1. Spirit Fanfics >
  2. Resistência >
  3. Amadurecimento

História Resistência - Amadurecimento


Escrita por: kwshi

Notas do Autor


Olá.

Quase esqueço de postar o capítulo. x.x

Enfim, eu estava feliz com o capítulo e parece que consegui colocar tudo o que queria.

Espero que gostem e continuem acompanhando a história.

Capítulo 2 - Amadurecimento


Fanfic / Fanfiction Resistência - Amadurecimento


A partir do dia em que decidi que me vingaria, Kakashi começou com o meu treinamento. Me tornei um soldado da resistência. O treinamento era severo. Além de me treinar, Kakashi praticamente me adotou e cuidou de mim. Foi um verdadeiro pai.

Além dele, haviam outros que, como ele, comandavam patrulhas e missões. Tínhamos bases por todo o território, cuja localização eram conhecidas apenas pelo líder de cada uma delas. No nosso acampamento esse líder era Kakashi. Seus companheiros na liderança do campo eram seu braço direito Asuma Sarutobi, o homem forte, de cabelos e barba castanhos que vi com ele na porta quando acordei, havia também o especialista em combate físico Maito Gai, um homem atlético, de ascendência que remetia à região antes conhecida como China. Também tínhamos a chefe da equipe médica, a mulher que cuidou de mim quando cheguei,  senhorita Shizune. Por ultimo, mas não menos importante, uma misteriosa mulher chamada Anko.

Com a convivência, passei a conhecer um pouco melhor cada um deles, bem como os homens que comandavam.

Inicialmente, Kakashi tinha montado um pequeno grupo com quase uma duzia de garotos e garotas da mesma idade que eu. Ele dizia que fazíamos parte do futuro da resistência. Kakashi acreditava que estávamos ainda longe de conseguir nosso objetivo. E que era possível que isso ficasse nas mãos da próxima geração. Claro que ele não dividia essas inseguranças com todos. Por isso inventava uma desculpa diferente cada vez que alguém o questiona do por que de treinar as crianças.

Os treinos eram pesados, e por isso normalmente realizados três vezes por semana.

Com Asuma tínhamos treino de táticas militares. Eram horas aprendendo sobre estratégia, e como lidar com as mais variáveis situações que poderiam vir a ocorrer em missão.

Com Gai aprendiamos o combate corpo a corpo. No qual eu tinha certa facilidade em aprender. Não quero me gabar, mas eu era bom. Em pouco tempo, não havia um garoto ali que ganhasse de mim em uma briga. Os únicos que ainda ofereciam certa resistência eram um garoto chamado Neji Hyuuga, e o filho do Gai. O menino que todos chamavam de Lee.

Por fim, Kakashi nos ensinava a usar as armas que tínhamos. Sei que pode parecer estranho pra vocês, alguém disposto  ensinar crianças, com idade entre sete e oito anos, a usar todo tipo de arma de fogo e branca. Mas precisam entender que os tempos eram sombrios, e tudo aquilo era necessário para sobreviver.

Com o passar do tempo, todos evoluímos em determinadas áreas. Mas ainda éramos considerados muito jovens para sair em campo. Pelo menos a maioria de nós. Eu não gosto de soar convencido, mas Kakashi notou logo o quanto eu havia evoluído. me deixando saber disso determinada noite, durante o jantar.

- Descanse bem esta noite, Suke. Você se juntará ao meu time na missão de amanhã. – Disse casualmente como se estivesse pedindo que eu passasse o sal.

Naquela noite estávamos acompanhados de Iruka. Era um jovem de pele olivácea, com longos cabelos negros preso em um rabo de cavalo. Tinha a olhos castanhos e um olhar determinado. Ostentava cicatriz no meio da face. Uma linha branca que corria seu rosto de bochecha a bochecha. Além de parecer ser uns cinco anos mais novo que Kakashi, mas estava na unidade dele, e estavam sempre juntos.

- Kakashi-senpai, não pode estar falando sério. Ele tem apenas 13 anos. – Iruka tinha a voz levemente esganiçada, e parecia tão chocado quanto eu estava com aquele comunicado repentino.

- Sim. Mas acompanho o desenvolvimento dele de perto. É uma missão básica e busca de suprimentos. – Ele dizia enquanto mexia na sua sopa de cogumelos enlatada. Parecia estar se explicando, apesar de eu nunca tê-lo visto se explicar para ninguém. – O que você acha Sasuke? Acha que é cedo ainda, ou está pronto? Não tente me impressionar. Saberei se mentir. – A voz dele havia se tornado mais grave, e me encarava como se já soubesse a minha resposta.

- Eu vou – Respondi de uma vez. Antes que Iruka voltasse a protestar como parecia estar prestes a fazer. – Não vou dizer que não estou nervoso. Mas nunca saberei se sou capaz se não for.

- Aí está. Temos a resposta do rapaz. Podemos terminar  refeição agora? – Pude ver um sorriso discreto se formar nos lábios de Kakashi, e quando ele me olhou, senti uma ponta de orgulho.

Iruka se limitou a suspirar, admitindo a derrota. Terminamos o jantar em silencio como de costume. Kakashi não falava muito, mas já tinha me acostumado e Iruka também. Pode parecer um clima tenso, mas pelo contrário. Eu me sentia em paz.

Cuidei da louça depois do jantar, enquanto eles conversavam do lado de fora. Naquela época, nosso acampamento era um pequeno motel de beira de estrada, há muito abandonado. Restava apenas o esqueleto do que o prédio fora um dia. A estrada que um dia levara até o local tinha sido parcialmente destruída depois de varias batalhas, e era considerado um local morto.

A posição do Hotel também era vantajosa. Ficava no ponto mais alto da estrada, num deserto que tornava impossível se aproximar sem ser notado.

Kakashi tinha instalado a vigias para se revezarem no telhado e instituído patrulhas de quatro pessoas que percorreriam o perímetro de dez quilômetros em todas as direções.

Depois do jantar, ouvi as instruções sobre a missão do dia seguinte e fui dormir. Normalmente eu dividiria o alojamento com Kakashi, mas nas vésperas das missões, ele e Iruka passavam a noite planejando os detalhes, então eu ficava com o alojamento de Iruka.

Ao deitar naquela noite, tremia de ansiedade. O homem que eu tinha como um pai finalmente tinha me reconhecido como um homem. Não achava que conseguiria dormir tão cedo. Ficava repassando meu treinamento na mente, até ouvir batidas do lado de fora.

- Sasuke-kun? – Antes que eu respondesse, a porta se abriu e Kakashi estava lá do outro lado. – Está ansioso?

- Eu... Não. Está tudo bem. – Tentei passar confiança mas não convenci.

- Nunca foi um bom mentiroso, Suke – Ele veio até mim e se sentou do meu lado na cama. – Tudo bem estar nervoso. É sua primeira missão, e é normal se sentir assim. – Ele me deu mais um daqueles sorrisos.

- Obrigada, Kakashi-san. – Tentei sorrir, mas ainda me sentia nervoso. Ele então colocou a mão na minha cabeça e bagunçou meu cabelo, como quando fazia quando era criança, se levantando logo em seguida.

- Não se preocupe. Eu estarei lá, e vou proteger você. – Ele então se levantou e saiu e me deixou lá deitado.

De fato, naquele momento eu sabia que podia contar com ele, e realmente acreditava que ele iria me proteger para sempre. Realmente, ele nunca hesitaria em colocar a vida em jogo para me salvar. Eu descobriria isso no futuro. Mas ainda não chegamos nesse ponto.

Na primeira luz do dia estávamos todos de pé. Levariamos naquele dia um pequeno caminhão de carga e uma moto para fazer as vezes de batedor.

Saímos em um grupo de cinco. Dois na moto. Iruka e um garoto de uns 14

 anos chamado de Gaara. E na cabine do caminhão íamos eu, Kakashi e uma garota chamada Temari. Irmã mais velha de Gaara. Chegamos ao local que era um posto avançado para as tropas da Akatsuki.

Era um local pouco vigiado, onde a milícia mantinha armas e suprimentos. Por ser relativamente longe, das grandes cidades que haviam se formado com o passar do tempo, a movimentação ali era pouca. Com o passar dos ultimos anos, as pessoas reconstruíam sua vida conforme a Akatsuki permitia. Eles cobravam imposto que eram pagos em mantimentos. Esses eram divididos e parte iam para Konoha, e o resto ia para o posto avançado mais próximo.

Escondemos o caminhão e esperamos. Iruka e Temari foram investigar mais de perto. Depois de verificarem os horários e quantos eram os homens ali, traçamos o plano de ataque.

Deveria ser fácil. Eram oito soldados equipados com escopetas e facões. Haviam também duas motos que poderíamos usar. O posto da guarda era um armazém antigo. E os guardas faziam rondas de dois em dois. Sendo quatro durante o dia, e quatro durante a noite.

Decidimos atacar na noite seguinte, durante a troca da vigia.
Chegou o momento de atacarmos. Kakashi e Iruka seguiriam na frente e abateriam os guardas. Temari esperaria no volante do caminhão enquanto Gaara e eu deveríamos dar cobertura.

Deixe me falar sobre Temari e Gaara. Eram irmãos. Eles e Kankuro, o irmão do meio que tinha ficado no acampamento. Os três haviam sido achados no deserto, vagando, há quase cinco anos atrás. A mais velha tinha cabelos da cor da areia, e grandes olhos verdes. Parecia uma menininha assustada e tímida quando nos vimos pela primeira vez. Hoje era a mais alta e atrevida dos três. Não fica para trás e nem perde para garoto algum. Fazia missões desde os quinze anos. O irmão do meio, que tinha ficado para trás. Era alto e forte para a idade. Praticamente um homem feito aos dezesseis anos. Com curtos cabelos castanhos e olhos amendoados. Além da barba falhada que exibia orgulhosamente. Era o mediador dos três. Não tão extrovertido quanto Temari, mas muito mais amigável que Gaara. E por fim, o mais novo. Tinha os cabelos vermelhos como sangue e a pele pálida. Se destacavam as olheiras negras que indicavam a falta de sono. Era o mais calado dos três, alem de ser mais esguio e baixo. Ele era incrivelmente frio. Todas outras criança se sentiam intimidadas. Confesso que nem eu me sentia muito a vontade perto dele. Ele tinha um ar sinistro.

Voltando à nossa missão. Esperamos até Iruka dar o sinal. Não sei  certo quanto tempo demorou. Eu estava tão nervoso que aquilo parecia uma eternidade. Então finalmente ouvimos o sinal. O longo silvo seguido de dois mais curtos era a nossa deixa. Gaara ecoou o aviso, para que Temari trouxesse o caminhão.

Quando chegamos no posto, os guardas já haviam sido eliminados. Kakashi tinha levado um tiro de raspão no braço, mas fora isso, estava tudo bem, e as motos não estavam, indicando que os vigias deviam usa-las em suas rondas.

Contudo, não nos preparamos para o que íamos encontrar ali. Além dos mantimentos e das armas que eram guardadas, ele também estava ali, como uma espécie de refém.

Um garoto loiro, de penetrantes olhos azuis. O rosto estava sujo de poeira e era possível ver o caminho que as lagrimas haviam percorrido. Ele estava encolhido em um canto, com as mãos amarradas, mas parecia ter a minha idade. E eu não conseguia ao menos imaginar o que um garoto como aquele fazia ali.

Iruka foi até ele e disse qualquer coisa que o fez se acalmar. Então o desamarrou. Ele usava só algo que parecia uma camisola, mas o tecido grosseiro estava em farrapos. Quando ele tentou se levantar, pude notar vários hematomas pelo corpo dele. Senti um aperto no peito em imaginar os horrores que o menino passou ali. Ele estava tão magro e fraco que eu poderia carrega-lo com facilidade.

De modo que fui o escolhido para ajuda-lo a ir até o caminhão. Enquanto eu o colocava na cabine com a ajuda de Temari, os outros se apressavam em fazer o carregamento. Em pouco tempo, todos os mantimentos e armas já estavam na parte de trás do caminhão.

Iruka assumiu o volante. Temari, eu e o novo garoto nos exprememos com ele na cabine, e Gaara se ajeitou junto com a carga. O garoto parecia preferir um lugar onde pudesse ficar sozinho.

Nós partimos logo, de volta ao nosso acampamento, deixando um Kakashi de moto para trás, para cobrir nossos rastros, e deixar uma trilha a fim de confundir possíveis perseguidores.

Eu não gostava da ideia de deixar um companheiro para trás. Especialmente quando esse companheiro era Hatake Kakashi.

- Não se preocupe, ele vai ficar bem. Ele é o melhor. – Iruka disse forçando  um sorriso. Parecia também estar tentando convencer a si mesmo.

- Você e o chefe são muito íntimos, não é? – Temari era direta. Até demais. – Que tipo de relação vocês tem?

Pude ver o rosto de Iruka assumir um tom rosado, enquanto ele segurava com força no volante.

- Você é muito inconveniente, Tema. – Antes que Iruka respondesse, Gaara abriu a janelinha do compartimento de carga. Notei Iruka respirando aliviado.

Os dois irmãos então começaram a discutir sobre os modos de Temari. Se é que pode se chamar aquilo de discussão. Era apenas a loira fazendo um discurso sobre alguma coisa, que eu não lembro bem, por que não prestei atenção. Até ouvir Gaara trovejar, chamando-a de irritante e fechando a janela em seguida. A briga havia terminado. Nem Temari ousava provocar demais o irmão.

A viagem seguiu em silêncio até avistarmos o Hotel. Temari então apanhou um pedaço de pano vermelho e o amarrou na ponta de seu fuzil. Sentou na janela e agitou o tecido no alto. Momentos depois, um tecido branco foi agitado do topo do hotel. Era o sinal de que eram aliados.

Depois de estacionar, Yamato pegou o menino e antes de leva-lo para o alojamento virou para Asuma que se aproximava com um grupo para descarregar.

- Kakashi-senpai quer que guarde algumas latas de feijão com bacon para ele.

- O favorito dele, não é? - Asuma assentiu com a cabeça e então olhou para o garoto nos braços de Iruka – Mais um? Isso vai virar um orfanato daqui a pouco.

Iruka não respondeu nada, apenas seguiu seu caminho. Depois de ajudar a descarregar, pedi para Shizune ir ver o garoto novo. Estava preocupado com o estado de saúde dele. E sentia medo de descobrir o que ele tinha passado naquele lugar.

Mais tarde naquela noite, após receber o relatório da missão, Asuma veio ter comigo.

- Parece que Kakashi tem um olho bom para talentos. Soube que correu tudo bem. – O mais velho disse, enquanto se sentava ao meu lado e acendia um cigarro.

- Ah... Mas Kakashi...

- Ele vai ficar bem. Sempre fica. – Ele disse me interrompendo. – Vim te informar que de agora em diante, você está apto para ir em missões. – Deu um trago no cigarro e colocou uma sacola com algumas latas no meu colo. – Não estava lá quando dividimos. Aí tem atum, algumas sopas, ah... E o feijão do Kakashi. Confio que vá guardar até ele chegar. – Não esperou a resposta antes de ir embora.

Me deixou sozinho no aposento de Kakashi, onde passei a noite vigiando a janela, esperando qualquer sinal da moto no horizonte. Vigiava o horizonte até dormir, mesmo que não conseguisse ver nada por conta da escuridão.

Toda vez que adormecia sonhava com a morte de meu pai. Só que nesses sonhos, não era o corpo de Fugaku, era Kakashi quem caia inerte na minha frente, formando uma poça de sangue. Acordava apavorado e tentava lembrar a mim mesmo que não era mais uma criança indefesa, bem como Kakashi não era Fugaku. Ele jamais se deixaria morrer daquela forma. Eu precisava acreditar.

Para o meu desespero, toda vez que Iruka vinha me ver, nos dias que se seguiram, ele parecia mais abatido, e a preocupação era cada vez mais visível. Na verdade, em todo o acampamento era possível notar a atmosfera cada vez mais tensa conforme os dias se passavam sem noticias.


Notas Finais


Bem, é isso.

Espero que tenham gostado.

Narutinho apareceu e vamos ver como vai se desenrolar agora.

E Kakashi? Será que ele volta?

Obrigado quem leu. <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...