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História Resiliência - I can't take my eyes off you


Escrita por: bolodebaunilha

Notas do Autor


Olá, tudo bem com vocês? :)
Na semana passada me atrapalhei toda já que postei capítulo durante a semana e acabei atrasando na hora de responder os comentários, mas acho que agora todos já foram respondidos com carinho ❤

Por falar em comentários, não consigo acreditar nas coisas lindas que vocês tem escrito sobre Resiliência ❤
Cada um mais maravilhoso que o outro ❤
Muito obrigada à todos que tiram um tempinho para conversar comigo através dos comentários, vocês são os mais gracinhas do universo! ❤
Também aproveito para o agradecimento que sempre faço: 305 FAVORITOS YAAAAAAAAAAAAAAAAY :D
Estou sem acreditar! ❤❤❤❤❤❤❤❤ #autoradesmaiada
Palavras não são suficientes para mostrar o tanto que estou agradecida por vocês estarem acompanhando, curtindo e comentando minha fic ❤

AGRADECIMENTO ESPECIAL PARA:
Kanadallys que recomendou Resiliência lá no grupo do facebook (e um comentário lindo no último capítulo também!)!
Muuuito obrigada pelo carinho e por todas as coisas lindas que você escreveu lá ❤❤❤❤❤
Fiquei tão emocionada e feliz por ver através dos comentários na recomendação dela que muita gente tem acompanhado a fic ❤
(também agradeço à todos que sempre recomendam a fic através dos comentários em outros tópicos do grupo, vocês são lindos!)
E para Blue Lungs que deixou uma recomendação maravilhosa lá no Nyah! ❤❤❤❤❤❤
Não tenho palavras para agradecer todo o carinho e todas as palavras que deixou por lá, não só sobre a fic mas sobre mim também ❤
E também agradeço por estar sempre comentando e conversando comigo! ❤❤❤❤
Como você disse em um comentário (e eu super concordo), quase não te conheço mas já te adoro! ❤❤❤❤
Sou do tipo de pessoa que não sabe ser elogiada e fica super sem graça! Então acho que nunca vou conseguir expressar de verdade o tanto que sou agradecida!
E por último um agradecimento super especial para a linda Kanzashi que me ajudou em um momento que eu estava bem indecisa sobre que rumo tomar na história ❤❤❤❤ OBRIGADA SUA LINDA ❤

E AMO TODOS VOCÊS ❤

Bem, sem mais enrolação, aqui vai o nono capitulo!
Preparados para a volta da Sakura? :)
Boa leitura :*

OBS¹: Apenas para lembrar dos links nas notas finais com explicações e referencias.
OBS²: Tem várias músicas nesse capítulo, então deixei os links para elas nas notas finais! Não são indispensáveis para a leitura mas ajudam muito! :)

Capítulo 9 - I can't take my eyes off you


Fanfic / Fanfiction Resiliência - I can't take my eyes off you

Quando saiu do aeroporto de Konoha, Sasuke se sentiu imediatamente ansioso.

O ar parecia diferente ali mas tinha quase certeza ser o fato de estar tão perto dela em cinco longos anos.

Causava uma sensação estranha pensar que naquela pequena cidade Sakura havia nascido e vivido boa parte de sua vida.

– Caramba, como tá frio aqui! – Naruto comentou esfregando os braços. A calçada estava coberta de neve e o vento gelado bateu em seus rostos assim que colocaram os pés para fora do aeroporto – Tinha esquecido como Konoha era fria no inverno!

O loiro nasceu na cidade e morou até a adolescência quando foi fazer faculdade em Tóquio e estreitou a convivência com os membros da Sharingan. Já era amigo de infância de Sasuke mas quando mudou para a mesma cidade do Uchiha acabaram se tornando inseparáveis e por consequência acabou como Kobun dele.

Sasuke ignorou o amigo, colocando o óculos escuros e andando em direção ao carro que já esperava por eles.

Para aquela viagem havia dispensado o motorista que sempre era contratado pela Uchiha Corp. já que dirigir o ajudava a distrair.

E de fato, o que mais precisava no momento era de qualquer coisa que o distraísse.

Enquanto o carro acelerava pelas ruas da pequena cidade, Sasuke imaginava se Sakura teria passado por aqueles lugares, ou então se ela estava por ali.

Observando o comercio, as pracinhas e outros lugares charmosos, ele pensava se ela se interessaria por eles ou se até mesmo estaria trabalhando em algum daqueles Cafés ou docerias, era a cara dela algo do tipo.

Inconscientemente seus olhos procuravam um pontinho cor de rosa em meio ao branco da neve.

Mesmo nunca tendo visitado a cidade antes não teve dificuldade em achar o hotel, o mais luxuoso que a pequena Konoha tinha a oferecer.

– Que saudades da minha cidade – Naruto falou sorrindo quando terminaram de se instalar no quarto. Era a suíte presidencial, a mais cara do hotel e cada um tinha seu quarto separado com camas espaçosas.

– Por que não foi para a casa dos seus pais? – Perguntou olhando pela janela vendo as casas em estilo ocidental e os prédios charmosos.

– Dona Kushina não vai deixar eu sair se aparecer lá – Respondeu fazendo uma careta – Ela ainda deve estar brava por eu não ter aparecido no último natal.

Sasuke resmungou contrariado por ter que dividir a suíte com o amigo mas entendeu a situação. A mãe de Naruto era muito enérgica e adorava bronquear o filho que ela vivia dizendo só trazer desgosto. Mas no fundo ela não vivia sem o loiro e o amava demais.

Os dois não tiveram muito tempo para desfrutar das acomodações do hotel, logo tiveram que ir conhecer o local da nova filial. A agenda dessa viagem estava um pouco apertada, tinham muitas reuniões para fazer.

E Sasuke nem pôde trazer sua secretária já que Itachi fez chantagem, falando que ele e o filho iam morrer sozinhos sem Izumi para cuidar deles.

O golpe baixo foi quando o Uchiha mais velho colocou o filho no colo de Sasuke com os olhinhos brilhantes e balbuciando algo vagamente parecido com “mamãe”.

Não tinha como negar algo para aquele pequeno, mas nunca admitiria isso.

Teria que cuidar de seus compromissos por conta própria. Sorte que Izumi já havia deixado tudo previamente agendado e explicado.

Mas não deixava de se questionar porque diabos ainda não havia trocado de secretária com Itachi.

O prédio escolhido precisava de reformas mas o representante da empreiteira responsável, junto com o engenheiro e a arquiteta mostraram muita eficiência e o projeto estava impecável. Itachi era meio tapado as vezes mas fazia bem seu trabalho.

Normalmente Sasuke só participava das reuniões iniciais e visitava a obra já concluída, era a primeira vez que participava de todo o processo, mas se saiu bem e diferente de Naruto foi rígido nos detalhes para que tudo saísse perfeito no final.

Os grupo de responsáveis pela obra ficou bem intimidado, já que não esperavam a visita do CEO em pessoa, mas felizmente para eles Naruto estava ali para aliviar a situação e descontrair.

– Vai ficar bem maneiro! – Naruto falou assim que entraram no carro e Sasuke concordou dando uma última olhada no prédio em obras, onde agora um grupo de pedreiros começava a trabalhar – Agora vamos passar lá no meu pai para pegar a assinatura dele e caçar um lugar para comer!

Para abrir uma empresa – ou qualquer tipo de negócio vinculado a um clã da yakuza – em qualquer cidade que tivesse sob o comando de um clã era necessário conseguir a autorização por escrito do Oyabun que comandava a cidade. Namikaze Minato não era apenas o Oyabun como também o prefeito de Konoha.

Quando estacionaram em frente a mansão onde ficava a sede da Kurama e viram a mulher ruiva com um rolo de massa na mão e batendo o pé de forma irritada, Sasuke e Naruto sabiam que não seria uma visita rápida.

– Que Deus me ajude! – Naruto falou antes de sair do carro, ao mesmo tempo que escutava a mãe gritando seu nome.

– UZUMAKI NARUTO – A ruiva parecia ter fogo no olhos enquanto balançava o rolo de massa quase acertando Minato que estava ao lado.

O Oyabun de Konoha tinha a aparência jovial de sempre, os cabelos loiros como os de Naruto e um sorriso simpático nos lábios. O porte físico de quem estava sempre pronto para uma luta perfeitamente acomodado em um terno preto com um sobretudo branco por cima.

Oyabun-sama – Fez uma mesura respeitosa enquanto segurava as mãos de Kushina que já iam em direção as bochechas do Uchiha.

As vezes ela esquecia que aquele era o homem mais poderoso do Japão e não o garotinho mau humorado que brincava com Naruto sempre que iam em Tóquio visitar Fugaku e Mikoto.

– Minato... Kushina – Saudou sério sem se abalar com a “quebra de protocolo” da Uzumaki.

– Naruto! – Vendo que não poderia apertar o moreno a atenção de Kushina voltou para o filho que estava quase escondido atrás do amigo – Você vai me explicar muito bem porque não veio no Natal! – Esbravejou pegando a orelha de Naruto e começando a andar para dentro da mansão puxando sem dó – Suas tias ficaram falando que eu não soube criar você... – E a voz dela se perdeu pelo corredor junto com os resmungos de Naruto.

– Perdoe minha esposa, sabe como é – Minato levou a mão aos cabelos coçando de uma forma que lembrou Naruto – Peço que me acompanhe para resolvermos as pendencias.

Sasuke olhou mais uma vez para trás vendo a rua tranquila e alguns seguranças espalhados antes de fecharem a porta.

Seria um longo dia.

•  •  •  •  •  •  •

– Minha mãe exagerou dessa vez – Choramingou o loiro massageando a cabeça que foi acertada diversas vezes com o rolo de massa. Era um daqueles de madeira e Dona Kushina conseguiu quebra-lo na cabeça do filho sem um pingo de dó.

– Você mereceu – Pontuou Sasuke, que diferente do amigo foi tratado muito bem, tanto por ser o Oyabun como por ser o xodó da ruiva que o tinha como um segundo filho.

Já dirigia pelas ruas procurando pelo endereço passado por Minato quando pediram referência de um lugar bom para tomar um café e comer alguma coisa gostosa.

“É o melhor Café da cidade!”, ele falou sorrindo daquele jeito sereno. Nem parecia que era conhecido por ser tão rápido com as armas que os inimigos nem viam o que os atingia.

– É ali! – Naruto falou apontando para um pequeno Café.

Já era final da tarde quando estacionou em frente ao local. O letreiro cor de rosa com o nome, Byakugou, chamava atenção. Era pequeno e charmoso, parecia feminino demais para o gosto de Sasuke mas o que importava mesmo era o café forte que tomaria e talvez um lanche com bastante tomate.

– Parece que já está fechando – O loiro comentou vendo as luzes se apagarem – Deve ser por conta da neve.

Apesar de não estar nevando forte, as ruas estavam cobertas e poucas pessoas arriscavam sair de suas casas.

– Devem ter tido pouco movimento – Observou Sasuke já começando a pensar que deveriam voltar para o hotel e pedir pelo serviço de quarto. Não esperaria passar pela situação de sua barriga roncar para ser zoado pelo amigo.

Já ligava o carro para ir embora quando um grupo de mulheres saindo do Café chamou sua atenção.

E foi como se o tempo parasse.

O carro morreu, as mãos caíram ao lado do corpo e a respiração pareceu faltar por um momento. O coração acelerou daquela forma que apenas uma pessoa era capaz de fazer.

Sasuke olhava atordoado a pequena mulher sorridente no meio das outras. O uniforme de garçonete na cor vinho coberto por um sobretudo e na cabeça um gorro para proteger do frio, mas que não conseguiu esconder os longos cabelos rosados que voavam com o vento.

O sorriso bonito estava lá, as bochechas coradas e o nariz vermelho por conta do frio, mas nunca pareceu tão linda na opinião dele.

Sasuke nem piscava enquanto via o grupo atravessando a rua.

– PUTA QUE PARIU! – Naruto gritou apontando afoito para as mulheres – É A SAKURA-CHAN, TEME! – Gritou gesticulando, apontando e pulando no assento de passageiro – É ELA!

– Pode não ser ela – Esboçou a fala sem desgrudar os olhos da mulher e quase riu desacreditado quando viu as amigas a segurando quando ela escorregou no gelo acumulado no asfalto. A risada, os olhos verdes brilhantes que mesmo de longe conseguia ver e por fim o jeito atrapalhado mas adorável não deixavam dúvida – Não... É ela sim – Sorriu de canto focado na rosada que já havia chego ao outro passeio.

– PRECISAMOS IR LÁ FALAR COM ELA! – Naruto colocou a mão na maçaneta pronto para descer quando Sasuke travou as portas do carro – O que você tá fazendo?! – Olhou para o Uchiha como se ele tivesse três cabeças e fosse verde florescente.

– Vou chegar lá e falar o que? – Respondeu irritado mas sem alterar a voz, os olhos não desviavam dela – Me deixe pensar! – Tentava se manter calmo quando tudo o que queria era descer do carro, agarra-la e levar para sua casa de onde nunca mais a deixaria sair.

Sentia as palmas das mãos suando.

– Elas estão indo embora! – Alertou o Uzumaki olhando desesperado para Sasuke. O moreno tinha o rosto inexpressivo mas os olhos ônix mostravam a confusão de sentimentos que ele estava por dentro.

O Uzumaki nem podia imaginar o estado que a mente do Uchiha se encontrava.

Sasuke piscou algumas vezes atordoado e por fim ligou o carro esperando para segui-las.

Mas não foi preciso, elas atravessaram mais uma rua e pararam em frente a uma casa de dois andares. As janelas eram brancas, as paredes de tijolos e a porta cor de rosa, alem de um pequeno mas charmoso jardim em frente.

– Pelo visto elas moram ali – Comentou Naruto observando o lugar.

Sasuke puxou o carro um pouco mais para frente para conseguir ver melhor a casa.

As mulheres entraram e logo os dois viram elas passarem pelas janelas por diversas vezes. Naruto não soube quanto tempo ficaram ali, mas resolveu dar o tempo necessário para Sasuke.

O Uchiha parecia completamente fora da realidade, mal piscava acompanhando qualquer movimento dentro da casa.

A porta cor de rosa se abriu novamente e os dois viram as três mulheres que estavam com Sakura sair já vestindo outras roupas. Sasuke reconheceu a loira que já havia visto de longe no Café onde Sakura trabalhava. Era a tal Ino, a melhor amiga que vivia saindo para encontros de quem Sakura sempre falava.

Elas entraram em um carro que estava estacionado em frente a casa e saíram, logo sumindo na esquina.

Uma senhora de idade também saiu logo depois da casa. Sasuke viu Sakura conversando com ela e entregando alguma coisa em suas mãos. As duas sorriam e logo a senhora foi embora, andando um pouco e entrando na casa ao lado.

Os olhos ônix então se voltaram para a casa que continuava com as luzes acessas.

Sakura ainda estava lá.

– Será que ela tem um namorado? – Naruto questionou de repente – Pensando bem pode até ter casado, né? Afinal, a Sakura-chan é incrível, é bonita e legal... – Mas parou de falar ao perceber a falta de noção do assunto que resolveu puxar.

Sasuke nada respondeu, olhou ameaçadoramente por um tempo para o loiro mas por fim voltou a olhar a casa, apertando as mãos no volante sentindo o sangue borbulhar ao pensar em Sakura com outro.

“MINHA”, era o que se repetia incessantemente em sua mente.

Se sentia um louco pelos pensamentos.

Viu ela passar pela janela do que parecia ser a sala, e assim por um breve momento teve o vislumbre do sorriso dela.

Xingou em voz baixa antes de ligar o carro e sair cantando pneu, assustando o Uzumaki.

– O que você ‘tá fazendo?! – Perguntou se atrapalhando para colocar o cinto de segurança – Vai devagar porra, a pista ‘tá cheia de gelo!

Sasuke fingiu não escutar acelerando cada vez mais fazendo o carro deslizar um pouco nas curvas e o loiro começar a rezar desesperado. Em um piscar de olhos estavam em frente ao hotel em que estavam hospedados.

Sem nem tirar as chaves da ignição, Sasuke desceu do carro completamente transtornado quase passando por cima do manobrista. Naruto foi logo atrás, pedindo desculpas para os funcionários com quem Sasuke esbarrava e consequentemente fuzilava com seus olhos.

Por pouco não conseguiu entrar no elevador com o Uchiha, mas por fim estava ali vendo os números mudarem a medida que subiam e o moreno encarando seu reflexo no espelho que ficava no fundo do elevador.

O rosto estava indiferente como sempre, mas os olhos estavam ferozes e a respiração pesada mostrava que não estava em seu estado normal.

Entram na suíte e antes que Naruto pudesse conversar mais com o amigo esse se trancou no quarto, batendo a porta com tanta força que todos os quadros e enfeites que tinham na parede despencaram no chão.

– Isso vai dar merda – Concluiu apreensivo sentando no sofá e encarando a porta fechada por onde Sasuke passou.

•  •  •  •  •  •  •

O dia mal havia amanhecido, e Sasuke já estava dentro do carro estacionado em frente a casa de Sakura.

As cortinas estavam fechadas e não parecia haver movimento na casa. Os postes que iluminavam a rua começavam a se apagar a medida que o sol subia iniciando o novo dia.

Havia nevado um pouco naquela madrugada, portanto algumas pessoas já saíam de casa bem agasalhadas e outras se ocupavam de tirar o excesso de gelo da entrada de suas casas.

Sentiu o coração dar um tranco quando a cortina da sala foi aberta e ele viu o rosto sonolento de Sakura.

Ela olhou por um tempo para fora e sorriu.

Linda.

Inconscientemente seus lábios repuxaram em um projeto de sorriso.

Apenas por vê-la sorrindo sentia necessidade de faze-lo também.

A porta cor de rosa abriu depois de um tempo e ela saiu vestida de uma forma curiosa. As calças claramente eram de pijama – a estampa de bichinhos continuava a ser preferencia dela pelo visto. Por cima um casaco preto e nos pés galochas. Os cabelos rosados estavam presos naqueles coques bagunçados que ele adorava desfazer antigamente.

Viu que ela carregava uma pá em suas mãos cobertas por luvas cor de rosa e logo ela começou a retirar a neve acumulada na entrada. Parecia ter prática na tarefa apesar de ter escorregado por duas vezes no gelo.

“Continua atrapalhada como sempre”, pensou vendo ela levantar fazendo uma careta adorável e massageando o bumbum.

Logo ela voltou para dentro da casa e ele percebeu as outras cortinas sendo abertas e a movimentação das outras moradoras também. Mesmo com o carro fechado, o aquecedor ligado e estando um pouco distante, conseguiu escutar alguns gritos e risos.

As mulheres passavam pelas janelas e Sasuke reparou que fumaça saía da chaminé.

Isso o fazia lembrar que ela realmente gostava de uma lareira.

“É a melhor coisa do mundo ler um livro enrolada em um cobertor, sentindo o aconchego de uma lareira”, ela dizia sorrindo e era uma boa lembrança de um dia frio que tiveram juntos.

Passou algum tempo observando a casa e reparando que a rua era tranquila, sem muito movimento apesar dos comércios e da escolinha infantil que também tinha ali. Talvez fosse o frio e a neve, mas parecia um bom lugar para morar.

A porta cor de rosa abriu mais uma vez e ele viu o mesmo grupo de mulheres do dia anterior sair. Elas conversavam empolgadas e vestiam por baixo de sobretudos o uniforme de garçonete.

Sakura apareceu por último, vestida da mesma forma que as outras, mas ele – mesmo se sentindo idiota por pensar dessa forma – a achava a mais bonita. 

As outras aguardaram enquanto, mesmo escorregando no gelo, Sakura correu até a casa vizinha onde a mesma senhora da noite anterior saiu. Conversaram por um tempo e juntas voltaram para a casa onde as outras esperavam. A senhora entrou e o grupo de mulheres começou a andar, com a Haruno vez ou outra olhando para a casa de porta cor de rosa.

Não era possível ver através dos vidros escuros do carro em que estava, mas por um momento prendeu a respiração quando elas passaram ao lado da janela.

Ele a viu pela primeira vez de perto depois de cinco anos, e porra, como ela estava linda!

O sorriso e os olhos brilhantes, parecia um pouco mais madura, mas nada relevante. Ainda tinha o rosto de boneca e o semblante juvenil. Os cabelos ainda eram longos mas agora não tinham mais o cachos nas pontas, estavam lisos e repicados.

Acompanhou com o olhar elas se afastarem aos poucos conversando animadas e quase desceu do carro em um reflexo quando a viu escorregar no gelo e quase ir ao chão.

Como sempre as amigas a ajudaram, mesmo rindo e fazendo piadas. Ela sorria também, e ele pensava como conseguiu ficar tanto tempo longe daquele sorriso.

Era o mais lindo que já havia visto na vida.

O grupo logo parou em frente ao Café que ainda tinha a placa “Closed” na porta e entrou.

Depois disso não viu o tempo passar.

Não sentiu fome ou vontade de ir ao banheiro, nada.

Apenas ficou dentro do carro observando o movimento no Café, tendo vislumbres dela pelas janelas, sempre sorrindo para os fregueses.

Ignorou ligações de Naruto e até de Itachi. Agradecendo quando o celular ficou sem bateria.

Os olhos ônix observando como um falcão o lugar onde Sakura trabalhava.

Duas vezes durante a tarde a Haruno saiu do café apressada e voltou até a casa, onde ficou por pouco tempo logo voltando correndo para o trabalho.

Fora isso nada mais aconteceu e quando assustou já era noite. O Café apagava as luzes e o grupo novamente saia junto em direção a casa.

As mesmas três do dia anterior saíram de carro depois de um tempo dentro da casa, e também a senhora que morava na casa ao lado.

E pelas próximas quatro horas ele viu Sakura atender a porta duas vezes, sempre com um bolo colorido na mão.

“O que significa todos esses bolos?”, pensou intrigado observando uma mulher que depois de receber a embalagem entregou algumas notas de dinheiro para a Haruno.

Ficou por mais um tempo observando a casa, mesmo que agora quase não a visse nas janelas. As três mulheres voltaram e percebeu que elas ficaram todas juntas no que parecia ser a sala. Toda hora passavam pela janela.

Quando as luzes da casa começaram a apagar e por fim viu as cortinas se fecharem, resolveu que era hora de ir.

A rotina delas parecia não mudar muito e com alivio ele percebeu que não existia uma presença masculina na casa.

Sabia que era um pensamento egoísta, mas Sasuke era um homem egoísta e possessivo afinal. Não conseguia pensar em outro com ela, e tinha medo de presenciasse algo do tipo.

Tinha medo do que faria.

Mas também não poderia esperar que ela fosse sozinha para sempre. Na verdade, acima de todo o egoismo e ciúmes, se viu surpreso por torcer pela felicidade dela, mesmo que fosse com outro.

Se existia alguém no mundo que merece ser feliz, esse alguém era Sakura.

E infelizmente para que isso acontecesse, para que ela ficasse segura e bem, o Uchiha teria que se manter afastado.

Olha-la de longe era a única coisa que poderia fazer.

Porque ali dentro daquela casa estava seu único ponto fraco.

E analisando bem esses pensamentos, sorriu de canto entendendo que isso era amar.

E ele definitivamente ainda amava Sakura.

•  •  •  •  •  •  •

– ONDE VOCÊ ESTAVA?! – Naruto exclamou preocupado quando Sasuke entrou na suíte.

O Uchiha apenas passou direto pelo loiro e se trancou no banheiro.

Tomou um banho ignorando as batidas do Uzumaki na porta. Aproveitando a água quente caindo em suas costas para relaxar um pouco. Sentia todo o corpo travado, tenso e a cabeça doendo de tanto pensar.

Saiu do banheiro com um toalha enrolada na cintura sem nem olhar para Naruto. Se vestiu sem se importar de estar trocando de roupa na frente do amigo e por fim sentou na cama, já vestido com a roupa de dormir.

– Cara – Naruto sentou na poltrona em frente ao Uchiha – Pelo amor de Deus, fala comigo – Implorou aflito – Onde você estava?

– Sakura – Disse depois de um tempo sem esboçar qualquer emoção. Parecia apenas cansado.

– Falou com ela?! – Perguntou esperançoso.

– Não – Resmungou passando as mãos pelos cabelos molhados os deixando arrepiados – Apenas queria ver como era o dia dela.

– Quer dizer que você passou o dia todo stalkeando a Sakura-chan?! – Perguntou incrédulo e vendo o moreno olhar para o lado emburrado teve a resposta de sua pergunta – Porra! – Xingou levantando da poltrona e começando a andar pelo quarto – Você tem noção que tinha três reuniões hoje?

Sasuke franziu o cenho olhando para o amigo mostrando claramente que os compromissos profissionais nem passaram por sua cabeça naquele dia.

– Porra Teme! – Exclamou voltando a sentar – Sorte a sua que eu fui e mandei bem! – Sorriu por um momento mas logo voltou a expressão preocupada – Mas sobre a Sakura-chan – Começou a falar meio exitante – Você tem que falar com ela! Poxa, cinco anos louco com a mulher e agora ela está logo ali!

Sasuke contraiu o rosto em uma careta irritada e passou as mãos novamente pelos cabelos.

– Eu vou falar o que com ela? – Perguntou nervoso – Eu fiz merda, eu magoei ela e fui um canalha – Esbravejou irritado – De que adianta eu falar com ela agora?!

– Você nunca vai saber se não tentar! – Retrucou sem se intimidar com o nervosismo do Uchiha. – Sasuke, você ama aquela mulher! – Falou tão sério que por um momento nem parecia Naruto.

Sasuke desviou o olhar do Uzumaki e olhou pela janela vendo a cidade e o céu noturno um pouco nublado escondendo as estrelas.

Só havia admitido o amor por ela em voz alta uma vez e foi cinco anos atrás, depois disso nunca mais conversou sobre o assunto apesar de saber que tanto Naruto quanto Itachi percebiam que o tempo não foi suficiente para apagar o sentimento que o Sasuke de cinco anos atrás achava não ser capaz de sentir.

– Eu não tenho o direito de chegar depois de tanto tempo para falar com ela como se nada tivesse acontecido – Disse por fim ainda olhando a paisagem – Ela é boa demais e eu sou apenas um monstro.

Naruto olhou pesaroso para o melhor amigo sentindo o coração apertar. Sempre que o assunto era Sakura, Sasuke ficava daquele jeito, era triste de ver.

O Uchiha havia errado muito em relação a ela. Nem conseguia imaginar o que a Haruno passou quando descobriu a verdade, mas lhe doía ver o amigo daquela forma. Ele realmente a amava.

– Você não é um monstro – Naruto começou a falar calmamente sorrindo gentil – Você é um cara legal que ainda está tentando se encontrar – Pontuou procurando as palavras certas para explicar o que queria dizer – Você tem toda essa pose de fodão, Oyabun mais poderoso e essas merdas, mas, se é capaz de amar alguém tão bondosa como a Sakura-chan e ser amado por ela quer dizer que não tem como você ser tão ruim como acha – Alargou o sorriso quando viu Sasuke olhando em sua direção – Não deixa essa chance escapar, nem que seja para pedir desculpas para ela.

O pensamento de se desculpar por algo era muito estranho para Sasuke.

Nunca havia se desculpado por nada em sua vida. Era arrogante e orgulhoso demais para isso. Mas sempre que lembrava dos dias que viveu ao lado da Haruno sentia a necessidade de dizer a ela que sentia muito por tudo que a fez passar.

Não costumava sentir arrependimento pelas coisas que fazia. As vezes se incomodava e amargava alguma morte que ordenava, mas nada alem disso.

Já com Sakura, refletindo bem, sabia que se arrependia. Todas as noites em que sonhava com ela, se arrependia do que fez.

Ela não merecia.

– Eu não vou atrás dela mais – Disse por fim com a voz cansada – Ela está bem, está feliz e por mais que eu ainda queira ela comigo, não posso colocar a vida dela em risco – Suspirou irritado com o rumo que sua vida levou nos últimos anos – Talvez quando finalmente conseguir cortar a cabeça daquela cobra traiçoeira do Orochimaru...  – Fechou os olhos com força e depois abriu olhando para Naruto – Mas por enquanto Sakura é uma fraqueza que meus inimigos não precisam saber que tenho.

Naruto queria argumentar e tentar convencer o Uchiha a ir atrás daquela que amava, mas não podia. Havia entendido os motivos dele e por mais triste que fosse, era a coisa certa a se fazer. Colocar alguém com Sakura em meio a uma guerra da yakuza era cruel demais.

E se algo acontecesse com ela o Uzumaki tinha medo do que Sasuke faria.

•  •  •  •  •  •  •

Se dissesse que conseguiu se manter longe dela nos dias que se seguiram estaria mentindo.

Não se aproximou muito, mas ficou dentro do carro acompanhando a rotina dela. Gravando cada detalhe e gesto, cada sorriso.

Ao mesmo tempo que era um alivio para seu coração amargurado, também era uma tentação, tê-la tão perto sem poder tocar, abraçar e sentir o cheiro.

Dentro daquele carro Sasuke teve a certeza que sua força de vontade era maior do que imaginava.

Mesmo que ineditamente atrasado para diversos compromissos, conseguiu comparecer a todas as reuniões que aconteceram por conta da nova filial. Seu corpo presente naquelas salas ouvindo sobre negócios, mas sua cabeça no Café onde ela trabalhava.

Em sua última noite na cidade sonhou que entrava lá e era atendido por ela como quando se conheceram. E exatamente como aconteceu antes ela se apaixonaria por ele mais uma vez.

Na manhã seguinte acordou irritado por estar sonhando com um conto de fadas impossível. Quando se tratava de Sakura muitas vezes se via agindo como um adolescente apaixonado.

E mesmo assim voltou para vê-la em seu último dia em Konoha.

[On Track: The Blower's Daughter - Damien Rice]

A neve não tirava a beleza daquele parque onde estava sentado. Sua mão coberta por uma luva grossa segurava um cigarro e seus olhos ônix não desviavam da delicada mulher que andava do outro lado da rua.

Ela havia estacionado o carro e começado a mexer no porta-malas do mesmo. E enquanto ela estava ocupada, o Uchiha sentou em um banco mais afastado do parque para observa-la.

Aproveitava as arvores e arbustos para ficar oculto da mulher que tanto o enlouquecia.

Sakura andava com cuidado na calçada escorregadia. Estava com a roupa de garçonete, um sobretudo marrom, cachecol, touca e galochas nos pés. Parecia um pacotinho em meio a tantos agasalhos, mas não menos linda.

Os anos fizeram tão bem para ela que ele não conseguia desviar o olhar, gravando cada traço e cada expressão que ela fazia no rosto bonito.

Ela tinha em mãos duas caixas cor de rosa empilhadas. Carregava com cuidado e ele sabia que ela estava apreensiva sobre escorregar e cair.

Era tão a cara dela fazer algo do tipo que ele apostava consigo mesmo se ela conseguiria chegar sem incidentes em seu destino.

Felizmente, chegou em segurança à frente de uma casa de três andares. Tocou a campainha com o cotovelo, visto que suas mãos estavam ocupadas, e logo a porta abriu revelando uma mulher sorridente.

Ela entregou as caixas, recebeu o que parecia ser dinheiro e por fim voltou sorrindo para o carro.

O sorriso que povoava seus sonhos faziam cinco anos.

O sorriso que o impedia de enlouquecer e afundar de vez na insanidade.

Sasuke apenas observava, velando os passos dela.

I can't take my eyes off you

Terminou o cigarro e voltou para o próprio carro. Consultou o relógio rolex em seu pulso e suspirou.

Faltava pouco.

I can't take my eyes off you

Sem perder o carro dela de vista aproveitava o momento para repensar suas escolhas.

Por mais que estivesse tentado a jogar tudo para o alto e tentar tê-la de volta, não podia. Seu coração mandava pega-la nos braços e nunca mais soltar, mas seu cérebro sabiamente o lembrava que Sakura era apenas Sakura. Uma mulher maravilhosa mas que nada tinha haver com seus pecados.

Alguém que não merecia estar envolvida em toda a merda da Yakuza.

Estacionou o carro do outro lado da rua da casa de porta cor de rosa e escorou a cabeça na janela sem conseguir parar de olhar para ela.

Sakura já entrava com tranquilidade encontrando a amiga loira logo na porta.

Ela sorria e os olhos verdes brilhavam mostrando que sim, ela estava bem e feliz.

E então Sasuke percebeu que podia dizer com certeza que estava feliz apenas por vê-la assim. O sorriso triste que nasceu em seu lábios apenas indicava que nunca havia se imaginado dessa maneira, tão perdido por uma mulher.

Definitivamente ela era seu ponto mais fraco.

O coração até falhava uma batida quando pensava nela na mira de seus inimigos.

Estava tomando a decisão certa.

Olhou mais uma vez para Sakura e viu que ela ainda estava na porta conversando com a amiga.

O sorriso maravilhoso dela estava lá, o brilho nos olhos também e todo a felicidade que ela irradiava como quando a conheceu.

Mais linda e perfeita que nunca.

E o mais importante de tudo: viva e bem.

E com essa última visão da mulher que amava Sasuke dirigiu até o aeroporto.

Tendo a certeza que nunca mais a veria.

I can't take my mind off you

•  •  •  •  •  •  •

– Então aquele cara chato veio de novo, e a gente teve que atender mesmo ele reclamando do gosto do café...  – Ino tagarelava até reparar que Sakura olhava para a rua sem fechar a porta, deixando o vento frio entrar – Testuda, está me escutando?

Sakura piscou algumas vezes e fechou a porta. Terminou de tirar as luvas e o cachecol e tentou voltar a prestar atenção no que a amiga falava.

– Desculpa – Sorriu e olhou mais uma vez para fora através da janela só para garantir. Tinha a impressão de estar sendo observada – Então tiveram problemas com o Senhor Takahashi novamente? – Perguntou já andando em direção ao sofá, onde se jogou e começou a tirar o calçado cheio de gelo.

– Pois é! – A loira encostou na parede com os braços cruzados – Ele vai lá apenas para reclamar do gosto do café e ficar olhando as nossas pernas! Velho tarado! – Exclamou indignada e Sakura riu.

– Deixa a tia Tsunade escutar você falando assim de um cliente – Pegou as galochas e foi em direção a lavanderia, onde as deixou encostadas próximo a janela – Ela te da uma vassourada – Falou mais alto para que Ino escutasse da sala.

Havia demorado mais que o esperado em sua entrega e ainda tinha esquecido de passar na farmácia. Definitivamente não poderia ganhar um prêmio de mais responsável.

Deixaria para ir no dia seguinte depois do trabalho, já que a essa hora já estava fechada.

– As contas chegaram? – Perguntou voltando para a sala onde Ino estava jogada no sofá zapeando pelos canais da televisão.

– Sim – Respondeu finalmente parando em um canal onde um daqueles programas de moda, em que o participante ganhava um novo guarda roupa, passava – As suas estão na bancada da cozinha.

Sakura andou até onde a pequena pilha de envelopes se encontrava e suspirou rezando um pouco antes de sentar no sofá para abrir.

As contas da casa eram divididas igualmente, inclusive as compras de supermercado. Mas Sakura tinha uma contas a mais que faziam as coisas ficarem complicadas as vezes.

– A mensalidade aumentou novamente – Bufou descontente largando o papel na mesinha de centro e levando as mãos ao rosto.

– Que merda hein – Ino tirou os olhos da televisão para olhar para a amiga – Sakura, você sabe que todas nos estamos dispostas a assumir a sua parte na casa – Falou cautelosa e quando viu a Haruno fazer uma careta já sabia qual seria a resposta.

– Não mesmo! – Exclamou – Nunca conseguiria ficar aqui as custas de vocês! Já fazem tanto por mim!

– Não nos importamos e você sabe – Insistiu.

– Não – Balançou a cabeça para enfatizar.

Suspirou e subiu as pernas no sofá em posição de índio. Alcançou a bolsa que estava no chão e de dentro puxou o celular que serviria de calculadora.

Distribuiu os papéis pelas pernas entrelaçadas e começou a somar os valores, fazendo contas e mais contas.

– Com os remédios deu uma apertada – Falou frustrada depois de refazer as contas pela terceira vez – Acho que vou ver se me aceitam de volta lá no bar – Murmurou pensativa.

– Onde você vai encaixar isso, Sakura? – Ino perguntou em um misto de preocupação e indignação – Você mal tem tempo para dormir!

– É 24h – Justificou – Se eu pegasse o turno da madrugada talvez desse... – Começou a explicar mas foi interrompida por Ino, que catou tudo o que Sakura tinha no colo.

– Vamos esquecer isso por hora, ok? – Largou tudo na mesinha de centro – Porque não vai tomar um banho e ver se ta tudo bem com nosso doente enquanto eu preparo a janta?

Sakura tentou retrucar, visto que as refeições eram sua função na casa, mas Ino praticamente a empurrou escada acima.

Mesmo tendo concordado com Ino de deixar as coisas de lado por enquanto, não deixou de mandar uma mensagem para seu ex-chefe perguntando sobre vagas de emprego.

O bar não era o lugar mais agradável do mundo, mas todos os outros funcionários eram bem gentis com ela e as gorjetas faziam valer a pena. Era definitivamente algo a se considerar visto a necessidade.

Aproveitando que não tinha nenhuma encomenda de bolo para aquela noite, nem treino com Tenten e já tinha adiantado os doces que tinha que levar para o Café no dia seguinte, tomou um banho relaxante curtindo a água quentinha.

Conferiu se estava tudo bem com ele e finalmente colocou seu pijama para dormir. Estava bem frio e tudo que queria era ficar bem confortável embolada na coberta.

Já estava deitada na cama lendo um livro, O Jardim Secreto que era seu preferido, quando escutou seu celular apitar avisando de uma nova mensagem.

“Como você está? Como ele está?
Queria te ver mas tenho assuntos aqui em Suna
Não vou poder te visitar como tinha prometido
Mas ficaria feliz com uma visita sua”

Sakura suspirou mas sorriu se apressando em responder, não sem antes colocar o aparelho no silencioso para que não fizesse barulho.

“Estamos bem! Sobrevivendo à um resfriado daqueles, mas bem 
Não se preocupe com isso, não tem problema :)
Agradeço o convite, mas infelizmente você sabe como é complicado para mim viajar assim"

A resposta veio rápida.

“Fico feliz que esteja tudo bem, mas qualquer coisa me avise
Tenho saudades de estar com você, mas antes que fale qualquer coisa já entendi que somos apenas amigos.
Só queria deixar claro que aqui nada mudou”

Leu as palavras dele e suspirou triste. realmente não conseguia corresponder aos sentimentos de Sasori por mais incrível que ele fosse.

Seu coração ainda estava um pouquinho machucado e lá no fundo, bem no fundo, ainda batia diferente quando lembrava dele.

Mas isso não era algo que pensava com frequência mais.

Se esforçava todo dia para superar e estava até se saindo muito bem levando em conta as circunstancias.

Mesmo que ainda não conseguisse aceitar o tamanho do compromisso que Sasori queria, se sentia vitoriosa.

“Sinto não poder corresponder seus sentimentos, mas tenho um carinho tão grande por você que nem imagina!   
Obrigada por ser tão bom para a gente”

Mandou mais alguns emoticons e olhou para o teto suspirando.

“Mesmo não querendo ser minha esposa, vocês são a minha família”

O amor transbordava das palavras digitadas por Sasori e Sakura sorriu triste respondendo rapidamente que precisava dormir.

– Sorte a sua que não tem problemas com a Fiffy – Sakura falou para Fluffykins que havia acabado de subir na cama.

Fiffy era a gatinha da vizinha, com quem o felino recentemente teve filhotinhos que eram as coisinhas mais fofas do universo.

O gato miou como se concordasse e Sakura acariciou as orelinhas dele até que juntos caíssem no sono.

•  •  •  •  •  •  •

– Obrigada e volte sempre! – Sakura sorriu para o último cliente do dia que já se levantava para ir embora.

Era um homem que tinha um sotaque engraçado. Havia comentado que era chinês ou algo assim, e puxou bastante assunto com a Haruno durante o dia.

Simpática como sempre, conversou descontraída com o estrangeiro até levar um puxão de orelha de Tsunade.

– Turista? – Ino perguntou quando Sakura se aproximou do balcão com a louça suja.

– Provavelmente – Deu de ombros – Vou falar com Tsunade, preciso sair mais cedo para passar na farmácia.

– Ainda não melhorou? – Perguntou preocupada.

– Já está bem melhor, mas não pode descuidar com remédios né  – Comentou prendendo os cabelos – De qualquer forma eu vou lá – Apontou para a mesa onde a loira mais velha estava sentada concentrada em papéis e com uma calculadora do lado. Provavelmente organizando as contas do Café.

Sakura conseguiu permissão para sair mais cedo e correu até em casa, apenas para checar se estava tudo bem antes de sair de carro. A farmácia não ficava tão longe mas por conta da neve preferiu não arriscar uma caminhada.

– Olá menina Sakura – O senhorzinho que ficava no balcão da farmácia saudou – Já estava pensando onde a senhorita estava que não veio pegar os remédios.

– Pois é senhor Kanata, muito trabalho e também tem essa neve toda – Suspirou passando as mãos pelos cabelos úmidos pelos flocos de neve que caíram no caminho do carro até a porta – Mas consegui! – Sorriu feliz.

– Você é muito esforçada – Elogiou enquanto passava a embalagem de papel pardo para a rosada – Mande melhoras por mim, e diga que na próxima vez mando algumas balas!

– Oh, ele vai adorar! – Riu e foi acompanhada pelo senhor.

– Vai com cuidado menina Sakura – Desejou vendo a mulher sair pela porta da farmácia.

Senhor Kanata a achava uma mulher adorável e muito esforçada, e não apenas ele, como todos do bairro adoravam Sakura. A Haruno fazia muito sucesso com as pessoas de idade por seu jeito gentil e solicito, e também conquistou as famílias com os bolos maravilhosos que fazia. As crianças se encantavam pelo cabelos rosados e era chamada de princesa sempre que passava por elas.

Uma mocinha de ouro ela era.

O carro que era dividido por todas as moradoras estacionou em frente a casa de porta cor de rosa. Sakura havia tirado carteira um pouco depois de chegar em Konoha por questão de necessidade já que não podia ficar dependendo de transporte público.

Saiu apressada do veículo, subindo as escadas cobertas de neve e quase escorregando no degrau de pedra.

– Droga – Resmungou olhando para os sapatos que compunham o uniforme do Café, se xingando mais uma vez por ter esquecido de trocar por galochas antes de sair do trabalho.

Estava cheia de roxos por conta das quedas frequentes. Quase 25 anos de idade e ainda era a pessoa mais atrapalhada do planeta.

Mas inverno era isso mesmo, e apesar de tudo, era uma época do ano que adorava.

Apenas preferia quando não precisava sair de casa. Neve e frio era uma delicia quando debaixo das cobertas e tomando um chocolate quente.

A casa estava aconchegante e quentinha. A lareira acesa e o aquecedor ligado fez com que Sakura tirasse os agasalhos assim que pós os pés dentro da sala.

A senhorinha sorridente se levantou ao ver a Haruno e já juntou seus pertences indo em direção a porta. Estava atrasada para fazer a janta do marido.

– Obrigada mais uma vez, senhora Wakana – Sakura entregou a quantia de dinheiro nas mãos enrugadas da senhora que vem quebrando um super galho para ela nesses últimos dias.

Não sabia o que faria sem a ajuda e nem todo o agradecimento seria suficiente. Pena que não ganhava o suficiente para pagar melhor, mesmo sabendo que a gentil senhora não aceitaria.

Novamente as questões financeiras a davam dor de cabeça. Mais tarde checaria suas mensagens para ver se recebeu alguma resposta sobre a vaga no bar.

Suspirou ao fechar a porta e começou a tirar todo o agasalho.

Precisava comprar uma meia calça cor da pele urgentemente. Suas pernas estavam congelando!

Ligou o som no caminho deixando a batida de “Summertime Sadness” da Lana Del Rey ecoar pela casa em som baixo o suficiente para não chegar até o segundo andar.

O quadril mexia ao ritmo e já começava a murmurar a música enquanto prendia os longos cabelos em um coque desleixado.

Foi até a cozinha colocando água para esquentar em uma chaleira e deixando no fogo.

Um chá com biscoitos antes de dormir seria ótimo.

Oh my God, i feel it in the air, telephone wires above are sizzling like a snare – Cantarolava enquanto se movia pela cozinha preparando a massa dos biscoitos. – Honey, I’m on fire, i feel it everywhere, nothing scares me anymoreee – Era a receita mais rápida que tinha e seria uma delicia come-los quentinhos com as gotas de chocolate derretendo a cada mordida.

Olhou o relógio vendo já estar na hora do remédio e colocou a primeira fornada de biscoitos no forno fechando a porta com o quadril, já vasculhando a cozinha com os olhos atrás dos remédios recém comprados.

Encheu o copo com estampa de dinossauros com água e antes que pudesse subir as escadas o levando junto com os comprimidos a campainha tocou.

Deixou o que tinha em mãos na mesinha ao lado e abriu a porta sorrindo.

Provavelmente era a senhora Wakana reclamando por ter esquecido as chaves de casa mais uma vez.

Mas tudo que Sakura viu foi o turista chinês que atendeu mais cedo naquele dia no Café.

E depois a escuridão.

•  •  •  •  •  •  •

– Não vejo a hora de formar! – Desabafou Ino assim que Tenten desligou o carro em frente a casa de porta cor de rosa onde moravam.

A aula havia sido particularmente cansativa naquela noite.

– Mas aí vem a residencia e quero ver como vai ser com você preguiçosa desse jeito – Tenten retrucou já abrindo a porta.

– Tenho certeza que Ino vai dar o seu melhor – Hinata sorriu para a loira que lhe lançou um olhar agradecido.

A três continuaram conversando sobre banalidades até que a Yamanaka reparou que a porta da frente estava escancarada.

– Será que Sakura esqueceu de fechar? – Perguntou confusa subindo os degraus em direção a porta.

– Ela não seria descuidada a esse ponto – Hinata respondeu olhando ao redor vendo como a rua estava deserta.

Se olharam por um tempo e por fim entraram na casa com cautela vendo tudo em seu devido lugar.

O barulho da chaleira ecoava pela casa e Hinata logo correu para a cozinha para desligar o fogo. Aproveitou para tirar os biscoitos queimados do forno.

Mais pareciam carvões e a fumaça que saiu empesteou toda a sala.

– Sakura?! – Ino chamou arriscando alguns passos pela sala enquanto Tenten conferia se estava tudo realmente onde deveria estar.

Hinata voltou da cozinha, que agora estava silenciosa, e olhou apreensiva para as amigas estranhando toda a situação.

– INO, HINATA – Tenten chamou e as outras correram na direção dela – Olhem isso! – Apontou para a mesinha onde havia um copo cheio de água e uma cartela de remédio.

Um papel simples com um simbolo desconhecido por elas estampado acima de uma mensagem que fez as três se alarmarem.

“Uchiha, 
Por acaso achamos uma linda flor perdida.
Espero que não se importe mas levamos ela para passear.”

– HINATA OLHA LÁ EM CIMA! – Foi a primeira coisa que passou pela cabeça de Ino e a Hyuuga subiu as escadas apressada. Tão desesperada que tropeçou por várias vezes nos degraus.

"Que não tenha levado os dois”, Hinata repetia como uma oração em sua mente enquanto corria pelos corredores.

No primeiro andar Ino parecia paralisada segurando o papel e tremendo. Grossas lágrimas rolavam dos olhos azuis.

Tenten em um rompante correu em direção ao telefone pensando em ligar para a policia, mas como se fosse despertada de seu transe Ino a impediu.

– Espera! – Virou o bilhete mostrando o verso onde outra mensagem estava escrita e Tenten arregalou os olhos surpresa por não ter visto antes.

“Às amigas da linda flor um aviso: Se caso a policia for avisada a vida dela não será poupada.”

– Merda! – Xingou a Mitsashi largando o telefone e sentando no sofá chocada – O que vamos fazer?!

Ino limpou as lágrimas que escorriam pelo rosto borrando sua maquiagem e olhou o papel que tinha em mãos.

O sobrenome que tanto causou sofrimento para a Haruno estava lá como se fosse o mais importante do mundo.

– Vamos atrás do maldito Uchiha e fazer ele trazer a Sakura de volta – Falou cheia de raiva enquanto olhava para o porta retrato pregado à parede onde a melhor amiga sorria feliz para a câmera.

" Amar alguém não é apenas cuidar daquilo que está a sua frente. 
É lembrar-se do passado e cuidar do futuro. 
É saber abraçá-los juntos.”
- Sohma Kyo, Fruits Basket


Notas Finais


E então, o que vocês acham que o Sasuke vai fazer quando descobrir que levaram a Sakura?
Já adianto que agora vai ser tiro, porrada e bomba! HAHAHAH ❤

Eu tinha algumas inseguranças em relação a esse capítulo e isso é porque eu estava tão ansiosa quanto vocês para a volta da Sakura!
Eu tinha dois rascunhos do que poderia acontecer, mas me dei conta (e a Kanzashi ajudou ❤) que com esse casal as coisas não podem ser apressadas. O Sasuke decidiu que não iria atrás da Sakura para o bem dela, e durante esse capítulo ele ficou se martirizando por isso, e eu não queria que ele simplesmente acordasse e jogasse todo o sacrifício que fez se mantendo afastado para cima e fosse atrás dela. Não faria sentido, entendem?
Ele precisava de um motivo e foi isso que eu dei para ele.

Enquanto ele visse que ela estava feliz e segura ele nunca iria se aproximar. É como ele demonstra que ama ela e eu gosto muito de trabalhar isso, já que o Sasuke é um homem de ações e não de declarações.
Então agora temos a motivação e a partir daí eu vou trabalhar o tão aguardado encontro deles!

Espero não ter decepcionado muito quem estava muito ansioso para que acontecesse!
Tudo está seguindo o que planejei, já que não gosto de enrolar e preso pela coerência da história.
Nos próximos capítulos tudo vai se acertar e também convergir para a volta do casal, que precisa ser bem trabalhada para não ficar estranho, afinal, o que ele fez foi bem errado (não podemos esquecer isso!).
Enfim, vou adorar saber o que vocês acharam desse capítulo ❤

Agora vamos as considerações do capítulo:

• Os pais do Naruto apareceram! E eu adoro eles ❤
Estou muito ansiosa para escrever cenas em que Dona Kushina encontra a Dona Mikoto, porque essas duas juntas são maravilhosas ❤

• Eu tinha várias ideias sobre como podia acontecer esse momento em que o Sasuke finalmente via a Sakura depois de cinco anos.
Mas eu achei melhor que fosse algo inesperado! Ele sabia estar na cidade onde ela morava, e meio que inconscientemente procurava por ela, mas eu queria que fosse em um momento que ele não esperava que isso acontecesse. A surpresa foi maior e deixou ele mais desorientado que nunca, tadinho HAHAAH
Partindo desse momento os sentimentos dele ficaram bem confusos e ele começou um debate consigo mesmo sobre ir até ela ou não.
Não sei se consegui passar isso de forma boa o suficiente mas o Sasuke ficou bem confuso e atormentado, e apesar de tudo estava levando em conta o que era melhor para ela.
Se ele se deixasse ser egoísta poderia ir e tentar uma reconciliação, mas o fato de ter a segurança dela como prioridade fez com que escolhesse se afastar mais uma vez.
Pode ser triste mas foi mais uma prova de amor da parte dele ❤
(ainda mais que é a segunda vez que ele é forçado a fazer isso)

• E vamos falar da volta da Sakura ❤
Ainda tem alguns pontos não esclarecidos sobre a vida dela nesses cinco anos, mas eu quis retratar uma Sakura vivendo algo mais real. :)
Já tinha sido falado anteriormente que ela abandonou a faculdade, o motivo ainda vai ser explicado melhor mas agora vocês já puderam ver o que ela faz da vida! A Tia dela – Tsunade que ainda vai brilhar muito nessa fic – tem um café bem famoso na cidade e a Sakura trabalha lá como garçonete, alem de fazer os doces que são vendidos por lá.
Fora isso, ela é gente como a gente e passa aperto para pagar as contas então vende bolos por encomenda para os vizinhos.
Eu queria sim que ela voltasse mais madura e de certa forma poderosa, mas existem muitas formas de ser poderosa sem ser rica e com um emprego invejável. Ela na simplicidade atual vai provar que é muito mais guerreira que muitas por aí e o Sasuke vai ficar mais apaixonado ainda por ela. Adianto para vocês que o que ele mais vai sentir, alem de remorso pelo que fez ela passar, é admiração ❤
Não quis mudar muito o jeito amorzinho dela que eu amo e acho que vocês também gostam! Então estou tentando construir uma versão mais madura dela que ainda continua bem gracinha ❤
Espero estar conseguindo! :)
Ah, e tivemos a "aparição" do Sasori!
Gente, eu não consigo escrever cenas da Sakura com outra pessoa que não seja o Sasuke, então podem ficar tranquilos que não vai ter Sasosaku.
Como já puderam ver através da troca de mensagens deles, o que quer que tivessem já acabou por vontade dela que atualmente sabe muito bem o que quer quando o assunto é relacionamento.
Eu apenas queria mostrar que ela, apesar de ainda sentir algo pelo Sasuke, seguiu em frente e tentou ser feliz, afinal ela merece! Fico um pouco incomodada quando leio fics em que a Sakura fica sofrendo sozinha por anos e o Sasuke curtindo a vida, por isso dei um romance para ela também e acho que vai contribuir para a maturidade que ela vai precisar ter quando for resolver toda a situação com o Sasuke.
Quando decidi por tirar a Sakura da faculdade e dar a ela uma vida mais humilde eu sabia que poderia decepcionar muita gente que esperava ela muito mais poderosa, mas eu mantenho meu pensamento de que nem sempre a vida é perfeita e as coisas não acontecem sempre como queremos. Ela vai surpreender ainda muito mesmo não sendo uma médica de sucesso e peço que todos possam dar uma chance a ela ❤ (e isso não quer dizer que ela nunca vai se tornar médica, então fiquem tranquilos!)
Estou bem insegura quanto a isso mas espero de coração que vocês tenham gostado da volta da Sakura ❤

• E já tivemos novos personagens!
Tenten e Hinata chegaram e estou ansiosa para escrever mais sobre elas ❤
Tenho coisas bem legais planejadas para todas as amigas da Sakura então aguardem ❤
Ah, e acho que vocês já até imaginam quem está apenas esperando a Hinata aparecer para viver um romance muito lindo, não é? :D HAHAHAHA

• Por fim, a pequena aproximação que o Sasuke teve com a Sakura já mostrou resultados ):
O que ele temia aconteceu e espero que vocês estejam preparados para a fúria do Oyabun quando descobrir.
Eu estou adorando escrever sobre isso! HAHAHAA

GLOSSÁRIO:

Kobun: Sua posição na yakuza é como se fosse um filho adotivo e sua relação com o Oyabun é de lealdade incondicional e obediência cega. Em troca, o Kobun recebe proteção e favores de Oyabun.
Algo que julgo combinar muito bem com o Naruto :)

O Jardim Secreto: é um livro infantil de Frances Hodgson Burnett, primeiramente publicado completo em 1911.
E uma curiosidade sobre mim é que também é meu livro preferido ❤

IMAGENS DE REFERÊNCIA:

Café Byakugou: http://68.media.tumblr.com/7c3668896c617a3f3394071dc5893cee/tumblr_oi1rf317JQ1vsy478o1_1280.jpg
Achei um ótimo nome para um café em que a dona é a Tsunade :)

Uniforme do Café: https://www.polyvore.com/resili%C3%AAncia_dia_de_neve_no/set?id=212890231
Nessa mesma imagem tem as variações que ela usa ao longo do capítulo com galochas e agasalhos.

Casa Sakura, Ino, Tenten e Hinata: http://68.media.tumblr.com/d643d325e126f9deb75f1d3816d308bc/tumblr_oi1rf317JQ1vsy478o3_1280.jpg
Pensei que tinha que ser algo bem colorido para combinar com todas elas :)

Roupa da Sakura ao tirar neve da porta de casa: https://www.polyvore.com/resili%C3%AAncia_dia_de_neve/set?id=213002444

Simbolo da Tríade Chinesa: http://68.media.tumblr.com/9431f0bafd362cf51a014db849e70acd/tumblr_oi1rf317JQ1vsy478o2_1280.jpg
É o simbólo que as meninas viram no bilhete deixado quando a Sakura foi levada.

MÚSICA:

The Blower's Daughter - Damien Rice: https://www.youtube.com/watch?v=esK3BUomejQ
Achei que tinha bem a ver com esse momento do Sasuke, afinal ele não conseguia tirar os olhos dela ❤

Summertime Sadness - Lana Del Rey: https://www.youtube.com/watch?v=mGH19_KjWY0
A trilha sonora da Sakura tem MUITO Lana Del Rey, acho que super combina com ela ❤ (Teve até uma leitora muito gracinha que sugeriu!)
Apesar de ser inverno e não verão, achei apropriada para o momento.

E é isso! Finalmente a Sakura voltou e é para ficar :)
Os capítulos vão voltar a ser divididos entre ela e o Sasuke, e tem MUITA coisa para acontecer de agora para frente!
No próximo capítulo podem ter certeza que a Ino vai chegar de voadora em Tóquio cobrando alguma atitude do Uchiha!
Já deixo o aviso: vai ser bem emocionante então preparem seus corações ❤

Se você está lendo isso espero que tenha um ótimo fim de domingo e que minha fic tenha contribuído para terminar o dia bem e começar a semana melhor ainda :)
Qualquer coisa errada, dúvidas, sugestões e etc comentem que eu respondo assim que possível!
Obrigada por lerem, beijos e até o próximo domingo! :*


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