História Ressucitada - Sobre mim

Meu nome é Chloe. E eu sou uma Ressucitada. Se você não sabe o que é isso, vou explicar: eu morri quando pequena. Mas Ela me trouxe se volta. Não sei o porque dela fazer isso, mas ela fez. Ela prometeu a minha mãe que eu irei viver garantidamente até meua 16 anos. Mas ela precisava de minha mãe, então ceifou sua alma. Sou adotada. Tenho sonhos. Chuva de sangue, corpos mutilados. Mas não são apenas sonhos.Eu sei disso. Tenho que estar preparada. Hoje eu faço 16 anos.

- Chloe? CHLOE? - O professor de matemática gritou.

- Oi?

- Pode me responder o resultado dessa equação, por favor?

Olhei para o quadro. Todas as letras começaram a se mover, cada vez mais rápido, não importa o quanto eu me concentre, elas continuavam embaralhando. Isso está cada vez pior. 

- Desculpe... Eu não sei.

Ouvi uma risadinha vindo de longe, mas não consegui distinguir de quem vinha. Fingi não ter ouvido.

- Ótimo. - Ele resmungou. - Alguém mais?

Eu não sei muito bem o que é isso. Começou logo após o meu aniversário de quinze anos, junto com as visões. Em alguns momentos, minha visão se altera, visões apocalípticas, ás quais não sei muito bem do que se tratam, apenas sei que não são apenas coisas da minha imaginação. 

Eu sei que tem algo a ver com o fato de eu ter voltado dos mortos. Eu devo ter passado tempo demais no outro lado e isso faz com que eu tenha visões, não sei. Ah, nem sei o que eu estou falando.

Eu queria poder fazer parar. Mas desde o momento em que eu fiz dezesseis anos, o que foi há duas horas, eu não consigo mais olhar para as pessoas direito. Eles não possuem olhos mais. Seus cabelos e suas vestes sempre estão ensanguentadas e seus passos sempre deixam rastros de sangue, que após três segundos, vão desaparecendo.

Elas não possuem almas.

Ou eu que não tenho?

Não posso fazer isso parar. Por quê? 

O sinal bateu, peguei minha mochila e sai para o corredor, indo para a sala de Artes. 

Alguém me empurrou e eu cai no chão, derrubando todos os meus livros e os espalhando pelo corredor. Uma garota começou a junta-los e eu jurei que ela iria sair correndo, mas ela me ajudou a levantar.

Me virei para ver o meu agressor: Jenna, obvio. Eu já devia saber.

- O que foi? - Ela me encarou.

- Você me empurrou. - Falei, calmamente.

- E?

- Peça desculpas. - Afirmei.

Ela apenas riu.

- Peça desculpas. - Repeti.

- Vamos, Chloe, esqueça isso. - A garota misteriosa me puxou, mas eu não me movi.

- É, Chloe, ouça sua namorada. - Jenna riu.

- Peça desculpas. - Um último aviso.

- Ui, que medinho. - Jenna riu e o público que estava formando em volta começou a rir junto.

Me aproximei dela e seus olhos vazios, chutei sua canela e dei um soco em seu pescoço, ela caiu no chão, gemendo de dor. Pulei em cima dela dando uma cotovelada em sua barriga, e sentei em cima dela, comecei a dar diversos socos em seu maxilar enquanto espremia seus pulsos com meus joelhos, e com a outra mão, segurei seu pescoço.

Então eu vi uma luz branca saindo de dentro de Jenna, ela está morrendo.

Um soco em sua têmpora e ela morre.