História Revenge - Havaí - Our Last Day

- Duas Semanas Depois. –

- Layla Sharck Pov. –

Bom, já se passaram duas semanas desde nossa pequena “conversa” na hidromassagem, Bieber e eu estamos até tentando nos dar bem desde o ocorrido, apesar de tudo, não queria que nossa viagem fosse arruinada pelas idiotices dele.

- Vamos Bieber! Porra! Eu quero ir à praia! – Gritei enquanto o mesmo enrolava dentro do quarto, se trocando.

- Você está mais preta que um carvão Layla, acho que já deu de praia por essa viagem, não é? – Ouvi sua voz se aproximando de mim enquanto terminava de comer nosso café da manhã, que estava delicioso por sinal. – Não devia comer tanto bacon pirralha, isso engorda para caralho. – Ele provocou, me fazendo bufar enquanto me deliciava com meu café.

- Cala essa boca Justin. – Ele riu, se sentando ao meu lado na mesa. – Onde vamos hoje?

- Por ser nosso último dia aqui, pensei em fazermos algo diferente. – Ele deu de ombros, me fazendo encara-lo.

- Tipo?

- Tipo irmos andar por aí, sei lá.

- Belo programa Bieber, parabéns. – Ironizei, o fazendo revirar os olhos.

- Só para de reclamar e me segue pirralha, porra. – Ele ficou sério por alguns segundos, mas riu em seguida.

- Tudo bem, oh grande senhor Bieber. – Ele bufou. – Vou pegar minha bolsa e podemos ir então.

Terminei meu café rapidamente e vesti um vestido florido por cima do biquíni azul Royal que eu havia colocado, passei um leve gloss nos lábios e fiz um alto rabo de cavalo, colocando um óculos dourado gigantesco que havia comprado uns tempos atrás com Marrie.

Eu amava esses óculos.

Quando voltei a grande sala da suíte, Bieber já estava pronto, pegando apenas sua carteira e as chaves da Ferrari dourada que ele havia alugado quando chegamos aqui.

- Você está parecendo uma viúva rica com esses óculos pirralha. – Ele sacaneou, me fazendo revirar os olhos.

- Rica eu já sou, agora você só precisa finalmente morrer Biebs, aí ficaria perfeito. – Resmunguei irritada enquanto o mesmo ria, era incrível como aquele imbecil realmente gostava de me irritar.

- Não sei o que deu em você nesses últimos dias, está muito na defensiva, cadê a Layla irritante, frágil e inocente que eu sequestrei?! Hein?

Bieber indagou, com a sobrancelha arqueada, ri de sua expressão.

- Eu matei ela e ocupei o corpo dela, e se você não andar logo, juro que te mato também. – Bufei irritada, ele ergueu suas mãos em forma de rendição, rindo enquanto saia da suíte.

Ainda estava realmente com meu cú na mão de encontrar o Zayn andando com a sua namoradinha ou sei lá o que por aí, mas graças ao bom senhor não os vi mais desde aquele dia no elevador, e espero mesmo que continue assim.

Um encontrão entre Bieber e Malik é a última coisa que eu quero, ainda mais aqui.

Saímos do Hotel enquanto eu cumprimentava alguns funcionários da recepção, Bieber pegou sua Ferrari do estacionamento e saímos a toda velocidade por aí, esse louco ainda vai matar a gente de tanto que corre com esse carro.

- Bieber, para que correr tanto? Não estamos em uma perseguição! – Reclamei e pude visualizar o idiota revirar os olhos por baixo dos óculos escuros.

- Não enche o saco pirralha, e para de ser chata.

- Você que está correndo feito um morcego fugindo do inferno sem motivos e eu não posso nem me preocupar com a minha vida?! – O rebati indignada, Bieber parecia estar prestes a me jogar do carro a qualquer momento.

- Layla, minha vida, olha para a paisagem e para de me irritar antes que eu perca minha paciência com você e te jogue desse carro? Por favor? – Ele pediu sério, soltei uma risada baixa.

Decidi deixa-lo em paz, Bieber e eu dificilmente conversávamos quando ele estava dirigindo porque já havia percebido que esse era o momento que ele tinha para pensar, então apenas ficávamos em um silêncio confortável, como esse de agora.

Encarei a vista que tinha a minha frente maravilhada, aquela areia branca beirando a água azulzinha desse lugar poderia me prender por horas, esse lugar era realmente lindo.

E foi aí que me toquei de uma coisa.

Encarei Bieber enquanto o mesmo tinha o maxilar travado, segurava o volante com força e chegava quase aos 300 km/h no carro.

Todas as vezes que eu visitasse esse lugar lindo daqui para frente, sempre me lembraria desse imbecil.

***

Bieber e eu estávamos agora andando pelas lojas de Maui, ele obviamente cheio de sacolas que o obriguei a carregar enquanto eu ficava completamente maluca com a variedade de lojas daquele lugar.

- Você ainda vai me falir garota, vai gostar de comprar roupa assim lá na puta que pariu!

Justin bufou irritado e o ignorei.

- Ninguém mandou me sequestrar, agora aguenta! – Disse simples, e por mais incrível que pareça, Justin sorriu.

- Estou com fome porra! – Ele reclamou feito uma criança. – Vamos comer em algum lugar?

- Pode ser. – Disse, olhando em meu celular e percebendo que já passava das duas da tarde.

Eu realmente não sei como o faraó do Egito aqui não se estressou por estar andando e comprando coisas comigo por aí desde as 9 da manhã, estou até estranhando essa “paciência” toda dele!

- Eu conheço um lugar foda, vamos. – Apenas concordei com a cabeça, seguindo com ele em direção a Ferrari estacionada a algumas ruas de onde estávamos.

Coloquei todas as sacolas no porta-malas e seguimos calmamente até o tal lugar onde Bieber me levaria e não demorou muito até chegarmos em frente a um grande restaurante à beira mar, já gostei do lugar de cara, Bieber pareceu notar e colocou a mão em minha coxa ainda dentro do carro, me fazendo encara-lo, surpresa com seu ato.

- Sabia que você ia gostar, pirralha. – Ele sorriu, não consegui não sorrir de volta.

- Já esteve aqui antes? – Perguntei por curiosidade, Justin pareceu ficar tenso.

- Já. – Foi tudo o que ele respondeu, curto e grosso.

Justin bipolar ataca novamente.

- Com quem? – Insisti, ele pareceu se irritar comigo. – Só pela sua reação, já sei com quem foi, nem precisa falar.

Aquilo me magoava, ele lembrar dela em quase todo lugar que íamos, que porra! É tão difícil assim ele conseguir superar essa droga daquela garota dos infernos?!

Sei que parece bem errado eu falar assim de uma pessoa morta, mas de qualquer forma precisava extravasar minha raiva de toda essa situação.

- Não comece Layla. – Justin já foi dizendo. – Apenas esqueça isso e não tente criar brigas desnecessárias, para variar. – Ele suspirou fundo, estressado comigo.

- Escuta aqui garoto. – O parei enquanto entravamos no restaurante, irritada. – Já que eu te estresso tanto, não sei porque inventa essas palhaçadas de viagens comigo!

Sai andando em sua frente, mais irritada ainda, mas não antes de escutar um “devo ser masoquista” vindo dele, sorri disfarçadamente e logo fomos atendidos pelo recepcionista, muito educado por sinal.

- Boa tarde senhores! Vou levar o casal até uma de nossas melhores mesas! Por favor, venham comigo.

 Ele era ruivo, muito fofo e simpático, sorri em resposta, sentindo a mão grande de Bieber se entrelaçar forçadamente contra meus dedos.

O olhei estranhando sua reação, Justin apenas revirou os olhos, me grudando em seu corpo com sua “delicadeza” de sempre.

- Que foi agora?! – Resmunguei.

- Não gostei desse arrombado, vi que ele reparou em você de cima embaixo! Filho da puta. – Ele respondeu irritado. – Também, com esse vestido agarrado do caralho que marca até a porra do seu útero, chama a atenção de qualquer um né!

Pronto, agora é minha culpa.

- Você é louco, fica aí vendo coisas. – Dei de ombros, ignorando a paranoia do meu querido marido.

- Louco é ele se olhar para a sua cara de novo, quebro esse desgraçado na porrada. – Ele resmungou como sempre, sorri.

- Ciúmes?!

- Só estou cuidando do que é meu. - Ele rebateu grosso e então chegamos até a tal mesa.

Ela ficava afastada das demais, através de finas cortinas brancas conseguíamos ver a praia, a maresia chegava em meu nariz e eu simplesmente adorava esse cheiro.

Era uma grande mesa, realmente linda!

- Muito obrigada... – Vi “Josh” escrito em seu uniforme. – Josh. – Ele sorriu, e que sorriso mais bonito que esse ruivinho tinha.

- Disponha senhorita, lhe aguardo novamente na saída, aproveitem.  – Ela me deu uma simples piscadela, sorrindo.

- Esse desgraçado piscou para você?!

Bieber já se levantou da mesa puto da cara para esganar o pobre rapaz, o segurei pelos ombros largos.

- Não comece Bieber. Apenas esqueça isso e não tente criar brigas desnecessárias, para variar. – Sussurrei em seu ouvido, imitando suas palavras de pouco tempo atrás, ele me encarou morrendo de raiva.

- Vai brincando pirralha, vai brincando comigo. – Ele respirou fundo, irritado e eu sorri simples, voltando minha atenção ao cardápio.

***

- Justin Bieber. Pov. –

Odiava que olhassem para Layla, meu sangue fervia só de pensar na possibilidade de algum filho da puta sequer encostar nela, estava pronto para meter um tiro bem dado na cara daquele salsicha arrombado quando ela me segura, tirando uma com a minha cara e logo se senta, sem se importar comigo.

 - Vai brincando pirralha, vai brincando comigo. – Disse cheio de ódio, mas Layla apenas sorriu, olhando para o cardápio.

Logo fizemos nossos devidos pedidos e agora sim eu percebi que Layla come mais que um pedreiro depois de um dia todo de obras de construção, ri sozinho ao vê-la fazer seu pedido exagerado e ela me encarou, sem entender.

- Você sempre foi de comer tanto assim?! – Perguntei simples, Layla deu de ombros.

- Não, realmente não. Mas de uns tempos para cá, tenho sentido vontade de comer sem parar, sei lá porquê. – Ela respondeu normalmente.

- Layla. – A encarei sério, seus lindos olhos azuis encontraram os meus, causando um arrepio pelo meu corpo. – Você tomou remédio depois da nossa primeira transa?

Não sei porque, mas estava torcendo internamente para que ela não houvesse tomado.

- Claro que sim, eu tenho cara de retardada por acaso?! – Ela perguntou ofendida, ri da cara dela.

- Quer mesmo que eu fale? – Arqueei a sobrancelha, provocando-a.

- Idiota. – Ela revirou os olhos para variar, mas sorriu em seguida.

Nossos pedidos chegaram, encarei Layla comer aquilo com a maior vontade do mundo, não sei porque, mas ultimamente ando gostando mais do que o normal de observa-la, era estranho, isso soa extremamente ridículo para mim, mas realmente acho que ela anda provocando coisas em mim que eu realmente não queria voltar a sentir.

Merda, não posso estar gostando mesmo da pirralha.

Ri internamente só com essa possibilidade. Isso é ridículo demais para mim.

Comemos normalmente enquanto Layla enchia meu saco me perguntando alguma coisa sobre a gangue quando eu vejo um cabelo conhecido entrar no restaurante.

Que.... porra?!

“Bieber, você tem que parar com a cocaína, você está mesmo começando a ficar doidão. ”

Meu subconsciente tirou sarro da minha cara, encarei de novo aquela pessoa e senti um arrepio gelado percorrer toda a minha espinha, soei frio para caralho, isso não era possível.

Ela andou normalmente acompanhada por um cara e se sentou a algumas mesas de distância, distraída com a possível conversa dos dois, vestia um vestido vermelho e sapatilhas.

QUÊ?!

PUTA QUE PARIU.

ISSO NÃO ESTÁ ACONTECENDO.

- Ashley?!

 Perguntei um pouco alto demais, chamando a atenção de Layla.

- Me chamou do que? – Ela rebateu, confusa.

- Não caralho, Layla, olha para trás! – Falei dessa vez mais alto, irritado com a lerdeza dela.

Me levantei da mesa correndo para poder encara-la melhor, mas algumas pessoas da mesa da frente se levantaram, dificultando a minha visão.

Merda, merda, merda!

- SAIAM DA FRENTE PORRA! – Gritei irritado, recendo vários olhares vindos de todas as pessoas daquela droga de restaurante.

Layla me encarou como se eu fosse um completo retardado e eu estava mesmo agindo como um agora, mas precisava que mais alguém visse aquilo para eu não estar ficando maluco!

Isso não está acontecendo.

Layla olhou para trás e voltou a me encarar, eu estava completamente paralisado com aquela visão, não conseguia falar nada, muito menos ouvir o que Layla me dizia.

Pisquei algumas vezes e cocei meus olhos, olhei para o lado e vi Layla, acariciando meu rosto repetidas vezes, me chamando para ela.

Olhei novamente assim que as pessoas se afastaram, provavelmente com medo de mim, encarei a mesma mesa de novo e....

Ela estava vazia.

Meu Deus.

- Justin, olhe para mim! – A Sharck pediu, a olhei na mesma hora. – Está tudo bem, você deve ter se confundido, só isso. – Ela deu de ombros, tentando me acalmar enquanto beijava a minha bochecha e pegava as suas coisas de cima da mesa. – Vamos sair daqui.

Eu não falava nada, estava estático demais para falar, Layla pegou minha carteira e foi em direção ao caixa, pagando nossa conta rapidamente e me pegando pela mão.

- Tchau Josh, foi um prazer. – Ela sorriu para o salsicha, me fazendo bufar alto.

- Tchau senhorita, espero encontra-la de novo em breve. – Ele sorriu para ela, filho de uma puta.

- A única coisa que você vai reencontrar vai ser a porra do meu punho na sua cara se você falar com minha mulher de novo, seu arrombado do caralho.

Sai dali puto da cara para não fazer ainda mais merda, puxei Layla comigo que por mais incrível que pareça, ria da situação.

- Você é impossível mesmo. – Ela revirou os olhos.

 

***

- Layla Sharck. Pov. –

Depois de muito sacrifício, consegui fazer com que Bieber me explicasse que merda havia acontecido naquele restaurante.

- Eu a vi sentada em uma das mesas, estava com um cara moreno que estava de costas, eu a vi porra, isso não é possível! Eu devo mesmo estar enlouquecendo! – Ele dizia mais para ele mesmo do que para mim.

Estávamos sentados na beira da praia, eu estava com minha cabeça apoiada em seu ombro, minhas rasteirinhas estavam ao meu lado junto com os óculos de sol, havia soltado meus cabelos, sentindo a brisa fresca em nossa direção.

- Relaxa, esqueça isso. – Ele colocou as mãos no rosto, respirando fundo. – Está tudo bem. – Eu sorri enquanto tirava suas mãos de seus olhos fazendo com que ele me encarasse. – Eu estou aqui com você.

Bieber me encarou com um olhar do doer a alma, suspirou derrotado e jogou a cabeça para trás.

Já era fim de tarde, estávamos com uma visão privilegiada do pôr do sol do Havaí em nossa frente na praia, algumas pessoas entravam timidamente no mar a nossa frente, crianças montavam castelinhos, alguns caras surfavam por aí, mas a praia já estava começando a ficar vazia.

- Está aqui porque não tem escolha.

Suas palavras saíram doidas, tanto para mim quanto para ele.

- Bieber... – Tentei dizer algo, mas ele me cortou.

- EU SÓ FODO COM TUDO! CARALHO! – Ele me encarou com sua típica mudança de humor, me assustando.

- Para com isso Justin! – O chamei, virando seu rosto para mim. – Não gosto quando você fica assim, me machuca... – Disse sem pensar, recebendo seu olhar avaliativo de sempre.

Bieber bufou, respirando fundo.

“ Não exponha seus sentimentos por ele Layla! Não faça isso! Ele nunca vai admitir sentir o mesmo, então não seja estupida. ”

 Meu subconsciente dizia, e ele infelizmente estava certo, para variar.

- Você é boa demais para mim Layla, esse é o problema. – Ele riu de uma forma irônica, me deixando sem palavras.

O que?!

- Hum? – Exclamei sem acreditar, Bieber me encarou, sorrindo por breves segundos.

- Eu não vou dizer isso de novo Layla, você não sabe como me doeu dizer isso da primeira vez.

Sorrimos, Bieber estava realmente começando a evoluir?

- Eu sei que sou boa demais para você, é isso que me mata. – Disse a verdade, sentindo Justin ficar tenso.

Ele me encarou de novo, como se quisesse memorizar cada milímetro do meu rosto.

- Te sequestrar foi uma péssima ideia, sabia? – Justin disse em tom de pergunta, não tirei meus olhos dos dele. – Deu absolutamente tudo errado no meu belíssimo plano Layla, você destruiu tudo que eu demorei muito tempo para construir.

Esse garoto era uma verdadeira incógnita, nunca dizia o que realmente tinha que ser dito.

- O que quer dizer? – Perguntei sem entender, Bieber deu de ombros.

A maresia chegava cada vez mais perto, aquele cheiro que me causava ótimas sensações agora me enojava, do nada senti vontade de botar tudo que havia comigo o dia todo para fora.

Devo ter ficado mais branca que um papel para Justin ter percebido e olhado para meu rosto com ar de preocupação, me puxando para ele.

- Tudo bem? Você está pálida para caralho. – Ele me puxou para seu colo, disfarcei meu mal-estar, me focando apenas em seus olhos cor de mel, sorrindo.

- Sim, passo mal as vezes, é normal, tenho pressão baixa. – Dei de ombros, querendo acreditar nessa desculpa tanto quanto ele.

- Aham, sei. – Ele respondeu desconfiado, mas logo o puxei para mim com tudo, colando nossos lábios, Justin se assustou com meu ato brusco, mas era como se eu estivesse sentindo uma vontade inexplicável de beija-lo, pedi passagem com a língua e ele cedeu prontamente, me colando ainda mais contra seu corpo, passando suas mãos pela região das minhas coxas e me deixando completamente sem ar.

O senti abaixando as alças do meu vestido devagar, as minhas já caminhavam para a barra de sua camisa xadrez sentindo seu abdômen trincado por baixo da mesma, senti beijos molhados em meu pescoço que ainda estavam marcados por seus chupões, nós queríamos muito, mas na praia, agora, não dá né.

- Jus... – O chamei entre o beijo, enquanto aquele ser de cabelos dourados me puxava ainda mais para ele. – Justin...aqui não! ...Jus! – Ri do seu desespero e a contragosto Bieber se separou de mim, emburrado.

- Me provoca, me deixa de pau duro e depois me manda parar, eu não te entendo pirralha! – Ele desabafou, rindo enquanto apertava seu membro por cima do jeans branco da bermuda, me fazendo rir.

- Vem, vamos logo!

Sai correndo com minhas coisas nas mãos em sua frente, depois de alguns segundos correndo pela praia, ouvi passos apressados atrás de mim, era Justin rindo enquanto me perseguia pela areia, corri ainda mais, e infelizmente poucos segundos depois Bieber acabou me acalçando, me derrubando no chão.

- Idiota! – Gritei enquanto ria de suas cócegas, me debatendo embaixo de seu corpo. – Para Justin! Para com isso! – Gritei de novo, rindo ainda mais.

Bieber me ignorou e continuou me fazendo cócegas até eu quase desmaiar, assim que cansou, me pegou no colo, me jogando por cima de seu ombro e rindo, começando a andar.

- Calma! Calma aí! – Bati levemente em suas costas para que ele me soltasse, e assim que ele soltou, corri até a beira do mar, procurando algo com os pés, conchas.

- O que está fazendo pirralha?!

Bieber perguntou enquanto rodeava minha cintura com suas mãos e assim que as encontrei, me agachei no chão para guardar no bolso de Justin, que me olhou estranho ao sentir o volume em seu bolso.

- Conchas?

- Eu adoro conchas! E é um presente por você ter até se comportado nas nossas férias. – Sorri para ele, que me encarou como se não acreditasse.

- Podia me dar um Koenigsegg Trevita prata como recompensa né? Mas eu aceito isso aqui também.  – Ele riu para mim, como dificilmente fazia.

- Você podia ser assim sempre, né? - Perguntei simples, Justin pareceu não entender o que quis dizer. – Ser legal Bieber! Legal! – Ele balançou a cabeça negativamente, me encarando.

- Eu sou sempre legal pirralha. – Revirei meus olhos. – Vamos? Está quase na hora de ir...

O olhei triste e ele pareceu entender o que eu realmente queria dizer, mas deu de ombros e me pegou de novo sem permissão, me jogando contra suas costas e saindo correndo.

Eu não queria ir embora, não agora que estávamos nos dando bem, não queria mesmo, eu havia amado essa viagem apesar do começo torto que ela teve, e não queria deixar isso tudo para trás.

As pessoas nos encaravam como se fossemos dois malucos naquela praia, mas não nos importávamos com isso no momento, aquele momento seria para sempre guardado comigo, e espero que com Justin também.

Mas estava na hora de voltar, encarar a vida de verdade, encarar meus medos que ainda me esperavam em Los Angeles e encarar a vida que eu levo lá com ele.

Mas depois dessa viagem, muitas coisas vão mudar.

***

- (Censurado.) Pov. –

- Isso vai ser mais difícil do que eu estava pensando. – O escutei bufar, ele pelo jeito estava tão frustrado quanto eu encarando aquela cena de dar náuseas.

- Merda, isso não pode ser verdade! Ela foi forçada a casar com ele porra! Não pode ser real! Olha aquilo! Eles não parecem nem um pouco se odiar ou algo do tipo.

Os dois corriam na praia feito um verdadeiro casal de verdade, ela ria enquanto ele corria com ela nas costas, isso era ridículo, ele não podia ter superado o que a gente teve em tão pouco tempo! Isso era impossível!

Ele ainda me amava, eu podia sentir.

Senti meus olhos quererem marejar, mas não choraria ali, não desse jeito, eu ganharia essa guerra que teria que travar e o teria de volta, faria tudo para tê-lo de volta, inferno!

- Eu o amo, não posso perde-lo para essa pirralha idiota! Deus! Isso soa surreal para mim... – Coloquei minhas mãos em torno da cabeça, tentando buscar calma.

- Não fale assim dela, e eu a amo! Amo para caralho! Como acha que eu me sinto a vendo nos braços desse gangster de merda? Hein?! – Ele me chacoalhou, completamente transtornado.

Eu ainda observava aquilo sem acreditar enquanto tirava as fotos prometidas para o papai idiota dela que ainda insistia a dizer que ela estava sendo forçada e o caralho a quatro, vamos ver se agora aquele imbecil cai logo na real e acredita mesmo que a filhinha dele está completamente apaixonada por Justin Drew Bieber!

- Lionel vai enfartar quando ver isso. – Ele chamou minha atenção, vendo os dois se beijando na frente da praia toda.

- Ah vai, e vou ter o prazer de provar para ele a bela vagabunda que a filhinha amada dele é.