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História Reverse - II TEMP. - Emotions and Thoughts


Escrita por: Catnip-Potter

Notas do Autor


Oi gente.
Espero que gostem, serio, não faço ideia se ficou bom.

TRILHA SONORA DO CAP: Never Say Never - The Fray ❤

Boa leitura ❤👌

Capítulo 3 - Emotions and Thoughts


POV. HERMIONE

 

Me perguntei como eu ainda conseguia me manter em pé, respirando. Me sentia quebrada por dentro, como se meu coração tivesse sido arrancada do meu peito. No entanto eu não caí, pelo contrario, no dia seguinte me levantei, enxuguei minhas lagrimas e sorri. Apenas porque eu tinha fé, tinha esperanças, de que tudo acabasse bem. Eu não podia ceder agora, me entregar ao desespero. Eu tinha quer ser forte. Por Hugo, por mim, por Draco. Quando pequena eu tinha uma ligação forte com Deus, minha vó era muito religiosa e me ensinou tudo o que podia, ela alimentou minha fé até os seus ultimos dia de vida, e mesmo que eu tenha me afastado da religião quando descobri o mundo ao qual eu realmente pertencia, nunca deixei de acreditar que Ele olhava por mim, que tudo fazia parte de um proposito maior que meus sonhos. Então eu estava me agarrando a isso com todas as minhas forças. Por isso assim que voltei da casa da minha mãe após deixar Hugo la para que ela o levasse pra escola, ajoelhei ao lado de minha cama e orei, orei por Draco, para que Ele cuidasse dele e o protegesse uma vez que eu não podia fazer isso.

Passei a maior parte do dia tentando me manter ocupada, de certa forma me afundando ainda mais em meu T.O.C, limpando coisas que não precisavam ser limpas, tirei toda a prataria do armario e a lavei duas vezes sem a menor necessidade. Apenas para me distrair, matar o tempo que parecia querer me irritar passando extremamente devagar quando tudo o que eu mais queria era que os minutos, as horas, os dias, passassem o mais depressa possivel.

Os dias foram passando, cada um pior que o outro. Todos estavam percebendo o quanto eu estava devastada, não conseguia mais ter uma conversa normal com ninguem, nem mesmo com meu filho. Cada vez que eu o olhava meu coração parecia falhar em suas batidas.

Então chegou o dia 5 de Junho, faziam exatamente dois meses que Draco estava preso, e era seu aniversario de 23 anos. Eu estava completamente aerea. Não consegui me concentrar no trabalho, só conseguia pensar em Draco.
— Que saco ! — resmunguei empurrando a papelada que estava em minha mesa para longe de mim.
Nada estava rendendo naquele dia, nem mesmo sabia porque havia sequer levantado da cama. Apoiei os cotovelos na mesa e abaixei o rosto em minhas mãos, *eu quero que isso acabe, quero que acabe* eu pensava em total desespero. Houve duas batidas na porta. Suspirando me endireitei na cadeira.
— Entre — falei alto.
A porta se abriu e Harry passou por ela, fechando-a em seguida.
— To sem nada pra fazer, resolvi vir aqui te irritar um pouco — brincou enquanto vinha até mim.
Dei um sorriso amarelo.
— Era tudo o que eu precisava — murmurei com sarcasmo.
Harry revirou os olhos, inclinou-se para depositar um beijo em minha testa e puxou a cadeira que estava em frente a mesa para o meu lado, fazendo um ruído horrivel no piso de madeira. Estremeci.
— Tem como erguer a cadeira da proxima vez em vez de arrasta-la ? — falei irritada.
Ele franziu o cenho.
— Qual é o seu problema ? — perguntou.
— Quer por ordem alfabetica, cronologica, ou gravidade ?
Harry riu baixinho e me olhou balançando a cabeça em negativa.
— Mione, você precisa relaxar. Nem Hugo esta te aguentando nos ultimos dias — disse calmamente.
Era verdade, Hugo perdera a paciência comigo algumas noites antes na casa de Harry. Chegou a dizer que queria ver desenho sozinho quando chegassemos em casa, alegando que eu estava chata e reclamona, tudo isso com muita seriedade, como se ele fosse o adulto e eu a criança que da trabalho.
— Tem certeza de que não tem nada pra fazer ? — falei, foi quase um choramingo.
— Ta me dispensando ? — Harry disse em uma magoa fingida, seu labio inferior se projetando para baixo em um beicinho.
Esbocei um sorriso torto.
— Parece ?
Harry sorriu mostrando seus dentes alinhados. As vezes me impressionava com a paciência que Harry tinha comigo em meus dias ruins.
— Na verdade eu vim aqui porque preciso te contar uma coisa — ele disse, seu tom calmo com um leve toque de empolgação.
Me remexi ma cadeira com curiosidade.
— Então fale de uma vez — incitei.
Ele molhou os labios, seus olhos faiscaram para a porta, pegou sua varinha e agitou naquela direção murmurando "Abaffiato", então voltou sua atenção para mim, empertigando-se na cadeira.
— Você não vai acreditar — disse ele instigando minha curiosidade.
— Argh, fala logo garoto ! — falei com impaciência dando-lhe um tapa no ombro, eu balançava as pernas ritimadamente, ansiosa.
— Ai ! — remungou — Calma — revirei os olhos e ele tomou folego — Estava em reunião com o Ministro hoje cedo. Ele precisa dos meus melhores vigias no caso do Rosewood, ele esta em prisão domiciliar, não lembro se te contei a respeito desse cara, mais enfim; ele queria os melhores para a investigação.
— E dai ?
— E daí — ele esticou a palavra — que eu me lembrei de você enquanto ele falava. Então, dei a sugestão que ele fizesse o mesmo com Malfoy. Que o tirasse de Azkaban ja que ele ta preso em condições suspeitas, apenas por prevenção. Achei que seria uma boa, quer dizer, prisão domiciliar é bem melhor do que dormir com os dementadores rondando seu cangote.
A medida que ele falava meu coração ia acelerando, incapaz de permanecer parada me levantei.
— Harry, é o que estou pensando ? — murmurei atordoada.
Harry levantou-se também.
— Ainda não, mas pode ser. Ele prometeu pensar na minha proposta. Bem, ja é meio caminho and ...
Não esperei que Harry terminasse a frase, lancei-me contra ele, envolvendo-o em um abraço sufocante.
— Obrigada — falei em seu peito, a voz embargada com a emoção.
— Disponha — ele disse, pude notar que ele sorria em seu tom de voz — Agora, espero que seu humor melhore. Você fica assustadora quando ta com raiva — disse em meu ombro, seu tom era de zombaria.
Me afastei para olha-lo estreitando os olhos, empurrei ele de brincandeira, soltando-o do abraço.
— Você não viu nada, Harry Potter — rebati no mesmo tom.
E pela primeira vez em meses eu consegui sorrir, sorrir verdadeiramente.

 

POV. DRACO

 

Deitado no chão frio eu fitava o teto cantarolando baixinho, tentando me distrair do frio dos Dementadores e a sensão ruim que eles causavam. Eu havia perdido completamente a noção de tempo ali dentro. Não posso dizer que me acostumara com aquele lugar - porque era impossivel - mas eu conseguia me distanciar da prisão por alguns sagrados minutos. Eu pensava nela, em meu filho, ficava imaginando como teria sido minha vida ao lado deles se não tivesse nada e nem ninguem para nos atrapalhar. Criava dialogos e tentava controlar meus sonhos; as vezes até tentava alcançar a mente dela, mesmo sabendo que jamais conseguiria. Estava em um desses momentos, tentando sonhar acordado, quando o cara que dividia a cela comigo falou:
— Ei chorão ?
Desde que eu chegara ali era a primeira vez que ouvia sua voz, mesmo sabendo que era comigo que ele falava, ignorei, fechei meus olhos e respirei fundo para não perder a paciência.
— Estou falando com você — insistiu.
Forcei minha mente a criar o rosto de Hermione, como se ela estivesse mesmo ali.
— Qual é seu nome ?
Suspirei pesadamente e abri meus olhos, fitei o estranho na outra extremidade da cela. Ele era mais alto que eu, tinha musculos grandes, cabelos pretos e uma cara horrenda, coberta de acne.
— Draco — respondi depressa, meu tom seco.
— Sou Peter — falou.
Assenti para ele e voltei a fechar os olhos.
— Porque esta aqui ? — me ouvi perguntar.
Houve um periodo de silêncio até que ele respondesse.
— Sabe como é, as vezes agimos no calor do momento e acabamos fazendo estupidez. Matei um cara.
Abri meus olhos mais uma vez e olhei na direção dele, ele encarava seus pés, parecendo verdadeiramente arrependido pelo que fez.
— Porque ?
Minha curiosidade estava se sobrepondo a minha falta de vontade de fazer qualquer coisa, até mesmo respirar.
Ele franziu a testa para o piso frio e em seguida ergueu o olhar na minha direção. Notei que seus olhos eram estranhamente um de cada cor - preto e azul.
— Ele estava namorando a garota que eu gostava. Discutimos certa vez, e deu nisso. Agora ele provavelmente esta no céu e eu no inferno — dizendo isso o cara sorriu de forma afetada.
Franzi ainda mais o cenho e desviei os olhos para o teto.
— E você, porque esta aqui ? — sua voz grossa quebrou o silêncio.
— Acham que assassinei alguns Trouxas. Estou levando a culpa pelo o que o cretino do meu tio fez — cuspi as palavras.
Então algo me ocorreu. Sentei-me num pulo, desnorteado. Eu havia falado do meu tio, quebrara o Voto Pepétuo. Olhei assustado a minha volta, notando vagamente que Peter me encarava como se eu fosse louco. Provavelmente eu estava parecendo um; esperei que acontecesse alguma coisa, esperei a morte. Minutos interminaveis se passaram e nada aconteceu.
— Ta tudo bem com você cara ? — Peter perguntou.
— Sim ... — falei incerto, meu tom soando como uma pergunta.
Peter deu de ombros e escorregou no chão, deitando-se, os braços em baixo da nuca.
*Porque não aconteceu nada, porque não morri ? Eu quebrei o Voto.*
Flashes daquele fim de tarde na Floresta assaltaram minha mente, minhas tentativas de acertar Rodolphus deviam ter me matado, mas não aconteceu. Fechei os olhos com força tentando me lembrar, alguma coisa estava escapando de meus pensamentos.
Uma risada ecoou, interrompendo meus devaneios. Olhei para o origem do som, as grades da cela, por tras delas estava Weasley. Meu sangue ferveu na mesma hora, estreitei os olhos fuzilando ele com o olhar.
— Sabe, eu passaria um dia inteiro aqui de tão satisfatorio que é ver você atras das grades — ele disse em tom de zombaria.
Me levantei no mesmo instante e avancei para onde ele estava, agarrei as grades dando um chacoalhão nelas como se pudesse acerta-lo.
— Tem sorte dessa grade esta entre nós, Weasley — falei entre dentes, em tom de ameça.
Seu sorriso se ampliou.
— Realmente tenho — replicou.
Grunhi e sacudi a grade mais uma vez, minhas mãos formigando com a vontade de socar a cara daquele imbecil.
— Quando eu sair daqui vou arrebentar sua cara — sibilei.
Ele se aproximou mais, se não houvesse aquela grade seu nariz estaria colado no meu. Eu o olhava com fúria, milhões de maneiras de acabar com a raça dele passando por minha cabeça.
— E quem disse que você vai sair, Malfoy ? Você vai apodrecer aí como devia ter acontecido a muito tempo atras. Vai ter o mesmo fim que o desprezivel do seu pai, Filhote de Comensal — falou, seu tom uma mistura de irritação e diversão.
— Ah, não. Assim vai me fazer chorar,  Weasley — ironizei.
Ele riu pelo nariz e se afastou, desaparecendo em outro corredor mofado.
— Arrombado — chiei.
Fiquei encarando a escuridão morrendo de raiva.
— Quem é o otario ? — perguntou Peter.
Bufei e me afastei da grade, sentando-me no canto em que eu estava minutos antes.
— Como você disse: um otario — falei mau humorado.
Peter não disse mais nada e eu agradeci internamente por isso. Estava tão irritado que meus dedos tremiam. Aquele maldito tinha ido até ali apenas para me provocar, mas ele pagaria por isso, mais cedo ou mais tarde.

 

POV. HERMIONE

 

Estava me sentindo um pouco mais leve enquanto saía de minha sala para ir embora. Mesmo sabendo que eu poderia me decepcionar, não conseguia deixar de sentir esperança, de ser positiva. Só o que me importava era Draco sair daquele lugar, mesmo que fosse para ficar limitado em sua casa, qualquer opção era melhor do que Azkaban. Não vi Harry e nem Ron - eu ainda não estava falando com o ultimo, então agradeci por não ter cruzado com ele naquele dia no Ministerio. Era sempre desagradavel quando nos víamos, Harry não se manifestava sobre isso, e quase sempre ficava sem saber como agir quando nós tres eramos obrigados a ir embora juntos porque Hugo e James estavam n'A Toca. Com os pensamentos longe dali sai do elevador desatenta, acabando por trombar em alguma coisa. Seria uma queda livre para o chão se mãos não tivessem me segurado pela barriga. Gemi de dor por causa do meu ferimento, que apesar de estar totalmente cicatrizado ainda doía quando pressionado. Me endireitei rapidamente, abri a boca para agradecer mas me detive quando ergui os olhos e vi quem era. Meu bom humor indo para o espaço em questão de segundos.
— Com licença — falei irritada, ele estava blqueando meu caminho.
— Ah, qual é, não pode ficar assim comigo pra sempre — resmungou Ronald.
— Com licença ! — repiti um pouco mais alto, atraindo alguns olhares curiosos.
Ron bufou.
— Preciso conversar com você.
— Não temos nada para conversar — repliquei zangada.
— Por favor ? — insistiu.
Rolei os olhos para cima e o empurrei para passar.
— Garanto que é do seu interesse ! — disse a minhas costas, um pouco mais alto.
Parei onde estava e girei para encara-lo, ponderando se devia ou não ouvir o que ele tinha para dizer. Franzi o cenho enquanto ele vinha até mim.
— Fala.
— Aqui não, você vai pra minha casa buscar o Hugo, não vai ? La conversamos — disse enigmaticamente.
Estreitei os olhos desconfiada, houve um minuto de silêncio e por fim, concordei.


Notas Finais


COMENTEM ! ❤

O que vocês acham que o Ron quer, hm ? 👀 (mandem suas opiniõe e sugestões)

Obrigada gente, proximo na Quinta. Kisses ❤


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