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História Reviravoltas Amorosas - Guerras entre pretendentes


Escrita por: Elisynoir

Notas do Autor


Oi pessoal!
Eu disse que ainda publicava hoje.
Espero que gostem da segunda parte do capítulo.

Capítulo 26 - Guerras entre pretendentes


Fanfic / Fanfiction Reviravoltas Amorosas - Guerras entre pretendentes

Pov. Adrien

 

Não me agradou muito a ideia de deixar a Mari sozinha com o Félix, mas eu e o Nino tínhamos combinado ver o quarto um do outro, se ficássemos em sítios diferentes como foi o caso.

Depois de bater à porta do quarto do Nino, tive de ficar à espera um bocadinho. A música que vinha lá de dentro estava alta e eles com certeza que não me tínham ouvido à primeira.

Quando finalmente me finalmente abriram a porta, deparei-me com um quarto muito mais pequeno do que o meu.E era para duas pessoas!

Os cortinados e persianas estavam fechados e faziam o ambiente de discoteca perfeito. A música que soava era uma que eu nunca tinha ouvido, mas punha toda a gente a dançar.

-Hey Adrien, o teu quarto pode ser maior, mas o nosso é mais divertido. – eu acenei com a cabeça e depois juntei-me à dança do Nathanael.

Mal eu me aproximei dele para dançar, ele deu um passo para trás e tropeçou na cama. Deu um trambulhão que deve ter doído muito, mas foi o mais engraçada que eu alguma vez vira.

Eu e o Nino olhémos um para o outro e começámos a rir. Mesmo com as luzes apagadas, pode-se ver a cara dele a ficar mais vermelha do que o cabelo. Se fosse nos tempos antigos, tinha sido de vergonha. Agora, era de raiva.

-Vocês acham que tem piada? Experimentem vocês dar uma queda destas! Eu não aguento mais isto Adrien. Se não estivesses sempre a atrapalhar tudo nada disto teria acontecido. Saí deste quarto já.

-Mano, este quarto também é meu. E eu digo para ele não sair. –defendeu o Nino. Contudo, eu sabia como ele se sentia. Eu já tinha passado pelo mesmo.

-Não faz mal Nino. Porque não vens tu ver o meu quarto?

O Nino ia dar aquelas respostas de “não podemos fazer sempre o que os outros querem”, mas eu calei-o mentalmente com o meu olhar repreendedor.

-Vamos lá então.

Quando chegámos ao meu quarto, o Nino ficou de boca aberta.

-Como é possível que seja tão grande? Vida de ricos é bem curtida. – disse ele enquanto se esparramajou no sofá.

-Se não te importas, eu tenho de ir lá fora por uns momentos. Fica à vontade.

-Podes crer que fico. –ouvi antes de sair.

Eu tinha de pedir desculpa ao Nath. O que eu tinha feito não era correto. Enquanto andava até ao quarto dele, não pude deixar de pensar nas duas portas fechadas na suite.

Ainda bem que o meu quarto estava entre os dois.

Cheguei ao quarto e bati à porta. O Nath abriu a pensar que era o Nino.

-Nino, estava a ver que nunca mais... Vai-te embora Adrien.

Ele tentou fechar a porta, mas eu consegui impedi-lo com o meu pé.

-Nós precisamos de conversar. –disse eu com um ar de arrependido.

-Adrien, vê se percebes uma coisa. Desde que tu apareceste na minha turma, nada tem sido igual para mim. Primeiro, roubaste-me as atenções da Mari, depois, tentaste arruinar o meu encontro com ela e ainda me xingaste de vários nomes. Agora diz-me, como é que depois do que aconteceu à bocado, tu tens a lata de vir falar comigo?

O que eu lhe tinha feito não tinha mesmo perdão. Ele era um garoto de coração partido e era tudo minha culpa. Retirei o meu pé da porta e ele fechou a porta. Mas não antes de me dizer:

-Tu não a mereces.

O estrondo da porta fez-me acordar para a vida. Se eu me abalasse, não ia conseguir aproveitar esta minha primeira viagem sozinho. Voltei para o meu quarto e conversei com o Nino durante mais uns momentos.

Durante a conversa, a porta fechada da direita nunca me saiu da cabeça. Será que tinha acontecido alguma coisa de mal? Será que o Félix lhe tinha feito alguma coisa? Havia muitas hipóteses, e uma delas era que fosse tudo uma coincidência. Tinha de esperar até ao jantar para saber de alguma coisa.

 

Quebra de tempo... (Hora do jantar)

 

Fiquei a ver um pouco de televisão e o Félix saiu do quarto pouco tempo depois. O lábio tinha estado a sangrar e estava muito inchado.

Ele disse-me que tinha mordido o lábio com muita força e eu acreditei nele. Não havia mais alguma explicação óbvia para aquilo.

A Mari saiu do quarto mesmo antes de sairmos para jantar, linda e explendorosa como sempre. Ela e o Félix não trocaram um único olhar, pelo menos ela não o olhou, porque ele não parava de tentar estabelecer contacto com os seus olhos.

O Nino já se tinha ido embora e tinha-me pedido para o deixar ir lá mais vezes. É claro que tinha dito que sim, mas com cuidado, porque ele era das pessoas que gostava de arranjar festas.

No caminho para a sala de convívio onde todos os alunos se deviam encontrar, eu não abri a boca. Os olhares intensos do Félix para a Mari faziam-me queimar do meu juízo. Ela parecia indiferente, mas eu sabia que se tinha passado alguma coisa.

Quando chegámos, fomos rodeados por todos.

-Como é a suite?

-Grande.- ia respondendo eu.

-Que sorte que tiveram!

-Humhum...

-Têm jacuzzi?

-Sim, temos.

-Posso dormir contigo, Adrichou?

-Claro que podes. Espera... O quê?

Nem foi preciso virar-me para saber quem era a única pessoa capaz de fazer aquela pergunta. Chloe Bourgeois.

-Eu sabia que ias responder isso. Encontramo-nos no teu quarto à noite. Byebye!

-Ei, espera! – mas ela desapareceu por entre as paredes confusas do hotel.

-Está tudo bem Adrien? – ouvi atrás de mim. Era a Mari.

-Sim. Só temos de nos certificar de que ninguém entra na suite para além de nós.

-Por mim tudo bem. Tu é que sabes.

Depois de mais alguns minutos, começámos a encaminhar-nos para o salão de jantar.

Aquele lugar era enorme. Acho que era o primeiro salão de jantar que eu tinha visto que era maior que o meu.

-Meninos. Neste hotel tudo é buffet. Comam o que quiserem, mas não até rebentar. Lembrem-se que ainda vamos ter mais dias para provarem o que quer que seja. Podem ir.

Eu e a Mari fomos os primeiros a correr para a comida. Ela é muito rápida. Eu só conheço uma pessoa mais rápida que eu. Ladybug. Bom, parece que agora conheço duas.

A comida era tanta que não se via outra coisa. Eu enchi o meu prato com o que e pareceu bem e delicioso. Era a primeira vez que não era controlado nas refeições que recebia. Nem parecia coisa do meu pai deixar-me comer dali.

Uma coisa era certa. Eu ia sair daquele hotel com mais uns cinco quilos.

Pousei o meu prato numa mesa e esperei que a Mari também se sentasse. Quando ia começar a comer, vi a Sabrina. Sozinha. Mas onde raios estava a Chloe? Tinha de esclarecer umas coisinhas com ela.

-Hey Sabrina! – ela olhou para mim. – Onde está a Chloe?

-Ela tem autorização para jantar na zona VIP. Não é fantástico.- disse ela largando o pratoi de comida para dar as duas mãos e levantar uma perna.

A comida espalhou-se pelo chão e o prato partiu-se aos mil bocados. A cara de sonho dela passou a cara de envergonhada.

-Ups!

Rapidamente a sua porcaria foi limpa por empregados do hotel, que não ficaram muito felizes por se terem de livrar de um prato e terem de desperdiçar comida.

Eu olhei então para a Mari e tentei ter um jantar descansado com ela. Claro que era bem difícil, sabendo que a Chloe ia tentar de tudo para entrar na suite nessa noite.

Depois de repetir as doses de comida do buffet, chegou a hora de provar as sobremesas. Havia uma mesa inteira de bolos e semifrios. Havia outra mesa só com gelados e tópico spara pôr por cima. Enfim, era o paraíso doce...

 

Quebra de tempo... (Depois do jantar)

 

Depois daquele jantar maravilhoso, só me apetecia estar um bocado no jacuzzi.

Quando voltámos à suite, eu avisei o Félix e a Mari e perguntei se algum deles queria vir.

O Félix disse que não, mas a Mari ficou pensativa.

-Anda lá Mari, vai ser bem divertido.

-Hum... Já que insistes tanto. Eu vou só vestir o meu bikini.

-Eu também vou só vestir os meus calções. Encontramo-nos lá. –disse eu, entrando no meu quarto.

Tranquei a porta e escolhi os meus melhores calções. Era a primeira vez que ia ver a Mari de bikini. Nem podia acreditar que ela tinha aceitado. O Félix devia estar mesmo num estado de pimentão.

Depois de me vestir, eu saí do quarto e encontrei o Félix à minha espera.

-Por mais que tentes, ela vai ser minha, Adrien.

-É que nem em sonhos!

-A aposta vai acabar por virar para o meu lado. Tu vais ver. – Quando ele me disse isto, eu lembrei-me do que a Mari me tinha dito como Chat. Ele era perigoso e tinha sempre tudo o que queria. Eu não podia arriscar a fazer perguntas. Só o Chat sabia estas coisas. Não o Adrien. Não eu.

-Vais ter de aprender a perder, Félix.

-Eu nunca perco.

-Há sempre uma primeira vez para tudo. –mal disse isto, eu virei-lhe as costas e entrei na casa de banho. Sentei-me na borda do jacuzi e esperei pela Mari.

 

Pov. Félix

 

O meu irmão é um falhado. Como é que ele se atreve a achar que me consegue vencer? É uma estupidez.

Continuei distraído com os meus pensamentos até ouvir o barulho de uma porta a ser aberta. Era a Mari e estava com um bikini vestido. Realçava-lhe tudo.

-Oh la la! Onde pensa que vai tão linda? – perguntei eu. Mesmo depois de uma discussão, ninguém conseguia resistir ao meu charme.

Ela começou a aproximar-se de mim lentamente. Fez os seus olhos provocadores e encantadores e pôs o indicador no meu peito.

-Vou para longe de ti, seu nojento! – e deu-me um tapa cheio de força. Eu nunca pensei que ela tivesse tanta força. A minha cara até virou para o lado.

Como é que ela tinha sido capaz? Quando olhei para o sítio onde ela devia estar, ela tinha desaparecido. Ouvi o barulho da porta da casa de banho a abrir e ela fez-me um aceno demão antes de entrar.

Caí frustrado no sofá  enquanto esfregava a cara.

-Ela é difícil. Cada vez a amo mais! – confuso para onde devia ir, entrei no meu quarto e fechei a porta. – Ela vai ser minha. E se não é a bem, vai ser a mal.

 

Pov. Marinette

 

Entrei na casa de banho a sorrir e o Adrien estava à minha espera.

Ele estendeu-me a mão e disse:

-Mylady. –fez-me uma vénia. – Senhoras primeiro.

Eu aceitei a sua mão e entrei. Aquela alcunha fazia-me lembrar do Chat.

Encostei a cabeça à borda do jacuzzi e comecei a pensar nele. Como estaria Paris sem a Ladybug. Será que estava tudo bem?

-...nette, Marinette!

-Sim, o que foi? –perguntei toda atrapalhada.

-Podes passar-me o produto de fazer mais bolhinhas?

-Claro. –levantei-me para lhe dar o frasco, mas algo no seu olhar me incomodou. –Passa-se alguma coisa?

-Sim. Mari, tu tens marcas roxas de dedos nos teus ombros. –eu olhei para os meus ombros e estavam realmente num estado lastimável.

-Ah, isto não é nada. – respondi eu. Tentando disfarçar.

-Mari, quem foi que te agarrou? – a voz dele começou a elevar-se.

-Ninguém, Adrien. Isto não é nada.

-Quem é que te magoou? – disse ele ainda mais alto.

-Não foi ninguém.

-Quem é que te fez essas marcas? – perguntou ele, mas desta vez a gritar. Os seus olhos irradiavam fúria e eu não conseguia ver preocupação, apenas possessividade.

-Já te disse que não é nada! – disse eu exaltando-me também. – Vê se te metes na tua vida e me deixas em paz!

Dito isto, saí do jacuzzi e peguei numa toalha, que enrolei especificamente à volta dos ombros. Saí ráido dali e tranquei-me no meu quarto. Dali não saía mais.

Alimentei a Tikki com algumas cookies que tinha encontrado no buffet do jantar e vesti o pijama.

Tinha sido um dia longo e eu precisava de descansar. Adormeci no exato momento em que pousei a cabeça na almofada.

 

Pov. Adrien

 

Eu não queria que ela se zangasse, mas aquelas marcas tiraram-me de mim. Eu reagi daquela maneira porque não podia demonstrar que sabia alguma coisa de quem lhe tivesse feito aquilo.É claro que era evidente quem tinha sido. Félix.

Desde sempre que tinha ouvido que os gatos eram agressivos quando lhe maltratavam os donos e eu podia comprovar que era verdade.

Fui-me deitar a remoer o assunto. Amanhã tinha de me desculpar e esperava que ficasse tudo bem.

Alimentei o Plagg com um bocado de camembert que tinha sobrado da viagem e deitei-me.

Só conseguia pensar naquilo que o Nath me tinha dito. “Tu não a mereces”.

Era totalmente verdade. Eu não merecia mesmo. Mas não podia deixar que ela caísse nas mãos do Félix.

-Sabes que mais Plagg? Se eu não a mereço, vou fazer para merecer. – o Plagg acenou a cabeça afirmativamente e adormeceu no meu cabelo.

Amanhã ia ser o primeiro dia para o resto da minha vida e eu ia aproiveitá-lo de uma maneira diferente. Está na hora de conquistar a Mari com o meu verdadeiro eu. Eu!

 

Pov. Narradora

 

Depois de todos terem adormecido, a porta da suite abriu-se.

Uma cabeleira loira surgiu e abriu a primeira porta que viu. Ao ver um loiro na cama, ela entrou feliz da vida. Aconchegou-se ao pé dele e pôs o braço dele por cima do seu corpo.

-Hihihihi!  Eu consigo sempre o que quero. E abraçou-se ao menino que dormia profundamente.

Bem, ela não conseguiu o que queria, pois apesar do rosto e cabelos iguais, aquele era o gémeo errado.

 

Chloe estava abraçada a Félix.


Notas Finais


Espero que tenham gostado!
Eu não sei quando vou publicar o próximo capítulo, mas tentarei o mais depressa possível.

Este capítulo foi dedicado a uma leitora que me acompanhou desde a última vez que publiquei. A incrível darkit_days.

Até ao próximo capítulo!


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