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História Reverse - II TEMP. - Tentativa


Escrita por: Catnip-Potter

Notas do Autor


PRIMEIRO CAP. uhu ! ~rebolando~

Sim, eu sou uma pessoa maravilhosa que resolveu postar três dias antes do combinado, podem me amar 👌❤

(oi, resolvi mudar o titulo para o Português, pq sim rs)

Bom, taaaaanks a todos vocês que estão aqui comigo nessa nova aventura rs
Espero realmente que gostem e apreciem cada cap.

TRILHA SONORA DO CAP: When You're Gone - Avril Lavigne - Link nas Notas Finais.

Bora la ? hahaha. Boa leitura amorzinhos 😍❤👏🎉.

Capítulo 2 - Tentativa


POV. HERMIONE

 

Eu caminhava rapido, decidida. Cada passo ecoando pelo Ministerio enquanto eu ía rumo ao gabinete do Primeiro Ministro. Fazia apenas um dia que eu tinha deixado o Hospital, podia sentir as pessoas lançando olhares na minha direção, alguns espantados, outros curiosos. Aparentemente todos sabiam o que havia acontecido - mais ou menos, ja que as pessoas tendiam a aumentar a historia. Apesar do Curandeiro ter ordenado que eu ficasse de repouso pelo menos dez dias, la estava eu, prestes a confrontar Kingsley. Eu simplesmente não pude ficar em casa, deitada em minha cama enquanto Draco permanecia naquele lugar horrivel. Ele era inocente, eu não ia cruzar os braços e esperar, eu precisava fazer alguma coisa ou ía enlouquecer. Parei diante da porta de mogno, contei mentalmente até dez, respirei fundo e então dei duas batidas firmes na porta.
— Entre Srta. Granger — ouvi a voz abafada do Ministro.
Franzindo o cenho enquanto me perguntava como ele sabia que era eu, entrei.
— Olá, Ministro — falei me aproximando de sua mesa.
— Olá, Hermione. Sente-se — ele sorriu indicando com a cabeça a cadeira a sua frente.
Abri um meio sorriso a ele e puxei a cadeira sentando-me. Ele cruzou as mãos sob a mesa e me olhou atentamente, franzi meus labios pensando na melhor maneira de começar.
— Ministro ...
— Eu sei o que vai falar, Hermione. Sei o que aconteceu e sei do seu envolvimento com o herdeiro dos Malfoy — interrompeu-me.
Sua voz era contida, porém severa, como se ele desaprovasse o meu relacionamento com Draco.
— Ministro, se realmente sabe o que aconteceu, sabe também que Malfoy é inocente — falei, meu tom saiu mais firme do que eu esperava.
Ele estalou a lingua, parecendo insatisfeito.
— Bom, não de acordo com as investigações e o comportamento suspeito dele. Foi comprovado que ele matou aquelas pessoas, ele usou a Maldição da Morte naquela noite — abri a boca para falar mas Kingsley ergueu um dedo, advertindo-me - ele fugiu, ficou todos esses anos enganando o Ministerio.
"Sem contar as denúncias sobre ele estar atras de possiveis "seguidores das trevas". Não creio que isso seja o comportamento ideal para uma pessoa inocente" — finalizou ele com um toque de sarcasmo no final de sua frase.
Estreitei os olhos, meu coração batia forte.
— Há varias maneiras de se provar a verdade nessa situação. O senhor sabe que eu seria incapaz de mentir, ainda mais sobre o assassinato de pessoas inocentes ... — falei um pouco irritada.
Ele ergueu a mão para que eu me calasse.
— Sua honestidade nunca foi questionada. Não é sobre você que estamos falando, trata-se de um Ex- Comensal da Morte. Alguém com uma extensa ficha criminal. Sei de seu caratér Hermione, mas não posso acreditar em alguem como Draco Malfoy. Ja pensou na possibilidade de ele ter mentido para você ? — indagou.
Tomei folêgo, minhas mãos começaram a formigar, eu as passava em minha saia tentando mater-me calma.
— Ele não esta mentindo. Eu vi com meus proprios olhos, eu estava naquela Cabana também, eu fui torturada e o vi sendo torturado também, pelo proprio tio! Escutei da boca de Lestrange que ele e somente ele estava por tras de tudo. Ele quase nos matou! Pelas calças de Merlim, a verdade esta escancarada! — eu ri sem nenhum humor, completamente frustrada por perceber que Kingsley estava cego em relação a Draco.
— Rodolphus Lestrange ainda não foi localizado, assim que isso acontecer podemos esclarecer as coisas e fazer um julgamento. Até la, Malfoy ficara em Azkaban por prevenção — rebateu, seu tom de voz indicava que o assunto estava encerrado.
Olhei para ele desconcertada, mordi meu labio nervosa e o soltei. Ele tinha uma ideia fixa sobre Draco, ele ainda o via como aquele garoto inconsequente que queria ser reconhecido por coisas ruins.
— Ministro, com todo o respeito, peço que reconsidere. Draco é inocente! — insisti.
Ele fechou os olhos brevemente e quando falou seu tom era cansado, como o de alguem que explica a mesma coisa pela décima vez a uma criança.
— Hermione, peço a você que reconsidere. Não posso tira-lo de lá, ele continua sendo um suspeito, e um bem provavel. Isso não se trata apenas de você, ou Lestrange, mas toda a comunidade bruxa. Tivemos muitos tempos dificeis, não posso deixar que as coisas saiam da ordem dessa maneira. Vá para a casa, se recupere, e pense bem a respeito sobre sua posição — retrucou.
Abri a boca para falar mas a fechei em seguida. Tinha ido ate la com a intenção de convencer o Ministro de alguma forma que Draco era inocente, no entanto ele não mostrava sinais de que fosse ceder em nossa breve conversa.
— Me desculpe, mas, não podem deixar um homem inocente preso até que outro apareça para comprovar qualquer coisa! Isso não é ordem, não é certo. Temos magia ao nosso favor, há meios de se obter a verdade, isso não esta certo! — eu falei desnorteada.
— Hermione, não se desespere. Tudo será esclarecido em breve. Confie em nossos Aurores e em nosso tribunal. Se Draco Malfoy for mesmo inocente não há com o que se preocupar — dizendo isso Kigsley suspirou, obviamente minhas tentativas o cansaram.
— E-eu posso ... ve-lo ? — perguntei timidamente, a voz tremendo um pouco.
Ele arregalou um pouco os olhos, erguendo as sobrancelhas.
— Não é permitido visitas em Azkaban, achei que soubesse — respondeu em tom gentil.
Suspirei.
— Eu sei. Bom, não custa tentar — dei um sorriso triste, então me levantei — acho melhor eu ir, obrigada Ministro — estendi a mão.
Ele sorriu pegou minha mão, apertou e soltou logo em seguida, seus olhos me sondaram com seriedade.
— Lamento muito Hermione, acredite em mim. Mas vá para casa, recupere-se e tente pensar em outras coisas, tudo dara certo — ele disse de forma gentil.
Assenti corando um pouco.
— Até logo, Ministro — me despedi indo para a porta.
— Tchau Hermione — ele assentiu.
Abri a porta e sai, sentia-me irritada, contrariada, triste ... Eu queria dizer a ele: obrigada por nada. Minha tentativa fora frustrantemente falha. Parei em frente ao elevedor e cruzei os braços, esperando. Alguém tocou meu ombro, me sobressaltei e virei o rosto para olhar. Era Ron, a ultima pessoa que eu queria ver naquele momento.
— Achei que fosse estar em casa. O que faz aqui ? — ele perguntou com curiosidade.
Eu ainda não tinha visto ele desde o ocorrido, uma raiva incomum aflorou em mim, borbulhando, queimando, tingindo tudo de vermelho. Fuzilei ele com o olhar.
— Não fale comigo — sibilei.
Nesse exato momento o elevador chegou, avancei para entrar e ele agarrou meu braço puxando-me para tras e virando-me para que eu o olhasse.
— O que há de errado com você ? — perguntou, seus olhos confusos me fitando.
— O que há de errado com você ?! — rebati com raiva, olhando-o com desprezo.
— Do que esta falando ? Não pense que não fui te ver no Hospital, eu fui mas você não estava acordada — falou depressa em tom inocente, interpretando completamente errado meu comportamento. Bufei indignada e puxei meu braço das mãos dele.
— Não se faça de idiota. Você podia ter matado ele !
A expressão de Ron passou de confusão para raiva em um segundo quando ele percebeu o que eu estava falando.
Uma risada sarcastica chiou na garganta dele e tive vontade de acertar um soco em seu estomago.
— Ah, eu devia imaginar — disse ele, a voz carregada de escarnio e indgnação — Não acredito que depois de tudo o que aquele cretino fez você ainda o defenda ! Qual é Hermione, você é tão facil assim ?
Não consegui me controlar. Quando dei por mim minha mão ja tinha acertado sua face com força, fazendo um estralo alto. Tanto eu quanto ele respiravamos forte, ambos com raiva. Sem dizer mais nada me encaminhei para o elevedor, as grades fecharam-se a minhas costas, virei ficando de frente para ele, sustentando seu olhar acusatorio; Ron balançou a cabeça em negativa pra mim e então o elevador se moveu. Uma vez longe do olhar dele e de qualquer outra pessoa deixei as lagrimas virem a tona. Eu não consiguira nada, absolutamente nada ! Isso era pertubador, eu estava tão confiante quando a ideia de falar com Kigsley me ocorreu e agora toda essa confiança se esvaira, deixando em seu lugar um medo aterrador.

— Mione, você não devia ter saído — repreendeu-me Gina enquanto eu servia mais chá para ela.
Estavamos em minha casa, estava quase na hora de Hugo chegar da escolinha. Gina estava de folga do trabalho. Não ficou nem um pouco satisfeita quando veio até meu apertamento para ver se eu precisava de alguma coisa e o encontrou vazio. Ela havia deixado um bilhete bem mal educado em minha porta que me fez rir - mesmo que superficialmente. Então assim que vi, liguei para ela, chamando-a.
— Eu precisava fazer alguma coisa — falei uma voz fininha, encolhendo os ombros.
Gina suspirou.
— Não precisava, não. Mi, ele não merece nada que venha de você, muito menos seu esforço em tentar livrar aquela cara de doninha dele — ralhou.
Reprimi a vontade de revirar os olhos.
— Vai fazer bem a ele ficar em Azkaban um pouquinho. Garanto que ele não vai sofrer metade do que você sofreu quando ele foi embora — continuou.
Me aconcheguei na poltrona e bebirequei meu chá. Gina não estava entendendo, eu não a culpava por isso, sabia que era seu jeito de me proteger, - amava a sinceridade da minha melhor amiga - mas ela podia ser um pouco mais compreensiva.
— Gina, não percebe a gravidade da situação ? Draco é inocente. Ele não foi mandado a Azkaban por ter me abandonado, só pra te lembrar — dei um sorriso duro de escarnio.
— Isso é obvio. Se fosse o caso não seria nem preciso um julgamento para que ele fosse condenado ao Beijo do Dementador — Gina disse com sarcasmo, seus olhos se estreitando em duas fendas maliciosas.
Tirei a almofada na qual eu estava encostada e ataquei nela, ela deviou e a almofada caiu ao lado do sofá. Gina riu.
— Exagerada — repliquei.
— Molenga — rebateu em tom brincalhão.
Suspirei.
— Talvez eu seja mesmo — falei, mais para mim mesma.
— Não fique pensando sobre isso, só vai te deixar mal. E agora você precisa descansar, portanto: nada de paranoias ! — disse colocando sua xicara de lado e cruzando as pernas uma embaixo da outra.
— Como se fosse facil — resmunguei enquanto percorria as mãos por meus cabelos e o puxava para tras, fazendo um coque bagunçado.

Era tarde da noite. Hugo e eu estavamos amontoados no sofá, eu acariciava seu cabelo sem parar, na esperança de que ele pegasse no sono para que assim eu pudesse dormir também - ou pelo menos tentar.
— Mamãe, o que aconteceu de verdade ? — murmurou Hugo de repente.
Olhei para ele de testa franzida, momentaneamente confusa com sua pergunta. Ele olhava fixamente para a televisão, nem parecia que ele havia pronunciado aquelas palavras. Por alguns segundos considerei a hipotese de ter imaginado, até que ele  tornou a falar:
— Naquele dia que fiquei na vovó, o que aconteceu com você mamãe ?
Respirei fundo pensando no que falar, não me ocorrera que Hugo pudesse ter curiosidade sobre isso, achei que ele mal fosse se lembrar. Quer dizer, ele tem apenas três anos!
— A vovó não lhe disse nada ? — perguntei devagar.
Ele olhou pra cima, para mim.
— Disse que você tava dodói. Que tinha feito dodói no trabalho ...
Sua voz era tão suave e clara, tão gostosa de ouvir. Mordi meu labio enquanto pensava em alguma coisa para falar.
— Foi exatamente isso que aconteceu. Mamãe se machucou no trabalho e precisou ficar no hospital alguns dias, até sarar.
—Você sarou, mamãe ? — ele perguntou, seu tom e seus olhos mostravam preocupação. Abri meu melhor sorriso para ele.
— Sarei meu amor, não se preocupe — dizendo isso inclinei-me sobre ele e lhe dei um beijo suave na testa.
Ele sorriu mostrando todos os seus dentinhos e voltou a atenção para a tv, encolhendo-se ainda mais para perto de mim. Alguns minutos depois seus olhinhos começaram a fechar bem lentamente, ele piscava e chacoalhava a cabeça lutando contra o sono. Fiquei observando ele até que dormisse, imaginando como seria quando chegasse o momento de eu contar tudo a ele, de colocar Draco em sua vida.

Depois de colocar Hugo em sua cama, fui para a minha. Tomei o banho mais rapido da minha vida, troquei meu corativo e com uma sensação angustiante no coração finalmente me deitei. Agarrei um de meus travesseiros, abraçando-o com força, afundando o queixo nele sem um pingo de sono. Meus pensamentos estavam focados em Draco, preocupando-se com o bem-estar dele, sua saúde mental, com ele ! Morrendo de medo do que aquele lugar podia causar a ele. Eu não conseguia mais sentir raiva dele em nenhum lugar de mim, não conseguia pensar como Gina, embora em parte devesse pensar exatamente assim. Mais do que qualquer coisa eu o amava, e pensar que ele estava trancafiado em Azkaban me deixava extremamente depressiva. Não importava o quanto eu me encolhesse embaixo do edredom, minha cama não esquentava. Eu estava agoniada, temendo por ele, sentindo sua falta; então chorei, deixei que tudo escapasse de mim, transformei a agonia em lagrimas. Chorei e solucei até minha cabeça doer, abracei meu proprio corpo tentando em vão me manter inteira. Não ia funcionar, eu nunca me sentiria inteira denovo sem ele.

 

POV. DRACO

 

Eu me encontrava sentado no canto mais afastado, balançando-me atordoado, com as costas voltadas para a grade da cela pequena e úmida. O ar era fétido, pesado, quase sufocante. Os dementadores perambulando entre os corredores deixavam tudo frio, era impossivel ter qualquer pensamento bom ali. Tudo o que eu conseguia pensar era que estava perdido. Eu estava desesperado, não tinha ideia de como as coisas tinham acabado naquele dia tenebroso na floresta. Não sabia se Rodolphus tinha escapado, e não sabia como Hermione estava, nem mesmo se tinha sobrevivido. Isso estava acabando comigo, as lagrimas desciam sem parar, eu soluçava, meu coração se contorcendo no peito desagradavelmente. Desde que eu chegara ali ninguem me dera respostas, apenas sorrisos de deboche da parte dos Aurores e olhares raivosos dos outros presos. Minha mente brincava comigo, me atormentava, trazendo a tona coisas horriveis de minha vida, coisas que eu fiz e que fizeram comigo. Uma lembrança pior que a outra: o dia em Lord Voldemort fez de mim um Comensal, cravando a Marca Negra em minha pele; quando ele me torturou apenas pelo simples prazer de causar dor a mim; quando ele invadia minha cabeça; o dia em Blásio morreu; a noite em que tive de deixar Hermione e meu filho por causa do Voto Perpetuo; quando soube que minha mãe estava morta; Hermione caída no mato com uma lança atravessando seu corpo ... Eu estava com frio, ensandecido por não saber se a mulher da minha vida estava bem, sentindo a falta dela maia do que nunca e decididamente a beira de enlouquecer.
Era o inferno na Terra.


Notas Finais


Bom amores, não deixem de COMENTAR ! ❤

LINK DA MUSICA: https://m.youtube.com/watch?v=0G3_kG5FFfQ

Kisses ❤

PS - faço a edição depois, estou postando pelo cel e to com soninho rs


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