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História Ressaca - Capítulo Único


Escrita por: DrisWM

Notas do Autor


Oláá queridos leitores (como eu sei que são queridos? Eu não sei, mas tenho fé que sejam ;),
Essa é a primeira historia que eu posto no site (sempre lembrando que plágio é crime, essa história é de minha propriedade intelectual somente e só está postada aqui). Espero que gostem, devo dizer que ela é meio estranha (mas quem é normal quando se trata do dia após a festa?). É possível que vocês achem que o final não é o final, mas como se trata de uma oneshot, me dei por satisfeita, levando em conta inclusive que os personagens sequer tem nomes kkkk.
Não consegui achar uma imagem legal pra capa T-T e nem pro capítulo. Me perdoem...
Enfim, não vou atrapalha-los mais. Só me resta desejar boa leitura!

Capítulo 1 - Capítulo Único


               Abri os olhos e encarei o teto, a claridade machucava minha retina.

               Aos poucos me dei conta de uma dor de cabeça fortíssima, isso foi como uma enxurrada de realidade.

               Estava deitado num sofá desconhecido segurando precariamente um copo com alguma bebida desconhecida dentro.

               Tentei me mexer e descobri uma mulher linda com a cabeça apoiada na minha barriga dormindo, passado o susto observei ela melhor e vi que estava nua. Como não sou idiota, contemplei essa beleza por um tempo e, aos poucos, tomei consciência do meu corpo, meus braços apoiados no sofá, minhas pernas jogadas de qualquer jeito a minha frente, uma dor desconhecida no meu quadril e também descobri que eu estava nu, com tudo a mostra para quem quisesse ver.

               De repente apareceu um cara de cabelo preto na porta, ele vestia somente uma cueca e segurava uma caneca do que parecia ser café.
Com a surpresa larguei o copo, que se espatifou no chão de granito fazendo muito barulho, temi pelo sono da garota.

               Ele, vendo minha preocupação logo disse:

               — Não se preocupe, ela não acorda com nada nesse estado

               A próxima coisa que fiz, foi procurar algum tecido para cobrir minha nudez e ele novamente se manifestou de forma divertida:

               — Não se sinta envergonhado, eu já vi cada detalhe que podia de você... Muito de perto por sinal

               E passou a mão na boca de forma lenta. Parei por um instante tentando entender o que se passava, ignorei o gesto para pegar um lençol que estava perto do meu pé, enquanto isso processava a informação subjetiva. Meu cérebro doía muito. Quando entendi o sangue subiu para o meu rosto, estampando minha vergonha. Em desespero perguntei com voz rouca:

               — O que aconteceu ontem?!

               O sujeito abriu um sorriso maroto e respondeu:

               — Posso afirmar que foi muita putaria, mas infelizmente não lembro de muita coisa. Só as melhores partes. Parece que rolou até uma aposta entre você e aquele cara ali sobre quem gozava mais em uma noite.

               O homem apontou para um outro sofá, olhei naquela direção e encontrei apenas um monte de roupas, lençóis e travesseiros. Observei mais atentamente e vi um outro cara ali no meio, parecia que estava dopado por alguma substância. Meus pensamentos foram interrompidos pelo cara da caneca:

               — Bom... O que foi feito já está feito, que tal sair daí e tomar um café enquanto tentamos descobrir o que aconteceu ontem?

               Com meu estado mental precário decidi que aquela proposta era a melhor. Levantei o mais cuidadosamente possível, desviando do copo quebrado, e fomos para a cozinha que, a propósito, também estava uma zona. O cara de antes mandou:

               — Senta aí que eu preparo um café pra você. E uma aspirina...

               Sem disposição para discordar fiz o que me pediu. Enquanto ele preparava a bebida e o remédio olhei em volta tentando lembrar algo.

               De repente, num dos cantos, encontrei uma outra garota seminua deitada. Àquela altura não era nenhuma surpresa ver pessoas jogadas por aí, observei ela por um tempo e não percebi sua respiração. Tremi, continuei encarando aquele corpo e ainda não via respiração. Olhei para o cara e ele parecia alheio a mim preparando o meu café, comecei a temer pela minha vida. E se aquela garota estivesse morta? O que diabos aconteceu ontem?! Será que foi eu quem matou ela? Os pensamentos corriam soltos pela minha mente enquanto eu encarava aquela mulher. De repente ela mexeu o braço num movimento largo, soltei uma exclamação de surpresa e alívio:

               — Ah!

               Nesse momento o cara de cueca sentou na minha frente estendendo o café e um comprimido que identifiquei como a aspirina:

               — O que foi?

               — n-nada não

               Peguei o café e tomei um gole, estava muito amargo para o meu gosto, mas desceu bem, engoli o remédio em seguida. Senti os olhos daquele homem me encarando, lembrei da revelação de mais cedo e corei, de novo, tomei fôlego e coragem:

               — Então.... Quem é você?

               — Eu sou o namorado daquela garota ali, que é amiga da que estava dormindo em cima de você, que é irmã daquele outro cara.

               — Peraí! Mais devagar por favor...

               Ele sorriu e repetiu o que tinha falado, finalmente entendi as relações. Tentei me lembrar seu nome e não consegui:

               — Qual é o seu nome?

               — Você não se lembra?!

               Fiquei embaraçado, odiava esquecer as coisas:

               — b-bem... Eu acabei de acordar num lugar estranho, com pessoas estranhas a minha volta e com uma baita dor de cabeça e dor nos quadris! E você quer que eu lembre seu nome, sendo que não lembro nem do dia de ontem!

               — Tá bom, tá bom. Calma! É só que ontem você gritou tanto por mim que pensei que nunca mais ia esquecer...

               Um silêncio constrangedor tomou o lugar. Eu continuei quieto bebendo meu café quando ele lembrou de algo:

               — Acho que a gente filmou alguma coisa ontem, lembro vagamente de uma câmera...

               — Temos que achar ela!!

               Levantei de rompante, com o movimento o nó que tinha feito no lençol se desfez e o tecido caiu me lembrando que eu estava sem roupa. Percebi o olhar interessado do outro sobre mim e logo em seguida a sugestão:

               — O que acha de colocar uma roupa? Ou quer repetir o que fizemos ontem?

               Constrangido, me cobri novamente com o lençol e sai da cozinha à procura de roupas, ele me seguiu. Na sala encontrei uma calcinha em cima da TV, que estava se equilibrando precariamente em cima da estante, e uma cueca pendurada no lustre. Como não queria nem a possibilidade de acordar o outro cara, que estava no sofá em baixo das roupas, optei pela peça no lustre.

               Parei um instante para avaliar como alcançaria a cueca pendurada. O lustre não era muito alto, então se eu subisse na mesinha de centro provavelmente a alcançaria. Subi no móvel e estiquei o braço, estava mais alto do que tinha imaginado, parei novamente para pensar. Nesse meio tempo o cara do café perguntou:

               — A aspirina já fez efeito?

               Surpreso com a iniciativa de conversa respondi:

               — S-sim.... Fez efeito rápido na verdade...

               — Isso é por que você está de estômago vazio.

               Não sei se foi impressão minha ou não, mas vi um pequeno sorriso de satisfação na boca dele antes de ser encoberta pela caneca. Mas, voltando ao problema anterior, desci da mesinha e a posicionei melhor, imediatamente em baixo do lustre. Subi novamente e estiquei um dos braços, estava quase lá.... Novamente fui interrompido:

               — Por que não levanta os dois braços?

               Olhei para ele pensativo, essa ideia não tinha passado pela minha cabeça...

               — Tem razão.... Vou fazer isso.

               Não entendi muito bem quando ele se aproximou de mim e da mesa, largando a caneca no meio do caminho. Minha cara deve ter me denunciado pois ele se explicou corando um pouco:

               — Vou ficar mais perto para caso você cair eu, pelo menos, tentar ajudar. Afinal, não é como se nossos equilíbrios estivessem excelentes.

               — c-certo...

               Apertei o nó do lençol e me estiquei novamente. Bastou esse movimento para que o tecido da minha cintura caísse e, como ainda estava meio tonto, acabei tropeçando não sei onde e caindo para a frente. Senti braços fortes me abraçarem e puxar para si. Cai em cima do moreno com um estrondo. Olhei para os outros no cômodo, mas minha preocupação foi em vão, todos ali pareciam em coma.

               Lembrei vagamente da sensação daqueles braços à minha volta, corei imediatamente com a situação. Estava caído no chão, em cima de um cara que eu não conhecia realmente, mas era super gostoso, e totalmente nu. Rapidamente tentei me ajeitar para conseguir sair dali e daquela situação, quando finalmente encontrei apoio para as mãos ele me abraçou no pescoço, o encarei confuso. Ele simplesmente respondeu:

               — Tem certeza que não quer repetir o de ontem?

               Mais envergonhado que antes respondi meio ríspido:

               — Não mesmo! Nem sei direito o que aconteceu na verdade. E acho que nem quero lembrar!

               — Me dá pelo menos uma chance! Um beijo! Se você não gostar eu paro!

               — N-não. É melhor não...

               O moreno viu meu titubear e não deu chance de escape:

               — Só um beijo e você decide! Prometo que não vai doer

               Sem tempo para a reação senti seus lábios nos meus, estavam amargos pelo café. Ele pediu passagem com a língua e eu não tinha mais motivos para recusar. Sua boca era quente, mais do que a minha. Nossas línguas se entrelaçando eroticamente, ora na minha boca, ora na dele. Senti minha determinação derretendo durante aquele ósculo promíscuo. Enfim desisti de resistir, minhas mãos agora passeavam naqueles cabelos macios do moreno. Ele percebeu minha mudança de atitude, senti-o sorrindo. Abri minimamente os olhos e encontrei com os dele, numa concordância mútua separamos nossos lábios. Ele aproveitou a chance para sugerir:

               — Vamos para o quarto, aqui está desconfortável. Além do que mais adiante tem um copo quebrado...

               Concordei com relutância. Sabia o que aconteceria naquele quarto, o mais estranho é que nunca fui do tipo festeiro, então nem mesmo sabia como havia parado ali. Também nunca havia me sentido atraído por homens, mas algo naqueles olhos me atraía, seu jeito, seu cheiro. Levantei meio trêmulo por causa do beijo, ainda envergonhado pela minha falta de roupa e pela expectativa de ir para o quarto. O outro parece ter percebido pois sorriu largamente dessa vez, pude ver que seu rosto estava um pouco rosado também. Parece que não sou o único envergonhado afinal.

               Estendi a mão ajudando-o a se levantar. Já de pé, ele não largou minha mão, simplesmente tomou a frente e me puxou para um corredor que levava a duas portas, numa das quais entramos. O quarto que apareceu a nossa frente estava somente um pouco bagunçado, mas comparando com o resto, estava extremamente arrumado e limpo. A única coisa que eu notei fora do lugar foi o cobertor em cima da cama de casal, que estava um pouco amassado, e talvez sujo. Não parecia que alguém teria retirado o edredom do lugar, somente deitado em cima. Um casal provavelmente.

               O moreno foi à frente e tirou o edredom da cama, jogando-o no chão, liberando a cama para o nosso uso. Ele olhou para mim e sorriu lascivo, dando uns tapinhas na cama. Entendi o recado e me sentei na mesma, ele então se postou na minha frente, bem próximo. Parecia esperar uma iniciativa minha, decidi entrar no seu joguinho e enganchei meu indicador no elástico de sua cueca. Um pouco depois sua mão puxou o meu queixo para cima, me obrigando a encara-lo. Seu rosto estava corado, assim como o meu provavelmente também estava. Ele veio ao meu encontro e nos beijamos, simultaneamente o moreno pegou minha mão e a levou para baixo, tirando assim sua cueca. Quando o oxigênio se fez necessário separamos nossas bocas e pude ver que nossas ereções já se faziam presentes. Vi também que inconscientemente havia aberto as pernas e que ele se encaixara ali para aumentar um pouco o nosso contato.

               Não tive muito tempo para pensar pois logo estávamos nos beijando de novo. Agora ele me empurrava para trás, a fim de que eu me deitasse, e foi o que fiz. O moreno foi avançando para cima de mim enquanto mantínhamos aquele ósculo, já sem receio minhas mãos apreciavam seu cabelo, pescoço, costas... Ele finalmente parou de me empurrar para cima da cama. Estava se apoiando em cima de mim com um braço, o outro estava já me acariciando o torso, descendo gradativamente. Ainda nos beijando, ora ardentemente, ora selinhos suaves.

               Devido às nossas posições nossos membros quase se tocavam vez ou outra, e cada vez que eu olhava aquilo meu desejo aumentava. Até que no calor do momento levei minhas mãos à sua cintura e puxei ao meu encontro. Ele parecia surpreso, tanto que interrompeu o beijo e me olhou, meio curioso, meio envergonhado. Apenas devolvi o olhar e ergui meu quadril para que ele entendesse o que eu queria, nesse momento senti sua ereção contra a minha, e foi delicioso para ambos, pude ver em seu rosto corado.

               Ele voltou a me beijar, mais agressivamente dessa vez. Senti seu corpo me pressionando mais, ele alternou o braço que se sustentava, apoiando dessa vez no cotovelo, com sua mão na minha nuca. A mão livre passeava no meu corpo, mas as vezes era necessária para manter o equilíbrio. Em compensação minhas duas mãos estavam aptas a apreciar sua pele sem restrições. Elas ainda repousavam em sua cintura, mas recomecei os movimentos rapidamente, apreciando aqueles belos músculos das costas dele, descendo devagar. Num pequeno rompante de desejo agarrei sua bunda, ele parou um pouco de me beijar, acho que estava com medinho de acabar se tornando o passivo. Sorri debaixo de seus lábios e murmurei:

               — Não se preocupe, é só para apreciação...

               Pude ver que ele corou um pouco e, agora tranquilizado, continuou suas carícias em mim. Continuei de onde estava, meio que tomando coragem para mais uma ação. Nossos membros agora estavam em contato um com o outro, vez ou outra friccionando, mas somente como consequência de outros movimentos. Estava bom, mas eu sabia que podia ser melhor. De alguma forma fui conduzindo uma de minhas mãos até o encontro dos nossos quadris. Ele pareceu entender minha intenção pois ergueu um pouco seu corpo para dar espaço. Agarrei ambas ereções e comecei movimentos lentos de vai e vem. Sabia que o moreno estava gostando pois volta e meia gemia baixinho colado a minha boca. Suas carícias agora estavam se estendendo para meu maxilar e pescoço, tive a impressão de ser uma espécie de agradecimento ao que eu estava fazendo.

               Aumentei gradativamente os movimentos da minha mão. Junto a isso aumentou também a quantidade de gemidos. Agora ele estava se apoiando sobre mim com os dois braços, nossos rostos estavam próximos, mas não nos beijávamos tanto por que os músculos estavam tensos por sentir que o orgasmo estava próximo. Olhei para baixo, onde minha mão se movia. Fiquei praticamente hipnotizado pelo movimento. Podia ver que saia bastante pré-gozo dos nossos membros, deixando-os deliciosamente mais escorregadios. Ambos estávamos duros feito pedra, podia sentir o membro dele pulsando de encontro ao meu, isso era fantástico.

               Ergui novamente o olhar, percebi que ele também estivera olhando para baixo, pois vi o fim do movimento de sua cabeça voltando a olhar para mim. Seu rosto corado, seu olhar de prazer, sua boca úmida e rosa, semiaberta pelo prazer, deixando escapar gemidos incrivelmente sexys.... Senti uma urgência avassaladora de o beijar, juntei nossos lábios de repente. Provavelmente o peguei de surpresa, pois instantes depois ele gozou, vendo e sentindo isso eu também me desfiz logo em seguida. Nosso sêmen derramou principalmente em minha barriga, mas ainda um pouco na dele.

               O moreno deixou que seu peso caísse sobre mim, não me importei, afinal não sou fracote. Respirávamos fortemente, tentando recuperar o fôlego. Aquilo fora incrível, vi em seu rosto que ele também estava realizado. Virei a cabeça de lado com os olhos fechados, precisava processar tudo aquilo. Respiro fundo e abro os olhos novamente. Encontro as duas garotas e aquele cara nos assistindo! Congelo no lugar, uma das garotas exclama:

               — Ah, ele nos viu...

               O cara que estivera dormindo no sofá, e agora segurava uma filmadora, falou:

               — Não se preocupe com a gente. Podem continuar.

               A segunda garota só concordou de boca cheia, ela estava com um pacote de salgadinho na mão. Senti um movimento, o moreno saiu de cima de mim e conversou com os amigos:

               — Vocês não sabem o que é privacidade?

               O cara do sofá respondeu:

               — Mas você nem convida! Como a gente ia ver essa cena de novo?

               Tomo coragem e pergunto:

               — C-co-como assim de novo?!

               A garota do salgadinho respondeu, cuspindo alguns farelos:

               — Ué lindinho, ontem você fez a festa com a gente.... Não sei porque está envergonhado agora...

               — É mesmo, você até me comeu no sofá enquanto meu irmão te fodeu por trás.

               Olhei atônito para o cara deitado ao meu lado. Ele passou a mão no meu rosto e disse:

               — Não se preocupe muito com isso.... Até porque a foda de agora foi a melhor de todas...


Notas Finais


Então? Gostaram? Espero, do fundo do coração, que sim :)
E, só pra deixa-los ansiosos (sim sou má, ou cruel se preferirem), tenho outras histórias no forno que pretendo postar dentro de algum tempo... Prometo que essas outras vão fazer mais sentido e serão 'ligeiramente' mais longas... (digo 'ligeiramente', porque essa outra tem mais de 21.500 palavras desde a ultima vez que conferi...). E claro, com muito mais Lemon e romance.
Grazie!


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