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História Reverse - II TEMP. - Wine And Selfishness


Escrita por: Catnip-Potter

Notas do Autor


Oi, espero que gostem !
Iniciando contagem regressiva rs (Faltam 5)

TRILHA SONORA: Jason Mraz - I Wont Give Up

Capitulo dedicado a minhas meninas, que me ajudaram MUITO ! Toda a minha admiração p vocês, Cap e Phami ❤

Boa leitura amorzinhos ❤

Capítulo 19 - Wine And Selfishness


Um dia ruim, mais um dia ruim.


Estava começando a pensar que talvez houvesse um imã em minhas costas que atraísse apenas problemas. Era para ser apenas um almoço entre colegas de trabalho, começou com uma conversa simples; falamos sobre o período em que estudamos em Hogwarts, sobre comida, as dificuldades no trabalho e então chegamos ao assunto "estado emocional". Alfred queria saber porque eu estava mal, e a princípio eu não quis falar, mas depois pensei "porque não?". Seria bom conversar com alguém de fora, completamente neutro - pelo menos era o que estava pensando quando comecei a me abrir sobre Draco, Ronald e toda aquela bagunça. Não sei em que momento Al confundiu as coisas - eu estava entorpecida lembrando-me de cada palavra de Ronald, tentando assimilar o que aconteceu. 

— Detesto te ver assim — ouvi Alfred dizer, sua voz proxima demais, chamando-me atenção. 

Ergui meus olhos para ele e paralisei com a proximidade, não esperava que ele estivesse tão perto assim. Ele inclinou o rosto para o meu, eu sabia o que ele pretendia fazer, um "não mudo escapou por meus lábios, procurei minha varinhas as cegas enquanto pensava em como agir diante daquilo sem chamar a atenção de todo o restaurante. Não tive tempo, durou dez segundos exatos, de repente Alfred estava no chão e Draco estava ali, cuspindo fogo. 


Ele não me deixou falar, meu coração estava batendo forte, ressoando em meus ouvidos, tanto que eu quase não conseguia ouvir o que se passava a minha volta. Tudo ficou em silêncio dentro de mim depois que ele gritou comigo. Então ele se foi, saiu por aquela maldita porta, me deixou para trás, paralisada e aos pedaços.


Acho que quem estava ao redor deve ter ouvido meu coração trincando.


Era só mais um dia ruim, muito ruim.


Mas eu já tive tantos. Não existe uma cota com Merlin para dias ruins? Eu acho que já passei o limite para uma vida inteira.


. . . 


— Ele lacrou a lareira ! Ele teve a audácia de cortar a ligação entre as nossas lareiras ! 

Minhas mãos foram lançadas para o ar de pura frustração, eu tinha acabado de cruzar o estado de negação para raiva. Eu havia ido até o apartamento dele, bati na porta, tentei destranca-la com meu bom e velho Alohomora, tentei aparatar para dentro, mas não obtive sucesso em nenhuma das minhas tentativas. Eu precisava tentar, precisava explicar que tudo não passara de um mal entendido. Mas Draco não queria me ouvir, retornei para casa e decidi tentar através da Rede de Flu. Acabei ganhando alguns amatomas quando aterrissei na foligem e quase dei de cara com um muro de concreto, feitiço nenhum colocou aquele muro abaixo. 


Dominada por raiva fui ao primeiro lugar que me ocorreu: Largo Grimmauld, número 12. 


— Compreensível — Gina murmurou.

Eu andava de um lado a outro e parei no instante em que ouvi aquelas palavras. Encarei Gina embasbacada, descrente com o que tinha acabado de ouvir.

— Sério Ginevra ?

— Ele viu você com outro cara em um clima bem suspeito, então sim, a recusa dele em querer conversar é compreensível. E não me chame assim — grunhiu a última frase. 

Suspirei. 

— Eu faria melhor se fosse comigo: o muro seria para cair na cara de Harry. 

— Obrigada — resmunguei. 

Gina suspirou, bebiricou em seu copo de Hidromel e deu dois tapinhas na cadeira ao seu lado. 

— Venha afogar as mágoas Mione. 

Caminhei até ela contrariada e sentei-me na cadeira ao seu lado. Gina pegou a varinha. 

— Accio copo ! 

Um copo disparou da pia direto para sua mão, Gina pegou a garrafa de Hidromel e despejou o líquido no copo com um sorriso no rosto, em seguida o estendeu a mim. Peguei o copo de sua mão e virei na boca, dando um grande gole. 

— Boa menina — ela disse. 

Revirei os olhos. 

— De um tempo a ele, cinco horas é muito pouco para absorver o que ele viu. 

Baixei meu copo na mesa e a olhei com aflição. 

— Gina … — choraminguei. 

— Isso não vai durar para sempre, ele vai ter que falar com você, mais cedo ou mais tarde. É só ter paciência. 


. . . 


2 SEMANAS E MEIA DEPOIS


Uma taça de vinho, era a oitava que eu tomava naquele dia. Gina estava cortando legumes na pia, se revesando entre picotar e me lançar olhares preocupados por sobre o ombro. Dei o último gole, coloquei a taça vazia na mesa e encontrei o olhar do Harry do outro lado, seus olhos verdes de censura. Ergui as sobrancelhas para ele, Harry franziu os lábios como sempre fazia quando queria me dizer alguma coisa. Desviei meus olhos para a garrafa de vinho, vazia. 

— Tem mais vinho ? — murmurei. 

Gina bateu a faca com uma força exagerada na pobre cenoura, Harry suspirou. 

— Mione, acho melhor … 

— Tem ou não ? 

— Tem, mas … — Harry tentou de novo. 

Não ía funcionar, seu discurso funcionou no dia anterior mas não funcionaria agora. Eu tinha estragado tudo, ponto. 

— Pode pegar pra mim ? 

Harry abriu a boca pronto para protestar quando foi interrompido.

— Mamãe ? — ouvi sua voz, meu coração trincou mais um pouco.

Hugo apareceu em meu campo de visão, contornou a mesa e veio até mim, as mãos para cima pedindo colo. Minha vista estava embaçada, minha cabeça rodava, e quase caí da cadeira ao me debruçar para pega-lo. Hugo riu, divertindo-se e eu quis chorar. 

— Cansou de brincar ? — perguntei a ele. 

— Não, só to com fome — respondeu mastigando a chupeta.

— Quer um biscoito ? Sua tia vai demorar ali, ela não é muito boa na cozinha — falei baixo, apenas para ele. 

— Quem não é muito boa na cozinha ? — Gina grunhiu. 

Ou eu pensara que havia falado baixo, dei um sorriso amarelo. 

— Porque a gente não vai comer lá na casa do papai ? 

Suas palavras me pegaram desprevinida, lágrimas inundaram meus olhos e uma raiva anormal tomou conta de mim. 

— Porque seu pai é um trasgo ! Um palhaço, imbec … 

— Agora chega ! — Harry me interrompeu dando um tapa na mesa e levantando-se. 

Encarei ele embasbacada, os olhinhos de Hugo iam de Harry a mim repetidamente, cheios de confusão. 

— Gina, leve o Hugo lá pra cima. Quero falar com Hermione.

Seu tom era severo, sua expressão era séria e seus olhos perfuravam os meus. Gina secou as mãos e veio até mim, pegou Hugo de meu colo e saiu da cozinha deixando-nos a sós. 

— Esta passando dos limites ! — Harry disse com irritação. 

Cruzei os braços na defensiva. 

— Eu estou passando dos limites ? 

— Sim, está !

Minha mente estava enuviada, eu não conseguia me concentrar. 

— Estou o que ? — falei exasperada. 

Harry pressionou a ponto do nariz com os dedos, fechou os olhos brevemente enquanto respirava fundo. 

— Não pode beber assim, desenfreadamente — ele disse, seu tom mais calmo.

— Foi você que me ofereceu uma taça de vinho, esqueceu ? 

— Uma. Você tomou oito — ele arqueou uma sobrancelha.

Bufei com indignação. 

— Sou maior de idade, dona dos meus atos, mãe; eu decido o que eu posso ou não fazer ! 

— Isso mesmo, você é mãe. Mesmo assim enxeu a cara de vinho e aida xingou Draco na frente de Hugo ! — ele jogou as mãos para o alto, exasperado. 

Ele quase conseguiu, quase. Minhas bochechas queimaram de vergonha, ele tinha razão em me repreender por causa do Hugo, mas só por causa dele. Draco era mesmo um trasgo-ridiculo-imbecil.

— Eu sei, você tem razão eu não devia ter dito aquilo — grunhi, ainda com raiva — Não consegui controlar.

Draco não estava ignorando somente a mim, mas Hugo também, e isso estaca acabando comigo. 

— Esqueça o Malfoy por enquanto. Quando ele estiver pronto vai te procurar, você precisa ter paciên .. 

— Não ! — falei alto, levantando-me furiosa — Não me peça para ser paciente, Harry ! Minha paciência acabou e vou agora mesmo acabar com isso ! 

Harry uniu as sobracelhas.

— Cuide do Hugo pra mim ? Não vou demorar. — minha voz estava embargada pelo álcool.

Antes que ele pudesse responder saí as pressas da cozinha, cambaleando pelo corredor até alcançar a porta. Escutei seus passos atrás de mim, agarrei a maçaneta, estava trancada. Droga.

— Hermione onde você vai ? — Harry disse bem atrás de mim. 

Me virei para encara-lo. 

— Não se preocupe com isso — respondi.

— É claro que eu me preocupo, você bebeu muito, não devia sair assim, está tarde e . . .

— Eu sei me cuidar — disparei, interrompendo-o — Você não é meu pai Harry ! 

Me virei para a porta novamente, tentei girar a chave sen sucesso, acabei arrancando-a da fechadura e ela caiu no chão, desaparecendo no carpete escuro. Irritada peguei a varinha do cós da minha calça jeans e apontei para a porta, o feitiço na ponta da língua.

— Mas sou seu melhor amigo.

Minha boca secou, ele parecia magoado, seu tom de voz me paralisou no lugar. Eu estava sendo grosseira com meu irmão do coração enquanto ele estava tentando cuidar de mim. Mordi meu lábio, mais uma vez envergonhada de mim mesma. Girei para olha-lo, seus olhos pararam nos meus e ele suspirou.

— Desculpe, eu não quis … — comecei em um murmúrio.

— Eu sei. 

Suspirei. 

— Eu preciso resolver isso. 

— Eu sei — ele rolou os olhos. 

Dei um meio sorriso a ele, um passo em sua direção, segurei seu rosto entre minhas mãos e depositei um beijo forte em sua bochecha. Harry sorriu de canto, rendido.

— Juízo — disse deixando um beijo suave em minha testa. 

Revirei os olhos, em seguida me virei, a varinha em riste.

— Alohomora ! 

Houve um "clic" e a porta se abriu. Satisfeita caminhei para fora, descendo os degraus aos pulos, tropeçando em meus próprios pés. Girei parando de frente a Harry, acenei e me preparei para aparatar. 

— Espera, você não pode aparatar bêbada ! — ouvi Harry gritar assim que senti a fisgada no umbigo. 

Tarde demais.



POV. DRACO 



Saí do banheiro usando apenas uma calça de moletom escura, meus cabelos pingando, deixando um rastro de gotículas pelo caminho do banheiro até a cozinha. Eu estava tão desesperado por distrações que havia tomado quatro banhos - quase seguidos. Meus dias se arrastavam, tirando as reuniões com Theo não havia mais nada para me distrair. Eu pensava demais nela, no que tinha acontecido, isso tendia a me deixar para baixo, milhões de pensamentos me atordoando dia e noite, tirando o meu sono. As vezes eu acho que enlouqueci, que perdi os neurônios que me faziam agir com sanidade. Todas as duvidas estavam me matando aos poucos, cada dia sem ela doía mais do que posso explicar. 


Abri a geladeira sem motivo algum, um, dois minutos encarando as coisas lá dentro sem realmente ver. Com um suspiro fechei a geladeira, abri os armários, outro suspiro. Três batidas na porta me arrancaram de meu topor. 

Franzindo o cenho olhei para a porta da onde estava, em seguida para o relógio na parede. 22:56. Quem seria a uma hora dessas ? Mais batidas ressoaram, dessa vez sem uma pausa, batendo cada vez mais forte. 


Intrigado caminhei para a porta, girei a chave e a abri. Meus olhos encontraram ela, porém antes que eu pudesse sequer pensar no que fazer suas mãos se chocaram em meu peito, empurrando-me para dentro com violência.

— Seu Trasgo ! Palhaço ! Imbecil ! Ridiculo ! — cada insulto acompanhado de um tapa enquanto eu recuava, tropeçando para trás. 

Acabei encuralo, minhas costas bateram na parede e me encolhi quando ela ergueu a mão para outro tapa, acertando meu pescoço.

— Droga Hermione ! — grunhi levando a mão ao ponto ardido onde ela me acertara, endireitando o tronco.

— Isso ainda é pouco, seu Palhaço ! 

Suas mãos me empurraram mais uma vez e eu bati contra a parede, sua voz parecia embargada, arrastada. 

— Palhaço ? — não consegui segurar a pergunta, outro tapa como resposta, dessa vez no braço — Sua mão é muito pesada pra alguém do seu tamanho — resmunguei.

— Vá para o inferno, seu idiota, prepotente, infeliz !

Ela gritava sob outra enxurrada de tapas, estava furiosa. Sem outra escapatória agarrei seu pulso no ar, evitando ser acertado no rosto. Consegui pegar seu outro pulso e a girei, colocando-a contra a parede, colocando suas mãos acima da cabeça. 

— Tire suas mãos de mim ! — ela se impulsionou para a frente tentando se soltar.

— Qual o seu problema ? — gritei.

Ela não parava de se debater, e isso estava elevando minha irritação. Quem devia estar tendo um acesso de raiva era eu, não ela. 

 — Você é o meu problema ! Queria amar outro, queria Hugo amasse outro como seu pai, queria você bem longe de mim, seu troll idiota ! 

Seu hálito soprou em meu rosto, cada palavra carregada de raiva e de aroma de vinho. Só então me dei conta de como seus olhos estavam pequenos.

— Esta bebêda ? — as palavras escaparam, mais uma vez.

Ela riu sem nenhum humor, um sorriso sárcastico brotando em seu rosto. 

— Não é da sua conta, meu amor.

— Com quem estava bebendo ? — meu tom se tornou ácido, alguma coisa borbulhou dentro de mim. 

— Quem é você para me cobrar alguma coisa ? — replicou.

— Responda Hermione ! 

— Isso também não é da sua conta ! 

Grunhi com frustração, soltei suas mãos com raiva, andei para o outro lado do comodo, para longe dela.

— Isso, me de as costas. É o que você faz sempre ! — gritou atrás de mim. 

Em passos rapidos retornei até onde ela estava, com raiva, acabando com a curta distância entre nós. Fechei os olhos brevemente, tentando me controlar, contando mentalmente até dez para não esmurrar a parede. 

— Eu perdoei você, cada um de seus erros — sua voz tremeu, abri os olhos para encarar os dela — Mas você sequer me deixou falar, simplesmente se afastou. Foi tão fácil para você me abandonar mais uma vez …

Engoli em seco, minha postura vacilou, minha expressão vacilou, ela estava torcendo meu coração em suas mãos. 

— Você disse que não me deixaria, por Godric, Draco, eu deixei você se aproximar do nosso filho ! Tem noção do quanto Hugo te ama ? Eu entendo sua raiva pelo que aconteceu, mas punir Hugo por isso ? — ela mordeu o lábio, os olhos marejados. — Draco, a minha vida toda eu refiz para estar com você. E o que você me deu em troca ? Sua desconfiança, suas mentiras, menos o seu coração.

Hermione agora chorava, abertamente, como uma criança. Meu coração despedaçou, o peso caiu sobre meus ombros, minhas pernas cederam e afundei de joelhos em sua frente. Eu daria a vida por aquela mulher. Não podia mais ser um menino, brincar de ir e vir, precisava ser homem que ela esperava, o homem que ela merecia. 


O homem que ela amava.


Me coloquei de pé, tomando o rosto dela em minhas mãos, olhei no fundo de seus olhos, buscando por sua alma. Respirei fundo, contei até dez mais uma vez para não desabar, peguei a mão dela que tensionou ao meu toque. 

— Vamos conversar, uma última vez ? 

Engoli em seco, temendo sua resposta. Ela mordeu o lábio, assentiu secando uma lágrima com a manga da blusa. A levei até a cozinha, soltei sua mão para procurar o que precisava na dispensa, ela se recostou na bancada obsercando-me. Tirei a poção a vermelha do armário.

— Preciso de você sóbria para isso.


. . .


Recostei-me na pia defronte a ela, Hermione ainda estava encostada a bancada, os olhos vermelhos - não mais pela bebida, mas pelo choro. Respirei fundo, a boca de repente seca, porque era tão dificil me concentrar com os olhos dela nos meus ? 

— Eu precisava de um tempo, precisava … pensar. — comecei, minha voz falhando ligeiramente.

— Draco … Você sempre tem que pensar, sempre tem que ir. Mas não pensou duas vezes quando decidiu lacrar aquela lareira. Pensou em mim ? Em Hugo ? No que nós precisamos ? 

— Eu te diria que sim, pensei em vocês, mas você nāo acreditaria. As vezes, nem eu acredito. O tempo passou e acho que só pensei que você sempre estaria ali, sabe ? — suspirei — Eu sempre fui um maldito egoísta, mas você sempre estava lá. Então Hugo tamvém estava lá. Mas acho que eu ainda estava sendo egoísta. 

— É, você estava ! E ainda assim eu te amei, e deixei que Hugo amasse. Achava que poderia ter você para mim, que poderiamos ser uma familia, que não havia mais ninguém para você — ela riu com desdém — Tolisse ! 

— Eu não vou negar meus erros, Hermione, nós não precisamos disso. Mas seja honesta comigo também, eu vi, ninguém me contou, você estava lá com outro cara e ía deixar ele te beijar ! Tem noção da minha raiva ? Caralho, nós estavamos tão bem e então no dia seguinte você estava quase nos braços de outro homem, se é que se pode chamar aquele otario de homem ! E eu, Hermione, o que eu podia fazer ? Ficar ali e aplaudir aquela ceninha ridicula ? — minha voz havia subido uma oitava, não conseguia falar sobre aquilo coerentemente, eu ainda estava com raiva, magoado. 

— E-eu, Draco, eu não sei, estava sem reação — sua voz soou baixa, trêmula — Naquela manhã … Ronald apareceu e ele … Ele me apresentou seu filho, eu não soube lidar com aquilo.

— Weasley ? Meu o que ? Hermione, você conhece meu filho, você deu à luz a ele! 

— Por favor, Draco, chega de mentiras. Você sabe do que estou falando, Parkinson também deu à luz a um filho teu. Um menino moreno, c-com seus olhos, os olhos de Hugo ! Eu o conheci.

Meu cenho parecia ter se franzido para sempre.

— Do que está falando ? Eu não a vejo a nos Hermione, anos ! Por Salazar, desde o sexto ano não tenho nada com Parkinson, eu disse isso a você! 

Ela cruzou os braços, mordeu o lábio inferior analisando-me. *Droga, concentre-se !*

— Diga isso para Jeb, Draco ! 

— Jeb ? Quem é Jeb ? 

Ela balançou a cabeça em negativa, torcendo a língua na boca. Sempre fazia isso quando achava que eu estava mentindo.

— Eu vi o menino! Eu o vi, Draco, e eu estava arrasada com a ideia de que você havia me traído e era pai de um menino que não era o meu. Merlin, e você fica sem falar comigo por um beijo que NÃO aconteceu! — disse exasperada.

— Não aconteceu porque eu cheguei antes! — grunhi — Você ÍA beijar aquele cara, Hermione, você NÃO o afastou em momento algum. E você vem me falar de um filho com Parkinson ? Eu já disse a você que isso nunca aconteceu, é impossivel! Olha quem foi levar o garoto para você conhecer, logo o Weasley! — bufei, minha voz acida — Porque ele quase não me odeia, não ? 

— Eu-eu, Ronald não, ele não… Que merda Draco ele tinha SEUS olhos ! E não, eu não ía beija-lo, eu só não tive reação. — ela suspirou desviando seu olhar para o teto.

— Ele não, O QUE, Hermione ? Ele não seria capaz de mentir para você ? Para a bruxa mais insteligente da nossa geração, para a sabe-tudo-irritante ? — respirei fundo, tentando recompor o tom de voz calmo — Você pode ser tão cega quando quer, amor. Hermione a única coisa que aquele imbecil sempre quis todos esses anos foi ficar com você! Acha mesmo que ele nāo mentiria ? Pense em tudo o que ele fez, por ele eu estaria apodrecendo em Azkaban! — cruzei o pequeno corredor entre nós, parando ao lado dela — E aquele babaca, quem é ele Hermione ? 

— Um estagiario do meu setor, alguém sem a menor importância. — murmurou. 

Afastei seus cabelos de seu ombro, ela baixou seus olhos para a minha mão.

— Você é a única que não vê como metede dos homens olham para você, todos sempre quiseram estar no meu lugar. 

Seus olhos encontraram os meus.

— E ainda assim eu sempre quis só você. E você me deixou e deixou e deixou. Me julgou no meu primeiro erro, nãome deu a chance defalar, de explicar … Ronald, ele, ah droga eu não sei Draco! Por que tudo é sempre tão complicado pra nós ? 

Esbocei um sorriso triste, ela tinha razão, sobre nós tudo é sempre complicado.

— Ninguém disse que seria facil, amor. Hermione eu te amei quando não queria e nem podia, eu nunca mereci algo bom em minha vida, e então veio você, e por alguma razão você também me amou; Merlin, você era linda sorrindo para mim. Eu sempre fui isso aqui, Hermione, sempre fui quebrado, nunca te enganei ...

Seus olhos encheram-se de lágrimas novamente, destroçando o que restava em mim, mais uma vez eu a magoei.

— Mas não fui eu que fui embora Draco! Não foi eu quem mentiu pra você, não te abandonei. — sua voz subiu, ela fechou os olhos brevemente, acalmando-se — Desculpe, eu estou tentando. Mas quando estou quase lá Jeb aparece com seus olhos ! Perdi a racionalidade, porque foi como se eu tivesse perdido você. Eu cometi um erro sim, e mesmo acreditando que você teria cometido um maior eu vim aqui. Eu te procurei enquanto você me abandonou de novo.

Uma lágrima escorreu, me senti o cara mais idiota do mundo e ao mesmo tempo o mais abençoado. 


Ela tinha razão, ela sempre tem.


Segurei seu queixo trazendo seu rosto para a altura do meu, buscando seus olhos.

— E eu sempre vou ser grato. Eu quase morri quando achei que tivesse perdido você. Viver com dementadores era um castigo pequeno por carregar seu sangue nas mãos, por ter causado tudo aquilo. Eu prometi a mim mesmo que nunca mais esconderia nada de você, não importava quão duro fosse, eu não ía mais mentir. Prometi a você que não mentiria, e eu fui sincero. Eu não trai você, eu NUNCA poderia trair você assim, nenhuma mulher será o que você é pra mim, é você que eu amo. Hermione, VOCÊ é a mãe do meu menino, mãe do meu filho. Eu não quero, nunca quis, ninguém além de você. você



POV. HERMIONE


Seu tom de voz rouco era minha destruição, seus olhos nos meus transboradavam sinceridade. Eu o olhava em silêncio, em um conflito interno, uma desordem louca em minha cabeça. 

— Hermione, por Merlin, diga alguma coisa ! — pediu, seu polegar acariciando minha bochecha. 

Eu não conseguia encontrar minha voz, as coisas começaram a se encaixar em minha mente; os olhos do menino não tinham o tom de cinza exato, muito azulado; os movimentos mecânicos de Jeb e a forma com que falara, sem emoção. As lágrimas desataram a cair de novo, eu definitivamente perdera um amigo - só me dei conta naquele momento de que ainda tinha esperanças que as coisas com Ronald se resolvessem - e quase perdi um amor. 

— Hermione, não me torture assim, diga alguma coisa ! — insistiu com um olhar angústiado.

Eu chorava por isso, por não ter sido capaz de enxergar a verdade, por não ter acreditado em Draco. Subi minha mão esquerda para colocar por cima da sua em meu rosto, a direita se enroscou em seu cabelo e me puxei contra ele selando nossos lábios em um beijo urgente. 


Ele era meu, apenas meu


As mãos dele em meu rosto, acariciando, um sorriso entre o beijo, minhas unhas arranhando sua nuca e seus ombros. Ele prensou meu corpo contra o dele e a bancada, suas mãos passaram para meu quadril apertando-me com força. Draco mordeu meu lábio, sugando-o, sua boca passou para o meu queixo, desceu para o pescoço em um rastro de beijos lentos, acelerando minha respiração. Tudo estava em seu devido lugar, mais ou menos


Puxei seu rosto para o meu, sua boca veio para mim com voracidade, mas coloquei a mão no meio, impedindo o beijo. Draco choramingou, seus olhos se abriram para os meus, em chamas. 

— Preciso fazer uma coisa — murmurei ofegante — Não me entenda mal, não é por você é por Ronald. 

Draco mordeu seu lábio, umidecendo-os em seguida, normalizando a respiração.

— Qualquer coisa por você, é só me falar o que precisa. 

 — Falar com a Parkinson.




Notas Finais


C O M E N T E M! 👽

LINK DA MÚSICA: https://m.youtube.com/watch?v=rF4B5ff5Nn8

Kisses ❤


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