1. Spirit Fanfics >
  2. Reviravoltas Amorosas >
  3. Desastres atrás de desastres

História Reviravoltas Amorosas - Desastres atrás de desastres


Escrita por: Elisynoir

Notas do Autor


Oi gente!
Aqui vai o capítulo como prometido.
Espero que gostem!
Boa leitura!

Capítulo 27 - Desastres atrás de desastres


Pov. Félix

 

Acordei mais cedo do que devia ter acordado. O meu relógio nem tinha tocado ainda. Mas eu sentia-me desconfortável, sentia-me como um peso morto.

Mas eu estava enganado! Eu nãome sentia um peso morto, eu tinha o peso morto em cima de mim.

Ainda cheio de sono abri os olhos e deparei-me com uma cabeleira loira despenteada. Era a Chloe.

Isto não devia estar a acontecer, ela devia estar com o Adrien, não na minha cama.

Preparei-me para lhe gritar ou até mesmo para a atirr da cama abaixo, mas o mínimo barulho podia despertar toda a gente, e aí começavam a pensar coisas entre mim e ela.

-Chloe! – sussurrei-lhe eu. Como ela não acordava, tive de lhe dar com a almofada na cabeça.

-Ai! Adrien, porque fizeste isso? – perguntou ela levantando-se enquanto esfregava a testa. É claro que nem se tinha dado ao trabalho de abrir os olhos.

-Chloe, eu sou o Félix! O Félix! O Adrien está no quarto ao lado.

-Não acredito nisto! Como é que eu vim aqui parar? Pensava que estava com o Adrien! – disse ela começando a aumentar o tom de voz.

-Chiu! Ninguém sabe que tu estás aqui e é melhor que continuem sem saber. Tens de sair daqui, agora!

-Tens razão! – ela dirigiu-se para a porta e espreitou antes de sair. Antes de sair do quarto, eu ouvi mais um sussurro. – Félix! Apesar de seres horrível, tenho-te a dizer que dás uma bela almofada.

Aquele comentário irritou-me imenso, mas não pude dar uma resposta à altura para não acordar ninguém. Era impressionante como ela se tinha enganado no quarto de uma maneira descarada e ainda tinha coragem de me dizer que eu era uma bo almofada. Só ela é que era capaz de me dizer uma coisa daquelas depois de me ter feito passar mal a noite.

Já tinha passado algum tempo e já devia estar quase na hora do Adrien acordar. O meu banho estava à minha espera.

 

Pov. Adrien

Passei a noite toda a acordar com muitos pesadelos. Todos estavam relacionados com a Mari e com aquilo sobre o que tínhamos discutido.

Quando não consegui mais dormir, sentei-me na minha cama e alimentei o Plagg. Pensei em ir pedir desculpas à Mari, mas ela ainda devia estar a dormir.

Ouvi o barulho da água do chuveiro e pude ter a certeza de que já não era o único a estar acordado. O Félix também já estava a pé.

Quase que tinha a certeza de que tinha sido ele a deixar aquelas marcas na Mari, mas tinha de esquecer o assunto durante um bocado. A Mari ainda não confiava em mim como Adrien e não devia gostar que eu falasse daquilo com ela. Quando voltasse a ser o Chat tinha a certeza de que ela me contaria tudo.

Enquanto continuava a ouvir o barulho da água a correr, decidi bater à porta do quarto da Mari.

Eu ouvi uns barulhos e a porta abriu-se. Ela estava com um ar lastimável de quem tinha estado a chorar e isso fez-me sentir ainda pior do que antes.

-O que é que queres Adrien? Não te chegou já o que aconteceu ontem? –perguntou ela com um ar bastante triste e desiludido. Parecia que tínhamos voltado ao passado.

-Eu vim pedir-te desculpas. Eu não queria que tu te zangasses, mas a minha preocupação por ti estava gritante. Eu tinha medo que alguma coisa de mal te tivesse acontecido. Que algém te tivesse feito mal.

-Isso é tudo muito bonito Adrien, mas eu sei tratar da minha vida. Não precisas de preocupar comigo. Posso parecer frágil, mas sou muito mais forte do que tu pensas.

-Eu sei que tu és forte, mas por mais que eu tente, não consigo deixar de pensar que algo de mal te podia ter acontecido. Desculpa-me por favor! -Eu desculpo-te, mas por favor não voltes a meter-te dessa maneira na minha vida. Além disso, aquilo não era nada de especial. Foi tão insignificante que eu já nem me lembro onde fiz as marcas.

-Hey, meninos! Eu acabei o meu banho! Adrien, és o próximo.

-Até já Mari.

Entrei na casa de banho e esperei ouvir algumas palavras entre a Mari e o meu irmão, mas não consegui detetar nenhum som.

Tomei então o meu banho, mais descansado pela Mari me ter desculpado. Desta vez ninguém ia conseguir estragar a minha viagem. Nem as pequenas discussões me iam tirar aquilo que eu estava a pensar fazer na véspera de voltarmos a casa. A declaração.

 

Pov. Marinette

 

Fiquei feliz por saber que o Adrien estava preocupado comigo e tudo não tinha passado de um mal entendendido. Mas às vezes ele não se devia meter tanto na vida dos outros. Imagino se ele descobrisse que tinha sido o irmão, nunca mais me deixava sozinha por um momento no mesmo sítio que ele.

Depois daquilo tudo ter acontecido, fiquei na dúvida se contava ao Chat. Ele estava sempre lá para ouvir os meus problemas e era uma boa coisa para mim contar-lhe, mas por o outro lado, ele ia ficar zangado com o Félix e era capaz de fazer algo que não devia.

Enfim, eu decidia o que fazer quando chegasse o momento. Não era a altura de pensar no Chat, por muito que eu quisesse estar com ele para desabafar. Era a altura de eu me afastar de problemas e divertir-me.

Alimentei a Tikki e preparei-me para o meu primeiro dia de mini férias. Ninguém ia estragar nada desta vez. Nem a Chloe, nem o Félix. Eu estava pronta para lhes dar uma grande tareia se tentassem.

Esperei que o Adrien acabasse o banho e depois fui eu.  Quando acabei, vesti logo o outro biquini que tinha trazido, pois o outro ainda estava a secar e preparei-me para sair mesmo a tempo do pequeno almoço.

Eu saí ao lado do Adrien e tentei puxar assuntos em quer o Félix não pudesse entrar na conversa. É claro que ele começava a perguntar sobre tudo o que não percebia, chegava até a ser irritante.

O pequeno almoço foi uma maravilha. Eu comi uma data de coisas que nunca tinha provado e provei alguns tipos de pão que nunca tinha visto na padaria dos meus pais. Era tudo muito bom, mas não batia as coisas caseiras que eles faziam.

Com a refeição acabada, todos estávamos prontos para o reconhecimento do hotel. Pelo que me tinham dito, era tão grande que demorava mais de uma hora a ser apresentado tudo.

A nossa guia começou por nos mostrar um mapa muito grande com todas as saídas de emergência. Ela disse para fixarmos pelo menos uma e eu fixei a mais perto do meu quarto.

Depois do mapa, ela apresentou-nos a piscina externa e explicou-nos as regras que devíamos ter no local. Apresentou também os terrenos que o hotel possuía e passou então para a piscina interior.

Já estávamos a ver tudo há uma hora e meia e eu sentia os meus pés a doerem. Era terrífico aquilo ser tão grande.

Após alguns minutos, ela disse que podíamos ir andando para os nossos quartos e que devíamos estar à porta da sala de refeições para almoçar, cinco minutos antes do meio dia.

Eu não sei se fui a única naquela comunidade de nono ano, mas mal cheguei ao quarto deitei-me com intenções de dormir. Queria estar com energias para a piscina e aquela visita guiada tinha-me desgraçado a cabeça.

Quando estava prestes a adormecer, alguém bateu à porta. Era o Adrien e queria conversar sobre uma coisa importante.

-Posso entrar Mari?

-Claro! – disse eu levantando-me e penteando-me depressa.

Ele entrou e fechou a porta. Tinha as mãos atrás das costas e uma cara estranha que me estava a incomodar.

-O que se passa?

-Por acaso tu trouxeste uma linha e uma agulha?

-Sim, eu trago sempre em caso de emergência. Qual é o problema?

-É que acho que alguém sabotou os meus calções de banho. Têm todos um furinho em partes um pouco desagradáveis de falar. – ele corou muito e eu não devo ter ficado muito melhor.

Nunca nenhum garoto me tinha falado da sua roupa comigo. Muito menos daquele tipo de roupa, e do sítio onde era.

-Precisas que eu tos cosa, é isso?

-S-sim, p-por favor. – ele meteu a mão atrás da cabeça e coçou o local. Notava-se que ele estava mesmo muito envergonhado. Apesar de estar constrangida, eu não podia negar uma situação daquelas ao meu amigo.

-Sem problema.

-Preferes que eu saía?

-Tu é que sabes. Se queres ficar,fica, mas se quiseres sair, estás à vontade.

 

Pov. Adrien

 

Eu estava na dúvida se ficava ou se saía. Se eu ficasse talvez a Mari não se sentisse muito à vontade, mas se eu saísse ela ainda ia achar que eu era um interesseiro.

Decidi então ficar lá. Talvez aprendesse alguma coisa e não fosse mais preciso pedir a alguém para fazer por mim.

-Primeiro tens de observar bem a cor da peça e escolher a linha mais parecida. – ela retirou uma caixinha de costura e escolheu de imediato uma linha e uma agulha.

Ela explicou-me como se cosia e como se tinha de posicionar a agulha nas nossas mãos e logo de seguida, começou a exemplificar o que tinha explicado.

Percebi que ela corou quando começou, e isso fez-me ganhar esperanças. Se ela estava a corar era porque aquilo tinha algum efeito nela.

Por mais estranha que fosse a situação, não conseguia deixar de ficar muito feliz. Saber que ainda havia esperanças, que ela ainda podia gostar de mim, era de facto muito bom.

Ah, se ela ao menos soubesse aquilo que me ia na cabeça...

-Adrien! – eu virei-me de rompante, por quanto tempo tinha estado a pensar? Olhei para as pernas dela e vi todos os meus pares de calções cosidos.

-Ah. És rápida! – foi a única coisa que me ocorreu.

-Obrigada. Já está na hora de descermos para almoçar, vamos?

Eu entrelacei o meu braço no dela e afirmei convincentemente. Os nossos passos a partir dali até à porta foram sincronizados. Parecíamos robôs. Foi muito divertido.

Vi o Félix à nossa espera e a sua cara ficou mais carrancuda que sei lá o quê. Aquilo fez-me ficar muito feliz. Ele estava com inveja de mim.

Sempre achei que o Félix tinha tudo aquilo que queria. Sempre que ele dizia “ vamos brincar”, tínhamos de brincar. Sempre que ele dizia que não queria ser fotografado, a sua vontade era cumprida. Mas agora, o grande Félix não tinha uma coisa muito mais importante do que todos os seus caprichos. A Mari. Quem diria, que depois de ele ter namorado com ela e a ter dispensado, era capaz de se voltar a meter com ela e desafiar-me como que a fosse ter só para ele. Podia ser meu irmão gémeo, mas numa coisa eramos diferentes. Eu sabia perder e ganhar.

Descemos para o almoço e como no jantar, enchemos as nossas barrigas de comida. Desta vez, provei coisas diferentes das que tinha comido ontem. Mas apesar de tudo, guardei mais espaço para as sobremesas. Eram deliciosas.

A Mari não comeu muito. Parecia muito pensativa. Pensando bem, ela nunca comia assim tanto.

Tivemos um pequeno precalço da Chloe a entrar de cena, mas não foi nada de especial.

Depois do almoço, voltámos todos para os quartos. Tínhamos ainda algum tempo antes de irmos para a piscina. Agora que tinha os meus calções prontos outra vez, estava descansado para nadar.

Quem me tinha feito aquilo tinha muito mau gosto. Ou então eu simplesmente tinha trazido todos os calções de banho estragados. Não. Isso era muita coincidência.

Mas agora não era altura de estar a pensar nisso. Eu ia poder estar tempo de ouro com os meus amigos e especialmente com a Mari. Estava decidido a declarar-me na última noite no hotel. Se tudo corresse bem, sairíamos de Espanha como namorados. Mal podia esperar por isso.

Encostei-me bem na almofada da minha cama e a intenção era descansar um pouco a cabeça, mas acabei por adormecer. Era como se estivesse mesmo muito cansado, mas não estava. Foi como se tivesse sido drogado. E a piscina iria ter de esperar...

 

Pov. Félix

 

Depois de furar todos os calções do meu irmão, nunca pensei que houvesse uma reviravolta da parte dele. O meu objetivo era que ele não fosse à piscina para eu poder estar com a Mari e fazer uns pontos.

Como o plano não funcionou, tive de arranjar outro método de o fazer não ir.

Antes de mais, falei com a Chloe para armar uma pequena discussão e enquanto isso decorria, metesse um comprimido para dormir no sumo do meu irmão.

Tudo correu às mil maravilhas e ele deitou-se, acabando por adormecer.

A Mari estava a esperar por ele para sair, e até bateu à porta, mas como ele não respondeu, ela teve de ir andando sozinha. Era agora a minha oportunidade.

Mas antes disso tudo, tinha de colocar já ideias na cabeça da Mari para que o meu plano breve funcionasse.

Já na piscina, a Mari ficou sentada um bom tempo nas esplanadas a apanhar sol com a Alya e a Rose. Eu acho que ela estava à espera do Adrien, mas podia mesmo esperar daquela maneira, pois eu tinha comprado o comprimido para dormir mais forte da farmácia.

Depois disso, aproveitei que os miúdos tinham começado uma conversa à frente da Mari e coloquei a questão:

“ Sabem porque será que a Chloe e o Adrien estão a faltar ao primeiro dia?”

Esta pergunta foi suficiente para a atenção da Mari ser desviada para mim.

Sim, a Chloe tinha abdicado do seu dia de piscina para que o plano desse certo. Não sei porquê, mas agora até achava que ela ia dar uma boa cunhada para mim. E ia fazer de tudo para que isso acontecesse.

E o Adrien que me esperasse.

Aquilo tinha sido apenas o início. Eu ainda tinha muitas mais formas de o impedir de estar com a minha futura mulher. Muitas mais do que as que ele podia imaginar...


Notas Finais


Espero que tenham gostado.
Não ficou muito bom, mas eu não tenho tido uma semana muito boa, e isso reflete-se na forma como ajo ou escrevo.
Desculpem.
Para a próxima farei melhor, por isso, Xau!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...