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História Reviravoltas do Destino - Snamione - Vigésimo Segundo Capítulo


Escrita por: TatianyPrince

Notas do Autor


Olááá! Gente, como está sendo o carnaval de vocês? O meu ta sendo em casa mesmo rsrs...

Olha, muito obrigada pelos novos favoritos! Me deixam muito feliz... E, novamente, muito obrigada pelos comentários do capitulo anterior! <3

Boa leitura e até logo!

Capítulo 22 - Vigésimo Segundo Capítulo


Uma Semana Depois

Severus passou as mãos pelo rosto. Fazia uma hora que acabara de chegar a Hogwarts. Ele precisava conversar com alguém. E ninguém melhor que o ex-diretor.

- Sim - ele se virou para olhar os olhos sombrios e cansados ​​de Albus. - Eu lhe disse tudo. Não acredito que tenha esquecido algo.

Albus fechou os olhos.

- Devo dizer-lhe, Severo, eu esperava algo do tipo... mas quem está preparado para a confirmação? - Albus parecia genuinamente nostálgico. – Hermione é uma mulher forte. Ela nunca te procuraria demonstrando fraqueza.

Severo assentiu em confirmação. Hermione também sabia ser teimosa.

- Meu filho, eu sei que ela irá lhe perdoar.

- Albus, o que eu disse a ela, não tem perdão. Eu fui até lá todos os dias dessa semana e ela não quis me receber. Minha mãe que me mantêm informado. - A voz de Severus estava baixa e gotejava de desgosto. - Fui um tolo. Ela nunca vai me perdoar.

- Severo ... - disse Albus. - Certamente você agiu precipitadamente. Mas percebe que nós estamos falando da senhora Snape, não percebe? Eu devo lhe lembrar que Hermione é uma das criaturas mais bondosas que já conheci.  Não a julgue mal.

- Ela já não tem os poderes. - batendo as mãos para baixo na mesa de Albus e olhando para o velho mago. - Ela não pode ficar sozinha naquele lugar. - sussurrou Severus.

- Não, não podemos deixa-la sozinha. E sobre os poderes eu faço ideia do que pode ser. - Severus franziu o cenho e abriu a boca para perguntar qual seria sua teoria, mas Albus continuou: - Foi o amor. A magia mais antiga do mundo. Mesmo que a criança ainda estava em seu ventre, ele já era amado tão profundamente, que naquele fatídico acidente, mesmo que inconscientemente, ela o conferiu proteção! Por isso, meu filho, Hermione não consegue dominar sua magia. Mas a magia esta lá, porém, empenhada em proteger o ser que esta crescendo dentro dela.

Severo parecia perdido. Seguiu-se um momento de silêncio tenso, depois do qual Albus suspirou.

- Eu tenho fé em você, Severo. E no fundo você sabe muito bem o que tem que fazer em relação a sua esposa. E depois disse tudo, sei que você irá cuidar para montê-las bem. Todas elas. 

***

Mais uma vez, ele estava em sua porta. Assim como fizera a semana inteira.

- Posso entrar? Está muito frio aqui fora. – falou Snape.

Em vez de fazer o que era esperado que ela fizesse, Hermione permitiu que ele entrasse e o encaminhou para a sala.

Snape se inclinou para olhar para a garotinha que estava sentada no sofá.

- Presumo que você é a Halley? - Ele perguntou calmamente.

A criança obviamente estava assustada com sua presença, mas não recuou.

- Sim... senhor. – respondeu.

- Halley, querida. Eu preciso conversar com o senhor Snape. Você pode acabar seu desenho no quarto. Está bem? – a garotinha assentiu. – Obrigada querida. – lhe deu um beijo na testa e só se virou para Snape quando a menina entrou no quarto.

- Eu gostaria de falar com você. – Entoou ele.

- Como quiser. -  ela disse a ele e apontou para o sofá para ele se sentar . 

Hermione estava ciente que se eles não se falassem, nada iria se resolver. No entanto, ela ainda estava muito chateada com tudo que ele havia dito. Parecia ter muita verdade no que ele havia dito a ela.

Depois de pensar muito, determinou que gostaria de resolver as coisas com Severo. Afinal, eles iam ter um bebê juntos. Seu casamento seria um caso perdido. Mas ela faria um esforço pelo seu filho. Ele não era o culpado por toda a situação, portanto, ele deve ter a chance de ter um pai. Mesmo que esse pai não pudesse estar presente todos os dias, pois pelo jeito seu filho teria um irmão e isso ocuparia o tempo de Severo. Ela suspirou.

- Muito bem Severo, então me diga o que te trouxe aqui.

- Eu sei a verdade agora. 

 - Bom para você. Devo lhe parabenizar? – disse ironicamente. Ela virou as costas para ele, olhar para ele estava deixando-a incomodada. 

- Acho que eu mereço isso, Hermione, mas eu gostaria de ter a chance de pedir desculpas. Você pode não me entender, porém, gostaria tentar explicar.

- Por que eu deveria? Você não me ouviu! - As lágrimas fluíam por suas bochechas, ela odiou-se por deixá-lo vê-las. 

- Porque você é uma pessoa melhor que eu, Hermione! - Exclamou, envergonhado. 

Severo fechou os olhos e baixou a cabeça e suspirou profundamente. O que teria que fazer era algo complicado.

- Eu sei que eu fui um verdadeiro idiota para você. Um egoísta. Eu admito. Deus sabe que eu gostaria de poder voltar e mudar a maneira como eu te tratei. Mas a menos que tenhamos um vira tempo, isso é impossível.

- Quando você saiu naquela véspera de natal, eu me arrependi do que havia dito e fui atrás de você. No entanto, imagine você indo atrás da sua esposa na casa de seus amigos e não encontra-la. Isso depois que seu ex-namorado da escola esteve em sua casa tarde da noite. E não fica melhor saber pela empregada dos Lupin que Ronald Weasley havia passado lá mais cedo e não tinha ficado, pois, segundo ela, ele teria ido viajar com uma pessoa.

O olhar de Hermione era distante. Ela se recusava a olhar para ele.

-Hermione, eu lamento por ter duvidado de seus sentimentos. Entretanto, eu espero que você leve em consideração que a única parta da minha vida que eu me lembro, perfeitamente bem, é a que nunca fui amado por uma mulher além da minha mãe. Claro que isso não é desculpa, porque se eu não tivesse sido tão teimoso e... – engoliu em seco e suspirou. -  cheio de ciúme... teria percebido mais cedo que minhas conclusões, como sempre, estavam erradas. Você pode não me perdoar agora, mas eu juro que vou encontrar um jeito. – ele ficou em silencia, era um momento difícil.

- Eu te entendo, Severo. Mas eu esperava que você confiasse mais em mim. Eu não suportei a ideia de você pensar que eu tinha traído você. Mas você não sabe o quanto me machucou por não acreditar em mim, nos meus sentimentos por você. Porém, eu também tenho culpa. Eu devia ter escrito pra você. Não podia ter te deixado no escuro daquela forma. Não justo com nenhum de vocês. Eu tentei, eu juro que tentei. Mas eu não consegui. Sinto muito, eu deveria ter mandado notícias ainda quando estava no hospital. Mas eu fui teimosa demais para isso. – ele apenas suspirou em resposta.

- Eu devia ter desconfiado. – disse mais baixo do que gostaria. - Eu não estava lá para você antes. Mas, por favor, deixe-me estar aqui para você agora. – disse olhando para sua barriga. 

- Eu não vou te impedir de participar da vida do bebê. Você tem tanto direito a ele quanto eu tenho, Severo. – falou com toda sinceridade. - Ele é seu filho. Eu espero que você não se esqueça disso só porque você tem outro filho a caminho. – completou um pouco mais brusca que gostaria.

- Outro filho a caminho? – perguntou arqueando uma sobrancelha. - Desculpe, Hermione, mas de onde você tirou essa ideia ridícula? – disse com uma pitada de diversão.

- Não precisa mentir, Severo. Eu os vi no centro de Londres comprando coisas para o bebê. – sua voz era triste.

- Temos que ser honestos não é? – perguntou olhando em seus olhos. - Eu só tenho um filho a caminho Hermione. E é o que você esta carregando. – Ela pareceu ficar mais aliviada. - E não tem nenhuma outra mulher em minha casa. Bom... aquela mulher que você me viu passou uns dias lá sim, mas isso é porque ela não tinha onde ir. E antes que você descubra por outra pessoa, quero lhe dizer que eu cheguei a dormir com ela! – os olhos de Hermione se arregalaram. – Mas não tivemos nada. – Se explicou. – Lembra-se que eu pensei que você havia fugido... Mas não aconteceu nada, tenha a minha palavra. Eu estou sendo honesto, porque se queremos que esse casamento dê certo, temos que se comunicar. Temos de confiar. Temos que ser honestos. E não podemos tirar conclusões precipitadas. Nós sentimos na pele onde isso foi parar.

- Severo, Você não precisa estar preso a mim. Confie em mim você não vai gostar.

- Você realmente acha que eu sou tão frio, Hermione? Que eu não me importo com você ou com o nosso filho que você está carregando? - Com os dedos, Severus começou a massagear suas têmporas.

- Não é sobre isso, Severo. É complicado... – mas foi interrompida por um grito estridente que veio do quarto.

O mais rápido que conseguiu tentou se levantar, porém, suas pernas não permitiram. Elas estavam travadas.

- O que... – estava tentando entender

- Por favor, vai até lá. – implorou ela.

Com poucos passos ele estava em seu quarto. Ela o viu entrar. Não demorou muito para ele retornar.

- Foi apenas um pesadelo. Ela acabou dormindo. – olhando em seus olhos perguntou. - O que houve?

- Nada de mais. – abaixou a cabeça, ela ainda estava no mesmo lugar.

- Droga, Hermione! - Ele rosnou enquanto se abaixou e rasgou a barra de sua calça jeans.  

- Severo. – disse tentando impedi-lo, mas era tarde. Suas pernas já estavam expostas. Além das terríveis cicatrizes, havia muitos tons de roxo.

Ele podia sentir uma enxaqueca começar a acumular-se com todo o pensamento e confusão por causa de Hermione. 

- Já foi pior, acredite. – disse envergonhada e tentando cobrir as pernas.

- Você devia ter me procurado. Podia ter pelo menos ter me pedido para preparar poções pra você. Você não precisava ficar assim.

- Não seria justo para você, Severo. Eu desisti há muito tempo. Eu não queria impor a minha presença em sua vida.

- Hermione, olha pra mim. – disse levantando seu rosto para encontrar seus olhos. – Você não esta me forçando a nada.  As principais razões, pelas quais eu vim até você pedir mais uma chance, vieram somente de mim. Por favor, eu juro que não vou te decepcionar novamente.

– Eu não acho que posso fazer isso agora. O que você disse ... me magoou profundamente!– disse fungando o nariz. - Você realmente pensa tão pouco de mim? Hermione afundou-se ainda mais no safá.

Em segundos, ele estava ajoelhado aos seus pés.

- Eu cometi o pior dos meus erros, Hermione. Eu não tenho desculpa, eu fui um tolo.- tentou segurar as mãos dela nas dele, depois de resistir ela cedeu. - Se houvesse qualquer coisa que eu pudesse fazer para mudar tudo isso, para desfazer os danos que eu lhe causei, eu faria, eu juro. Vamos dar mais uma chance ao nosso casamento. – disse com toda a sinceridade que conseguiu reunir.

- Eu não tenho certeza se eu posso. – insistiu novamente. Ela estava chorando outra vez. -Me diga por que eu faria isso novamente, Severo? – disse olhando para o outro lado. Ela não queria encara-lo. - Por quê? – sua última palavra não passou de um sussurro, a mão de Hermione enxugava as lágrimas que insistiam em cair.

- Porque eu estou apaixonado por você! - Ele disse bem baixinho.

- O que... o que você acabou de dizer? – Ela estava emocionada. Ela virou-se para encara-lo novamente.

- Eu disse que estou apaixonado por você, Hermione. – repetiu calmamente, uma única lágrima rolou pelo rosto de seu marido.

O rosto de Snape ficou vermelho. Reunindo sua coragem, ele voltou a falar.

- Eu estou apaixonado por você, e não suporto a ideia de não te ter. Detesto a ideia de ter te magoado.

- Você tem uma ótima maneira de demonstrar isso. - Ela soltou um suspiro e colocou a mão em sua barriga para tentar acalmar o enorme tremor que estava a possuindo.

- Vamos tentar fazer esse casamento dar certo, Hermione. - Olhando em seus olhos, ele lhe disse.

Quando ela fechou os olhos por um momento, Severo aproveitou para fazer o que queria ter feito desde que havia entrado pela aquela porta momentos antes, aproveitou a oportunidade para beijar os lábios de sua esposa, ele a puxou para mais perto e sem hesitar. Está com ela em seus braços era a melhor sensação que ele sentira em anos. O beijo era intenso. Sua boca tinha gosto de chocolate. Ele sentiu naquele momento que nunca conseguiria viver sem ela. Foi quando ele lembrou-se do primeiro beijo dele.

Flashback On

Concertando suas vestes de ensino, Severo empurrou a porta de seu escritório para entrar. Permitiu-se folgar a capa que insistia apertar seu pescoço.

O dia havia sido estressante. Havia verificado exames durante todo o dia. Mesmo com todos os anos de ensino, ainda ficava assustado com as repostas que os alunos insistiam em dar. Ele não podia negar que a cada ano eles ficavam mais criativos.

Com um olhar no relógio, viu o quão tarde já era. Prestes a deixar o escritório e seguir aos seus aposentos, se deparou com a visão de uma mulher adormecida em seu sofá. Ele podia dizer que a visão de Hermione dormindo em seu sofá era encantadora. No último ano eles haviam se tornado amigos. Ele podia dizer que se sentia atraído por ela, no entanto, com medo de perder a amizade, nunca iria revelar a ela.

Olhando para ela novamente, começou a pensar como ela havia conseguido entrar.

Aproximou-se e abaixou-se para acordá-la.

- Hermione, acorde! Já é tarde. Você não deveria estar aqui. – mumurou em voz baixa para não assustá-la.

- O quê? – disse assustada. Ela parecia perdida. Ele sorriu, era uma bela visão.

 - Você está dormindo em meu escritório. Não sabia que estava em Hogwarts.  

- Oh. - ela murmurou. - Você demorou muito e acabei adormecendo. – disse sem graça.

 Snape estreitou os olhos em um brilho. – Como você conseguiu entrar aqui?

- Você deixou a porta aberta? – disse sorrindo. – Tá... eu quebrei suas enfermarias! Sinto muito, mas te esperar no corredor não estava em meus planos. Eu ia lhe convidar para jantar e entregar seu presente!

- Presente? Pelo quê? – disse arqueando uma sobrancelha.

- Pelo seu aniversário! – ele fez uma cara de surpreso. – Não me diga que se esqueceu do seu aniversário?!

- Só estou surpreso por você ter se lembrado. Só me lembro de ter dito a data uma vez a você.

Com um suspiro tranquilo, Snape sentou-se ao lado dela no sofá. 

- Eu não acho que conseguiremos algum lugar aberto a essa hora para o jantar. Sinto muito.

- Eu também acho que não. - Ela sorriu para ele. – Mas não tem problema. Marcaremos outro dia. Porém, ainda vou lhe entregar seu presente. Agora feche os olhos! – ordenou decidida.

- Isso é realmente necessário? – perguntou revirando os olhos. Ela lhe lançou um olhar de advertência. – Muito bem. – disse fechando os olhos.

Com um suave suspiro, Hermione o beijou. Sua boca tinha gosto de chocolate. Ele abriu os olhos assustados e se afastou.

- O que ... Hermione!

- Severo, você pensa demais... Só me beija. – disse beijando-o novamente.

Ele pareceu incerto por um momento, mas logo a correspondeu aprofundando o beijo ainda mais. Era e melhor sensação.

- Feliz aniversário, Severo. – disse ela sem fôlego.  Ela estava ruborizada.

- Já é Hermione! – disse beijando-a e puxando-a para si.

Flashback Off

Como ele podia ter se esquecido daquele beijo? – pensou internamente.

Hermione foi a primeira a se afastar. Ele aproveitou para enxugar as lágrimas dela. Ela deu um último beijo em seus lábios e, cansada, deitou a cabeça em seu peito, colocou seus pés no colo de Severo e fechou os olhos. Ela lembrou-se de como ela sentiu falta dele. Do seu perfume. De seu hálito. Do calor de suas mãos.

Severo começou a acariciar seus cabelos.

- Isso quer dizer que estamos bem? – perguntou incerto.  

- Ainda não, Severo. Mas nós vamos chegar lá. - ela disse a ele. Logo ela adormeceu, depois de um longo tempo, finalmente foi capaz de fechar os olhos e descansar. 


Notas Finais


E então? O que acharam? Sejam gentis hahahaha beijos!


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