria mostrar como ele estava por causa dos acontecimentos em sua vida, também não queria modificar tanto a personalidade dele. O que eu tentei fazer – E espero ter conseguido – foi mostrar para vocês que ele estava mais quebrado que antes e mais atormentado com tudo.
O Sasuke tem que aguentar muita coisa todos os dias e como vocês puderam ver em vários momentos do capítulo, ele não está nada bem.

• Quando lemos fics desse tipo, é normal mostrar como a Sakura continua amando mesmo anos depois enquanto o Sasuke fica curtindo a vida quase sem lembrar dela. Eu não queria isso. O Sasuke tomou a decisão de não procura-la por amor (eu já disse isso, mas reforço aqui, o fato dele não ter ido atrás dela foi a maior prova de amor que ele poderia ter dado) e mesmo estando separados ele se apegou à ela não apenas pelo sentimento mas por ser o que o faz se sentir bem.
Então sim, cinco anos se passaram e ele ama muito a Sakura. ❤

• A primeira cena onde o Naruto entra na "masmorra da putaria" é uma das que estava mais insegura de incluir no capítulo. O que eu quis mostrar com ela é que eu não acho que faça sentido meu Sasuke sair pegando todas ou arrumando namoradas. Ele ama a Sakura e tem consciência disso, e por esse motivo não se relacionou com mais ninguém. Apenas paga por sexo por eu achar que não combinaria com ele ser celibatário (ele gosta muito da coisa para não fazer :x) ao mesmo tempo que não consigo vê-lo saindo com outras mulheres estando tão dependente da Sakura. Mas não passa disso, e todas que ele procura tem algo que lembre ela.
Então não se preocupem, o Sasuke de Resiliência não é pegador, não vai ter um relacionamento alem de sexo pago e não pretendo escrever cenas dele com mais nenhuma outra mulher que não seja a Sakura ❤

• A cena do Sasuke na cobertura é a minha preferida desse capítulo! Mesmo a Sakura não tendo aparecido ainda, vocês devem ter percebido como ela estava presente em cada ação ou pensamento dele, não é? ❤
Eu queria mostrar como ela é importante para ele, como se fosse um porto seguro. E esse capítulo, apesar de não ter o tão esperado encontro sasusaku, é um dos que mais trabalhei os sentimentos dele a respeito dela. Achei necessário incluir antes da grande volta da Sakura para que no próximo capítulo vocês entendam tudo o que ele vai fazer e a dimensão do sentimento que ele tem por ela. :)

• Ah, e para aliviar um pouco todo o drama que foi o Sasuke nesse capítulo eu contei com a ajuda do Sai, que junto com o Naruto foram o alivio cômico! HAHAHA
Eu não sou boa em escrever cenas engraçadas e nem acho que a do banho coletivo foi algo assim, mas estou praticando para melhorar nisso! E espero que, mesmo sendo um pouco falha, tenho sido legal de ler :)
E (SPOILER) o Sai vai aparecer mais de agora em diante!

• E o mesmo eu digo sobre as cenas de luta! Estou escrevendo uma história sobre yakuzas onde tem violência e lutas mas ainda não considero que faça algo bom o suficiente HAHAHAHA
Mas não se preocupem que estou tentando melhorar!

• E Itachi é um homem casado! ❤
Izumi conquistou o crush e formou uma família linda com ele ❤
Como já disse algumas vezes, não vou focar tanto em outros casais, maaas vez ou outra vamos ter cenas fofas como essa!
E o que acharam do Itachi pai? Sempre imaginei que ele fosse ser desses bem babões que fazem voz de criança e se atrapalham todo de vez em quando HAHAHA

• E no final finalmente Sasuke vai para Konoha :D
Ele vai por conta da empresa mas sabemos que o fato da Sakura estar lá deu uma ajudinha, não é?
O motivo para ele "ir atrás dela" foi algo que tive muita dificuldade em decidir. De todas as ideias que tive apenas a que o motivo não fosse propriamente dito encontrar com ela me fez sentido. Ele não iria se não fosse por necessidade que não colocasse em risco a vida dela, então criei a situação da nova filial da empresa e percebam como os maiores torcedores de Sasusaku da fic, Naruto e Itachi, apoiaram a ideia HAHAAHAH

GLOSSÁRIO

Cortina noren: normalmente com a estampa do sufixo ゆ (Yu). Essa cortina decorativa serve para que essas casas de banho sejam facilmente identificadas pelas pessoas.

Residente Evil: é um jogo eletrônico de ação e tiro em terceira pessoa desenvolvido e publicado pela Capcom.
O que eles jogam no capítulo é o 5, onde você pode jogar de duas pessoas e quando jogando sozinho a Sheva é controlada pelo computador (o que é péssimo já que mais atrapalha do que ajuda HAHAHAHA).

Banho coletivo: Um sentō (銭湯, せんとう) é uma casa de banhos comunal japonesa. Tipicamente, estas casas de banhos são bastante utilitárias com uma grande sala em que os sexos estão separados por uma barreira elevada, uma linha de chuveiros ao longo de uma das paredes e uma grande banheira onde os utilizadores já banhados se podem sentar ao longo da outra.
Para escrever esse capítulo eu pesquisei sobre nesses sites: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sent%C5%8D e http://www.japaoemfoco.com/sento-banhos-publicos-no-japao/

IMAGENS DE REFERÊNCIA:

Tatuagem do Sasuke
Antes ela era assim: http://68.media.tumblr.com/cb5bfad1bbe8c107a4bcadb0cb7c3169/tumblr_og8s8hyWKW1vsy478o4_1280.jpg
E agora é assim: http://68.media.tumblr.com/89efe471c0b40e93ca7c776f6c4f91d2/tumblr_ohornaUwws1vsy478o4_r2_540.jpg
Sentiram o tamanho do amor que ele tem por ela? ❤

Bugatti Veyron: http://68.media.tumblr.com/8efca3d24f3bbd09b034c997bb0b9f52/tumblr_ohornaUwws1vsy478o3_1280.jpg
O Sasuke é o homem mais rico do Japão e poxa, achei justo dar para ele um dos carros mais caros do mundo né? HAHAHAH

Apartamento Sasuke: http://68.media.tumblr.com/420c779834e41247242652e54f8d151f/tumblr_ohornaUwws1vsy478o2_1280.jpg
Diferente da mansão que o Sasuke dividia com a Karin, o apartamento de solteiro dele é luxuosamente a cara dele na minha opinião!
Eu não me lembrei de salvar as fontes de cada imagem ao fazer as montagens então se alguém souber me avise!

Cobertura do apartamento do Sasuke: http://68.media.tumblr.com/9e0aac7290726acbd2cadc79fc4e17f6/tumblr_ohornaUwws1vsy478o1_1280.jpg
Montagem horrorosa já que essa cobertura super legal não fica em Tóquio, maaas achei que o Sasuke merecia :)

Sede da Sharingan: http://68.media.tumblr.com/d3a7f3c0637fa7111445ffc4112bba5d/tumblr_og8s8hyWKW1vsy478o2_1280.jpg
Apenas para que vocês vejam no meio da imagem a grande banheira da sala de banho coletivo que apareceu no capítulo de hoje.

MÚSICAS:

Summer - Calvin Harris: https://www.youtube.com/watch?v=McEoTIqoRKk

Stop Crying Your Heart Out - Oasis: https://www.youtube.com/watch?v=dhZUsNJ-LQU

E é isso, falei demais como sempre mas não consigo me controlar HAHAHAHAHAHA
Espero que tenham gostado do capítulo mesmo a Sakura ainda não aparecendo e que continuem acompanhando ❤
Se você está lendo isso espero que tenha um ótimo fim de domingo e que minha fic tenha contribuído para terminar o dia bem e começar a semana melhor ainda :)
Qualquer coisa errada, dúvidas, sugestões e etc comentem que eu respondo assim que possível!
Obrigada por lerem, beijos e até o próximo domingo! :*


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