1. Spirit Fanfics >
  2. Resistance >
  3. Brabant

História Resistance - Brabant


Escrita por: VitoriaYuzu23

Notas do Autor


* Brabant : Em 1984, Douglas Adams, autor de O Guia do Mochileiro das Galáxias, e o produtor John Lloyd escreveram o livro ''Um Dicionário das Coisas que Ainda não Têm mas Deveriam Ter Nome '' em que dão nomes a vários sentimentos mirabolantes. Um deles é brabant, que é o sentimento de empolgação que você sente ao provocar alguém até essa pessoa perder a linha.
~ Achei tudo a ver com o 'relacionamento' Kyman ♥

Capítulo 6 - Brabant


 

'' Nomear um sentimento pode ajudar a torná-lo menos desesperador quando voce o esta sentindo '' 

             - Tiffany Watt Smith 

 

   

           * Narração por Kyle Broflosvki * 

 

Agora é aquela famosa parte em que eu chego em casa, ponho a vitrola para rodar em uma música de corno enquanto saboreio um delicioso vinho importado sentado em uma poltrona macia e começo a refletir sobre tudo o que estava causando dor em mim.

E essa imagem até poderia ser real se eu fosse uma das opções: rico, adulto, morasse sozinho para colocar música ás 2 da madrugada e tivesse uma estabilidade emocional de dar inveja. 

Infelizmente  eu ainda sou um vulnerável  adolescente  de dezesseis anos de idade que não é capaz nem de entender o que eu mesmo sinto. 

Tudo o que eu conseguia fazer naquela situação era chorar incontrolavelmente na minha cama. Eu não sei  quando aqueles sentimentos de insatisfação, raiva e tristeza se apoderaram de mim de tal forma que..  nem eu mesmo me reconhecia.

Sério que eu estava chorando que nem uma garotinha de coração partido enquanto apertava o meu ursinho de pelúcia favorito procurando algum conforto? Meus pensamentos incessantes foram cortados quando ouvi algumas batidas na porta. 

Kyle? - era a minha mãe - Já chegou da casa do Stan? Esta tudo bem?

Como eu havia esquecido de trancar a porta ela entrou acendendo a luz e me encontrando no que acredito ser o pior estado possível de um ser humano. 

— Filho.. o que houve? 

Ela veio até mim me abraçando e eu retribui chorando ainda mais no colo dela. Minha mãe acariciou os meus cabelos enquanto pedia que eu respirasse com calma e contasse o que tinha acontecido. Odiava vê-la preocupada comigo como se eu ainda fosse uma criancinha mimada. Mas o abraço quente dela tinha um poder aliviante

Respirei fundo e reti algumas lágrimas tentando me recompor. 

— Mãe.. eu não posso te contar o que está acontecendo - fui sincero - A senhora vai querer me matar. 

Ela começou com aqueles tiques de piscar os olhos repetidamente quando estava ficando mais nervosa e preocupada. 

— É alguma garota? - sabia que ela perguntaria aquilo - Kyle querido.. eu ando percebendo o quanto voce aparenta estar abalado de uns dias pra cá e se for uma menina que esta causando isso em voce, pode confiar em mim. Sabe que não sou ignorante com esses assuntos como o seu pai. - sorriu limpando com o dedão umas teimosas lágrimas que caíam dos meus olhos.

 Olhei para ela e sabia que se eu não reunisse coragem para contar agora, eu não contaria nunca mais. E se decidisse ir pelo caminho do nunca mais, ela iria descobrir de qualquer forma. Dona Sheila é inteligente e quando ela quer saber de algo não há quem a impeça de ir atrás

 E pra ser sincero eu já estava exausto de esconder tantos segredos das pessoas, por mais estranhos que eles fossem.

— Não é uma garota. 

Eu não quis ver a expressão de decepção no seu rosto então apenas virei-me para o outro lado da cama me preparando para o que viesse, sejam broncas, gritos, tapas ou qualquer outra forma que ela reagisse.

 Minha cabeça estava a mil, eu imaginava diversas coisas ao mesmo tempo e a maioria delas eram negativas. Eu me enganei, não estava preparado para merda nenhuma. Eu queria sumir, evaporar, desaparecer do meu quarto, da cidade, do país, do mundo até que ela tocou levemente meu ombro e perguntou com sua voz suave me acalmando. 

— É um menino então? - Eu balançei positivamente a cabeça - Como ele é?

Eu realmente não esperava que ela faria logo aquela pergunta. O que eu iria dizer? 

— Odiável. -Não havia outra palavra que o descrevesse tão perfeitamente como aquela. Acabei lembrando da minha raiva e perdi o controle das palavras sem perceber - Ele só sabe falar merda o tempo inteiro, é impressionante! Eu o odeio tanto que poderia pegar uma faca e - 

— Kyle! - gritou ela me trazendo de volta para a realidade.

— D-d-desculpe, esqueci que estava falando com voce mãe..

Ambos permanecemos em silêncio por um tempo. Ela parecia distante, queria muito saber sobre o que estaria pensando de mim.

— Mãe? - a chamei e ela pareceu ter saído de um transe - A senhora por acaso.. esta decepcionada comigo? 

 — Oh querido.. - ela sorriu com ternura - Eu nunca irei me decepcionar de ter um filhinho tão lindo e precioso como voce. 

 Eu a abracei imediatamente sentindo um imenso alívio. Não ligava de estar sendo ''fraco'' na frente dela. Eu realmente amo muito a minha mãe. 

                                      . . 

 No dia seguinte eu me obriguei a ir escola por mais cansado que tivesse acordado. Teria algum trabalho de literatura e apesar de ser bom na matéria eu não poderia ficar me dando ao luxo de perder pontos. 

 O trabalho passado pela professora era apenas escrever uma poesia que abordasse a forma como enxergamos o amor. Que ótimo. 

 Acabei formando dupla com Rebecca que também era boa em poesias como eu. Kenny e Stan haviam faltado, provavelmente estariam de ressaca a essa hora da manhã. Avistei o Eric na entrada mas preferi fingir que não havia visto.

 Perguntei para a morena  se ela tinha alguma experiência no assunto e a ela confessou ter vivido uma desilusão amorosa há alguns meses. Quando ela me fez a mesma pergunta eu acabei respondendo um ''não''.

 Terminamos a poesia antes do prazo e até que foi bem divertido trabalhar com ela. O tempo das aulas passou rápido e quando vi já estava na hora de ir para casa. Rebecca sugeriu que fôssemos conversando juntos já que a maioria das suas amigas também acabaram faltando. Eu aceitei e pedi que ela me esperasse do lado de fora porque  precisava pegar algo em meu armário antes. 

 Chegou a hora. 

 Kenny realmente estava falando a verdade. Assim que destranquei o meu armário com a chave, uma montanha de camisinhas caíram em cima de mim. Nem imaginava como eu teria sido zoado se abrisse na hora do intervalo.

— Aquele.. ! 

Fui até o armário do infeliz e esmurrei a porta como se aquele pedaço de metal fosse a cara bolachuda dele. O dia apesar de tranquilo não fora nada fácil. Estava sendo complicadíssimo aceitar que eu era capaz de sentir atração por uma pessoa tão escrota quanto ele.

 Por mais que eu quisesse a imagem daquela vadia o beijando não saía da minha cabeça. Será que ele fazia com outras pessoas.. o que fazia comigo? Eu tentava muito, porém não conseguia deixar de me sentir mal com isso. Chame de ciúmes ou o que quiser, mas imaginá-lo fazendo aquelas coisas com outra pessoa me enchia de cólera. 

 Fui vencido pelo cansaço e me apoiei na fileira de armários para normalizar a respiração. Fechei os olhos tentando me acalmar.

— Caramba, achei que não ía terminar. 

 '' Mas será possível.. ?!''

— O que está fazendo aqui ?

— Ah, nada demais só estava com saudades.

— Eric, - disse firme - Seja qual for o motivo de voce cismar com a minha cara de uma hora pra outra.. saiba que não vou mais tolerá-lo a partir de agora. - peguei um bolo de camisinhas e joguei em sua direção - Isso aqui não é nenhum pouco engraçado! e eu juro que se voce continuar com essas brincadeirinhas de mau gosto, vou começar a tomar providências.

 Ele veio até mim e segurou um de meus braços. 

— Me solte. - Exigi olhando em seus olhos castanhos - Bundão, eu estou falando sério dessa vez. 

Antes que ele fizesse algum movimento eu acertei um chute bem no meio de suas pernas fazendo com que ele caísse no chão agonizando de dor. 

Foi prazeroso assistir por uns segundos ele gritando enquanto me encarava com fúria. Se eu continuasse lá certamente seria estuprado e depois jogado para os leões ou a gata de estimação dele comerem. 

 Sorri vitorioso e me pus a correr mas não sem antes ouvir algo..

— Não sabia que também gostava de garotas! 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Gente, tenham paciência em lidar com a filhadaputice do Eric..
Eu resolvi postar esses dois capítulos logo pq provavelmente esses serão os mais 'sem graças' de toda a história.
Eu tirei a ideia do nome do cap por causa de uma matéria linda, que se der eu colocarei o link aqui

Desculpem qualquer erro plmds, estou quase dormindo em cima dessa cadeira ♥


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...