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História Reviravoltas do Destino - Snamione - Décimo Primeiro


Escrita por: TatianyPrince

Notas do Autor


Ei, gente. Eu estou adiantando esse capítulo porque acho que até o natal vai esta muito corrido para todos! Não tenho certeza quando saí o próximo, mas eu pretendo não demorar. Muito obrigada pelos favoritos e comentários, eu fico muito feliz por vocês estarem realmente gostando! Esse é o maior capítulo que ja escrevi hahaha ah, mais uma coisa! Não me matem! <3 Boa leitura e até logo.

Capítulo 11 - Décimo Primeiro


Na manhã seguinte, Hermione acordou com uma sensação de paz, sentia-se mais leve e muito mais feliz. Logo percebeu que Severo não estava na cama, mas viu que havia uma bandeja enorme de café da manhã esperando por ela.

Hermione escorregou a coberta para baixo e levantou-se, pois precisava ir ao banheiro, sua bexiga implorava para ser aliviada. Abriu a porta do banheiro e deu de cara com ele, seu marido.

- Eu é.. bom, eu. – Gaguejava. Por mais que tentasse, sua mente não conseguia formular nenhuma frase coerente; Seus olhos, mesmo contra sua vontade, não despregavam do corpo nu a sua frente.

Hermione mordeu o lábio inferior e Snape congelou. Ele estava terrivelmente sexy com os cabelos molhados e a pele úmida. Os olhos de Hermione pareciam famintos e traçava cada polegada do corpo do bruxo.

Assim que ele se deslocou para pegar a toalha, os olhos dela voltaram para o rosto dele e ela corou depois de se dar conta do que havia feito. Claro que ela estava envergonhada, porém nada podia fazer diante de suas ações pretéritas.

Ela suspirou, estendeu a mão para a maçaneta da porta e saiu. Ainda um pouco perplexo, ele olhou para onde ela estava e esbravejou por ter se esquecido de trancar a porta. Depois de vestido, saiu do banheiro e foi ao seu encontro.

- Bom dia. – Ela foi a primeira a se manifestar.

- Bom dia. – Falou sem graça. – Desculpe pelo episódio anterior. Eu me esqueci de trancar a porta. – Disse um pouco constrangido.

- Ah , Severo, não é como se eu nunca tivesse lhe visto pelado. – Ela sorriu maliciosamente e ele ficou ainda mais vermelho. – Você sabe, somos casados e estou muito grávida. – Sussurrou.

- Se quiser usar o banheiro – Disse apontando para a porta.

- Não, obrigada. Eu já fui, estava muito apertada para esperar.

- Claro.

- Bem, agora que já estamos esclarecidos... Me acompanha? – Perguntou ela. – Muita comida! Jamais darei conta de tudo sozinha.

- Infelizmente, não será possível. Embora seja um convite tentador, existem algumas questões que precisam de minha atenção. – Disse sem conseguir olhar em seus olhos.

- Ah, Severo. – Sussurrou. - Não precisa ficar tão sem graça assim. – Ela respirou fundo. – Senta-se um pouco. Tome o café da manhã comigo.  – Disse insistentemente.

- Não, talvez outro dia. – Insistiu Snape.

- Tudo bem então. Talvez com o tempo você descubra que eu não sou totalmente intolerável. – Disse cabisbaixo.

- Hermione... – Ele começou. – o que te faz pensar que eu te acho intolerável? – Disse um pouco sem jeito. O sorriso nos lábios de Snape lhe mostrava que ele estava tentando aliviar o clima, embora estivesse um pouco sem graça. – Quer saber, eu vou tomar o café da manhã com você, Sra. Snape? Albus pode esperar.

- Obrigada por isso, Severo. – Agradeceu. - Mas você pode ir. Não precisa fazer isso. Realmente, não precisa. Estou sendo boba.

- Eu faço questão! – Disse ele com sinceridade.  

Ela se ajeitou na cama e começou imediatamente a remover alguns travesseiros para que Severo pudesse sentar ao seu lado. Apesar de não querer admitir, Snape não podia negar que havia sido agradável.

Hermione era uma mulher agradável. Aquilo era algo que ele jamais poderia negar.

Depois do café da manhã, Severo foi resolver alguns assuntos e ela foi para seu quarto para responder os pergaminhos que havia recebido.  E assim que ela passou a manhã inteira.

A bruxa ainda não estava acreditando que já era véspera de natal. Como ela amava as datas comemorativas. Já era de tarde quando resolveu ir para a sala e encontrou o bruxo sentado na poltrona folheando o profeta diário. Pelo jeito, ele parecia ter acabado de chegar.

Ela encostou-se à soleira da porta, observou o local visualizando as futuras mudanças que aquele ambiente teria que sofrer. Por um momento, sorriu só de imaginar o bebê engatinhando por ali.

 Hermione foi levada para fora de suas reflexões quando uma grande coruja marrom bicou a janela. Ela fazia ideia do que podia se tratar, conhecia muito bem os donos daquele animal.

Snape pegou o pergaminho e permitiu que o bicho voltasse para casa. A bruxa olhou para ele e viu a carranca se formar.

- É a coruja de Remo, Severo? - Perguntou Hermione já sabendo a resposta. 

- Sim, ele está reforçando o convite para o natal. - Severo suspirou. 

- Então - Ela disse apreensiva - Eu suponho que nós vamos?! Certo? – Questionou, mas ele nada respondeu - Você não deseja ir? - O indagou.

- Não. – Grunhiu.

- Como assim não? – Insistiu.

- Simplesmente não! – Disse rigidamente.

- Você não vai ao menos pensar? – Soou um pouco desesperada.

- Não, não é não. E se fizer mais alguma pergunta estúpida, a resposta também será não! – Disse bruscamente.

- Eu não vou aceitar assim tão fácil, Severo. Isso não é algo para se decidir rápido dessa forma. – Era como se ela estivesse falando sozinha, Hermione estava começando a ficar impaciente. - Todos vão ficar felizes com a sua presença. O seu afilhado está contando com isso há meses.  E..

- Minha resposta ainda é não, Hermione. – A interrompeu. – Sua tagarelice não me fará mudar de ideia.

- Minha tagarelice? Perguntou angustiada. - Você prometeu a ele um voo de vassoura, Severus. O primeiro voo dele... – Sussurrou com os olhos brilhando. – Ele é seu afilhado e não culpa de nada.

- Você não tem o poder de me dizer o que fazer. – Vociferou. - Então aquela história de não me obrigar a fazer o que não quero era papo furado? – Disse bruscamente, mas pelo olhar magoado de sua esposa, ele quase se arrependeu, embora não quisesse admitir.

Hermione o encarou e, em seguida, curvou-se sobre o pergaminho que estava diante dele analisando-o.

 - Isso é tudo que você tem a dizer? - Hermione sentou-se lentamente, mas nada foi dito. – Não foi papo furado, Severus! Merlin sabe que não foi. Mas isso não envolve só nós dois, envolve uma criança. Ele pode não compreender muito bem a situação. Ted é seu afilhado e está esperando esse momento a muito tempo. Eu tenho algumas coisas para fazer. - Disse se levantando. - Mas saiba que vamos discutir isso mais tarde. - Cuspiu ela, indignada. 

- Não há nada para discutir! - Disse exasperado - Eu não sou uma pessoa que gosta desse tipo de coisas, Senhorita Granger! A minha resposta ao convite do lobo não irá mudar.

-Uau, pelo que parece voltamos às formalidades. Formidável. – Disse ironicamente.

- Você sabe que não foi intencional. - Snape suspirou. - Isso é tudo?

- Bom, é uma pena. Eu ficaria muito feliz com sua companhia. – Ela se levantou e dirigiu-se ao andar de cima.

Severo não tinha a intenção de ser tão mal-humorado com ela, mas obriga-lo a ir a onde ele não queria era inadmissível. Suas lembranças dos anos de comensal estavam muito frescas na memória. Ele nunca mais se sujeitaria a fazer nada obrigado. Seus anos de sujeição haviam chegado ao fim.

***

Snape passou a tarde no seu laboratório de poções tentando fugir de Hermione.  Ele não queria ter aquela conversa com ela de novo. Não estava escrito em lugar nenhum que ele era obrigado a passar o natal com os Lupin.

Só de imaginar que os Weasleys poderiam estar lá, começava a sentir dor de cabeça. Será que um jantar somente os dois não seria suficiente? Ele suspirou resignadamente e passou a trabalhar em algumas poções.

Havia várias garrafas espalhadas pelo balcão. Ele cuidadosamente manuseava cada poção.  Severo estava rotulando uma por uma. Era uma tarefa chata, porém necessária diante do cuidado que o liquido demandava.

Quando saiu do laboratório horas depois, a casa estava silenciosa e não havia sinal de Hermione no andar de baixo. Ele olhou pela janela e viu um homem se aproximar. Logo que reconheceu a pessoa em questão, seu bom humor desapareceu e um terrível pensamento lhe ocorreu. Não, não podia ser. Era alguma alucinação que estava tendo. O homem se aproximou ainda mais e Snape pôde confirmar que não era coisa da sua cabeça.

Ronald Weasley estava na sua porta.

Severo deixou a sala o mais rápido que conseguiu, não sabia o que dizer ou o que fazer. Mas quando se deu conta já estava abrindo a porta do quarto de Hermione.

- O que diabos você pensa que está fazendo? - Ele rosnou. 

Hermione olhava para ele totalmente alheio a situação, tentando entender o que se passava.

- O que foi? Por que está tão zangado comigo? Estou apenas me arrumando.

- Você realmente acha que eu vou permitir que vá sem mim? - Sua voz estava afiada.

- Achei que havia ficado muito claro que eu iria com ou sem você, Severo. – Disse com determinação.

- Você perdeu a cabeça? Não fica bem uma mulher casada sair por ai sozinha. Droga, Granger. Com o Weasley você não vai! - Ele passou a mão pelo cabelo furiosamente e, sem seguida, derrubou tudo que estava sobre a penteadeira de Hermione causando um enorme estrondo.

- Ah, claro. – Ela sussurrou quando tudo veio à tona. - Então, esse é o problema. E eu feito uma idiota acreditando que você estava se preocupando comigo. Eu não acredito que você está dizendo isso, Severo. – Hermione sussurrou ainda sem acreditar. – Você é inacreditável.

- Você está achando que eu sou algum idiota? Que sou do tipo de homem que toleraria deixar a esposa sair com o ex-namaradinho da escola?  - Seu tom era mais ameaçador do que ele já havia usado com ela antes. – Pois fique sabendo que não sou, Granger. Eu não tolero amantes na minha porta.  Eu só quero saber por que você faria isso comigo e tão publicamente.

- Severo Tobias Snape, não fale assim comigo e me solte! – Ordenou ao perder a paciência. - Você está me machucando e isso é algo que eu não tolero! – Gritou e ele se deu conta que a balançava pelos braços e estava prendendo-a fortemente na parede. Quando a soltou, as marcas dos seus dedos eram visíveis, possivelmente ficaria roxo. - Eu sou sua esposa e exijo mais respeito. Nunca, nunca mais faça isso ou não respondo por mim. E, por favor, que fique bem claro o seguinte, Severo. NUNCA... nunca me acuse de traição, não ouse a me acusar de algo tão baixo. E o Rony não foi meu namorado. – Declarou, e as lágrimas escorriam pelo seu rosto.

- Eu posso ter perdido a memória, mas eu não sou cego, Granger. – Disse atordoado e sentando-se na cama.

- Está é a briga mais ridícula que já tivemos! – Revelou, fechando os olhos com força. Tentando se recompor, Hermione respirou fundo. Ela estava ficando ligeiramente tremula com toda aquela situação. – Severo... - Ela sentou-se ao lado dele na cama. - Sou livre para ir onde eu quiser sozinha, então decidi que vou ao jantar de natal de Remus! A menos, é claro, que você tenha mudado de ideia e tenha decidido me acompanhar. - Disse baixinho, tentando achar os seus olhos. - Mas acredito que não seja o caso.

Ela levantou-se, lançou-se um encanto para esconder o inchaço dos seus olhos e a marca de dedos em seus braços. E, em seguida, colocou os brincos. Ela pensou seriamente em não ir, no entanto, eles não iam se resolver. Não hoje. Talvez ficar complicaria ainda mais a situação.

Antes de sair, ela sentou-se ao seu lado novamente.

- Severo? - Ela estendeu a mão e segurou seu queixo. - Você realmente, no fundo do coração, acha que eu poderia lhe trair com o Rony? - Ela não conseguiu esconder a dor que a falta de uma reposta havia causado. – É uma pena então. Você realmente não me conhece. Quer saber, eu acho que não foi uma boa ideia a gente aqui como se nada tivesse acontecido. - Disse se desmanchando em lágrimas novamente. - Essa história de tentar fazer dar certo foi precipitada. Eu entendo, eu não respeitei o tempo que você precisava. Talvez seja melhor eu ir embora! – Vendo que ele não teve reação alguma, concluiu que essa era a melhor decisão. Levantou-se e saiu batendo a porta.



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