Pov. Marinette
Comparei as duas fotos e... eram totalmente iguais.
No final de contas, o Félix é o Breakaleg, a pessoa que me abandonou quando eu mais precisava dele. Será que ele sabe que eu sou a Blackhearth?
-Não te faz nada bem falar sozinha, Mari. Podes sempre desabafar comigo- disse a Tikki.
-Obrigada Tikki. Assim é que se vê quem são os verdadeiros amigos. O Breakaleg ou Félix deixou-me de uma maneira bastante estranha. Nós namorávamos e de um dia para o outro ele acabou comigo de uma maneira "tipo Adrien".
Flashback on...
Eu tinha acabado de chegar à pequena casa onde eu e o Breakaleg nos encontrávamos todos os dias.
-Olá Breaky.- esta era a alcunha que eu dava ao meu namorado na altura.
-Olá Blackhearth- Ele chamou-me pelo meu nome completo e não pela alcunha, Por isso já sei que algo não está bem.-Temos que falar muito seriamente.
-Podes dizer.- Eu já estava preparada para ouvir alguma coisa grave, ou pensava que estava...
-Temos que acabar a nossa relação.- Ele disse aquilo de uma maneira determinada.
- Mas porquê? Já não gostas de mim? Fiz algo de mal?
-Não fizeste nada de mal, simplesmente existes. Tu és horrivel e eu não quero ter nada haver contigo.
-Isto não pode ser verdade! Isto é um pesadelo!- Eu chorava muito. Que miúda ingénua era eu ao pensar que ele podia gostar de mim.
-Não é nenhum sonho. Acabou tudo! Eu nunca mais te quero ver!- Ele virou-se de costas para mim e começou a caminhar até à porta, deixando-me caída a chorar no chão.- Adeus Blackhearth e até nunca.- e essa foi a última vez que eu vi o Breakaleg.
Fim do Flashback...
Os Agreste são uma família dificil.-disse a Tikki pondo a sua patinha na cabeça.
-A quem o dizes! E eu já recebi rejeições a mais da parte deles.
Pov. Adrien
Depois daquele episódio com a Mari, eu fui para a sessão de fotos.
O Félix veio atrás de mim, mas estava muito pensativo. Ele parecia estar a falar sozinho e eu queria ouvir o que ele estava a dizer, portanto, aproximei-me mais sem ele reparar.
Consegui ouvir mais ou menos assim:
-Se...ela...Blackhearth...descobriu. -me...eu...nunca...a...deixado...sozinha. Ela...odiar...breakaleg...eu.
Depois de ouvir uns excertos do que o Félix estava a dizer, eu percebi finalmente. Pelo que a Mari me contou, o breakaleg pareceu-me ser parecido com o Félix. Eu ja devia ter percebido quê eles sao amigos.
O FÉLIX E O BREAKALEG SÃO AMIGOS E O FÉLIX NÃO ME CONTOU NADA.-e esta foi a minha conclusão.
A minha mente voltou a pensar na Mari e no que tinha acontecido. Esta noite vou fazer uma visita à minha princesa e descobrir o que a tormenta.
Quando chegámos, o Félix sentou-se num banco e eu fui-me sentar ao lado dele.
O fotógrafo chegou e analisou o Félix de cima a baixo.
-Menino Félix! Como vai?
-Vou bem. E o Monsieur?
-Também. Vamos começar com a sessão em breves instantes.
(...)QUEBRA DE TEMPO(...)
Eu e o Félix estávamos estafados. Tínhamos ficado duas horas a ser fotografados.
Chegámos a casa e o pai estava à nossa espera.
-Entao, como correu a sessão?
-Muito bem. Mas ficámos muito cansados e esfomeados. Não podemos ir lanchar a um sitio na cidade?- questionou o Félix.
-Ahm...Está bem. Mas hoje é uma exceção.-eu fiquei boqueaberta. Desde quando é que o pai ia ou gostava de lanchar fora?
-A mim apetece-me ir a uma padaria muito boa. Podemos ir à padaria Dupain-Cheng?-sugeriu o Félix.
-Claro que sim. Mas essa padaria tem alguma coisa de especial?-o meu pai estava muito curioso hoje. Curioso de mais para o meu gosto.
Quando o Félix abriu a boca para responder ao meu pai, eu falei primeiro é mais alto.
- É a padaria dos pais de uma amiga nossa da escola. A Marinette, não se lembra dela?-o pai acenou negativamente.- Aquela menina que ganhou o concurso dos chapéus.
-Ah! A senhorita Dupain-Cheng! Eu estava a pensar em contactá-la brevemente, mas assim não necessito de fazer isso.-Agora foi a minha vez de ficar curioso.
-Para que é que a quer contactar?
-A senhorita Dupain-Cheng é uma grande estilista e os seus desenhos têm um grande potencial. Para não falar que ela é muito bonita.Eu estava a pensar em oferecer-lhe um cargo como modelo e assim podia ajudá-la com as suas criações. Em troca, ela trabalharia para mim.
-Isso quer dizer que ela vai posar comigo nas sessões de fotos?-era a minha chance de fazer as pazes com a Mari.
-Sim, mas só se ela aceitar.-eu fiz um sorriso de orelha a orelha e dei uma olhada discreta ao Félix. Ele estava com a boca totalmente aberta e tinha os olhos arregalados.
-Porque é que o Adrien pode posar com meninas bonitas e eu não?-ele cruzou os braços e começou a amarrar o burro, ou seja, a amuar.
-Tu é que não quiseste posar para as revistas com o teu irmão. Eu não vou mudar a minha opinião acerca disso.
-O pai é que sabe. Vamos lá lanchar que eu estou a morrer de fome.
Encaminhámo-nos pra a limusine do meu pai e o motorista, a quem chamamos Gorila, estava à nossa espera.
-Leve-nos à padaria Dupain-Cheng.
-Sim senhor. -O gorila deixou-nos na rua da padaria.
Rapidamente, fomos cercados por pessoas a pedirem autógrafos e a pedirem para se fotografar connosco. O meu pai simplesmente ignorou todos e entrou na padaria dos pais da Mari, seguido de mim e do Félix. A mãe da Mari estava a arrumar tudo. A padaria devia estar a fechar quando chegámos.
-Boa tarde, será que nós ainda podiamos lanchar?
-Boa tarde senhor Agreste! Claro que podem! Boa tarde Adrien, como vais?
-Vou bem obrigado. A Mari está em casa?
-Sim, mas está a estudar e pediu para não ser incomodada durante um pouco.
-Ah já me ia esquecendo. Eu gostaria de falar com a senhorita Marinette.- disse o meu pai.
-Com a minha filha?- ela fez uma cara assustada- Ela fez alguma coisa de mal?
-Não, muito pelo contrário. Estou a pensar em contratá-la como modelo para posar com o meu filho Adrien. Depois ajudaria a senhorita com as suas criações e ela poderia vir mesmo a trabalhar comigo.
-Decerto, a minha filha irá aceitar a sua proposta de bom grado. Mas agora digam-me o que vão querer para o lanche, por favor.
-Eu vou querer um daqueles croissants caseiros deliciosos. Para acompanhar pode ser um galão- pedi eu.
-Eu vou querer igual ao meu filho. E tu Félix?
-Ahn... Há tanta coisa deliciosa aqui para escolher...Pode ser um bolo de arroz é uma chávenas café com leite por favor.
-Está já para sair- a mãe da Mari desapareceu por ali adentro e voltou pouco tempo depois com tudo o que tínhamos pedido.
O meu pai tirou a carteira para pagar, mas a mãe da Mari antecipou-se.
-Não precisa de pagar. É por conta da casa.
-Ohh... É muita simpatia sua.-Disse o meu pai.
Quando ia dar a primeira sentada no meu croissant quentinho e delicioso, ouvi alguém a descer as escadas.
-Mãe! Sobraram alguns cookies para mim?
-Sim, querida! Estão em cima da mesa da cozinha! Mas agora preciso que venhas cá abaixo. Há uma pessoa que quer falar contigo.
Ela entrou na sala de atendimento e viu-nos. A sua primeira reação foi sacudir a cabeça e só depois é que falou:
-Boa tarde. O que tem para me falar senhor Agreste?
-Boa tarde senhorita Marinette. Eu vinha fazer-lhe uma proposta, mas antes gostava de ver as suas novas criações.-disse o meu pai.
-Claro! Eu vou já buscá-las.-ela foi e voltou a correr.- Aqui tem o caderno - disse ela entre suspiros. Ela estava muito cansada pelos vistos. Quem não estaria depois de uma correria daquelas?
O meu pai começou a folhear o caderno da Mari e depois fez uma cara séria que a assustou.
-Senhorita Marinette, as minhas suspeitas confirmaram-se. Você é digna da minha proposta. A proposta é a seguinte...
O meu pai explicou o que se passava e o que pretendia e a Mari acenou afirmativamente dizendo que percebeu.
-Então. Aceita a minha proposta?
-A minha resposta é...
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.