História Reviravoltas do Destino - Snamione - Décimo Quinto Capítulo

Um mês depois

-  Você parece cansada, Susan. – disse Hermione.

- Bom, estava bem ocupada lá em cima, esse hospital está um caos hoje! Eu acho que surgiu uma nova virose. Há vomito pra todo o lado. Nós estamos sem leitos. - Hermione assentiu. - Em que você tem tanta preocupação? - Susan perguntou. -Você não parece bem, Hermione.

- Eu ...-  Mas ela perdeu as palavras, então ela colocou as mãos em seu estômago. - Eu sei que pode parecer besteira, mas não era assim que eu queria descobrir o sexo do bebê. Eu queria que meu marido e minha sogra estivessem aqui. Foi isso que tínhamos combinado, mas acho que o destino tem outros planos para nós.

- Não fique assim! – disse Susan. – Você finalmente vai saber se é menina ou menino!  Empurrando alguns cabelos atrás de suas orelhas, Hermione assentiu. - Vai ser um dia feliz. – Completou Susan.

Demorou apenas alguns minutos para que Susan auxiliasse Hermione e a colocasse na maca, disponibilizasse tudo que fosse necessário para a médica que iria realizar a ultrassonografia.  

- Olá. – disse a doutora entrando no quarto. – Meu nome é Chloe Davies, Sra. Granger. Vamos começar o procedimento?

- Sim, por favor, doutora.

A médica empurrou o lençol para baixo, expondo o estômago de Hermione. Com uma luva espalhou o gel e começou a mover o aparelho.

- O bebê estar completamente formado, Hermione. - O monitor estava perto dela, ela podia ver, mesmo que a imagem não estivesse completamente clara para ela, conseguiu ver a imagem do seu bebê. – a cabeça, o corpo, os braços e as pernas estão no tamanho adequado para o tempo de gestação. – A doutora mexeu tentando achar uma posição melhor posição. – Eu estou tentando agitar o bebê para que ele possa se mover para uma posição que possamos ver o sexo. – a médica tentou por mais alguns minutos. – Senhora Granger, infelizmente, da posição que ele esta eu sou incapaz de distinguir o sexo. Nós podemos tentar outra vez.

- Claro. – disse enxugando as lágrimas de sua bochecha.

- Pronta para ouvir o coração? – Hermione assentiu prontamente. Ela estava tão nervosa e ansiosa que mal conseguia falar.

Alguns ruídos foram ouvidos antes do quarto ser inundado com o som do batimento cardíaco do bebê. Hermione começou a novamente chorar. Pra ela, era o som mais lindo que ouvira em toda sua vida.

- O nascimento esta previsto para o dia 16 de julho. Com o que eu pude constatar tudo parece bem no que diz respeito ao desenvolvimento do bebê, Hermione. Neste momento, a única coisa que recomendo é que você tome mais água. No mínimo 2 litros por dia. Você tem pouco fluido o que o deixa com pouco espaço. Mas tirando isso, você está fazendo um ótimo trabalho. Continue assim.

***

Quando Severo entrou em seu laboratório, Eileen já estava encolhida sobre uma poção mexendo com muito cuidado que não havia percebido que ele já estava de volta. Não querendo interrompê-la, simplesmente ficou ao lado da porta até que ela tivesse terminado.

- Stasis! – Eileen disse como ele acenou com a varinha sobre o caldeirão. De repente  as bolhas que já estavam fervendo estavam congeladas no lugar e o caldeirão foi movido para uma prateleira ao longo da parede. - Voltou cedo querido. Eu queria adiantar a poção.

- Albus queria saber sobre minhas pesquisas atuais. – ela assentiu. - Posso te ajudar? – Perguntou hesitante.

- A poção de detecção esta quase pronta, Mas eu ainda preciso de Sangue de Rês-ma!

- Isso não deve ser um problema, eu tenho alguns ingredientes estocados no porão. Eu posso olhar se tem, porém se não tiver posso passar no boticário. Tem alguns ingredientes que estão em falta eu teria que ir lá de qualquer forma.

- Ótimo, Severo. Depois é só colocar nesse objeto junto com o fio de cabelo de Hermione e ele nos levará onde ela está. – disse mostrando um vidro pontudo que parecia ter em seu lado uma espécie de botão.

- Eu vou procurar no porão.

*** 

Eileen estava examinando as notas sobre a poção. Sua testa franzida em profunda concentração. Eles estavam tendo muitos problemas com os componentes desta difícil poção. Entretanto, lá estavam com a poção praticamente concluída. Só faltava o fio de cabelo de Hermione, mas Eileen queria ter certeza que a poção estava correta.

- Então? – perguntou ele e limpou a garganta uma vez para chamar sua atenção. - o que você acha?

- Estar perfeita! Todo trabalho que tivemos valerá a pena. - Respondeu Eileen com entusiasmo. – Pronto para testa-lo? - Severus assistiu.

Com muito cuidado, eles acrescentaram o fio de cabelo e fecharam o recipiente. Juntos apertaram o pequeno botão, mas nada aconteceu.

 - Bem, parece que ela não quer ser encontrada. - Severus disse frustrantemente esfregando a testa. – Ela deve ter colocado alguma ala de proteção. – quando percebeu que sua mãe estava ainda em silêncio, olhou ao redor do laboratório, mas ela não estava.

Ele andou pela casa inteira em sua busca, quando olhou pela janela a avistou sentada no jardim.

- Você esta bem? – ele perguntou, ela negou com a cabeça.

- É frustrante acreditar que tudo vai dar certo e no momento simplesmente nada acontece.  Eu sei que não tivemos sorte Severo, mas eu não vou desistir assim tão facilmente. – Severo apenas suspirou.

***

- Mamãe, a senhora Prince esta aqui na sala! - Ginny gritou para sua mãe. – Logo ela estará aqui! – a menina sorriu.

- Claro! Obrigada, senhorita Weasley.

Quando não conseguiu obter nenhum resultado com a poção, Eileen acabou indo novamente fazer uma vizita a casa na qual elas haviam alugado, porém, como das outras vezes, a casa estava fechada e com nenhum indicio que morava alguém ali. A principio aquela casa era suspeita de onde Hermione poderia esta, entretanto, depois de inúmeras vizitas, ela concluiu que estava errada. E agora lá estava ela na toca. O jeito seria saber onde morava o menino Weasley

- olá, Eileen. - Molly Weasley entrou pela sala e foi em sua direção.

- Molly. – saudou a abraçando.

- Sente-se, quer um pouco de chá? – Perguntou Molly prontamente.

- Não, Molly! Muito obrigada. – disse docemente. – Eu estava aqui por perto e então resolvi parar.

- Que bom que parou, fico feliz em te ver. Não sabia que estava em Londres. Ah, me desculpe se demorei na cozinha. - Ela parou e olhou ao redor para ver se alguém estava assistindo.  - Mas Ronald volta hoje dos Estados Unidos, segundo ele, tem um comunicado importante pra nos dar. Ele nos disse que tem uma namorada. Do jeito que estão os jovens eu não duvido nada que já estão esperando, se é que você me entende.

- Oooh! - Eileen respondeu e fingiu um sorriso. – Eu posso imaginar. Soube que ele é um ótimo jogador de quadribol! Você deve estar orgulhosa. – Molly assentiu orgulhoso. -  Presumo que elas vão se hospedar aqui na toca?

- Não. – disse um pouco desanimada. – Bem que dizem que criamos o filho para o mundo.

- Sei bem como é o sentimento, Molly.

- Eles vão The Belgrove Hotel. Acho desnecessário, temos espaço o suficiente aqui. Eu disse a ele, mas ele me ignorou.

- Assim são os filhos... – disse Eileen. - Perdoe-me, Molly, mas acho que eu não vim numa boa hora não é? Você deve ter mil afazeres antes deles chegarem.

- De maneira nenhuma, Eileen. Eu me recuso a deixa-la ir embora. Quanto tempo que não vem a minha casa? A três anos? Quatro talvez.

- De fato.- Ela se inclinou para mais perto sorrindo. -  No entanto, não quero atrapalhar, você precisará se preparar ... eu posso voltar outra hora. O que não faltará é oportunidades! – Molly suspirou.

- Tudo bem, Eileen, mas fique sabendo que se não aparecer eu vou buscá-la. - Molly e saiu pela porta da frente.

Quando ela se afastou o suficiente da Toca, Eileen começou arquitetar um plano para conseguir um encontro com Ronald Weasley.

*** 

Grunhindo, Severo interrompeu sua preparação de poção e foi abrir a porta.   

- Você?! - A sobrancelha de Severo levantou-se e ele olhou para mulher em sua frente