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História Retrocesso - Capítulo 2 - Incógnitas


Escrita por: linnox e YsBelieber

Notas do Autor


Linnox again. HELLO MEUS AMOOOO! Dessa vez nem demoramos tanto não é mesmo? HAHHA, quero agradecer aos 200 favs e 29 comentários no capítulo anterior, VOCÊS SÃO DEMAIS!!!! Não falarei muito hoje porque to ansiosa para vocês lerem esse capítulo, prestem bastante atenção a cada partezinha pra não se confundirem tá? Boa leitura meus amo, até as notas finais sz. Beijos da Kassia & Yasmim.

Capítulo 3 - Capítulo 2 - Incógnitas


Fanfic / Fanfiction Retrocesso - Capítulo 2 - Incógnitas

Justin Bieber.

New York City;

Tempos atuais.

O barulho estridente do despertador não me assustou como deveria fazer, meus olhos já abertos, encaravam o nada após mais uma longa noite sem conseguir dormir. Desliguei aquele irritante objeto, e antes de afastar a grossa coberta que cobria meu corpo nu, puxei o ar com força para meus pulmões na tentativa de afastar o cansaço que me consumia.

Me ergo da cama, e abaixo meu olhar até visualizar o corpo de Stacy coberto somente até o início de suas costas, me abaixo e a cubro devidamente com cuidado para não acordá-la. Caminho até o banheiro onde tomo um longo banho gelado, mesmo com o frio do outono em Nova York, precisava disso para aguentar mais um dia até o fim.

Após me formar em medicina em Londres, decidi ficar lá mesmo e me especializar em psiquiatria, realizei uma pós graduação e mestrado por lá,  então decidi voltar para os Estados Unidos onde, recentemente, fiz um doutorado na área. O motivo? Nem eu mesmo sei. Hoje sou o médico responsável de um centro muito respeitado que abriga pessoas mentalmente doentes.

Stacy entrou na minha vida logo após minha volta, nos conhecemos casualmente por termos amigos em comum, e hoje, 2 anos depois, estamos casados. Não diria que fora um casamento muito planejado, a pressão que seus pais exerciam sobre mim foi um grande incentivo para apressar logo a troca de alianças, não digo que me arrependo, Stacy sempre foi uma companheira exemplar e a amo de verdade. Mas faltava algo nela... Algo que sabia muito bem o que era. Ela não era Katherine.

Katie.

A última lembrança que possuo dela, não é uma das melhores. Depois daquela noite onde a vi fugir e não fiz nada, venho me remoendo com a dúvida se realmente fiz o certo a deixando.

10 anos atrás.

“ Katherine saiu correndo sem dizer uma única palavra, me levantei rapidamente e corri para fora do restaurante a tempo de vê-la se distanciando no meio da escuridão.

– KATHERINE!!!! KATHERINE!!! – Gritei na tentativa de fazê-la parar, o que foi em vão.

Minha respiração exigia ao meu peitoral movimentos rápidos e dolorosos, o medo criava espaço dentro de mim. O medo de que algo acontecesse a ela, o medo do que aconteceria comigo mesmo a partir daquele momento. O medo. E tudo que fiz, foi ficar parado onde estava por longos minutos, sem fazer absolutamente nada.”

Tempos atuais.

Depois do nosso adeus, não procurei saber sobre ela, como ela estava, o que ela estava fazendo da vida, coisas banais que deveriam me intrigar. E intrigavam. Diversas foram as vezes que me segurava para não perguntar minha mãe se sabia algo sobre ela. Para não dizer que não sabia nada, me lembro do dia que conversava normalmente com minha mãe e de uma forma espontânea ela citou seu nome.

3 anos atrás.

“ – Hoje estava na Igreja como em todos domingos, e você não vai acreditar em quem veio conversar comigo, querido! – Sua animação me fizera soltar um breve riso.

– E quem foi, mamãe? – Questionei.

– Grace! Você se lembra dela, não é Justin? A mãe de Katherine. Ela parecia um tanto acabada, fiquei surpreendida quando a vi. Pelo o que sabia, elas haviam se mudado para Houston no Texas. Perguntei sobre Katherine e ela ficou muito estranha, o que não entendi muito bem, apenas disse que havia decidido ficar em Houston. – A voz de dona Pattie ecoava em minha mente, mas a única palavra que havia me prendido fora seu nome.

– Hum – Murmurei. – Isso é bom mamãe, fico feliz por ela.”

Tempos atuais.

Passando a mão sobre meu rosto, tiro o excesso de água que havia ali e finalizo meu banho. Passo a toalha pelo meu cabelo e vou enxugando o resto do meu corpo, ao acabar, envolvo a toalha em minha cintura e vou até o lavatório. Olho minha expressão, ainda perdido em meus pensamentos.

As vezes me perguntava se era realmente feliz como pensei que seria. Sonhei tanto em ser o que sou hoje, havia alcançado o meu objetivo não é? Então qual era o problema? O que havia de errado comigo?

Bufei, afastando tais pensamentos, fiz minha higiene pessoal rapidamente se não iria me atrasar. Ajeitei meus cabelos e saí do banheiro indo até o pequeno closet, escolhi cada peça de roupa aleatoriamente, ficaria com o jaleco o tempo todo então minhas vestimentas não importavam tanto em questão de aparência.

Depois de vestido, peguei minha maleta com a carteira e chaves do carro. Fui até a cozinha pegando uma maça para o acaso de sentir fome em meados da manhã, e bebi um pouco de leite da caixinha que estava na geladeira.

– Bom dia, amor. – A voz rouca e infestada de sono de Stacy me chamou a atenção.

– Bom dia, querida. – Respondi. Caminhei até sua direção, e logo colei meus lábios aos dela em um casto selinho. – Estou atrasado, não sei se virei para o almoço hoje, qualquer coisa, lhe ligarei avisando.

– Tudo bem, bom trabalho. – Sorriu após dizer, e ajeitou com delicadeza a gola da blusa polo que usava. – Eu te amo.

– Eu também te amo. – Respondi sorrindo.

Fui até a garagem fechando a porta após passar por ela, destravei o carro e adentrei ao mesmo. Acionei o controle automático do portão e enquanto o mesmo se abria, coloquei o cinto de segurança e dei partida no carro.

{...}

Após exatos 25 minutos, estacionei no pátio do centro psiquiátrico. Tirei o cinto e peguei meus pertences, saí do carro acionando o alarme logo em seguida. Caminhei lentamente até a entrada enquanto observava alguns pacientes fazendo suas típicas terapias matinais com alguns enfermeiros.

Mesmo com todo estresse que envolvia meu trabalho, no fundo eu realmente gostava do que fazia. Lógico que, como toda profissão, havia seus pontos negativos como, por exemplo, ver um paciente perdido para si mesmo. Doenças mentais nada mais são que uma luta interna do paciente com ele mesmo, e é frustrante quando não conseguimos fazer com que alguém vença seus próprios demônios.

No caminho até minha sala, vejo Lucie, minha secretária pessoal, caminhando desengonçada até mim.

– Vai com calma, Lucie. – Digo em um tom brincalhão, esboçando um sorriso logo depois.

– Bom dia, Doutor Justin, mas é que Doutora Amélia me deu a missão de lhe dar um recado no exato momento que seus pés pisassem o centro. – Ri do tom amedrontado por ela usado. Doutora Amélia era uma senhora bem assustadora de fato.

- Então diga, Lucie, o que houve de tão grave para essa pressa toda? 

– Temos uma nova paciente, no caso, o senhor tem uma nova paciente. Ela chegou durante a noite acompanhada pela mãe, que depois de muita insistência da Doutora Amélia, foi embora descansar e tomar um banho. – Ela disse enquanto olhava anotações em seu bloco. – Ela está alojada em seu quarto, está à espera do senhor para fazer a primeira avaliação.

– Entendo. Me arrume o prontuário antecedente da paciente e leve em minha sala. Estarei lhe esperando. – Lucie apenas acenou com a cabeça e foi em busca do que havia a pedido.

Voltei a caminhar para minha sala, chegando na mesma deixei a porta aberta, coloquei o típico jaleco branco, e me sentei em minha poltrona. Coloquei minha pasta sobre minha mesa e logo Lucie já estava entrando.

– Com licença, Doutor, aqui está o prontuário. 

O peguei de sua mão e o abri, comecei a ler aleatoriamente buscando diretamente as causas que trouxeram minha paciente até aqui.

“Diagnosticada com depressão psicótica pelo Doutor James Sullivan (Psiquiatria de Kansas City); além da tristeza excessiva, falta de apetite, insônia, a paciente em questão tem altos índices de delírios e alucinações...”

Apoiei meu cotovelo na mesa enquanto lia aquelas palavras. Depressão psicótica era, sem dúvidas, uma das doenças mentais mais difíceis, e o tipo de depressão mais forte existente, além de não se ter muitas explicações de como ela pode ser desenvolvida. Algumas pessoas, a desenvolvem depois de grandes perdas e decepções.

E o engraçado era que essa pessoa era de Kansas, minha cidade natal. Elevei meu olhar procurando pelo nome em destaque.

Ao localizá-lo, minhas mãos tremeram, meus olhas esbugalhados se fixaram naquele nome impresso em destaque, a bile subiu até minha garganta me deixando enjoado.

Katherine Lee Eckhart.

Não. Não pode ser, só poderia ser uma brincadeira.

Me levanto rapidamente do meu lugar deixando os papéis jogados sobre minha mesa.

– Lucie, onde ela está? – Pergunto deixando todo meu desespero à mostra.

– Dormitório C, quarto 302 Doutor, mas... – Antes dela concluir sua fala, saio em disparada dali.

Ando com rapidez até o local indicado, e ao parar de frente para a porta fechada, meus pés travam. Meu coração ensurdecia meus ouvidos em um bater sôfrego e assustado. Engolindo em seco, ergo minha mão direita e seguro firmemente a maçaneta da porta, a rodo e vou a abrindo.

Ao ver o quarto com pouca luz, procuro por ela. Sua figura sentada na pequena poltrona que havia no lado esquerdo do quarto, prende toda minha atenção. Seu corpo, excessivamente magro, encolhido, fez com que meu coração se apertasse tanto que mal suportava a dor que me causava.

Seus fios loiros, tão conhecidos por mim, estavam em um emaranhado horrendo, como se não tivessem os devidos cuidados há um bom tempo.

– Katherine.. – Meu sussurro falhou, seu corpo não se mexeu, o meu corpo não se mexeu.

Os segundos se passavam e o ardor ia surgindo em meus olhos, a visão, agora turva, indicavam as lágrimas sendo formadas. Coloco minha mão sobre meu cabelo, e o puxo fortemente, tentando esvair toda a angustia que começava a me dominar.

Senti a presença de alguém atrás de mim, me forçando a recompor minha expressão. Passei os meus gélidos dedos sobre minhas pálpebras, eliminando quaisquer vestígios de água.

Me virei encarando Lucie, sua expressão confusa, após me analisar, ficava cada vez mais evidente.

– Peça que a levem para minha sala. – Abaixei meu rosto após lhe dizer, e fui em direção a minha sala.

Entrando, fechei a porta e encostei minha testa contra a madeira da mesma.

O que está acontecendo? Por que Katherine? O que estava acontecendo com ela? – Essas perguntas gritavam em minha mente, não sabia o que pensar ou o que fazer.

Estava perdido. E cheio de perguntas sem respostas me corroendo.

Após longos minutos, escutei uma batida na porta. Me ajeitei em minha poltrona, onde havia acabado de me sentar.

– Entre. – Disse.

Lucie abriu a porta, dando espaço para dois enfermeiros entrarem. Cada um deles segurava em um braço de Katherine, que mantinha sua cabeça abaixada. Engoli a vontade de chorar ao ver uma pessoa que fora tão importante na minha vida naquelas condições, e o pior, não entender o por quê daquilo.

– Podem soltá-la. – Pedi.

Os enfermeiros obedeceram, colocando seu corpo à minha frente. Respirei fundo antes de começar.

– Olá, Katherine. Sou Justin, serei seu médico e farei tudo para lhe ver curada. – Disse, tendo minha voz falhando vez ou outra.

Katherine, por sua vez, permaneceu quieta. Se seus ombros não se movessem minimante, duvidaria até que ela respirava. Mordi meu lábio inferior, na tentativa de me livrar da frustração por estar passando por esse momento.

– Vamos levá-la de volta, vejo que foi inútil trazê-la aqui. Ela não irá falar nada, vamos esperar por sua mãe e entender melhor o que houve com a paciente. – Usei o máximo de formalidade que conseguia.

Os enfermeiros voltaram a segurar Katherine. Me levantei para acompanhá-los até o lado de fora. Fiquei parado perto da porta de minha sala, vendo Katherine se afastar, até que fui surpreendido.

Ela ergueu seu rosto, e seu olhar foi direcionado a mim como um golpe certeiro. O brilho que dominava seus lindos olhos claros, agora era local de uma opacidade obscura, seu rosto pálido e lábios rachados completavam o que ela havia se tornado.

Nos encaramos por segundos, que mais pareceram anos, até que Katherine soltou um grito estridente que me assustou a ponto de me afastar alguns passos. Os dois enfermeiros pareciam não conseguir a conter, assim, outro apareceu para ajudá-los.

Meus olhos lacrimejavam à medida que observava Katherine tendo um ataque. Nunca pensei que isso poderia acontecer algum dia, ela sempre fora tão extrovertida e cheia de vida. Mas agora lá estava ela, se debatendo contra o corpo de três grandes enfermeiros. Os gritos que rompiam de sua garganta, foram os primeiros sons que ouvi desde sua chegada ao hospital. Aquilo era demais para mim, abaixei minha cabeça e dei as costas para aquela situação e me pus a caminhar, mas como um instinto, meu rosto se virou uma última vez e encontrei os olhos de Katherine olhando-me sair daquela sala. Uma grossa lágrima escorreu em sua bochecha esquerda me deixando atormentado, me virei rapidamente fugindo para o mais longe possível dali.

E, mais uma vez, fui covarde, deixando-a quando ela mais precisava de mim.


Notas Finais


ALO ALO, esperamos que tenham gostado szsz
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=b9_AUwaw0dY&t=34s
Bom, até o próximo meus amores, não deixem de comentar e indicar a fic pros amigos szsz
Kassia & Yasmim.


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