História Revenge - Imagine Min Yoongi - O Plano

Min Yoongi's POV

Depois de eu ter achado a provável filha do Gong Yoo, eu passo essas últimas duas semanas pensando no que fazer. Eu não poderia matar a filha dele sem mais nem menos. Além de ser inútil, eu ainda perderia a chance de o achar. Eu tenho o que quero praticamente em minhas mãos, eu só preciso de algum plano bem bolado.

Passei mais uma noite em claro pensando em algo, e logo chegou a hora de ir à escola. Hoje, diferentemente dessa semana toda que eu praticamente não fui, vou.

Saio de casa com minha mochila, que tem apenas um caderno pequeno dentro, e com algumas canetas no meu bolso. Não que eu use todo esse material; na verdade, eu praticamente só durmo nas aulas.

Chegando ao colégio, eu já entro na sala e me sento, deitando minha cabeça na mesa e fazendo da bolsa o meu travesseiro. Mas hoje eu não consegui dormir, já que passei a aula toda encarando a S/N. O fato de eu me sentar várias carteiras atrás dela me facilita de a encarar sem ser notado.

Depois de poucas horas de aula, eu decido o que fazer, eu acho. E não, não é sequestro, já que eu não quero ficar cuidando de desconhecidos na minha casa e aturando todo o drama, a gritaria e essas coisas.

Depois de curtos minutos em que estive pensativo, o sinal do intervalo toca desesperadamente alto, fazendo com que o professor mande todos se levantarem e curvarem-se para finalmente poderem sair da sala.

— Vocês se lembram daquele cara miserável de que eu tanto falo? — Todos assentem, já revirando os olhos por não aguentarem mais ouvir eu falando nele. — Pronto. Se eu achasse alguém que é importante para ele hoje, o que vocês fariam? — Cruzo os braços, sorrindo sem mostrar os dentes.

— Yoongi, no que você está pensando? — Namjoon me olha. — Eu conheço muito bem esse seu sorriso.

— Não sei, por isso que estou perguntando o que fazer para vocês — falo, meio óbvio.

– Depende, quem seria essa pessoa? — Hoseok pergunta, parecendo se interessar em ajudar.

— S/N — Eles parecem ficar surpresos. — Eu sei que ela é uma garota legal e de que todos gostam, mas eu não posso fazer nada a respeito disso.

— A S/N?! — Namjoon e Hoseok perguntam praticamente ao mesmo tempo.

— Sim, ela. Ela tem o mesmo sobrenome dele, sem falar que nem é tão comum na nossa cidade. Na verdade, não é nada comum esse sobrenome. — Eu olho de relance para ela quando a vejo sair da sala. — E eu sei muito bem que ele tem uma filha, eu vi na ficha dele.

Eu dou dois passos na direção dela, mas eu suspiro e volto. O plano que eu tinha bolado seria começar por um romance, mas isso realmente não iria dar certo, eu não teria paciência. Seria difícil de conseguir me controlar sem a assustar, já que eu fico de mal humor facilmente, principalmente com alguém que é da família do Gong, que só de olhar, já sinto meu sangue esquentar e surgir uma vontade imensa de extinguir todos com esse sobrenome. Realmente, isso vai ser muito difícil.

— Eu realmente não sei o que fazer.

— Então não faça nada — Namjoon fala.

— Yoongi, se for fazer alguma coisa, só não pega pesado, okay? Ela não tem nada a ver com isso — Hoseok fala, e os outros concordam.

— Ela tem o mesmo sangue dele, ela deve ser igual a ele também — Contraponho. — Mas eu vou bolar um plano... — Dou uma pequena risada, e esse é o tempo que mudamos de assunto; logo o sinal toca para voltarmos à aula.

(...)

Finalmente o sinal toca para irmos embora. Eu pego minha mochila e saio antes de todos. Corro para a saída e espero a S/N aparecer. E que demora!

Todos os meus amigos já foram embora e, só depois de uns minutos, ela aparece. Eu não sei o que fazer, mas eu penso rápido e decido lhe dar uma rasteira. Por incrível que pareça, foi uma queda relativamente feia. Ela caiu no chão junto a todos os seus livros, e automaticamente todas as pessoas ali presentes olharam feio para mim.

Ela afaga o cotovelo que bateu no chão e olha para os lados, parecendo estar confusa.

— Você está bem? — Falo, me abaixando ao seu lado com uma feição "preocupada" e juntando alguns livros dela do chão.

— Sim, eu tropecei em alguma coisa, eu acho. — Ela pega os livros da minha mão. — Obrigada — fala, se levantado e continuando a andar.

Droga, ela não me dá nem chances.

— S/N! — falo, segurando seu pulso firmemente, e a empurro em um armário daquele corredor. Ela olha para mim meio que assustada, mas mesmo assim o olhar dela me arrepia.

— S-sim? — fala, tentando soltar seu pulso delicadamente, mas eu aperto um pouco mais forte. "Droga, não posso fazer assim, vou assustar ela de verdade".

— Nada, nada não. Você só esqueceu sua caneta. — Eu a solto e pego uma caneta do meu bolso, a entregando. Eu acho que isso foi uma desculpa meio que bem elaborada. Ela massageia o pulso com uma feição incomodada e, quando olha para mim novamente, eu me arrepio mais uma vez. Por que eu estou sentindo medo?

— Obrigada! — Ela dá as costas e sai dali. Eu fico parado até a ver desaparecer da minha vista. Parece que isso realmente não vai ser fácil.