- Bom dia... Já está acordado? - Lizzy descia as escadas.
- Sim. Harold disse que não precisamos ir hoje e também que tem alguns agentes monitorando a casa. - Bebia um café. - Ele falou que terá que adiar nossas férias por causa desse homem.
- É uma pena. - mordeu os lábios segurando um sorriso.
- Você foi irônica.
- Quê?
- Nos sabemos que você nunca quis essas férias.
- Nunca. - ela riu se servindo café.
- Mas você não pode ficar fugindo das férias por toda sua vida.
- ahm! Nem você, pensa que eu não sei que o senhor Donald Ressler também está fugindo?
Ele ri, pois na verdade também não queria férias.
- Prefiro trabalhar.
- Por quê?
- Não sei... Talvez não quero viver no mundo real, não tenho ninguém, sou muito solitário e posso ter feito meu trabalho a única razão para não me sucumbir totalmente na saudade dela...
- Te entendo... Mas agora você tem a mim Ressler.
Ele olhou para ela e logo Lizzy percebeu o mal entendido.
- Minha amizade... Isso... Porque somos amigos.
- Você que eu estava pensando em quê? - Brincou. - Mas você precisa de férias, e eu não.
Ela coloca as mãos na cintura.
- Como assim? Quer dizer que eu sou obcecada pelo trabalho? - Ficou paranóica do nada.
- Não foi Issso que eu disse.
Elizabeth encarou o amigo loiro.
- Se eu sou a obcecada você é um... Obsessivo compulsivo.
- Eu? - riu. - Pelo menos eu vou aproveitar minhas férias e não vou ficar louco por não ter que trabalhar.
- Pensei que não queria férias. - Disse rápida.
- E eu não quero. - disse Ressler impaciente.
- Pelo menos eu já aceitei.
- Eu também!
- Você vai ver, eu vou aproveitar minhas férias e não vou pensar em nada; FBI, Red e nem em você.
Os dois se encaravam.
- Você pensa em mim? -
- Declaro essa conversa encerrada.
- Também.
Silêncio. Até Elizabeth olhar de volta para Donald que parecia emburrado. Como eles conseguiram discutir por causa de férias?? Eles se esqueceram que tinha um louco querendo fazer mal a ela?
- Somos ridículos Ressler. - disse respirando fundo.
- Eu sei. - começou a rir e Lizzie também.
- Ok. Essa discussão foi a mais estranha e infantil que já tive na minha vida. - falou passando a mão no cabelo. - Eu discutia muito por causa de séries com o Tom... - Deixou escapar.
Ressler a olhou sério, como ela ainda se lembrava daquele canalha? Que fez tanto mau pra ela?
- O que vamos fazer o dia todo? - perguntou. - Já que não podemos ir para o trabalho.
- Não sei. Podemos ver se achamos algo sobre Call.
- Como?
- Com o reddington?
- Tem o número dele?
- Sim! Deve está lá em cima, já volto. - ela saiu em direção ao segundo andar.
Não demorou muito e ela já estava descendo as escadas com um papelzinho na mão.
- Me dá o telefone. - ela pediu e ele entregou na mão dela.
O número que ela estava ligando chamou, chamou até ser atendida. Sorte! Red só vive mudado de número , ele sempre usava telefone descartável.
- Lizzie! Acredita que já estava indo te ligar! Soube de muitas coisas.
- Quê?
- Garanto que você quer saber sobre o cara das bonecas, cá entre nós: ele é maluco, porque ele não compra uma loja de brinquedos? - Red falava tranquilamente.
- Red precisamos da sua ajuda. - Lizz tinha sempre que engolir o orgulho quando pedia ajuda para ele.
- ah! Cancele o encontro com aquelas australianas. - ele cochichou para Dembe e Lizzie escutou tudo e rolou os olhos. - Lizz, me encontre na cafeteria Cofe's agora. Te dou meia hora até chegar aqui. - ele desligou na cara dela.
- Vamos à uma cafeteira. - falou ela pegando as chaves. - Você dirige. - entregou para Ressler.
- Assim corrermos menos risco de morte.
- Engraçadinho.
*******
- Aqui. Pára.
O carro pára e eles saem do carro , Reddington estava sentado em uma e Dembe estava um pouco distante.
- Lizz!! - Exclamou alegre. - E agente Ressler?
- Oi pra você também Reddington. - Ressler falou irônico.
Red olhou para os lados e depois para os dois a sua frente, apertou os olhos parecendo estar jantando os fatos e depois fez uma expressão de entendimento.
- Lizz eu disse para você vir e isso não incluía seu namorado. - Falou calmamente.
- Quê?! Ele-
- Olha apesar de você ter tentado me matar várias vezes, e me perseguir... Eu gosto de você agente Donald Ressler. - Sorriu irônico. - Ele é melhor que o seu antigo marido. - Cochichou para Lizz mas lógico que Donald escutou. - Oh!! Lizz! Posso organizar o casamento? Adoro casamentos, isso me faz me lembrar de um casamento que eu fui... Acho que foi na Índia, enchi a cara e no final eu sem querer me casei com um elefante. - Contou pensativo.
Ressler olhou para Keen confuso assim como ela.
E Reddington continuava tagarelando.
- ... Adoro aqueles bolinhos-
- Red!!! - Lizzy gritou impaciente. - Do que você está falando?!
- Oras ! De vocês !
- Olha Raymond, só para esclarecer eu ainda quero te matar e a Lizzy e eu não vamos nos casar.
- O quê?! Ahhh... Seria legal casar vocês em las Vegas !
- Não viemos falar sobre isso! E acho que você deve estar bêbado.
- Não. Eu estava. Ontem à noite... Algumas festas noturnas. - falou olhando para Ressler que franzia as sobrancelhas.
- Certo nos poupe de sua vida. Viemos aqui para saber mais sobre Call Walter. - Lizzy foi direto ao ponto.
- Ok. Sentem aí, querem café?
- Não. - responderam em uníssono.
- Call... - Reddington começou a contar a história desse homem, e era pior que eles imaginavam. Com oito anos de idade ele cortou as orelhas da irmã mais nova, e só foi piorando na esquizofrenia. Ele era um perfeito psicopata.
Agora era a vez de Ressler contar que o Walter estava querendo fazer mal para Elizabeth.
- Eu não sabia disso. - Falou Reddington preocupando. - Lizz você tem que se afastar e deixar que a FBI achem esse psicopata, mandarei algumas pessoas atrás dele. FBI é incompetente demais.
Ressler revira os olhos.
- Não! Ele vai ter quer vir atrás de mim. E aí pegamos ele!
- Donald! Diz pra sua namorada que isso é idiotice.
- ela não é minha namorada. E eu já disse pra ela que isso era uma má ideia! Mas ela é teimosa! Não tem jeito.
- Ela é uma cabeça dura!
Elizabeth bufava e revirava os olhos.
- Arg! Se vocês não me ajudarem eu faço sozinha! Não é a primeira vez que sirvo de isca! - Ela se levantou com raiva e saiu dali.
- Mulheres, adoram chamar atenção.
- Vou atrás dela. - Quando ele ia embora Red o chamou.
- Ressler cuide dela, Lizzy é teimosa demais. Vou tentar achar Call Walter e o eliminar.
- Sim cuidarei dela Red.
E ele foi atrás dela a encontrando já dentro do carro.
- Lizzy!
- Ressler vamos embora, quero ir para casa.
Ele suspirou pesadamente e ligou o carro antes que eles começassem a discutir.
No meio do caminho o celular de Lizz começou a tocar, e ela o pega no bolso do casaco e vê que não tinha número de identificação mas resolve atender mesmo assim.
- Alô?
- Elizabeth Keen...
- Sim, quem é?
- Sou um amiguinho... Quem é esse loiro? Ele não pode participar da nossa brincadeira. NÃO PODE! - Ela olha para Ressler que dirigia tranquilo.
- Quem é??!
E a ligação foi encerrada.
- Lizzy que foi?
- Acho que foi engano... - Mentiu, não queria preocupar mais o amigo. E também estava cheia dessa de proteção, sabia se defender sozinha!
- Tem certeza? - perguntou desconfiado.
- Claro. - sorriu falsamente. - Olha que tal pedirmos comida italiana quando chegar em casa? Não quero te matar fazendo você comer minha comida. Não sei cozinhar.
- Okay... - Deu de ombros.
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