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História Resistência - O resgate pt2


Escrita por: kwshi

Notas do Autor


Oi gente. Aqui estou eu atualizando de novo. Postei esse capítulo bem antes do que eu achei que postaria.
Então espero postar o próximo até o fim do mês.

Tentei postar ontem já que era aniversário da Hserht, mas não consegui.

Contudo, hoje deu.
Feliz aniversário atrasado e espero que goste do capítulo.

Espero que todos vocês gostem na verdade.

Obrigada por acompanharem essa história. 💜

Capítulo 6 - O resgate pt2


Fanfic / Fanfiction Resistência - O resgate pt2

O comboio seguia lenta e continuamente até o meu destino final. Eu ainda tentava desesperadamente arrumar uma forma de escapar, mas da forma que eu estava ferido não conseguia imaginar uma forma de fugir do meio de todos aqueles soldados. E mesmo se conseguisse sair da traseira daquele caminhão, não me via conseguindo subjulgando um daqueles guardas. E mesmo que conseguisse, Deidara não teria dificuldades em me recapturar, e não me executaria, a menos que fosse realmente preciso. Aquele loiro maldito era realmente teimoso. 


 Depois de um longo tempo de viagem, que não sabia precisar ao certo pois a luz que entrava na carroceria fechada daquele caminhão não era o suficiente para que eu distinguisse a luz do sol da luz de possíveis faróis dos outros veículos, a estrada ficou levemente acidentada. E se me lembrava bem da topografia daquela região isso só podia significar que estávamos entrando na região montanhosa. Naquele momento eu estava praticamente desistindo de uma fuga, quando ouvi uma grande explosão do lado de fora, fazendo com que o caminhão freasse bruscamente, me jogando contra uma das paredes. 


Uma onda de dor percorreu meu corpo e senti o gosto de sangue no fundo da garganta. Pela gritaria do lado de fora, os soldados pareciam atordoados. Provavelmente foram pegos de surpresa por alguma emboscada. 


 As explosões seguiram do lado de fora, algumas bem perto de onde eu estava confinado e outras mais distantes. Até que uma tombou o caminhão de vez, fazendo com que sua porta fosse destravada. 


Depois de me recuperar das pontadas de dor que pareciam querer rasgar minhas costelas, rastejei para fora. Quando saí me vi em um campo de batalha. Uma confusão sangrenta. De alguma forma os rebeldes conseguiram cercar o comboio tanto pela frente quanto pela retaguarda aproveitando das paredes de rocha que cercavam as laterais da estrada para ter os soldados encurralados. Contudo, mesmo com os rebeldes em maior numero, não era uma batalha ganha, já que entre nossos inimigos estava Deidara, também conhecido como o bombardeiro da Akatsuki. 


Não é difícil saber por que o loiro ganhou essa alcunha. Deidara possuía um certo fascínio por explosões e gostava de provoca-las com qualquer coisa inflamável que pusesse as mãos e chamava isso de arte. O loiro não tinha nenhuma pena em usar qualquer um em suas “obras”. 


Os soldados inimigos pareciam atordoados pelas explosões, e corriam por todos os lados como baratas tontas. O que realmente irritou o loiro. Mas com alguns gritos e ameaças ele acabou por conseguir colocar os soldados que conseguiam lutar em alguma ordem. Nesse momento ouvi um som engasgado atrás de mim, e quando me virei e vi um soldado caído com um grande pedaço de metal, provavelmente proveniente de uma das explosões. Era um jovem que não parecia muito mais velho do que Sasuke. Não devia ter nem mesmo 20 anos. Eu sempre lamentei o fato dessa guerra ceifar vidas jovens e inocentes. 


Me aproximei do rapaz e arranquei o metal de sua garganta. O sangue fluiu do ferimento do menino, e eu pus um fim em sua dor com um golpe misericordioso. Por sorte Ninguém percebeu que o caminhão tombado estava com uma porta aberta e Totalmente vazio uma vez que eu tinha conseguido escapar. Estava escondido atrás do caminhão pensando em uma forma de passar pelos soldados e me juntar aos meus companheiros. Olhei o corpo do jovem caído a poucos metros de mim e tive um Estalo. Decidi trocar nossas roupas e assim passar despercebido pelos soldados. Optei pelos que estavam na retaguarda, uma vez que estavam em menor número e Deidara estava concentrado jogando Coqueteis Molotov nos rebeldes que atacavam pela frente. 


As forças estavam claramente desequilibradas. Era possível ouvir gemidos de dor vindos de todos os lados. O Comboio era formado por três caminhões e pouco mais duas dúzias de soldados, mas a maioria havia sido atingido pelas as explosões e jaziam mutilados ao longo da estrada ao lado de restos flamejantes das carcaças dos caminhões. De modo que restavam quase uma dúzia de soldados que lutavam ao lado de Deidara e pouco mais da metade disso lutando na retaguarda. Troquei de roupa com um jovem soldado morto, peguei sua arma e me arrastei para junto dos soldados na retaguarda. 


No meio da confusão ninguém prestou atenção no uniforme ensanguentado nos ferimentos que eu apresentava no rosto. Posso dizer eu que fiz a seguir não foi realmente nobre da minha parte. Infelizmente estamos em guerra e para sobreviver às vezes precisamos agir de forma que não nos orgulhamos. E para mim isso foi atacar aqueles jovens soldados pelas costas. Inexperientes, eles só se deram conta que estava acontecendo quando eu já tinha começado a disparar contra o terceiro. 


A confusão era visível em seus olhos, e não demorou para que o restante deles também fossem abatidos. Quando as armas dos rebeldes se voltaram para mim tratei de me identificar e para a minha sorte quem está no comando daquele pequeno esquadrão era meu bom amigo Maito Gai. Ver um rosto conhecido depois de tanto tempo foi um bálsamo para a alma. 


Realmente acreditei que tudo daria certo. Ledo engano. Ouvir a risada sádica de Deidara vindo de algum lugar nas minhas costas. Eu arrepio percorreu minha coluna e eu me virei apenas para ver o loiro parado há alguns metros de distância segurando um coquetel molotov em cada mão. Ainda com aquele sorriso doentio ele os arremessou em nossa direção. 


Nesse momento Gai me empurrou para o chão, me tirando da linha do ataque que o atingiu em cheio. O coquetel molotov explodiu em seu peito em segundos as chamas cobriram seu corpo. Eu nunca vou esquecer os gritos animalescos Que ele dava enquanto corria desesperadamente de um lado para o outro. Deidara por sua vez ria cada vez mais alto, chegando a gargalhar, apreciando aquilo que ele chamava de obra de arte. 


Sentir meu sangue ferver ao ver o loiro rindo como sádico idiota que ele era. Vi tudo vermelho e pulei em cima do bombardeiro. Como ambos estávamos sem munição, acabamos rolando pelo chão como dois moleques brigando. Ele tecnicamente detinha a vantagem devido aos diversos ferimentos que eu te por todo corpo. Contudo, não sei se foi a raiva ou a adrenalina, mas eu não sentia nada naquele momento. Eu só conseguía soca-lo, soca-lo e soca-lo até o rosto dele estar uma massa disforme coberta de sangue. 


Ele também me acertou uns bons socos e rolamos mais algumas vezes. Até que notei perto de sua cabeça uma grande rocha, a agarrei com ambas as mãos e com toda a força desci contra o crânio de meu adversário. Não era uma cena bonita de se ver, mas eu não conseguia parar. Estava coberto de sangue e miolos, mas mesmo assim continuava a golpea-lo com aquela pedra, e só parei quando alguém me arrancou de cima de Deidara. Só então percebi o que havia feito. 


 O assassinato de Deidara, sendo ele quem era, certamente fazia parte dos nossos planos. Todavia não imaginava que seria eu quem o mataria, tão pouco que eu faria de forma tão brutal. Assim que voltei a mim, a dor dos meus ferimentos retornou de uma vez e eu perdi consciência. 


Não sei exatamente como tudo terminou, mas vencemos. Acordei dias depois de volta a nossa base que já estava sendo desmontada para partimos, e Sasuke estava plantado ao lado da minha cama. Pelo ar cansado, pude notar que ele não andou dormindo muito nos últimos dias, mas nunca fiquei tão aliviado em ver a cara daquele garoto na vida. 




 ~*~



 Enquanto o Comboio que transportava Kakashi para o seu destino final se aproximava do ponto de interceptação, eu não podia fazer nada a não ser esperar ansiosamente ao lado de Yamato no acampamento. 


Para completar tudo que tínhamos eram leituras para calor emitidas por transmissores que Anko havia instalado no local dias antes. De todo modo não era possível acompanhar o desenrolar da Batalha tudo que poderemos saber era umas posições em que os soldados se encontravam. 


Percebi que estava prendendo a respiração enquanto todos se colocavam em seus devidos lugares. Então tudo virou o caos. As leituras de calor enlouqueceram. Acredito que por conta das explosões. Durante o desenrolar da Batalha não foi possível determinar a posição exata de ninguém. Tudo o que podíamos fazer era esperar notícias. 


 Pouco antes de anoitecer a batalha pareceu cessar e o rádio de Yamato apitou, era Anko com aquele tom pesaroso de quem está prestes a dar más notícias. 


 - Capitão Yamato, está acabado. O objetivo foi cumprido e o comandante Kakashi não será mais executado em Konoha. 


 - Certo, envie relatórios da missão aos nossos lideres e espero o grupo de volta ao acampamento o mais rápido o possível. – Yamato respondeu sem demonstrar qualquer emoção em sua voz. 


 Yamato me dispensou naquele momento e eu não hesitei em sair. No fundo não gostava de ficar na presença daquele homem. 


Naquela noite foi impossível pegar no sono. Estava ansioso demais para conseguir descansar. Pouco antes do nascer do sol, um sinal do vigia foi emitido. O grupo se aproximava pelo leste e não deveria demorar para alcançar a base. Em resposta ao sinal do vigia, o grupo também fez soar sua corneta, confirmando que se tratavam de aliados e não de inimigos. 



Nesse momento Pulei da cama e lavei o rosto. Corri então para o pátio onde poderia receber Kakashi. Assim que o transporte estacionou, de dentro do mesmo saiu um grupo de pessoas carregando uma maca as pressas. Imediatamente senti um cheiro horrível de carne queimada, mas não pude ver de quem se tratava. Antes que pudesse acompanha-los outra maca saiu do transporte. Como era carregada por menos pessoas que a anterior, pude identificar Kakashi quase que imediatamente, mesmo estando vestido com as vestes de soldado da Akatsuki. 


Além desses dois mais gravemente feridos, haviam alguns outros soldados com ferimentos mais superficiais que também se encaminharam ao pavilhão médico. Shizune teria um dia cheio pela frente. Acompanhei a maca de Kakashi, mas devido ao volume de feridos, não pude ficar no pavilhão até que ficasse mais vazio. 


Shizune se ocupava com a primeira vitima, que inicialmente não reconheci, apenas dias depois fiquei sabendo que se tratava de Maito Gai, instrutor de combate físico. Um homem energético que agora estava a beira da morte com mais de 70% do corpo queimado. 


 Quando pude entrar no pavilhão, Shizune já tratava de Kakashi. Passou algumas horas remendando e colocando no lugar tudo que podia. 


Quando terminou, a lista de ferimentos parecia infinita. Ele certamente havia passado por torturas pesadas. Fiquei ao lado dele até vê-lo acordar.


 - Há quanto tempo não tem uma boa noite de sono, Sasuke? – A voz ainda não era firme como eu lembrava, mas fiquei feliz em ouvi-la.


  - Alguém tem que cuidar de você, não é? – Não pude conter um sorriso ao vê-lo consciente.


 - Isso é justo. – Ele sorriu. Eram poucas as vezes que eu o via sem a máscara – quando vou poder sair daqui? 


 Antes que eu pudesse responder, Shizune entrou na tenda para ver como estavam os sinais vitais de Kakashi. 


 - Anos atrás, quando você chegou aqui, Sasuke, Kakashi também passou todo o tempo que podia sentado ao lado da sua cama, esperando ansiosamente você acordar. Vocês são muito parecidos. – A mulher falava enquanto testava os reflexos de Kakashi com uma pequena lanterna.


 - Isso deveria ser um segredo. – Protestou Kakashi quando ela terminou de examina-lo. – E, Shizune... Como esta Gai? 


 - Ele está vivo, por pouco, mas vivo. Contudo ainda é cedo pra dizer qualquer coisa.


 - Entendo. Me avise assim que souber mais. – De repente o tom dos dois tornou-se mais sombrio. 


 - Sim, comandante. Agora trate de descansar. Irei avisar Yamato que acordou. – A mulher então saiu da tenda nos deixando novamente sozinho.


 Kakashi encarou o teto em silêncio, e eu pude notar o quanto ele se culpava pelo ocorrido.  


Notas Finais


Obrigada por quem leu tudo até aqui. Vocês são incríveis. 💜


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