História Revenge - Imagine Min Yoongi - Grafite

Eu vejo a S/N sair por aquela porta e sumir da minha vista. Aquilo me deixa irritado, por eu não ter conseguido nenhuma informação. Chuto um armário do corredor, e todos encaram, mas eu finjo que não fui eu, ignorando olhares e saindo do colégio. A S/N desapareceu, ela já deve ter pegado um ônibus para casa. Agora eu só vou conseguir agir em outra hora. Droga...

Chegando em casa, eu esquento a comida da geladeira que a Bohee preparou. Não sei como que minha mãe adotiva ainda não desistiu de mim, mas eu só não consigo aceitar isso tudo, eu não quero que eles — meus pais verdadeiros — sejam substituídos só por causa das suas mortes. Para mim, não é assim que a vida funciona.

Quer saber? Eu realmente quero me divertir um pouco.

Quando termino de comer, vou para o quarto, pego minha mochila do colégio, abro e a sacudo de ponta-cabeça, assim derrubando tudo o que tinha dentro dela no chão. Eu abro a gaveta, pegando alguns grafites e coloco dentro, avistando minha preciosa arma no fundo da gaveta.

Não vou te usar hoje.

Eu coloco algumas roupas em cima dela e fecho a gaveta, saindo do meu quarto e vendo a Bohee na sala.

— Aonde vai, filho? — fala, com sua expressão preocupada de sempre.

— Aish, primeiro, é Min Yoongi; segundo, para que você quer saber, se não te interessa? — Cruzo os braços, irritado.

— É mesmo, não é? — Ela ri, parecendo triste. — Não sou sua mãe mesmo... mas cuidado, Yoongi. — Ela suspira.

— Certo. — Eu suspiro, me arrependendo de ter sido grosso. Até senti vontade de pedir desculpas, mas meu orgulho gritou mais alto. Eu abaixo a cabeça e saio de casa, vagando pela rua até chegar na casa do Hoseok.

Eu toco a campainha, e o pai dele atende à porta.

— Ah! Olá, Yoongi sshi! — fala, com seu sorriso costumeiro.

— Olá, ajeosshi — falo, meio tímido. Eu realmente gosto do pai do Hoseok, me sinto muito bem perto dele, e, de todo jeito, foi ele quem mais me acolheu depois daquele incidente. Eu mudo completamente meu jeito perto dele, queria muito que ele nunca soubesse quem eu realmente sou, mas eu sei que ele já sabe. — O Hoseok está?

— Sim, junto de mais alguns amigos dele. Pode entrar, venha! — Ele dá passagem. Eu assinto com a cabeça, agradeço e ando rápido até o quarto do Jung, ouvindo barulho de vozes e entrando sem bater. Todos se calam, assustados, achando que era o pai do Hoseok. Eu dou uma pequena risada, entro e fecho a porta, enquanto eles riem de nervoso e voltam a falar normalmente ao ver que era só eu.

— Eu trouxe todas as cores hoje — falo, jogando a mochila no chão. Eles abrem e sorriem

— Boa, Yoongi! — Hoseok fala.

— À noite saímos! — Namjoon fala, e assentimos.

Ficamos algum tempo conversando, até que a porta se abre e eu vejo ela, a irmã do Hoseok, com uma bandeja com café e algumas coisas para comermos. Ela sempre aparece por aqui, e eu realmente gosto disso. Todos que estão aqui sabem que eu tenho uma quedinha por ela.

Eu me levanto e pego a bandeja de sua mão, sorrindo.

— Eu vim porque vocês devem estar com fome... — Ela diz e sorri.

— Que mentira, você veio porque nosso pai mandou. — Hoseok fala, e ela fica vermelha.

— Cala a boca, Hoseok! — Ela reclama, e todos riem.

— Obrigado, Jiwoo! — Falo, calmo, e ela olha para mim mais uma vez, sorrindo.

— De nada. Agora eu vou indo. — Ela faz uma pequena reverência com a cabeça e sai do quarto, fechando a porta.

Eu coloco a bandeja no chão e todos pegam um copo. Eu suspiro.

— O Yoongi realmente age diferente aqui — Namjoon fala.

— Ah, cala a boca! — Reclamo, e eles riem.

(...)

Eu acordo com o pessoal me chamando. Eu tinha caído no sono no chão do quarto.

— Hm? — Bocejo. Minhas costas doem um pouco

— Vamos! — Jimin chama. — Já anoiteceu.

— Mas já? Então vamos, né? — Me levanto, pegando minha mochila e saindo do quarto com todos.

Saímos da casa do Hoseok sem ninguém ver. Não que isso seja um problema, já que todos de lá sabem de nossas fugas noturnas e nunca enchem o saco perguntando aonde vamos ou algo do tipo.

— Naquele mesmo lugar, não é? — Todos assentem e, depois de breves minutos, chegamos àquele beco já um pouco colorido com nossas artes.

Coloco minha mochila no chão, e todos pegam as cores que querem. Eles fazem pichações muito boas, enquanto eu gosto de escrever "swag" em algumas que eles já fizeram. Não uma coisa desorganizada, mas que se encaixa no contexto, já que eles sempre deixam um espacinho para isso.

Eu me sento no chão e fico vendo eles fazerem suas artes, até que eu ouço barulho de passos perto dali, logo sabendo o que era pela luz da lanterna cegando a minha vista.

— Não corram, que vai ser pior! — O policial ordena, se aproximando. Eu me levanto rapidamente.

— Vocês de novo?

Quando eu percebo o que está acontecendo e olho para trás, todos já estavam correndo. Eu arregalo os olhos e vou correr junto, mas algo frio antes disso aperta meu pulso: algemas. Eu tento revidar para bater no policial, mas ele segura meu soco, girando minha mão para trás com grosseria, a algemando também. Aquilo doía pra caramba.

– Aish, me solta! Que coisa chata — grito. Os outros policiais correm atrás dos outros, que já tinham desaparecidos dali.

— Vamos para a delegacia. — Ele fala, me puxando contra minha vontade, mas quanto mais eu tentava me soltar, mais aquela algema feria meu pulso. Droga.