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História Reviravoltas do Destino - Snamione - Décimo Segundo Capítulo


Escrita por: TatianyPrince

Notas do Autor


Mais um capítulo para vocês! Vocês são sensacionais. Estou muito feliz por todos os favoritos e comentários. Espero que gostem deste capítulo, gente! Boa leitura.
Ah, eu havia enviado o capítulo minutos atrás, mas havia esquecido de editar uma coisa e acabei excluindo! rsrs

Capítulo 12 - Décimo Segundo Capítulo


Snape não soube dizer ao certo quanto tempo ficou ali sentado olhando para o nada. Ele ainda estava com raiva. Por mais ridículo que parecesse concluiu que estava com ciúmes do Weasley. Em toda sua vida ele nunca imaginou que pudesse voltar a ter ciúmes de alguma mulher, não depois de Lilian. Mas sentiu que era ainda pior, não era só ciúmes. Era uma forte angústia que estava  tornando-se desesperadora. Tomou a cabeça entre as mãos, tentando, inutilmente, se acalmar.

Severo olhou para o retrato caído no chão, viu como Hermione parecia feliz ao seu lado. Era isso! Ele não ia ficar em casa enquanto um cabeça oca poderia estar tirando casquinha de sua esposa. Ele deveria esta ao lado dela e não o Weasley. Sem contar que tinha a tal promessa para o garoto de Lupin. Estava decidido ele iria para o jantar. Essa história dela ir embora era ridícula. Ele iria atrás dela. Com toda a certeza ela estaria nos Lupin.

 Assim que Severo tomou banho, foi até seu armário pegou uma calça e a camisa que parecia ser a preferida de Hermione. Junto com a camisa veio um embrulho. Olhou para o embrulho vermelho com fita dourada em suas mãos e deduziu que era um presente seu para Hermione. Tal dedução veio a se confirmar graças a um cartão que estava ao lado. Pegou o presente pôs em cima da cama e, em seguida, cuidadosamente, ele passou as mãos pelo cabelo deixando-o do jeito que ela parecia gostar. Por fim calçou os sapatos.

Com um aceno de varinha o presente de Hermione e sua vassoura estavam reduzidos. Guardou em seu casaco, desceu as escadas e saiu pela porta. Seus olhos esvoaçavam para ao arredor da casa. Havia alas anti-aparatação dentro de seus terrenos. Sem esperar por mais nada, Snape correu para o ponto mais próximo e aparatou.

***

Na casa de Remo era uma noite típica de véspera de natal. A sala estava decorada, a mesa estava farta de comida e todos estavam ao redor da lareira esperando dar meia noite. Se Hermione dissesse que ela estava prestando atenção no que Ronald dizia ela estaria mentindo. Os picas-piscas na árvore de natal pareciam mais interessantes.

A campainha tocou. Mas Teddy que estava descendo as escadas foi mais rápido. Só não conseguiu abrir a porta por sua falta de altura. Seu pai veio logo atrás dele para ajuda-lo. Sorriu quando viu quem era.  No rosto do menino se formou um olhar feliz e satisfeito.

- Tio Nape, eu sabia que você vinha! Todo mundo disse que não, mas eu sabia. - disse orgulhoso.

O menino estendeu os braços para o padrinho. Foi a hora que todos ficaram apreensivos. Exceto Ronald que o olhava como se achasse impossível Snape pegá-lo. Tinha um olhar de “Ele não vai fazer isso”. Surpreendentemente Severo escovou o cabelo do menino e o pegou.

- É bom te ver Severo. – o anfitrião manifestou-se calorosamente.

- Eu prometi, não prometi? – disse olhando para o pequeno.

- Foi o que eu disse. – contemplou Teddy com um sorriso de orelha a orelha.

Ainda com Teddy em seu colo cumprimentou a todos.  Olhou para Hermione, ela dividia um pequeno sofá com o ruivo. Por um momento ela pareceu totalmente alheia a sua presença.

- Muito gentil de sua parte guardar um lugar para mim Senhor Weasley.

- Com licença, Hermione. Fique a vontade Snape. Minha mãe me ensinou a ceder o lugar aos mais velhos.

- Rony, por favor. Hoje não.  – disse Hermione e virando-se para o marido completou - Em casa conversaremos Severo.

- Como quiser senhora Snape. – disse encarando o ruivo.

O jantar logo foi servido.  Sentados a mesa, todos pareciam muito alegres. Teddy não deixou Severus por nenhum estante. A noite estava sendo agradável. Com o termino do jantar, todos estavam novamente sentados a lareira jogando conversa fora.

Eram em datas como essa que eles viam como tinha valido a pena tudo que tiveram que passar.

- Hermione, eu juro que se eu não tivesse visto, não acreditaria. – comentou Tonks divertida – quem imaginaria que uma heroína de guerra se tornaria cúmplice de uma assaltante?

- Calma lá. – Remus se manifestou – Quem diria que ela teria como cúmplice uma velhinha?

- Oh, por favor! Nós já passamos por isso. - fingiu estar indignada.

- Você realmente obrigou a velhinha a isso? Esperava mais de você, esposa! – brincou Snape.

- ah, não. Por favor, não escute eles. - Hermione sorriu para o marido - Eu só queria ajudá-la! Eu não sabia que ela estava assaltando o supermercado. – disse divertida. - Sinto muito se eu tento ver o que é de melhor nas pessoas.  

- ah, Mione. Falando assim vou achar que ainda acredita em papai Noel. – exclamou Ronald.

- Não tem Papai Noel? – perguntou Teddy alarmado. Ronald recebeu um olhar de Hermione. Até então ele estava ocupado brincando com os presentes que havia ganhado.

- Você não ouviu direito, filho. – Remo ficou desconcertado.

- Ele disse que não tem papai Noel! – Teddy disse pesadamente, seus olhos estavam ficando marejados.

- Querido, o tio Ronald se enganou. – disse Tonks, tentando amenizar a situação.

- Teddy, você sabe que o papai Noel existe. Pense um pouco... quem mais entregaria os presentes? – Severo puxou Teddy para mais perto e enxugou as lágrimas dos olhos do menino. - Honestamente, Weasley, eu esperava mais de você. – ficava difícil dizer o que era mais vermelho, se era o cabelo ou se era o rosto de Rony. - Não fique ai com essa cara, vamos diga a verdade ao menino.

- Huuum, Teddy, a verdade é que eu me confundi. - Severo revirou os olhos involuntariamente. - É isso. Foi uma pequena confusão. – disse sem graça. – Papai Noel existe sim.  Desculpe Teddy.

Ver Severo atencioso com o afilhado aqueceu o coração de Hermione. Ela queria guardar aquele momento para sempre. A mão dele estava nas costas de Teddy fazendo movimentos circulares com a intenção de acalmá-lo, porém o menino ainda parecia chateado. Hermione aconchegou-se mais perto deles, beijou a testa de Teddy e a bochecha de Severo. Ela aconchegou-se ao peito do marido e ficou assim por alguns instantes.

- Acho que seria um ótimo momento para o passeio de vassouras de vocês. - Hermione lembrou.

- Podemos tio nape?

- Na verdade, nós devemos.

Lá de baixo Hermione percebeu que o garotinho parecia decididamente orgulhoso de si mesmo e Severus não parecia diferente.

 -Mamãe, mamãe, você me viu? Eu fiz isso! Eu fui bem alto! Papai foi mais alto do que nós. Mas nós fizemos mais manobras.

 - Isso é maravilhoso, querido, estou tão orgulhosa de você! Mas agora você precisa ir pra cama. - Nesse momento Teddy olhou um pouco decepcionado.

- Teddy – disse Hermione se abaixando para ficar da altura do menino. – seu padrinho pode lhe por na cama! O que acha?

- Siiiim! – o garoto pulava de alegria.

- Certo, então vamos lá então. – disse Snape carregando o menino no colo.

Logo depois Hermione subiu as escadas e parou em frente à porta do quarto do sobrinho. Com muito cuidado pressionou seu ouvido contra a porta.

- Boa noite, Teddy. – ela ouviu o marido falar. – durma bem!

Quando ele abriu a porta lá estava ela. Eles se encaram por uns instantes.

- Eu sinto muito por mais cedo. – ele quebrou o silencio. – Não foi minha intenção.

- Severo. – disse ela o cortando.

- Não, Hermione. Por favor, me escuta. Eu.. é .. a nossa briga realmente foi ridícula e desnecessária. Eu não tinha o direito de te tratar como eu tratei. E eu vou entender se você não quiser mais olhar na minha cara. Mas por favor, me dá uma chance. Isso não vai acontecer de novo. Eu não sei o que aconteceu comigo. – completou quase num sussurro.

- Severo, está tudo bem.  Vamos pra casa? – ele assentiu. – Foi uma ótima noite de natal. – ela o parou e o encarou. -  Eu só quero que você saiba que eu te amo. Eu quero que você nunca duvide disso. – disse o beijando.

Hermione ouviu vozes fracas e alguns ruídos. Abriu os olhos e percebeu que estava sendo carregada em uma maca. Ouvia muitas vozes, mas a luz a impedia de enxergar de forma clara. Não demorou muito e tudo ficou escuro novamente.

***

Snape  caminhou em direção à porta, mas não teve coragem de bater. Ficou assim por alguns minutos. Quando ele havia decidido que era melhor voltar para casa ele se virou e deu de cara com uma mulher que não conhecia. Pelo menos não que ele se lembrava.

- Olá, Senhor Snape. Achei que o senhor não viria. Onde está sua esposa? Entre o jantar já está sobre a mesa. Por um instante eu achei que só seria os três essa noite. – A mulher falava mais rápido do que um papagaio. - Até o Weasley que nunca rejeitar comida não quis ficar. Veio deixou o presente do Teddy e saiu às pressas, disse que tem uma pessoa o esperando para viajarem. – O rosto de Severo caiu. - Ele parecia feliz. O Senhor esta bem?

- Sim. Eu estou perfeitamente bem. Eu só vim para deixar esse presente. Se você puder entregar para mim eu ficaria agradecido. Eu realmente tenho que ir. – ele estava desnorteado.

Sem esperar pela resposta Severo se foi.  Ele observou que, por alguma razão que não podia explicar ou que não queria admitir, seu mundo pareceu acabar. Ela tinha ido embora com o Weasley. Ela realmente havia deixado-o.  

***

No dia seguinte, Hermione acordou. Olhou ao redor da sala, pelo que estava vendo era um hospital.  Ela tinha que estar em algum tipo de sonho, pois ela não se lembrava de como havia parado ali, mas alguma coisa a dizia que aquilo infelizmente era real.

- Que bom que você acordou! Você está se sentindo bem? -  A enfermeira perguntou. Hermione podia ouvir a preocupação em sua voz.

Uh ... -  Hermione gaguejou. – Como eu vim parar aqui? – perguntou assustada.

- Oh, desculpe. Eu sou a enfermeira Susan Thopsom e sou responsável por você.- disse atenciosamente. - Como é o seu nome querida?

- Hermione. Hermione Sn... Hermione Granger. – completou.

- Você veio ontem a noite Sra. Granger. Uma ambulância te trouxe. Você foi encontrada desmaiada. Uma pessoa que estava no local relatou que a senhora foi vitima de um assalto. As câmeras não estavam funcionando. Os delinquentes a jogaram nos trilhos.

– foi nesse momento que ela lembrou-se da noite anterior. Logo concluiu que a noite perfeita de natal não havia passado de um sonho.

Flash Back On

Noite anterior

Após bater a porta de seu quarto ela foi atender Ronald. Ela não fazia ideia do que ela poderia esta querendo numa hora daquela. Mas não o deixaria esperando, seria muita falta de educação.

- Oi, Rony. - Hermione sorriu brevemente enquanto gentilmente o convidou para entrar.

- oi, Mione. Desculpe por vim a essa hora, mas não pensei em mais ninguém. Devo esta atrapalhando.

- Não, não realmente. Mas como eu posso te ajudar?  Senta-se! – disse acenando para o sofá.

- Não obrigado. Eu só queria... – parou quando viu que ela não parecia bem. – Hermione o que houve com você? – perguntou preocupado.

- oh, nada. – disse disfarçando.

- Não é o que parece. Tem certeza? – insistiu.

- Sim! Eu só estou um pouco cansada. – disse lhe dando um fraco sorriso.

- Bom, se você esta dizendo. Eu queria saber se você tem alguma porção para enjoo. Eu vou levar uma amiga comigo para os Estados Unidos, mas ela não aguenta voos muito longos. Como é véspera de Natal eu não achei nenhum boticário aberto.

- Claro que tenho. Espere um momento que vou buscar. – ele assentiu. Depois de alguns instantes ela voltou.

- Aqui está. – disse entregando-o dois frascos.

- Nossa Mione. Muito obrigado. Quanto eu te devo? – disse se encaminhado para a porta.

- Não me deve nada, Rony. Fico feliz que eu tenha ajudado.

- Então fico te devendo essa. Feliz natal, Mione. – disse abraçando-a e se despedindo.

Era excepcionalmente tarde, Hermione tinha reunido alguns de seus pertences para ir embora. Ter insistido em algo que no fundo ela sabia que não ia dar certo foi um erro. Severo não estava pronto para isso. Ele precisava de um tempo e ela não havia respeitado. Ela passaria a noite na casa de Remo e de manhã bem cedo, antes mesmo de eles viajarem, ela iria para França. Iria ficar com Eileen pelo menos por enquanto. Ia ser melhor assim. Era assim que deveria ter sido.

Ela estava tão abalada que ir de flú a deixaria ainda pior. Aparatação não era uma opção. Logo concluiu que ir de metrô era a melhor opção.

A noite estava tão fria que seus dentes batiam. Ela envolveu  o casaco ainda mais. A estação estava praticamente vazia. Ela fechou os olhos e respirou profundamente. Os últimos acontecimentos passaram diante dos seus olhos desenfreadamente. Uma de suas mãos ainda estava em seus braços, segurando o casaco firmemente ao seu redor. Quando se deu conta, sentiu ser empurrada. Tudo ficou escuro.

Flash Back Off

-  E o meu bebê? – ela estava apavorada e as lágrimas já estavam jorrando pelos seus olhos. - O que aconteceu com meu filho? – ela começou a sentir muitos tremores.

Continua...

 

 



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