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História Restituição - Constatações.


Escrita por: AnnabeleVermont

Notas do Autor


Um pouco mais rápido para me redimir pela demora do ultimo capítulo. Um beijão, comentem queridos!

Capítulo 23 - Constatações.


Fanfic / Fanfiction Restituição - Constatações.

Enfim chegou a sexta feira. Eu trabalhei durante toda a manhã, quando era hora do almoço encontrei o Quill nos corredores e fomos juntos até o refeitório. Jake chegou atrasado e bonito. É, ele sempre está bonito, tenho que parar de repetir isso. Terminei de comer mais cedo e então comecei a conversar com Leah por mensagem, estávamos combinando de fazer algo a noite, decidimos ir à uma petiscaria perto do Pier. Eu estava concentrada na conversa, quando olhei para cima uma garota sentou-se ao lado do Jake e falou baixo.

-Jake, gostaria de pedir sua ajuda em uma coisinha...

Jacob ficou meio imóvel naquele momento, apenas analisando minha reação. Continuei falando com a Leah. A moça continuou, se aproximando um pouco mais do Jake.

-Gostaria que você me ensinasse a preencher essa planilha de controle de produção, eu tenho que entregar amanha, mas ainda não consegui...

Eu vi que os garotos estavam segurando o riso. Continuei falando com a Leah. Jake falou sem olhar para a moça.

-A Amy é engenheira, ela pode te explicar melhor.

Lentei minha cabeça.

-Eu nem lembro como faz isso... Ensina você, Jake!

A garota sorriu. Coitada! Jake deu uma explicação rápida e a moça não tirou os olhos da boca dele, eu sei como é, é hipnotizante. Jake ficou bem desconfortável, e preocupado comigo, me olhava a cada minuto. Depois de “aprender” a moça beijou seu rosto e agradeceu, depois saiu. Depois de responder algumas mensagens nos grupos eu deixei o celular sobre a mesa.  E fiquei um tempo quieta.

Engana-se quem pensa que aquela situação me incomodou. Foi perceptível que a garota não representava nenhuma importância para o Jake.

- Que cara é essa Amy? – Embry perguntou.

-É a minha mesmo.

-Parece a cara de alguém que está pensando em algumas formas de arrancar a cabeça de outra pessoa... – ele falou rindo.

Ri também.

-Longe de mim. – Olhei para o Jake que me encarava sem expressão. – Quando ela vir o tamanho da fila, ela desiste sozinha... – Ele sorriu meio envergonhado. O encarei por mais alguns minutos e depois desviei o assunto.

-A Leah e eu vamos comer fora hoje. Vamos ao Mittis Beer as 8, quem quer ir?

-Você e a Leah? –Embry perguntou.

-É. Porque?

-Nada. Quando combinaram isso?

-Enquanto o Jake dava aulas de estatísticas. – Rimos.

Eles concordaram em ir também. Depois voltamos ao trabalho.

Às 7:40 eu passei na casa da Leah para busca-la.

-Humm, que bonita! – Ela me elogiou enquanto entrava no carro.

-Obrigada! Você também está.

Conversamos sobre algumas bobeiras até chegarmos ao local. Entramos e sentamos em uma mesa perto da janela principal. Depois de algum tempo o Embry entrou e sentou-se em nossa mesa.

-Boa noite moças. O Quill arrigou e o Jake não atende o celular, deve estar dormindo.  Pelo jeito sou só eu e vocês.

Pedimos uma porção, e depois de 3 cervejas eu comecei a reparar em como aqueles dois estavam se olhando diferente. Não demorou muito para eu ligar uma ponta à outra. Então eu me inclinei sobre a mesa sorrindo. Cruzei os braços e inclinei a cabeça para a direita. Eles pararam de falar e me olharam curiosos.

-Eu sei o que está acontecendo aqui.

Seus olhares ficaram desconfiados.

Apontei para a Leah.

-Ela é a garota!

-Que garota Amy? – Embry tentou disfarçar.

- Não vem com essa, eu já senti o clima entre vocês dois! Esses olhares estranhos, e todas as menções um ao outro nas conversas que tivemos....

Embry sorriu, vendo que eu realmente entendi. Então colocou o braço em volta da Leah.

-A gente não queria contar nada por causa do Seth, ele está muito ciumento ultimamente, e esses caras não iriam nos deixar em paz. Você os conhece. – falou.

Me encostei na cadeira sorrindo.

-Adorei... Sério, estou muito feliz por vocês. - Leah sorriu. Continuei- Não vou falar nada para ninguém, vocês podem curtir em secreto, é até mais legal!

Eles se olharam por um tempo, estavam em suas formas mais serenas. Foi bonito de ver.

Peguei minha bolsa e deixei um dinheiro sobre a mesa.

-Onde você vai? – perguntaram juntos. Que sincronia!

-Não vou ficar aqui segurando vela, hoje vocês tem uma desculpa para estarem juntos: todo mundo furou. Quero que se divirtam muito.

-Não precisa ir.  – Embry falou.

Sorri.

-Não vou para casa dormir, vocês podem ficar despreocupados!

Me despedi deles e saí do restaurante. Entrei no meu carro sorrindo. Afinal foi uma ótima notícia. Uma ótima constatação, eu diria.

Alguns amigos tinham me convidado para ir à um bar hoje, era para lá que eu estava dirigindo quando meu celular tocou, era o Jake.

-Oi.

-Oi Jake, tudo bem?

-Eu estou sim, desculpa incomodar, é que eu preciso saber qual era aquela planta que você me dava para tomar, quando eu vomitava aqui em casa.

As vezes quando o Jake bebia de mais, ele vomitava, e eu fazia um chá de boldo para que ele tomasse.

-É boldo. Está passando mal?

-Não, meu pai comeu um lanche e está com alguma infecção alimentar, e eu não consigo encontra essa planta.

-Chego aí em 5 minutos.

-Amy, não precisa se preocupar.

-Já estou a caminho!

Estacionei o carro na frente da sua casa alguns minutos depois. Assim que desci ele veio ao meu encontro.

-Desculpa estragar sua noite!

-Não tem problema, já estava indo para casa.

Depois de rodearmos a casa comecei a procurar pelo boldo. Havia muitas plantas juntas, então demorei um pouco a encontrar. Depois fomos para dentro. Comecei a preparar o chá enquanto Jake foi olhar seu pai no quarto. Depois de alguns minutos ele voltou e ficou me olhando encostado no outro lado da cozinha.

-Ele disse que já está um pouco melhor, mas ainda quer o chá.

Encostei-me no outro extremo da cozinha esperando a água ferver. Ele continuou me encarando.

-Você está bonita.

-Obrigada. – disse tentando não demonstrar todas as emoções que começavam a se agitar dentro de mim, por um simples elogio.

-Aliás, você é bonita.  

Comecei a picar a plantar e coloca-la na chaleira, sem responder ao seu comentário. Mexi por algum tempo e depois desliguei o fogo.

-Está pronto.

Ele pegou uma xícara, serviu e me deu.

-Se eu levar ele não vai beber.

Então fomos os dois até o quarto do Billy, assim que ele me viu entrar, sorriu.

-Então é você quem está aqui?

Sentei na beirada de cama do Billy e o entreguei a xícara.

- Beba tudo, vai se sentir melhor...

Ele experimentou e fez cara feia. É ruim mesmo. O incentivei a continuar. Depois de meia xícara ele me olhou curioso.

-Onde vai tão bonita assim?

-Já fui, agora vou para casa.

-É um desperdício. – falou voltando seu olhar para o Jake. Me senti constrangida.

-Desperdício é eu ter que jogar esse resto de chá fora. Não enrola Billy, pode tomar tudo.  – mudei de assunto.

Assim que ele terminou de beber, nos retiramos do seu quarto para que ele pudesse descansar.

Jake me acompanhou até a porta. Levou uma mão até a nuca e perguntou meio sem jeito.

-Quer sair para comer alguma coisa?

Ri. O Billy sempre o deixava envergonhado.

-Não Jake, eu já comi.

-Porque está rindo?

Olhei para fora da varanda.

-Por nada.

Desci o degrau e me dirigi ao meu carro.

-Amy – Jake me chamou. – Muito obrigado, pela ajuda!- ele olhou para o chão e depois voltou a me encarar. – E sobre o que meu pai falou, é realmente um desperdício.

Destravei o carro e abri a porta. Antes de entrar eu falei com um sorriso malicioso.

-Se você gostou Jake, nunca é!

Ele estreitou os olhos e sorriu.

Entrei no carro e saí de lá, mais confiante e envergonhada do que cheguei. Realmente não foi um desperdício.

Antes de ir para casa, dei uma passada no bar, já que tinha dito que iria. Mas minha cabeça estava em outo lugar, depois de meia hora eu resolvi ir embora.

Cheguei em casa e resolvi tomar um banho de banheira, já era meia noite quando entrei na água morna e cheia de espumas. Respirei fundo recostando a cabeça na borda da banheira, e fechando os olhos. Era impressionante como meus pensamentos seguiam para o Jake em uma rapidez inexplicável. Quando eu fechava meus olhos, era os dele que eu via. Aqueles olhos negros me olhando no canto da cozinha, dizendo mais coisas do que a própria boca quando se abre em um elogio: “você está bonita”.

“Eu sei Jake, já vi em sua mente em outra oportunidade que eu sou uma mulher que você consideraria bonita.”

-Mas pode dizer sempre que quiser. – sussurrei abrindo os olhos e o sorriso. Um sorriso, que por mais que eu tivesse tentado, e agora intendo, nunca se abre quando Jacob também não o apresenta em seu lindo rosto.

Acordei um pouco atrasada no sábado, tive que correr para uma reunião marcada às 9 horas. Discutimos alguns planos de ação e orçamentos, demoramos bastante. Quando terminamos, seguimos para o refeitório, assim que me servi me separei do grupo de engenheiros e fui para minha mesa de costume, os rapazes já estavam comendo.

-Apareceu a margarida! Estávamos falando de você!  - Quill falou animado.

Eles sempre estão!

-Parece que está faltando um assunto diferente. – Ri, olhando para o Embry, que me fez uma cara feia discreta.

-Sobre o que falavam? – tranquilizei-o

-Sobre o happy Hour hoje. Você vai contar né?

Acenei positivamente.

-Seus amigos de Atlanta, não param de falar sobre isso. – Jake falou com um ar soberano.

-Acho que falta assunto em todo o lugar.

-Acho que sobra Amy, hoje você é o centro das atenções! – falou me olhando de um jeito que me desconcentra.

Comecei a comer sem pensar muito nisso. Depois do almoço eu me despedi dos garotos e fui para outra reunião, que durou mais um bom tempo. Depois fui direto para casa. Comi um belo lanche X-tudoquetemnageladeira, depois tomei um banho. Comecei a secar meu cabelo e escolher minha roupa, optei por um tubinho preto, bem colado ao corpo e uma jaqueta Jeans estruturada por cima. Escolhi uma bota rasteira, de cano curto e fiz uma maquiagem suave com um batom vermelho, alguns acessórios e umas borrifadas de perfume. Parei em frente ao espelho. “Nada mal”, Sorri maliciosamente. Peguei minha bolsa, meu violão e minha guitarra. O restante dos instrumentos o Marty disponibilizava. Combinei com o Jared de chegarmos um pouco mais cedo para passar o som e afinar os instrumentos.  Dirigi até lá com o som do carro ligado e as janelas abertas. Estava em ritmo de liberdade, meus dedos batucavam o ritmo da música no volante, meus cabelos voavam ao redor do meu rosto. Estacionei em frente ao bar, algumas pessoas já estavam chegando, Jared me ajudou com os instrumentos apenas por gentileza. O bar foi começando a encher quando acertávamos os detalhes finais. O ambiente escuro com luzes apontadas para nós naquele pequeno palco me deixou nostálgica. Marty estava muito contente com minha volta, não deixava minha cerveja esquentar. Antes mesmo de começarmos já foram 5. Seria uma longa noite.

Percebi os garotos entrando e procurando uma mesa, já estamos com a casa cheia. Eles se arranjaram perto do corredor principal. Jake estava com uma camisa preta remangada e uma calça escura. Não contive meu suspiro ao ver aquele homem maravilhoso; eu nunca continha. Eles sorriram e acenaram, acenamos também. Jared me olhou de lado e sussurrou.

-Detona Amy!

E começou a tocar o fundo da primeira música. O pessoal se aquietou. Liguei meu microfone e disse com uma voz firme:

-Boa noite a todos, é com prazer que retomamos os trabalhos aqui no Marty´s, sejam muito bem vindos!

O pessoal de Atlanta que lotava as mesas próximas ao palco, começaram bem animados a bater palmas e assoviar. Ouvi alguns elogios, alguns “Vai Amy”, Alguns “Sentimos saudades”.

Meu coração aqueceu. Sorri. Fechei os olhos e abri a boca. Libertando minha alma em cada palavra. 



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