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História Reviravoltas do Destino - Snamione - Nono Capítulo


Escrita por: TatianyPrince

Notas do Autor


Pessoas, mil desculpas! Sei que demorei muito para postar, juro que não foi minha intenção, mas o meu pc deu problemas! Mas agora estou de volta e até domingo sai outro capítulo que já esta até concluído. Bjos e boa leitura.

Capítulo 9 - Nono Capítulo


Era ainda muito cedo quando Severus acordou.  Ele olhou para Hermione, que ainda dormia, e sentiu seu coração saltar em uma batida diferente. Ele nunca havia se sentido daquela forma. Pelo menos não que se lembrasse.

Pensar naquilo lhe causava um grande desconforto, mas não podia dizer que era um sentimento totalmente odioso. Ao contrário, havia algo satisfatório naquilo. Snape não sabia dizer ao certo, porém ver a mulher de cabelos emaranhados dormir ao seu lado, o fez pensar se ele tinha algum sentimento por ela.

Tentou esquecer um pouco de todos aqueles pensamentos, ele se inclinou, beijou sua testa e se preparou para sair.

- Você sabe que a ama. – Disse o ex-diretor o assustando.

- Eu não tenho ideia do que está falando, Albus.

- Não é o que parece, Severo. – Suspirou contente.

- Se você quer realmente saber, me importo com ela, Albus. Ela está esperando um filho meu.  – Disse um pouco desconfortável.

- Meu filho, o que os seus olhos dizem valem mais que muitas palavras.  Sei que você se importar com ela, mas é muito mais do que isso. – Falou Dumbledore com convicção. – Talvez, com o tempo, você possa entender a dimensão de todos esses sentimentos.

- Atrapalho? – Disse Eileen abrindo a velha porta.

- Olá, mãe. Não atrapalha em nada. Na verdade, chegou na hora certa. Existe alguns assuntos que carecem de minha atenção, algumas pendencias que preciso resolver. Se você não se importar, necessito que fique com ela até que ela acorde. – Solicitou e Eileen assentiu. – Obrigado. Até mais tarde. – Se despediu saindo do quarto.

Eileen sabia que seu filho era um homem muito reservado, mas de alguma forma, desde a noite anterior, algo parecia ter mudado.  Severo sempre usava uma mascará no olhar, uma mascará que costumava ocultar todos os seus sentimentos. Mas, naquele momento, ela parecia não existir. Snape parecia estar em uma dimensão diferente.

- Então o que foi isso? –  Eileen perguntou a Albus. – Ele parecia mais desconfortável que o normal. – Disse sorrindo. – Porém, bem mais fácil de se ler. O que você fez com ele?

- Talvez eu tenha dito algo que o ajude a enxergar o que para a maioria das pessoas é o obvio.   

- Claro que sim. – Contemplou Eileen sorridente. – Você não existe, Albus.

***

Quando abriu os olhos, demorou pouco tempo para que Hermione percebesse que estava na enfermaria. As lembranças da noite passada, as inúmeras lembranças da noite passada, foram tomando conta de sua mente pouco a pouco.

Ao se lembrar que Snape havia passado a noite ao seu lado, um fio de esperança se acendeu em seu coração. Embora o outro lado da cama estivesse vazio, o cheiro dele nos lençóis provava que não era apenas um sonho. Provava que ele havia passado a noite com ela. Mas o motivo dele ter saído tão cedo estava a perturbando.

- Ele precisou resolver umas coisas querida! – Disse Eileen suavemente.

- Claro. – Hermione respondeu, ainda inconformada. – Claro que ele me deixaria pela manhã.

- Ele me pediu para que ficasse com você até que acordasse.  Pelo que eu entendi, Severo passará aqui mais tarde. – Revelou e os olhos de sua nora brilharam. - Hermione? – Eileen disse depois de alguns minutos, tirando-a de seus devaneios. – Como está se sentindo?

- Um pouco melhor, embora cansada.

- De acordo com o Medibruxo, isso é normal querida.  Porém, pelo que me foi passado, nós podemos ir para casa ainda hoje. Então tomei a liberdade de reorganizar a casa.

- É um ótima notícia. – Disse quase num sussurro. – Realmente é. Mas será que isso é uma boa ideia, Eileen? E se ele se arrepender?

- Ah, querida... Se ele disse que irá tentar, então acredite. Severo não é do tipo de fazer o que não quer, não se engane. Ele pode até demonstrar o contrário, mas no fundo não é bem assim.

 - Senhoras, com licença. - O medibruxo as interrompeu entrando no quarto. – Não que eu queira me intrometer, mas Sra. Snape tem muitas visitas lá fora. Como pareceu ser inútil todas as minhas palavras de conforto, tenho certeza de que todos precisam ver com os próprios olhos como ela está. – Gargalhou levemente.

***

DIAS DEPOIS

Tinha chegado a hora de ir para casa. Completamente alheio do que lhe esperava pela frente, Severo Snape tomou um gole de uísque com muita cautela.  Os goles eram lentos e pausados. A ideia era ganhar algum tempo, já que algo dentro dele dizia que não seria fácil se acostumar com tudo.

Dias atrás, como previsto pelo médico, Hermione havia sido liberada. Então, como não podia se ausentar da escola por falta de um substituto, para seu total conforto, ele havia ficado.

No entanto, como esperado, o grande dia havia chegado e ele teria que encarar a realidade. Diferente dele, Hermione estava muito ansiosa para vê-lo novamente.  A bruxa estava convencida a fazer de tudo para ele se sentisse à vontade.  E não podia ser diferente, uma vez que ela estava muito preocupada com o futuro do seu casamento.

Ainda que fosse algo muito difícil de ser fazer, tinha se convencido que para não atormentá-lo ia poupá-lo de todas as suas perguntas irritantes. Contanto que ele também colaborasse, não poderia ser tão difícil.

Mas o que ela podia esperar de alguém que só se lembrava da época que era nada mais que seu gorduroso e sarcástico Mestre de Poções?  

Que Merlin me ajude. – Pensou angustiada.

Ela sabia que iria precisar de toda a sua força para enfrentar aquela nova situação. As memórias dele, de acordo com madame Pomfrey, iriam voltar por conta própria, só precisava de tempo suficiente. Por isso, eles tinham apenas que esperar e ver.

Com a intenção de ajudá-los, Eileen tinha trabalhado duro para deixar tudo em ordem para a chegada de Severo. Com a intenção de deixá-los a sós, ela havia dito a Hermione que voltaria para França, para resolver alguns assuntos que estavam pendentes, mas logo estaria de volta. A princípio sua nora havia achado estranho, porém acabou por entender.

- Não tente parecer menos nervosa, Hermione. - Ele advertiu. - Vai ficar difícil suprimir o desejo de tirar pontos da grifinória.

- O quê? - Sentindo-se infantil, ela bateu o pé.

- Nem mesmo em seu primeiro ano você era tão hesitante. - Disse ele calmamente. - Tem certeza que já pode sair? O medibruxo disse que você teria que estar de repouso absoluto! – Disse sério.

- Você não entenderia, mas acredite! Preciso sair, Severo. O repouso absoluto era de pelo menos uma semana. Portanto, já passou. Não é como se eu fosse correr numa maratona. É apenas um jantar. Se eu ficar presa nessa casa mais um dia, irei enlouquecer.

- Certo. Já sabe onde deseja jantar, Senhora Snape? -  Ele perguntou, parecendo um pouco mais leve. Em resposta, Hermione apenas assentiu.

Ele estendeu a mão, ela a pegou.

- Severo, espere. – Disse o parando. - Se você ainda quiser desistir, tudo bem. Se quiser dizer que essa ideia de tentar dar certo é estúpida e que você não quer fazer isso, eu te entendo. - Disse ela ainda sem encará-lo.  - Estas últimas semanas têm sido muito difíceis para você, eu compreendo. Não poderia ser diferente. Só não quero que você se sinta obrigado.

- Eu quero fazer isso, Hermione. Confesso que ainda estou confuso, mas não duvide quando eu digo que quero que isso dê certo. Não estou sendo coagido a nada. - Severus caminhou novamente em sua direção, e, dessa vez, envolveu um braço em volta dos ombros. - Agora vamos.

- Ok, mas antes me prometa que não vai fazer nada que não queira.

- Nunca Hermione ... Nunca... -  Severus murmurou contra sua bochecha – Agora podemos ir? – Ela assentiu.

Snape se empenhou para continuar sendo cordial.  Escoltou Hermione para o jantar e tentou ser o mais agradável possível. Os inúmeros discursos de sua mãe ainda se repetiam na cabeça dele, ele não ia correr o risco de se tornar um homem morto antes do tempo. Embora quisesse se acostumar, teve todo o cuidado do mundo para manter distância de Hermione, apesar de suas inúmeras tentativas para seduzi-lo.

Ele achava que era muito cedo para isso ainda. Ela teria que entender que para aquilo, ele precisava de um tempo.
 

***

5 DIAS DEPOIS

Fazia alguns dias que Severo estava em casa. Hermione não poderia dizer que ele já tinha se acostumado com ela. Ele era sempre muito educado, tentava ser atencioso, mas faltava algo. Não estava totalmente entregue.

Era como estivesse pisando em falso todo o tempo. Ela já não suportava sentir seu cheiro e não poder tocá-lo e não poder abraçá-lo. Desde o episódio na enfermaria, ela não havia tido outro momento intimo com o marido. Ele optou por não compartilhar o mesmo quarto que ela. Toda vez que ela tentava se aproximar, Severo, sutilmente, lhe evitava.

Hermione já estava começando a achar que o problema era com ela. Será que ele não a achava atraente? Ela decidiu que iria com tudo dessa vez, ela precisava dele. Se não conseguisse, desistiria. Depois de incontáveis tentativas, ela não se humilharia mais na tentativa de conseguir um pouco de carinho.

- Por Merlin, estou ao ponto de enlouquecer. - Sussurrou entrando na sala - Malditos hormônios. - Esbravejou.

Severo estava em pé próximo à lareira. Quando ela avançou um passo na direção dele, fechando a curta distância entre eles, ele cambaleou para trás um pouco desconcertado. Ela aproximou-se mais e enlaçou-lhe o pescoço.

- O quê?! - Ele gaguejou. Ele ainda estava sem jeito, não sabia como agir. Mas antes que ele pudesse tomar qualquer atitude, ela o beijou. O beijo que era suave foi se intensificando.  Porém, ela logo percebeu que ele não correspondeu.

Severo cautelosamente colocou as mãos em seus ombros e, ignorando o que seu corpo queria realmente fazer, empurrou-a para longe dele. 

- Hermione, eu não posso fazer isso. – Disse ele.

- Eu quero você. Eu preciso de você, Severo.- Suplicou ela. - Por favor! - Ela implorou, ele, entretanto, nada disse. Ela fechou a olhos e as lágrimas escorreram por sua bochecha.

 Decidida a voltar para o quarto, ela se virou para sair, mas Severo, com firmeza, a segurou. As lágrimas ainda rolavam pelo rosto dela, uma dor forte consumia seu coração. 

Por alguns minutos, ele ficou a encarando, uma dor enorme atingiu sua cabeça. Uma tonteira o consumiu. Quando se deu conta, ele estava no sofá e Hermione segurava um copo de água.

Snape observou o brilho sumir dos olhos de sua esposa e algo dentro dele se remexeu. Então, ele pegou o copo da mão dela e colocou na mesa de centro.  Ele a puxou para si o pôde sentir o quão gelada e tremula ela estava.

- Você está bem? – A voz dela soava preocupada. Hermione não esperava tal atitude.

Ele apenas assentiu, sua voz não queria obedecer ao seu comando. Severo não conseguia nem respirar, muito menos encontrar as palavras para explicar o que havia ocorrido. Pelo menos não agora. Então, ele a trouxe para mais perto, prendendo-a contra seu corpo e ela não recuou.

- Eu sinto muito, severo. Eu não queria...

- Shhhhhhi ... Hermione, você não tem que se desculpar por nada. - Disse ele apoiando o rosto dela em seu peito e acariciando os seus cabelos. Depois de algum tempo, ele levantou o rosto de Hermione e seus olhos se encontraram. Embora tivessem se desentendido minutos atrás, o olhar dela era cheio de amor e ternura.

Por alguns segundos, ele se perguntou como uma bela criatura como aquela havia se apaixonado por ele. Ele enxugou os últimos vestígios de lágrimas que persistiam em cair dos olhos da esposa e seus lábios, finalmente, se encontraram.

Naquele momento, Severo descobriu que não podia lhe negar nada.

 



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