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História Reverse - II TEMP. - Those Eyes


Escrita por: Catnip-Potter

Notas do Autor


Eu sou maravilhosa, eu sei hahaha - stop. Quando o cap. fica pronto não tem jeito, eu não consigo esperar e tenho que postar logo. Então cá estou eu, rs *-*

TRILHA SONORA DO CAP. (que eu amo mt essa musica rá): Heart Like Yours - Willamete Stone. Link nas Notas Finais.

Boa Leitura :v

Capítulo 6 - Those Eyes


POV. HERMIONE

 

Fui dominada por uma vontade imensa de abraça-lo. Mordi meu labio, frustrada por aquela grade estar entre nós. Ergui minha mão - tremula - e a passei pelo vão da grade, alcançando o rosto dele e acariciando ali. Draco fechou os olhos e quase gemi com a fisgada de tristeza. Eu queria lhe dizer para que abrisse os olhos, estava tanto tempo se ver aqueles lindos olhos cinza.
— É você mesmo — suspirou.
Sua barba rala pinicava em minha mão, era um sensação boa. Desci um pouco mais a mão e passei o polegar em seu labio superior. Seus olhos se abriram para encontrar os meus.
— Estou aqui — falei em voz baixa.
Ele soltou a grade e segurou minha mão que acariciava seu rosto, entrelaçou seus dedos nos meus e deu um leve beijo na parte de cima da minha mão.
— Sim, você esta aqui. Eu mal posso acreditar, eu ... precisava tanto ve-la. Um frio na barriga me atingiu, era tão bom que fechei meus olhos desejando que a sensação durasse mais. Draco roçou o nariz em meus dedos e abri os olhos.
— Sinto muito por você estar nesse lugar horrivel.
— Eu também sinto muito. Não faz ideia do quanto eu queria estar fora desse maldito lugar.
Nossa conversa era em voz baixa, quase um sussurro. Não podiamos ser pegos.
— Logo vai estar.
Eu não conseguia pensar em nada melhor para lhe dizer. Ele me encarava com tanta intensidade que era dificil me concentrar.
— Eu quero te pedir perdão — disse ele após um curto periodo de silêncio — Por todas as burradas que eu fiz. Sei que isso não é o suficiente e nunca será, mas ...
— Shhh ... — soprei para que ele se calasse, interrompendo-o.
Ele me olhou aflito. Me aproximei um pouco mais da grade, puxando ele para perto o maximo que era possivel. Ele encostou o rosto no vão e eu fiz o mesmo; uma vez que não dava para nos beijarmos - e isso era torturante - roçamos nossos labios. Fechei meus olhos, suspirando. Senti a mão dele delizar em meu cabelo, ele o colocou atras de minha orelha e em seguida acariciou meu queixo, seus dedos traçaram uma linha lenta em minha boca, deixando-me arrepiada dos pés a cabeça.
— Eu daria qualquer coisa para poder ter você em meus braços agora — murmurou em meus labios.
Por alguns segundos me esqueci de como se respira. Era tão tentador. Eu queria tanto poder ceder, voltar para ele. Mas a razão gritava em minha mente, dizendo-me que seria um erro, que o que ele havia feito era injustificavel, que eu devia me afastar antes de cair naquele abismo de novo. Eu não confiava mais nele, e o pior, não confiava mais em mim quando se tratava dele. Mesmo assim eu queria deixar todas as minhas duvidas e inseguranças de lado naquela noite.
— Posso dizer o mesmo — sussurrei.
Fixei meus olhos nos dele e vi sua dor, e a minha propria refletida. Eu vi tudo o que passamos, cada momento. Até mesmo os momentos de quando nem pensavamos em ficar juntos - de certa forma, nossas brigas de criança tinham se alterado, dando outro significado a cada uma delas. Eu o amo. Mas não consigo esquecer o que aconteceu. Respirei fundo e me afastei um passo da grade, cruzei os braços sobre o peito como se assim pudesse controlar meus impulsos.
— Eu te perdi pra sempre, não perdi ? — perguntou ele, seu rosto vincando de dor, a voz tremula e rouca.
Olhei para o chão, sabia que se continuasse olhando-o nos olhos não conseguiria falar com coerencia.
— Pra sempre é muito tempo — retruquei.
— Eu não me importaria de passar esse tempo ao seu lado — disse ele, agora em tom mais firme.
— Draco, por favor ... — sussurrei.
— Eu disse que não ia desistir — lembrou.
Senti seus dedos em meu braço e o olhei. Os olhos dele estavam marejados e eu sentia os meus cheios d'agua também. Era mais forte do que eu. Voltei até a grade, aproximei meu rosto do dela o maximo que as abeturas premitiam; ficamos daquele jeito por algum tempo, dizendo com os olhos aquilo que não conseguiamos por em palavras; nossa respiração se misturando.
— Eu amo você — disse ele, quebrando o silêncio.
Respirei fundo, sentindo meu estomago dar piruetas. Mordi meu labio, não querendo responder. Eu não podia dizer aquelas palavras em voz alta sem me afogar em desespero. Percebi sua expressão passar de calorosa para triste. É claro que eu o amava, mas ... não podia me entregar de novo, assim tão rapido. Eu estava tão confusa em relação a isso. Minha cabeça e meu coração pediam coisas diferentes e pela primeira vez em minha vida eu não sabia a quem ouvir, o que seria mais sensato escolher. Abri a boca para falar, tentar explicar a ela, mas a voz de Harry, soando alta e norvosa me interrompeu.
— Ron ! — exclamou.
Olhei na direção em que Harry estava a tempo de ve-lo fazendo um sinal rapido com a mão, como se dissesse para eu por a capa. Ron estava vindo, eu precisava ir. Voltei a olhar Draco, ele suspirou e deu um meio sorriso tristonho.
— Eu sei, você tem que ir, o Cenoura ta vindo — falou.
Quase sorri quando ele usou aquele apelido para se referir a Ron, era tão nostalgico.
— É, eu tenho — murmurei.
Agora eu podia ouvir os passos de Ron aproximando-se. Estiquei a mão mais uma vez e acariciei o rosto dele rapidamente.
— Você sabe, não sabe ? — falei, minha voz tremendo um pouco.
Os olhos dele faiscaram, como se ele tivesse compreendido tudo o que eu queria dizer com aquelas quatro palavras. Ele apertou minha mão.
— Eu sei — disse, seu tom embargado.
Engoli o nó que começava a se formar em minha garganta com a separação. Então ele soltou minha mão e coloquei a capa no momento exato em que Ron apareceu em meu campo de visão. Fiquei mais alguns segundos ali. Draco se afastou da grade andando de costas,como se ainda pudesse me ver. Bateu na parede e escorregou para o chão trazendo os joelhos para o peito e abaixando a cabeça nas mãos. A dor dele sempre seria a minha. Em passos lentos fui me afastando daquelas grades, daquela cela, do meu Draco.

 

Parei bem atras de Harry.
— . . depois vou embora. To cansado desse lugar ! — dizia Ron.
Eu havia perdido parte da conversa.
— É, também to de saco cheio de vir a Azkaban. Não se preocupe Ron, quando Odair estiver recuperado vou coloca-lo aqui e você vai poder voltar a rotina de antes — Harry respondeu.
Ron suspirou.
— Tenho que continuar a patrulha.
— E eu tenho de voltar ao julgamento. Parece que perdi mesmo meu relogio — resmungou.
Revirei os olhos, Harry e a historia do relogio. Era uma desculpa tão idiota e simples, ainda assim ninguém questionava.
— Parece que sim — Ron esticou a mão e bateu na de Harry.
— Tchau, Ron.
— A gente se ve — dizendo isso Ron saiu em direção a outro corredor.
Esperei até que ele saisse de vista e então cutuquei Harry nas costas. Ele tropeçou para frente, assustando-se. Tapei a boca para conter o riso que ameaçava vir.
— Caramba, Hermione ! — chiou.
— Vamos embora — falei.
Ele ajeitou os óculos no rosto e assentiu.
— Vamos.

 

Estavamos em uma praça perto do predio onde eu morava, e apesar do horario estava abarrotada de gente por causa do calor. Eu só conseguia pensar em Draco naquela cela gelada e pequena. Sozinho com seus pensamentos sombrios.
— Harry, porque as coisas são tão complicadas ?
Tinhamos nos sentado em um dos bancos.
— Se você não tem a resposta, não sei o que a faz pensar que eu tenha — disse em tom de quem se diverte.
Tombei a cabeça de lado e o encarei com desagrado.
— Desculpe. Você ta querendo uma conversa seria — suspirou — Gosto de pensar que as coisas acontecem porque é assim que tem que ser.
— Esta falando de Destino ? — arqueei uma sobrancelha.
— Não, estou falando de Proprósito.
Mordi meu labio considerando sua teoria. Eu acreditava nisso, em propositos; acreditava de verdade que nada era por acaso, que tudo tinha uma razão. Mas, não era por acreditar que eu entendia, ou sabia qual era a razão por tras do que acontecia comigo. Como se lesse meus pensamentos, Harry murmurou:
— Não compreendemos agora, mas, la na frente, quando for a hora certa, vamos saber.
Dei um sorriso amarelo.
— Espero que sim — suspirei.

 

Deitei em minha cama puxando o edredom até o pescoço. Estava calor, e no entanto eu me sentia fria, os pulmões congelados, tornando o simples ato de respirar, dificil. Fechei meus olhos e logo fui embalada pelo sono, e ao contrario do que pensei não tive pesadelo algum. Em vez disso sonhei com os mais perfeitos olhos. Aqueles olhos que me lembravam chuva em uma manhã de domigo; a lua na sua mais deslumbrante luz; chocolate quente em uma noite de neblina e vapor de um banho reconfortante. Aqueles olhos que representavam lar, aconchego, amor incondicional. Aqueles olhos que despertavam o caos em mim - porque eu precisava daquilo, precisava da bagunça dele, porque ele era aquilo que faltava em mim. Aqueles olhos que na sua calmaria me traziam tanta paz; que no seu fervor me traziam o mais insano desejo. Aqueles olhos que tinham tanto poder sobre mim, que me faziam ceder. Aqueles olhos que eu via sempre que fechava os meus. Aqueles lindos olhos cinzas de Draco Malfoy. Eram minha ruína e ao mesmo tempo minha única salvação. Eu estava no apice da confusão, a beira de um desastre mental, sem a menor ideia de qual direção seguir.

 

Alguns dias tinham se passado desde minha ida a Azkaban. Com a mudança na segurança por lá, não tive como voltar. Harry teve que dobrar o numero de Aurores por lá e achou melhor não arriscarmos. Eram quase 17:00, eu estava preenchendo alguns relatórios de pesquisa, quando a porta foi escancarada e Harry passou por ela como um furacão. Olhei para ele erguendo as sobrancelhas. Ele se aproximou, e bateu em minha mesa fazendo um barulho alto.
— Ei — reclamei — o que foi, garoto ?
Ele olhou para sua mão ainda sobre a mesa, convidando-me a olhar também e assim o fiz, só então notando que ele havia deixado um papel ali. Harry se endireitou e cruzou os braços, enquanto eu pegava o papel e o erguia para ler. Meus olhos correram pela folha. Uma, duas, três, quatro vezes !
— Isso é serio ? — perguntei com a voz tremula.
Harry assentiu. Aquilo era demais pra mim, as letras se embaralharam, minhas pernas estavam com a mesma consistencia de uma gelatina, senti meu corpo oscilar, os ouvidps zunirem, então, de repente, tudo escureceu.


Notas Finais


COMENTEM ! <3

LINK DA MUSICA: https://m.youtube.com/watch?v=Vu3n9iVqPxU

Gente, estou trabalhando em outra Fic Dramione, que sera postada assim que eu tiver dez caps. prontos rs *-*

Beijinhos amores, e até o proximo cap. <3


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