Pov. Marinette
Eu estava a estudar e pedi para ninguém me incomodar. Desde as visitas do Chat terem começado, as minhas notas têm piorado, por isso estudo nos tempos livres.
-Vejo que te estas a tornar mais responsável.-disse a Tikki- Mari, eu estou com fome. Não me podes dar uns cookies por favor?
-Claro! Eu vou ver se ainda há e já volto.
-Obrigada Mari. És a melhor!
Eu desci metade das escadas e perguntei à minha mãe:
-Mãe! Sobraram alguns cookies para mim?
-Sim querida! Estão em cima da mesa da cozinha! Mas agora preciso que venhas cá abaixo. Há uma pessoa que quer falar contigo!
Eu estranhei o que a minha mae disse, mas fui até à sala de atendimento. Olhei para a mesa mais perto do balcão e vi o senhor Agreste com o Adrien e o Félix.
Não sei o que me deu, mas com o espanto, comecei a sacudir a cabeça e só depois comecei a falar.
-Boa tarde. O que tem para me falar, senhor Agreste?
-Boa tarde senhorita Marinette. Eu vinha fazer-lhe uma proposta, mas antes gostava de ver as suas novas criações.- Eu não acredito nisto! O meu estilista favorito está a falar comigo e quer ver o meu trabalho! E está a falar comigo ao vivo, em direto! Concentrei-me de novo na conversa.
-Claro! Eu vou já buscá-los.- Eu subi as escadas e fui à cozinha buscar os cookies para a tikki. Depois corri para o meu quarto e peguei no meu caderno de criações. Dei os cookies à tikki e voltei para a sala de atendimento bem rápido.
-Aqui...tem...o caderno...-eu estava cansada e estava a falar por suspiros bem pausados. Ai que vergonha!
O senhor Agreste folheou o meu caderno lentamente, parando para analisar cada desenho que eu tinha feito. Após ter acabado de ver o caderno, fez uma cara séria.
-Senhorita Marinette, as minhas suspeitas confirmam-se. Você é digna da minha proposta. A proposta é a seguinte:
A senhorita trabalhará para mim como estilista e eu vou ajudá-lá nas suas criações. Se tudo correr bem, a próxima coleção que eu vou lançar será feita com a sua parceria. Depois terá de pousar com o meu filho Adrien, com as roupas das minhas coleções, e, posteriormente com algumas das criações que fizer.-como eu ainda estava cansada acenava afirmativamente com a cabeça, para entenderem que eu estava a entender.- Então? Aceita a minha proposta?
Eu não sabia o que dizer. Por um lado, queria dizer que não e por outro, queria dizer que sim.
Hesitei muito, mas decidi o que achei mais correto. Ia deixar de pensar só em mim e iria pensar em como podia fazer os meus pais orgulhosos de mim. Pensei em como podíamos ter uma vida melhor. Com estes pensamentos apercebi-me de que ainda não tinha dado a resposta.
A minha resposta é... SIM.- o Adrien levantou-se da cadeira e começou a dar saltinhos de pura alegria. Até parecia uma criança de 5 anos. O Félix ficou sentado no seu lugar e cruzou os braços. O senhor Agreste fez um sorriso e estendeu-me a mão.
-Temos acordo?
-Sim, temos acordo.-eu apertei-lhe a mão durante uns 2 segundos. Eu nem acredito que toquei no meu ídolo.
-A primeira coisa que deve fazer é assinar este contrato.-Ele pôs um contrato e uma caneta em cima da mesa e eu assunto-o logo de seguida. Ele arrumei o contrato e prosseguiu- A segunda coisa que deve fazer é preparar uma pequena mala de coisas, pois terá de dormir na nossa casa várias vezes.
-Eu tenho de dormir na vossa casa?-eu estava radiance por um lado. Pelo outro, só de pensar quê teria de estar na mesma casa dos " Irmãos Maravilha", dáva-me náuseas.
-Sim, senhorita Marinette. Há dias em que têm sessões até muito tarde e logo no dia seguinte têm-nas muito cedo. Por isso, mais vale ficar logo connosco. É tudo uma questão de horas e não custa nada da parte de ambos os lados.
-O senhor Agreste pode tratar-me só por Mari.
-Está bem. A Mari tambem me pode tratar por Gabriel, ou até mesmo de pai. Não é para provocar o seu pai, é só porque eu vou começar a vê-lá todos os dias.- ele olhou para o relógio e disse:- se nos dão licença, temos que ir. Aqui tens o teu horário Mari. Vou levar o teu caderno e pôr alguns dos teus desenhos já em pratica.
-Na verdade, eu já pûs a maioria em prática, mas eu não quero incomodá-lo "pai", por isso, mostro-lhe amanhã.
-Fantástico! Obrigado por compreender, Mari. Até amanhã!
-Até amanhã "pai"!
Ele sorriu mais uma vez e saiu pela porta, o Adrien sussurou-me mais uma vez "desculpa" e o Félix disse um simple "Adeus".
Pov. Adrien
Estou tão feliz pela Mari ter aceitado a proposta...só tenho pena de ela começar a ser seguida e fotografada para todos os lados onde vai. Infelizmente, ao assinar aquele contrato, ela perdeu a sua vida normal e discreta.
Quase de certeza que ela vai ser a primeira notícia de todos os jornais e de todas as revistas durante as proximas semanas.
Enfim, talvez consiga fazer as pazes com ela.
Outra coisa que me preocupa é a mudança de humor repentina do meu pai. Ao pé da Mari, ele pareceu-se mesmo com um pai.
Sorria-lhe, disponinilizava-se para a ajudar e fazia coisas que os pais fazem aos filhos. Coisas que ele nunca me fez. Não sei se hei-de ficar feliz pela Mari ou triste por mim mesmo.
Chegámos a casa e eu fui tomar um banho. Demorei mais ou menos 30 minutos na casa de banho.
Quando de lá saí, fui para o meu quarto fazer os trabalhos de casa. Eram bastantes, por isso fiquei muito tempo a fazê-los. Mas enquanto os fazia, tinha um certo kwami a chatear-me a tola.
-Tenho fome! Dá-me Camembert!
-Já dou. Deixa-me só acabar isto e...
-Quero comer! Estou a morrer de fome.-disse ele a fingir que estava a desmaiar.
-Ou comes depois de eu acabar os trabalhos ou não comes nunca mais.- ele levantou-se de imediato e pôs a cabeça para baixo. Depois fez uns olhos muito fofinhos e disse:
-Por favor Adrien, eu tenho muita fome.- ele desfez o olhar fofinho- E se não me alimentares, não podes ir visitar a tua namorada.
-Ela não é minha namorada. Um dia pode vir a ser, mas por enquanto não. Eu vou buscar o teu queijo.
Fui até à cozinha e peguei em dois Camemberts. Hoje pretendia ficar mais tempo com a minha princesa, pois queria saber o que aconteceu hoje com o Félix.
Pov. Félix
Se a Mari descobriu que eu sou o Breakaleg, estou lixado. Ainda não tenho a certeza, mas acho que ela é a Blackhearth.
Eu nem sei como lhe disse aquelas coisas horríveis e me fui embora sem dizer mais nada. Como é que falei do Adrien quando eu sou mil vezes pior? Apesar dele lhe ter partido o coração, ele não a deixou para trás.
O que eu sentia nessa altura era muito estúpido. Eu pensava que não tinha aproveitado o tempo com a minha mãe, por causa da Blackhearth ocupar a maior parte da minha cabeça e tempo.
Fui buscar uma foto antiga que eu tinha guardado da Blackhearth e aí sim tive a certeza de que ela era a Mari.
Agora tenho de a reconquistar. Não sei de que maneira, mas tenho de conseguir.
Tive uma ideia! Vou começar a deixar ramos de flores e prendas na janela do quarto dela todos os dias. Não vai ser muito difícil, pois aprendi Parkour no colégio militar.
E hoje, vou fazer-lhe uma visitinha.
Fui ao meu armário e abri o seu compartimento secreto. De lá, tirei o meu antigo fato de Breakaleg . Vesti-me rapidamente e saí pela janela.
Como já era noite, saltei de telhado em telhado até chegar à casa da Mari. Quando entrei, fiz algum barulho e ela olhou para trás.
-És tu Chat?- mas quem é o raio do Chat?
-Não. Eu sou o Breakaleg e vi ver a minha Blackie. Olá Blackhearth!
Ela começou a entrar numa espécie de reação de pânico e começou a chorar e a gritar comigo.
- Eu não te conheço e não sei quem é essa Blackhearth! Sai já daqui! Vai-te embora!
-Desculpa tudo o que eu te fiz. Eu estava a passar por uma má fase e...
-Eu não quero ouvir as tuas desculpas! Sai já daqui Félix! Eu não te quero ver nunca mais! Vai-te embora!
-Só vou se me disseres quem é esse Chat de quem falavas à pouco.
-Ninguém que te interesse!-nesse momento senti alguém imobilizar-me por trás.
-Chamaste-me à conversa Breakaleg? E fizeste a minha princesa chorar? O que é que eu te vou fazer por isso?
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