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História Revenge Girl - I wanna know you


Escrita por: MandsChan

Notas do Autor


Mais um pra vocês amorecos! Não esqueçam de me contar o que estão achando! :*

Capítulo 33 - I wanna know you


- Meiling? Como assim Meiling? – então liguei os pontos. – Você tem algum tipo de problema? – indaguei incrédula.

- Calma Sakura, eu posso explicar.

- Sai já daqui! – disse alto. Shaoran me encarava confuso. – Você é uma psicopata. Inventa nomes, uma histórianha ridícula de “garota do interior”. Se aproxima de mim, frequenta minha casa. Pra que? Qual o seu objetivo afinal? Me separar de Shaoran?

- Não! Claro que não! – ela gesticulava no ar as mãos em negativa com os olhos assustados. Como eu pude ser tão burra e não reconhecer aqueles olhos castanho-avermelhados? A família Li era muito parecida.

- E você, sabia de tudo! Aposto! – me virei para Shaoran e passei a estapeá-lo no braço.

– Para com isso! – ele segurou minhas mãos. -  Estou tão confuso quanto você. – vi que ele estava falando a verdade e abaixei minhas mãos. – Que história é essa Meiling? – ele se dirigiu a prima que parecia acuada.

- Vou contar tudo. Se a Sakura deixar, claro. – os dois olharam para mim em dúvida.

- Fala logo antes que eu mude de ideia. – disse ríspida. Ela suspirou sentando-se na cadeira de frente para a minha mesa. Shaoran sentou ao lado e pôs a ouvir a história assim como eu.

O que não saia de minha cabeça era que Tomoyo sabia dessa história o tempo todo.

Flashback on

Narrado por Meiling

Eu estava atrasada, muito atrasada. Tinha um ensaio fotográfico em quinze minutos e ainda estava passando pelo Central Park. Esta falta de carro está me matando.

Enquanto corria apressada pela calçada do parque, não pude deixar de diminuir o ritmo e perceber que tinha alguém muito triste sentado num branco. Um homem, com o rosto enterrado nas mãos, parecia estar em prantos.

Apesar do atraso, sentei-me ao lado dele, observando-o cautelosamente. Ele então notou minha presença, se assustando inicialmente. Logo depois engatamos numa conversa e este homem se revelou nada mais, nada menos que Xiaolang Li, meu querido primo que não via há muitos anos.

– Que tal um café? Para distrair um pouco. – sugeri já desistindo de comparecer ao estúdio. Eu iria embora em duas semanas, eles não poderiam me demitir por furar um ensaio. E além do mais, já estava atrasada. Xiaolang aceitou o convite e pusemo-nos a caminhar rumo á Starbucks mais próxima.

Meu primo tinha se tornado um homem muito especial, daqueles raros e românticos que se escondem de mim por aí. Um instinto protetor surgiu em mim do nada e passei a ter um pouco de raiva da pessoa que o estava fazendo sofrer tanto. Mas tentei dissuadir este sentimento antes de conhecer melhor quem Xiaolang tinha se tornado e o mais importante, quem tinha o abandonado.

O papo estava muito bom, eu até conseguira arrancar alguns sorrisos de seu rosto doce, até que Tomoyo apareceu, dificultando as coisas.

- O que significa isso Shaoran Li? – ela disse nervosa. Tomoyo Daidouji, a modelo famosa que eu fotografaria amanhã, pela primeira vez.

Xiaolang fechou a cara e a respondeu grosso. Apenas me apresentei. Ela saiu bufando.

- De onde conhece ela? – disse curiosa.

- É a melhor amiga da... – ele parou de falar.

- Entendi. – disse sorrindo.

Conversa vai, conversa vem, o tempo passou e eu fui para casa, que coincidentemente era no mesmo prédio da atual quase namorada de Xiaolang.

No dia seguinte, na agência, após dar os primeiros passos no corredor fui parada por Todd, o produtor.

- Onde esteve ontem? Deixou todo mundo na mão! – ele estava bravo, mas eu não estava me importando muito.

- Me desculpe, tive problemas.

- Problemas que não te deixam avisar? Dar um telefonema se quer? – revirei os olhos.

- Me desculpe, de verdade. – ele apenas suspirou.

– Corre pro estúdio, Tomoyo está quase pronta. Ah, já fechamos seu último trabalho. Vai ser pra Levi’s, com Sakura Kinomoto. – arregalei os olhos.

- Sakura Kinomoto? – Sakura... Só podia ser a Sakura de Xiaolang. Modelo, trabalha no mesmo lugar que a amiga histérica de ontem...

- É. Algum problema?

- Não, imagina, nenhum, - sorri amarelo. Fomos ao estúdio.

- Tomoyo, quero te apresentar Mulan, sua fotógrafa de hoje. – a morena olhava para a tela do celular, quando levantou os olhos, e estes pousaram em meu rosto, seu queixo quase caiu de surpresa.

- O que está fazendo aqui? – ela disse em alto tom de voz.

- Precisamos fazer um trato.

- Trato? Você está brincando, certo? A troco de que faria um trato com você?

- Por favor Tomoyo, só me escute. – disse em tom suave encarando-a profundamente. Ela vacilou.

- Então você acha que é fácil assim? Vem me encarando com esse jeitinho doce, e...-

- Por favor. – repeti. Ela olhou para Todd, como se pedisse para que ele se retirasse, e ele o fez, sem ao menos questionar.

- Você tem cinco minutos, até o ensaio começar. – ela disse seca.

- É o suficiente. – Tomoyo cruzou os braços e passou a bater a ponta dos pés no chão. – Não sei se lembra mas meu nome é-

- Mei para os íntimos. Mei para Shaoran. – ela revirou os olhos.

- Você não parecia tão agressiva ontem.

- Vou confessar, eu até te achei simpática, mas você estava no lugar errado, na hora errada e com a pessoa errada ontem. – ela cerrava os olhos. – E só pra constar, agora você tem quatro minutos.

- Será que pode me deixar falar então?

- À vontade.

- Como estava dizendo, quero fazer um trato. Meu nome completo é Meiling Li e pelo o que eu pude perceber a Sakura de Xiaolang é a mesma Sakura Kinomoto que trabalha aqui, certo?

- Por que quer saber?

- Certo, ou não? – ela assentiu. – Acabei de descobrir que vou fotografá-la em alguns dias... Mas com essa confusão toda, peço que não conte nada sobre mim. – Tomoyo riu ironicamente.

- Pra sua informação, eu já contei. – suspirei. – Mas por que queria segredo? O que você e Shaoran estão tramando? Se conhecem de onde? A quanto tempo estão juntos?

- Contou, certo. Mas aposto que disse meu nome... Por favor, não mencione o apelido Mulan, eu realmente preciso me camuflar agora. E não pira, eu não tenho nada com Xiaolang!

- Então por que quer manter segredo de seu nome? E por que chama ele desse jeito esquisito? – passei lentamente as mãos pelos cabelos.

- Ele é meu primo! Não nos vemos desde que éramos crianças, na China. Nos reencontramos há dois dias, depois de todos esses anos. Sinto que Sakura e ele terão certos problemas comigo por perto. Se você é estourada deste jeito, não quero nem imaginar como Sakura é. Ah, e Xiaolang é o nome dele pronunciado em chinês. – disse sorrindo acanhadamente, observando um pequeno sorriso brotar dos lábios de Tomoyo.

- Sakura é bem pior, posso garantir. – ela constatou.

- Por isso mesmo, preciso de um favor seu.

- Que seria?

- Não conte nada para Sakura sobre mim.

- Mas eu já...-

- Não, você contou sobre Mei, a morena que encontrou tomando um café com Xiaolang, mas não mencionou nada sobre Mulan.

- Que é a mesma pessoa. – ela afirmou.

- Mas ela não sabe. – Tomoyo me olhou confusa.

- Para que tudo isso?

- Eu descobri que vou fotografá-la daqui a alguns dias, e pretendo me aproximar dela. Tanto para conhecê-la melhor quanto para tentar entender alguma coisa que está acontecendo entre ela e meu primo. Quero ajudá-lo, não sei, não suporto vê-lo chorar mais. E para isso acontecer, ela não pode saber quem eu sou. Acho que não se aproximaria da Mei... Mas da Mulan, quem sabe? – ela apenas me encarou por alguns segundos em silêncio, como se captando o bolo de informações que joguei em seu colo.

- Então quer que eu finja que não te conheço, quer que eu minta para a Sakura, só para evitar problemas entre ela e o Shaoran?  - assenti delicadamente.

- Bem, sim. – ela abriu um sorriso e aproximou-se de mim, segurando minhas mãos.

- Já gostei de você, Mulan. - sorri alegremente e puxei-a para um abraço. – E de onde veio esse apelido? – ri lembrando-me da situação e separamo-nos do abraço.

- No meu primeiro dia aqui um modelo muito folgado percebeu que eu era nova e soltou: “Ô japinha, vai pegar um café pra mim vai.” Eu fiquei muito brava e deixei claro que eu era chinesa e não japonesa. Sem ofensas. – Tomoyo sorriu – Ele revirou os olhos e reformulou a frase “desculpa, ô Mulan vai pegar um café pra mim vai”. Apesar de odiar aquele cara o apelido pegou e eu acabei gostando.

Dali em diante eu e Tomoyo nos aproximamos muito. E o dia das fotos de Sakura se aproximavam cada vez mais. Não comentei com Tomoyo que este seria meu último dia na agência.

Então no meio de um ensaio fotográfico com um maravilhoso moreno de olhos verdes, sim, esta é a parte de que vou sentir falta da agência, meu celular vibrou, tinha recebido uma mensagem, de Tomoyo.

 “Acabei de pegar a Sakura no aeroporto. Se prepara, vão se ver em breve.”

Flashback off

Narrado por Sakura

- E então o dia do nosso ensaio fotográfico chegou e bem, daí pra frente você já sabe tudo. – Meiling disse olhando apreensivamente em meus olhos enquanto acabava de contar-me a verdade.

Eu estava chocada. Mas ao mesmo tempo aliviada.

Estava chocada por saber que aquela nova amiga do peito que tinha conhecido, que me identifiquei de primeira, que morava no mesmo prédio que eu. Aquela texana que fugiu aos dezessete anos em busca de um sonho. Aquela fotógrafa nata... Me enganou.

Mas ao mesmo tempo estava aliviada por saber que Mei, a morena misteriosa que estava tornando-se irritantemente íntima de meu namorado, era ela. Sinceramente, por este lado estava pulando de alegria, não teria mais que me preocupar com Mei, já que conhecia e confiava em nela... Ou não, quer dizer, ela me enganou. Pensando bem, Tomoyo também me enganou... Ah, que droga, estou confusa.

- Vocês não vão dizer nada? – a morena me despertava de meus devaneios. Olhei para Shaoran e este também estava com o semblante de estar longe, perdido em pensamentos.

- Eu ainda não entendi o porquê de me esconder o fato de conhecer Sakura, Felicia/Mulan – Shaoran pronunciou-se irônico.

- Se eu contasse você iria contar para ela, e desmoronaria tudo o que construí. E além do mais, depois de tudo, Sakura poderia...–

- Surtar? – Shaoran sugeriu divertido. Ela sorriu.

- Exatamente. Tudo bem que eu acho que isso acabou de acontecer. Mas ao invés de gritar comigo, ela se mantém num silêncio sepulcral completamente preocupante. – Shaoran aproximou-se da prima e a abraçou carinhosamente. Eu apenas observava a cena sem demonstrar nenhuma emoção.

- Eu vou deixar vocês a sós. Mas só pra constar, para mim já está contratada. – Meiling sorriu. Ele então se aproximou de mim, selou meus lábios e sussurrou em meus ouvidos. – Pega leve. – depois virou-se para a porta da sala e saiu.

 A morena então aproximou-se de mim e tomou minhas mãos com as suas.

- Sakura, você pode falar alguma coisa? Xingue-me, grite comigo, qualquer coisa. Mas pare com este silêncio, por favor. – ela dizia olhando-me fundo nos olhos. Entreabri meus lábios e deixei um suspiro passar por entre eles.

- Eu confio na Mulan. – disse observando um pequeno sorriso surgir em seus lábios. – Mas mal conheço a Meiling. – o sorriso se desfez.

- Como assim? Elas são a mesma pessoa. – ela dizia confusa.

- Não, não são. A Mulan é aquela fotógrafa sonhadora, alegre. A texana fugida e destemida que ganhou minha amizade em dois tempos. – ela apenas me observava atenta. – Já a Mei, para mim sempre foi uma ameaça. Nunca a conheci, mas sempre soube que ela se encontrava com meu namorado, e conversava com ele sobre o meu relacionamento.

- Olha, eu não sei-

- Deixa eu terminar. – ela assentiu. – Você me conhece por inteira, e-

- Bem, mais ou menos. Tomoyo me disse que você mudou depois da aposta, então eu não conheço a outra Sakura. – ela era impulsiva como eu, não ia me deixar terminar.

- Tomoyo te contou da aposta? – disse desvencilhando minhas mãos das suas

- Sim, e Xiao também. – encarei-a surpresa. Ela aprofundou seu olhar no meu. - E eles contaram para a Meiling. Eles confiam na Meiling. – desviei meu olhar do seu.

- A questão é, não tem outra Sakura, a única Sakura que existe hoje é esta que esta na sua frente, e você a conhece por inteira. Eu não acho justo te conhecer pela metade.

- Mas você me conhece por inteira Sakura. Você não entende que Mei e Mulan são a mesma pessoa? Sou eu. A única diferença é o jeito que me chamam.

- Cada um te chama de um jeito mesmo, até de Felicia Carter! De onde tirou isso? – ela sorriu amarelo.

- Do livro que estava na mesa da sua sala. Foi a primeira coisa que pensei quando perguntou meu nome. – SABIA que conhecia aquele nome de algum lugar.

Ela suspirou e pegou sua bolsa. Virou-se para a porta.

– Onde pensa que vai?

- Embora? Depois de tudo o que aconteceu não espero conseguir o emprego, então, não tenho mais o que fazer aqui. – ela começou a andar até a porta. Alcancei-a rapidamente segurando-a pelo braço.

- Pare com isso está contratada. – ela me olhou incrédula.

- Como? Você não faz sentindo algum.

- Eu sei. – suspirei. – Mas parece que mesmo assim você me entende. – ela sorriu leve e me puxou para um abraço.



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