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História Reverse - II TEMP. - "Completo - finalmente."


Escrita por: Catnip-Potter

Notas do Autor


Oi, aqui está o tão esperado encontro. Espero que aprovem.

TRILHA SONORA DO CAP: I Go Wherever You Will Go - The Calling.

BOA LEITURA <3

Capítulo 14 - "Completo - finalmente."


Harry puxou a varinha de minha mão, rindo. 

— Esta fazendo nevar de novo — ele disse em tom de quem se diverte. 

Bufei em frustração. Eu estava agitada, ansiosa, com meu estomago dando voltas completas.

— Eu não sei o que dizer a ele. — choraminguei. 

— Diga a verdade. 

Tapei meu rosto com as mãos, exasperada.

— Ah claro, vou dizer a ele que Draco me abandou gravida para servir a um bruxo das trevas — resmunguei. 

Escutei a risada abafada de Harry.

— Essa não é exatamente a verdade — disse. 

Não respondi. 

— Hermione, você esta exagerando. Hugo tem três anos, não vai fugir de casa por você ter escondido a existência de Draco. 

Tirei as mãos de meu rosto e o encarei com desagrado. Estavamos em minha sala, Harry tinha ido até la depois de um bilhete desesperado que eu lhe mandara. 

— Harry James Potter, você não ta ajudando — falei acre. 

— Quem não esta ajudando é você — retrucou. 

— Argh! 

— Mione, não torne as coisas mais complicadas do que realmente são — disse em um tom mais brando.

Mordi meu labio inferior, agitada. 

— Hugo vai ficar todo empolgado para conhecer a Doninha — brincou, arrancando-me um pequeno sorriso.

Ficamos nos olhando até meu sorriso murchar, o que não demorou muito. 

— Mas e se Hugo reagir de forma negativa ? — perguntei aflita. 

Harry inspirou profundamente, então expirou. 

— Você costumava ser mais positiva — rebateu. 

Mordi meu labio inferior. 

— Não é uma questão de ser positiva ou não.

— Você pensa demais — murmurou. 

Está aí. Eu andava ouvindo muito isso nos ultimos meses, "você pensa demais", isso deveria ser uma coisa boa, não ? Implica sensatez. Mas, aparentemente isso era um defeito para o resto do mundo, já que cada um que dissera essa frase a mim a pronunciara de forma negativa. Eu estava realmente tornando as coisas mais complicadas do que eram de fato ? Eu esperava de todo o coração que sim. 


. . . 



Peguei Hugo na escolinha, meu pai me emprestera o carro. Coloquei Hugo na cadeirinha em silêncio, minhas mãos tremiam tanto que eu estava tendo dificuldades com o cinto. Ele colocou a mãozinha por cima da minha, me fazendo parar. Olhei para ele curiosa.

— Eu fecho — murmurou. 

Ergui as sobrancelhas, surpresa, e tirei minhas mãos do cinto. Hugo o prendeu facilmente, fazendo um estalo, então ergueu os olhos para mim dando um grande sorriso de vitória. Devolvi seu sorriso, sem graça. Meu filho as vezes era um pouco precoce para um garotinho de três anos e constantemente me surpreendia. Fechei a porta e contornei o carro, entrei e o liguei. Um tempo depois me vi parada no transito; naquele horario as ruas de Londres ficavam abarrotadas de veículos. Suspirei, cansada. Dei uma olhada no relógio. Eram 18h40m, fazia exatamente vinte minutos que eu pegara Hugo na escola - e faltava apenas uma hora e dez minutos para encontrar com Draco. Eu tinha pouco tempo. Mordi meu labio inferior enquanto olhava Hugo através do espelho do carro. Ele olhava para fora, tamborilando os dedinhos na janela e balançando as pernas.

— Hugo ? — chamei. 

Ele virou o rosto na minha direção e esperou. Franzi meu cenho enquanto tentava encontrar uma maneira de começar. 

— Se lembra daquela noite em que me perguntou sobre seu ... pai ? — forcei-me a dizer. 

Estava receosa, não queria que ele me culpasse por esses anos sem o pai. Hugo me encarou confuso por um segundo, então sorriu.

— Aham. — ele disse. 

Esbocei um sorriso. 

— E você lembra o que eu disse a você ? — perguntei. 

— Mais o menos — confessou, dando uma risadinha. 

Não pude deixar de rir também, lembrando na mesma hora o que Harry me dissera. 

— Você me perguntou se tinha um papai e eu havia dito que sim. Mas que ele estava resolvendo alguns problemas ... — o lembrei.

— E você prometeu que eu ia conhecer o Papai — ele concluiu. 

Engoli. Harry não estava tão certo assim sobre a memória de um garotinho de três anos, ele lembrava de cada palavra que eu disse, mesmo que naquele momento estivesse entorpecido pelo sono. 

— Prometi — afirmei. 

Ele sorriu para mim, me dando coragem para continuar. 

— Bom, acontece que hoje será uma noite especial — falei a ele. 

O trânsito finalmente se movimentou e pude andar com o carro. Ainda em lentidão, mas ainda sim, estavamos em movimento. 

— Noite especial ? Vai ter sorvete ? — Hugo perguntou contente, sua sobrancelha se arqueando automaticamente, uma cópia perfeita de seu pai. 

Dei uma risadinha, sentindo-me um tanto mais aliviada pelo rumo que a conversa tomava. Afinal, o que eu estava esperando ? Um monólogo serio e detalhado sobre tudo o que acontecera, obviamente, esquecendo do quão pequeno meu menino era. Ele não enxergava as coisas pelo meu ponto de vista, ele era uma criança, cheia de esperança, positividade e alegria. Eu estava me preocupando atoa, definitivamente. 

— Não sei se vai ter sorvete, mas ... — comecei em um tom triste.

— Mas o que mamãe ? — quis saber, impaciente. 

Olhei para ele por sobre o ombro, sorrindo.

— Mas você vai conhecer seu Papai — conclui alegremente. 

Seus lindos olhinhos acizentados se arregalaram e se iluminaram. Ele abriu a boca em um sorriso enorme, fazendo meu coração disparar e meus olhos enxerem-se de agua. Hugo sacudiu as pernas, feliz. 

— Sério ?! — ele quase gritou. 

Eu não conseguia parar de sorrir, era a melhor sensação do mundo ver meu menino daquele jeito, tão feliz. 

— Sérissimo ! — respondi. 

Seu sorriso se ampliou, de orelha a orelha. 



Uma vez livre do trânsito dei inicio a uma corrida contra o tempo, tendo apenas quarenta minutos para chegar em casa, arrumar Hugo e me arrumar. Cinco minutos depois consegui estacionar o carro na garagem do prédio. Desci as pressas, tirei Hugo da cadeirinha pegando-o de lado em meu colo, fechei a porta com o joelho e não me incompdei em travar as portas. As desvantagens de se estar em um lugar Trouxa, eu não podia usar magia na frente dos outros. Corri para dentro, conseguindo alcançar o elevador antes que o mesmo se fechasse. Hugo ria da minha afobação. 


Entrando em casa coloquei Hugo no chão. 

— Direto para o banho, Hugo ! — falei para ele, guiando-o pelo ombro até seu quarto. 

Abri as torneiras de sua banheira e o deixei ali, tirando o uniforme. Fui para meu quarto arrancando meus saltos pelo caminho, usando a parede de apoio. Entrei e larguei tudo por cima da cama: bolsa, casaco, sapatos, varinha, vestido e a presilha que prendia meu cabelo. Voltei para o quarto de Hugo apenas de peças intimas - ele estava acostumado a me ver perambular assim pela casa. Quando retornei o encontrei preso na gola de sua camisa que havia enroscado no topo de sua cabeça. Ele grunhia e se balançava, tentando puxar a camiseta para cima sem sucesso. Não pude deixar de rir. 

— Não tem graça ! — ouvi sua voz abafada, porém ele mesmo parecia estar achando engraçado. 

— Claro que tem. — retruquei — Deixa a mamãe ajudar você. 

Segurei a barra da camiseta e fiz força para cima, puxando-a. Finalmente conseguindo arranca-la. 

— Minha orelha ... — resmungou ele, esfregando a mesma.

— Sua orelha vai sobreviver. Agora vai pro banho — falei sorrindo, beliscando-o na barriga. 

Ele riu e correu sem roupas para o banheiro. 


Depois de dar banho em Hugo o troquei rapidamente - calça jeans, camiseta azul com estampa do Super Man e tênis. Hugo era louco por super heróis. No fim de quinze minutos ele estava impacavél. Deixei ele em minha cama com seus desenhos e um pacote de bolachas recheadas, ele não era do tipo desordeiro - não quando estava hipnotizado com a televisão. Então fiz bom uso dos vinte minutos que me sobraram para me arrumar a tempo. 


A campainha tocou. Hugo trocou um olhar ansioso comigo, mordendo sua chupeta com toda a força. Hugo veio atras de mim, saltitante. Parei com a mão na maçanete e respirei fundo uma vez antes de abri-la. Para a minha surpresa não era Draco que estava ali, mas outro bruxo - eu sabia que se tratava de um bruxo ppr conta de suas vestes, que eram muito parecidas com um traje a rigor. Franzi o cenho, confusa. 

— Hermiome Granger, estou aqui a mando do Sr. Malfoy. Serei seu motorista essa noite — anunciou, um sorriso educado no rosto.

— Mamãe, esse é o papai ? — ouvi Hugo perguntar atras de mim, puxando a barra da minha blusa. 

— Não, querido — murmurei, achando graça. 

O motorista assentiu, alargando seu sorriso, então fez um gesto com a mão indicando o elevador.

— Podemos ir ? — perguntou. 

Mordi meu labio inferior intrigada, imaginando o que Draco estaria aprontando dessa vez. 

— Claro. — respondi com um suspiro. 



POV.DRACO



Debrucei na madeira envelhecida que cercava o pier, puxando meu masso do bolso de trás do meu jeans. As luzes da Roda-Gigante do parque Alton Towers refletindo na água, prendendo minha atenção ali. Eu estava me corroendo em ansiedade, pirando, suando frio. Milhões de pensamentos e possibilidades passando por minha mente, um medo aterrador de uma possivel rejeição. Traguei profundamente, fitando a agua, o barulho das risadas, das músicas, dos brinquedos e do falatório, não eram o suficiente para abafar aqueles malditos pensamentos carregados de negatividade. Soltei a fumaça para cima, tentando me distrair com o formato que ela tomava, quando o ruído de pneus contra o asfalto me chamou atenção. Olhando por sobre o ombro reconheci o carro, meu coração inflou e intalou na garganta. Joguei o cigarro rapidamente na água enquanto o carro estacionava e me virei a tempo de ver o motorista que eu contratara descer e caminhar até a porta de trás. As portas foram destravadas. Hermione desceu primeiro, me fazendo perder uma batida de coração. Ela estava maravilhosa, usava uma calça jeans escura, uma blusa vermelha com um decote pequeno - mas ainda assim, de tirar o folêgo - e sapatilhas da mesma cor. A roupa pouco importava de fato, pra mim Hermione podia estar usando trapos, continuaria estonteante, causando o mesmo efeito em mim. Respirei fundo enquanto ela abria um sorriso. Seus cachos soltos, emoldurando seu rosto, um pequeno colar em seu pescoço. Eu podia sentir seu perfume de onde estava. Dei um passo em sua direção. Foi quando ele desceu do carro, a primeira coisa que vi foram seus tênis brancos. Me detive, reparando em como ele era pequeno - embora a porta do carro estivesse encobrindo ele. Meu coração entrou em um ritmo louco e desenfreado. Quanto tempo ansiei por esse momento ? E agora, finalmente havia chegado. Hermione se agaixou ao lado dele, murmurando alguma coisa que eu não pude ouvir. Um segundo depois ele deu um passo hesitante para dentro de meu campo de visão, espiando por trás da porta. Vi seus olhinhos grandes e brilhantes - cinzas, a cópia exata do meu - me analisarem com curiosidade. Ele se inclinou e sussurrou alguma coisa no ouvido de Hermione, que abriu um grande sorriso e assentiu para o menino quando ele afastou o rosto. Engoli. Estava ansioso, minhas mãos suavam, eu não sabia bem o que fazer, apenas o que queria fazer. Queria acabar de uma vez por todas com aquela distância entre nós, abraçar meu garoto e não solta-lo nunca. Como se ouvisse meus pensamentos Hugo esboçou um sorriso, sem graça. Olhou para a mãe e de volta para mim, repitiu isso três vezes. Inesperadamente saiu correndo na minha direção, me abaixei a tempo de pega-lo, seu corpo pequeno se chocou contra o meu, seus braços apertando meu pescoço em uma força supreendente para um menino de três anos. Paralisei por uns segundos diante daquele abraço, até que me dei conta do que estava acontecendo, que aquilo era real. Era meu filho ali, meu menino, me abraçando, me aceitando sem fazer perguntas. Um amor que não cabia no peito, que por isso batia nele, era ele que pulsava fora de meu corpo. Aquele amor único que te inflama, que te preenche, que te aquece. Fui dominado por aquela sensação e sem hesitar mais, meus braços se apertaram ao redor dele. As lágrimas escorrendo livremente por meu rosto. Nos apertamos com mais força e levantei com ele em meu colo. Eu o amava com todo o meu ser, com toda a minha alma, estava me amaldiçoando por ter perdido tanto tempo longe do meu filho. Ele afastou o rosto do meu ombro para me olhar, esticou o dedo e tocou uma lágrima em minha bochecha.

— Porque você ta chorando, papai ? — murmurou em uma voz fininha e melodiosa. 

Engoli em seco e mordi minha boca, tentando controlar o choro, as emoções. Ouvir ele me chamar de "papai" tirou meus pés do chão.

— Eu estava com saudade. — respondi com a voz embargada. 

— Você demorou — ele falou, torcendo minha camiseta em seus dedinhos.

— Você pode me perdoar pela demora ? — perguntei hesitante, minhas mãos estavam trêmulas. 

Mesmo que ele não entendesse o que de fato estava se passando ali, mesmo que para ele não importava o que tinha acontecido, eu precisava pedir perdão a ele, mesmo que não fosse no total das palavras, no total do que tudo aquilo significava. 

Ele sorriu, assentindo, e voltou a deitar a cabeça em meu ombro, me apertando de volta em seu abraço. 

— Também estava com saudade — murmurou em meu pescoço, fungando.

Suas palavras eram mais do que eu merecia, muito mais, muito maior do que toda a merda que eu havia feito. Eu me sentia quebrado e inteiro ao mesmo tempo. Apoiei meu queixo em seu ombro pequeno, fechando meus olhos, querendo que aquele abraço fosse infinito, me sentindo infinito. Eu finalmente estava com meu menino em meus braços.  

— Eu amo você, Hugo. Mais do que tudo nesse mundo. — sussurrei, minha voz rouca e entrecortada.

Aquele pequeno menino em meu colo era tudo para mim e ali, fiz uma promessa silenciosa. Eu seria um bom pai, ele merecia, eu jamais cometeria o erro de deixa-lo outra vez. Eu estava completo - finalmente.


Aonde quer que ele fosse, eu estaria ali por ele, para cuidar dele, sempre.



POV. HERMIONE



Um dia, uma semana, um mês, um ano, três anos. . . Esse tempo todo não parecia ter existido entre eles, entre meus meninos. Eram apenas números, era insignificante. Eles se amavam, ponto. O que foram três anos sem a presença do outro, sem se conhecerem ? Não fora nada. Nada diante daquele amor incondicional que eles estavam sentindo enquanto se abraçavam. Eu não conseguia conter as lagrimas, me mantive a distância, apenas observando com o coração quase explodindo em meu peito. Quando Hugo desceu do carro, quando me perguntou se podia ir abraçar seu pai, eu achei que não ia me aguentar em pé de tamanha emoção. Agora, olhando os dois, no momento deles, abraçados, Draco chorando em silêncio, eu tinha completa certeza de que não me aguentaria. Funguei, secando uma das lagrimas que escorriam com as costas da mão. Draco abriu os olhos e me olhou, o cinza de suas iris completamente derretido. 


Felicidade em sua forma mais pura. 


Ele gesticulou com a mão me chamando para perto e não hesitei, corri até eles e os abracei apertado. Draco passou um braço a minha volta, me aninhando entre ele e Hugo, os dois homens da minha vida. Senti um beijo apertado em minha testa, seguido de um sussurro caloroso ao pé do ouvido.

— Obrigado.






Notas Finais


COMENTEM ! <3 #chamanochoro rs :')

LINK DA MUSICA - https://m.youtube.com/watch?v=iAP9AF6DCu4

Até o próximo, amores !

E obrigada pelos favoritos e os comentarios que transbordam incentivo ! <3


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