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História Resistência - O Resgate pt. 1


Escrita por: kwshi

Notas do Autor


Peço desculpas pela demora em atualizar.
Mas estou me esforçando para terminar a história de forma satisfatória.
Obrigada a todos que acompanham a história até aqui.
Vocês significam muito pra mim.

Capítulo 5 - O Resgate pt. 1


Fanfic / Fanfiction Resistência - O Resgate pt. 1

Dentro daquela tenda recém construída veio a noticia que tanto esperava. Aqueles dois trouxeram a noticia de que Kakashi estava vivo. Mesmo que as condições não fossem as ideiais, ele estava vivo, e isso era o mais importante. Ele havia sido capturado e estava com a execução marcada para o final daquele mês. 


Eles tinham aproximadamente duas semanas para planejar um possível resgate. Todavia, Yamato não parecia tão inclinado a salvar seu antecessor. 


 - Por que uma execução tão demorada? - Ele perguntou ao saber de todos os detalhes sobre o cativeiro de Kakashi. 


 - Poderia ser uma armadilha. 


 - Sim, levantamos essa hipótese. Aparentemente, querem fazer um grande espetáculo em Konoha, um jeito de cortar um líder importante e dar um golpe duro na rebelião. Anko mandou também essas informações para os nossos lideres. A esta altura eles já devem estar cientes, e seria bom consulta-los sobre o que fazer. - Gaara tinha o tom firme enquanto se dirigia a Yamato, que parecia visivelmente contrariado. 


 - Sim. Muito bom, como o esperado. Vamos esperar ordens dos nossos superiores e ver como agir. Assim que terminou de falar, dispensou os dois mensageiros. Gaara saiu apressado, como se quisesse fugir logo da presença de Yamato. 


 - Eu vou. Resgata-lo. Eu vou. - Minha voz saiu mais esganiçada do que eu gostaria, mas estava determinado a não ficar para trás e nem deixar Kakashi ser executado. 


- Ora, Sasuke. Não sabemos ainda como proceder. Assim que for decidido, será avisado. Agora é melhor ir. 


Eu estava prestes a protestar, quando os seguidores dele se colocaram no meu caminho novamente, ao mesmo tempo que a mão pesada de Asuma era colocada sobre o meu ombro. 


 - Não se preocupe. Vamos fazer a coisa certa. - Ele disse dando um ultimo trago no cigarro antes de passar por mim. 


Me dei por vencido e saí do pavilhão. No caminho de volta para meu alojamento notei Gaara e Naruto conversando no canto do pátio. Alguma coisa em mim não gostou daquela cena, eles pareciam muito a vontade um com o outro. Muito íntimos para o meu gosto. Tive vontade de ir até lá apenas para separar os dois, mas algo me conteve. Afinal não fazia ideia do por que vê-los juntos daquela forma tinha me incomodado tanto. O suficiente para que eu interrompesse meu caminho e quando dei por mim, os estava encarando. 




Não sei quanto tempo fiquei ali, mas Gaara já havia notado minha presença, pelos modo como discretamente desviava os olhos na minha direção. Senti meu rosto esquentar e tratei de seguir logo meu caminho. 


Mais tarde naquela noite, enquanto ficava remoendo a cena que eu vi no pátio, alguém novamente bateu em minha porta. Imaginei que fosse Iruka, mas para minha surpresa, era o ruivo quem estava parado do outro lado quando abri a porta. Ele tinha a expressão de poucos amigos costumeira, então tratei também de vestir minha melhor carranca e o segui. O ruivo caminhava em silêncio na minha frente, e enquanto eu fitava a parte de trás de sua cabeça, só conseguia me lembrar dele e Naruto sorrindo e conversando como velhos amigos no pátio. Por alguma razão, aquilo fazia meu sangue ferver. 


- Chegamos. - Anunciou monotonamente na frente da tenda de comunicação. 


 Quando entrei, logo reconheci Iruka, Asuma, Gai, e Yamato. Estavam todos ali, diantes de duas telas enormes. Uma delas mostrava a figura de Anko, que ainda trocava algumas palavras com Yamato, na outra, apenas estática. Pouco tempo depois, ambas as telas foram desligadas. Pude notar que Gai e Iruka estavam especialmente animados, discutindo estratégias sobre um mapa. Yamato se virou para mim, e toda a discussão cessou. 


 - Achei que deveria saber, nós vamos resgata-lo... - 


 - Eu vou com vocês. - Quando percebi as palavras tinham jorrado para fora, e todos me olhavam. 


Yamato balançou a cabeça negativamente, e antes que eu começasse a protestar, começou a me explicar o plano. Um pequeno grupo se encontraria com o grupo de Anko nas montanhas, e de lá interceptariam o comboio que estava levando o prisioneiro para Konoha onde ele seria executado. O ponto escolhido era quando a estrada, que levava ao posto onde Kakashi estava sendo mantido, entrava em um desfiladeiro, cercado pelas montanhas, não tinham como fugir. 


Aparentemente havia apenas uma estrada que, devido a distancia, não possuía vigilantes o suficiente, então Konoha enviaria soldados para reforçar a escolta. A janela de oportunidade surgia num pequeno trecho, onde a estrada cruzava uma cadeia de montanhas, ficando cercada por enormes desfiladeiros. Algo com não mais de 20 quilometros, e nenhum homem da akatsuki podia escapar, então o timing deveria ser perfeito. 


Não fazia ideia de como Anko conseguia informações tão precisas. Ela era simplesmente muito boa na sua função. Dois esquadrões foram destacados para a missão. Um sob o comando de Asuma, e o segundo sob instruções diretas de Gai. De volta no acampamento, Yamato observava tudo por duas grandes telas de computador. Ficou obvio que alguns de seus homens haviam ido naquela missão para garantir que todos seguissem o plano. E também me manteve ao lado dele, para ter certeza de que eu não me infiltraria em algum dos grupo. Yamato achava que eu poderia por tudo a perder. Desse modo, me restava apenas esperar que desse tudo certo, e Kakashi finalmente voltasse.


 ~•~


 O plano era simples para ser executado em duas partes, antes de poder retornar ao esconderijo. Eu era um soldado experiente e tinha feito aquilo centenas de vezes. Apagar o rastro de meus companheiros, criar uma trilha falsa para confundir possíveis perseguidores e só então voltar para a base. Fácil como tirar doce de criança, era o que eu achava. 


A primeira parte correu como o esperado, mas a segunda não foi tão fácil assim. Aparentemente, os reforços da Akatsuki estavam mais perto do que eu imaginei, e não tardou para a perseguição ter início. 


Durante três dias e três noites fiz o que me foi possível para afastar meus perseguidores da vila, bem como do rastro de meus companheiros, mas na manhã do quarto dia já estava sem água, comida e gasolina. Não tinha planos de me entregar, mas precisava garantir que se focassem em mim. No fim daquela tarde, fui encurralado e a perseguição teve fim. 


Imaginei que seria interrogado algumas vezes antes de ser executado em um canto qualquer. Mas não eram esses os planos para mim. Fui levado para uma base secreta, não muito longe do posto que tínhamos saqueado, o que explicava como reforços chegaram tão rapidamente. Lá eu fui amarrado e mantido sobre constante vigilância. É claro que eles tentaram arrancar informações de mim, mas deveriam saber que eu morreria antes de abrir a boca. Não sei ao certo quanto tempo fiquei ali. 


Era mantido em um quarto escuro e sem janelas, de modo que não podia saber se do lado de fora era dia ou noite. Até que um dia, fui acordado por um violento chute na boca do estomago. 


 - Ora, ora. Veja só o presente que o vento me trouxe. – Senti um calafrio ao reconhecer a voz, e antes mesmo da minha vista clarear, reconheci que estava diante do Bombardeiro da Akatsuki – Parece que nosso pequeno traidor resolveu retornar. 


- Deidara. – senti o gosto da bílis no fundo da garganta ao pronunciar o nome dele. Certamente um dos mais desequilibrados membros da Akatsuki – A que devo a honra? – Havia me levantado com mais esforço do que gostaria de ter demonstrado. 


- Bastardo. – ouvi-o cuspir a palavra e senti uma pancada na lateral da cabeça que tirou todo o meu parco equilíbrio. 


Mal tinha me recuperado quando seu pé encontrou minhas costelas, expulsando todo o ar dos meus pulmões juntamente com uma lufada de sangue. 


– Se eu não tivesse ordens expressar de leva-lo para Konoha, eu o mataria aqui mesmo? 


- K-Konoha? O que vocês pretendem? – com muito esforço me sentei novamente, apenas para vê-lo abaixado sobre mim, assim que minha vista clareou. 


 - Você já foi mais esperto. – Agarrou meu maxilar e segurou meu rosto, obrigando-me a continuar a encara-lo. – Você sabe como o chefe gosta de um show. Distraí a população ele diz. Afinal uma população distraída fica mais fácil de controlar. E a execução do traidor Hatake Kakashi seria um show do caralho – Ele sorriu, e apesar da franja loira que cobria parte de seu rosto, eu pude notar o sadismo em seus olhos. 


Ele me deixou ali por algum tempo antes de me visitar novamente. Não sei ao certo quantos dias até que estivéssemos prontos para partir, contudo, as visitas de Deidara eram frequentes. Sempre tagarelando sobre como a única restrição que tinha era sobre me matar, de resto ele poderia fazer o que bem quisesse. E ele fez. Me cortou, queimou, espancou. Todo o básico da tortura. Com o diferencial de que Deidara não estava atrás de informações, por que ele sabia que eu levaria todos os segredos dos rebeldes para o túmulo. Ele estava fazendo apenas para matar o tempo. 


No dia da partida, eu tinha sete em dez dedos quebrados. Hematomas espalhados por toda a parte. Algumas partes estavam queimadas, outras esfoladas, outras simplesmente cortadas. Meu olho esquerdo estava tão inchado que eu mal podia ver, enquanto meu maxilar e nariz pareciam fraturados. Um par de soldados me arrastou e jogou dentro do caminhão vazio. Ao bater as costas no assoalho, senti uma onda de dor percorrer meu corpo, bem como diversas pontadas do lado esquerdo do tórax. Devia ter no mínimo três costelas fraturadas para acrescentar à lista de ferimentos. 


O caminhão então começou a se mover. Eu precisava pensar em um jeito de evitar a execução pública. Seria um golpe duro no moral dos rebeldes, e certamente minaria ainda mais a pouca colaboração que temos. Deitado ali naquele assoalho, com as mãos e pés amarrados, eu estava impotente. 


Cada buraco na estrada causava um solavanco na carroceria, e consequentemente, uma nova pontada de dor surgia na região das minhas costelas. A luz que entrava pelas frestas da carroceria projetava sombras estranhas no chão e na parede, e dava a impressão de que estávamos indo mais lento do que o esperado. Provavelmente era apenas impressão, a menos que estivéssemos em um grande comboio. Infelizmente, os únicos sons que vinham do lado de fora era o motor do caminhão, que acabava abafando qualquer outra coisa. Cada parada era um novo susto. Não sabia qual distância estávamos do nosso destino, mas sabia que não tardaria a chegar ao local onde deveria ser executado.   


Notas Finais


Optei por dividir o resgate do Kakashi em dois capítulos. E espero entregar o próximo ainda em fevereiro.
Obrigada mais uma vez por acompanharem essa fanfic.


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