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História Reviravoltas do Destino - Snamione - Vigésimo Capítulo


Escrita por: TatianyPrince

Notas do Autor


Pessoas... chegou a hora para algo que vocês tanto esperaram!

Muito obrigada pelos novos favoritos e obrigada pelos comentários do capítulo anterior. Vocês são maravilhosos!
Beijos e boa leitura!

Capítulo 20 - Vigésimo Capítulo


Sua cabeça estava latejando. Sem abrir os olhos, ela esfregou a testa na tentativa de aliviar a dor, mas de nada adiantou. Ela colocou as pernas no chão, não ficou surpresa com o quanto estava dolorida. 

A noite anterior bateu como um raio em sua mente. Ela tremeu por um momento, lembrou-se do quanto ele a humilhou. Como se estivesse revivendo o momento, sentiu como se suas veias estivessem em chama de tanta raiva que estava sentindo.

Depois de ter ido ao banheiro e aliviado sua bexiga, com extrema dificuldade, ela voltou para o quarto. Olhando para a cama ela parou. Halley estava dormindo profundamente. Hermione suspirou. Aquela criança tinha o poder de acalma-la. Ela sorriu.

Decidindo que a menina estava em um sono maravilhoso preferiu não acorda-la. Ela tinha que ir ao caixa eletrônico sacar o dinheiro do aluguel, pois venceria naquele dia. O local era um quarteirão de sua casa. Logo ela estaria de volta. E por sorte a criança ainda não teria acordado.

A dor de cabeça que ela estava sentindo ainda não tinha desaparecido, mas isso não era prioridade. Depois de fechar a casa, se foi.

***

- Sumiu? McGonagall e Dumbledore perguntaram juntos.

- Sim. – Confirmou Eileen. – Eu fui procura-lo. Afinal ele não dava notícias há dias. Eu devia ter imaginado que contrata-lo não era boa ideia. Mas não conseguia pensar em nada melhor.

- Onde você conseguiu a informação? - McGongall perguntou, curiosamente.

- Um vizinho me informou. - Fez uma pausa. – Eu pensei em tentar procura-lo, mas acho que vai ser perca de tempo.

- Talvez ele te procure, Eileen. Não podemos dizer ao certo que ele agiu de má fé. – contemplou Albus.

As duas mulheres pareciam desconfortáveis, não querendo questionar a opinião do ex-diretor. Mas McGonagal franziu a testa e não pôde evitar de falar. 

- Ah, por favor, Albus. - ela entoou, ironicamente. – Você realmente acha que esse homem irá voltar? A essa hora ele estar bem longe com o dinheiro que a Eileen lhe deu.

A senhora Prince assentiu, mas não comentou. 

- Não faz sentido ele ter demorado tanto pra ir embora. A julgar pelo tempo que você havia dado o dinheiro a ele, porque ir só agora? - Dumbledore olhava para as duas mulheres em sua frente como se pudesse tirar a resposta delas.

Minerva podia sentir que o cérebro de Eileen estava praticamente queimando na busca por respostas, neste momento ela viu a velha amiga se afundar ainda mais em sua cadeira. 

- Não pode ser coisa boa. – disse eileen.

- Enquanto não achamos a resposta podemos falar nas buscas! – Minerva sugeriu.

- Falta apenas um hospital em Londres. – Eileen disse suspirando.

***

Para sua surpresa, ao ir ao caixa rápido descobriu que sua conta estava zerada. Ela estava desesperada. Ela não tinha ideia do que poderia ter acontecido.

Era a primeira vez que ela não tinha o dinheiro para alguma coisa. Seu desespero só aumentou quando notou que havia uma criança de quatro anos que dependia dela. Halley não tinha absolutamente nada. No dia anterior, ela havia comprado algumas peças de roupas e calçados para a menina. Mas ainda assim era pouco.

E ela ainda havia pensado que as coisas não poderiam piorar, mas, novamente, ela estava enganada.

E lá estava o filho do dono da casa lhe cobrando o aluguel.

- Sim, eu sei que você é uma pessoa honesta e que havia pago três meses de aluguel adiantados. Você cumpriu com sua palavra no que tínhamos combinado em dezembro.  Mas o acordo é que deveria ser pago hoje e não no final da próxima semana! Ele disse, ignorando suas outras palavras. 

- Eu não sei o que dizer, exceto que eu sinto muito. Eu não estou com o dinheiro completo. – Ela estava constrangida. – Eu prometo que até no final da semana estarei com o dinheiro. E prometo que isso não vai mais ocorrer. - Sua voz caiu em um perto de sussurro. – Esses últimos dias eu tive um..

- Não me interessa da sua vida pessoal!- cortou ela bruscamente. – O que eu posso fazer é te dar três dias. Afinal, imagine o que seria de nós se esperássemos todos os inquilinos pagarem o aluguel quando convém. Eu volto daqui a três dias e se não pagar terar quinze dias úteis para sair ! – virou-se e saiu. Hermione ficou parada por alguns segundos e entrou.

Bateram em sua porta novamente. Quando abriu o rosto de Hermione ficou ainda mais vermelho. Ela ficou furiosa ao lembrar o que ele havia feito na noite anterior.

- Se você veio aqui para me ofender novamente, pode ir embora! – falou bruscamente.

- Nós precisamos conversar! – disse sério.

- Eu não quero conversar com você. – disse fechando a porta, mas ele a forçou a abrir. – por favor, Severo, vá embora. Hoje não é um bom dia.

- Por quê? Seu amante está em casa? Não quer que ele me veja?

- Você não sabe do que está falando! – falou com raiva.

- Bom, você devia dizer a ele que ele precisa pagar o aluguel em dia. – ela arregalou os olhos. - Não fica bem para um homem não cumprir os seus deveres. – disse no seu tom mais sarcástico. Ela suspirou profundamente.

- Quer saber, entra Severo. Contanto que depois você me deixe em paz! – disse abrindo totalmente a porta.

Na sala, ela fechou a porta do quarto e o encaminhou para a cozinha.

- Não quer que eu o veja? Interessante. – ela bufou, mas nada disse.

Snape não disse nada por um longo momento, observando-a atentamente. 

- Por que você se foi por tanto tempo e por que você não nos procurou? – perguntou bruscamente.

- Achei que seria melhor dessa forma.

- Eu acho que a gravidez afetou seu cérebro e você esqueceu que você é uma bruxa, mulher tola. Podia ter mandado um patrono ou podia pelo menos ter enviado uma carta. Mas não preferiu sumir sem ao menos dizer aonde ia.

- Eu fiquei todo esse tempo fora porque eu achei que você precisava! Eu não os procurei antes porque eu tinha algumas coisas que eu precisava fazer, ou melhor, coisas que eu precisava resolver. - Hermione estava começando chorar novamente. – Eu precisava reorganizar a minha vida. Aconteceu tanta coisa.

- Eu vejo. -  Ele respondeu em um tom seco, sua sobrancelha levantada.  Olhando para o quarto que ela praticamente acabara de fechar a porta. Ele balançou sua cabeça. Havia muita coisa que ele gostaria de dizer a ela, mas se manteve sob controle.

- Não me venha com eu vejo, Severo.

- A próxima vez que você planeja sair, será melhor que você me diga ou diga minha onde você estará. Você goste ou não a criança que você esta carregando também é minha.

- Como se isso importasse. Sim, eu posso ter errado, mas você tem que entender que não foi intencional. Não foi planejado, Severo. Olha pra você. – deu uma risada sarcástica. - Você tem praticamente uma família. Quanto tempo você esperou para colocar uma outra mulher dentro de casa? – Severo ficou com o rosto vermelho.

- Isso é totalmente diferente. – argumentou se recompondo.  – Você não sabe o que aconteceu.

- Nem você, Severo! – Exclamou ela olhando fixamente para ele. – E nem me deixar tentar explicar!

De repente Hermione escutou sua porta abrir.

- Hermione? Sua porta estava destrancada. Então fui entrando.

- Erika. – Hermione falou, mas foi cortada.

- Por favor, deixa eu falar! Olha, eu sei que você disse que ia desistir da fisioterapia. Você não pode parar. Você chegou muito longe pra desistir assim.  Já estou montando o nosso material da sessão aqui na sala. Não é por causa daquele seu ex-marido idiota que você vai fazer isso. – Severo olhou para Hermione totalmente perdido.

- Hermione, você é uma pessoa maravilhosa! Você não é idiota. Não é estúpida. Você não é nada egoísta. Você o deixou porque achou que ele precisava disso! Você não queria que ele se achasse obrigado a assumir algo contra a vontade.

– Minha amiga, você é uma mulher forte e determinada. A maioria das pessoas já teria desistido na metade do caminho, mas você não. Depois daquele acidente terrível na véspera de natal, você ficou dois meses naquele hospital sozinha. – O rosto de Snape caiu. Ele não esperava por isso. - Você entrou nessa casa sem ter quase nada. Você ta aqui tentando reconstruir a sua vida. E mesmo sem saber o dia de amanhã acolheu aquela criança que a própria mãe teve coragem de abandonar no parque! Hermione, você tirou leite de pedra. Se ele fez isso com você... então, ele não te merecia! Você não perdeu tudo! Você tem essa preciosidade que precisa de você. Na verdade, você tem duas preciosidades que precisam de você. As crianças precisam que você esteja completamente disposta.– disse entrando na cozinha.

- Desculpe, eu não sabia que você tinha visita. – ela olhou para o homem e depois para Hermione que parecia devastava. -  Eu acho que é melhor eu voltar mais tarde. – sem receber nenhuma resposta completou. – Vou deixar as coisas montadas. Você precisa disso, Hermione. – Ela apenas assentiu.

Depois que a fisioterapeuta saiu da cozinha nada foi dito por um longo tempo. Severo parecia transtornado. Ele realmente não sabia o que dizer. Não sabia o que fazer. Tudo parecia ter desabado bem na sua frente.

- Só saia, Severo. Por favor! – implorou ela, quebrando o silêncio. - Foi um dia difícil - admitiu ela, parecendo que poderia chorar de novo. Severo saiu rapidamente.

***

Após sair pela porta, ele permaneceu ali parado. A chuva caiu pesadamente no topo de sua cabeça, escorreu pelos seus cabelos, pelo seu rosto e escorreu pelos seus olhos embaçando sua visão.

Ele não podia se mover. Era como se seus pés estivessem grudados no lugar. 

Ele tinha cometido um erro terrível. E todas as peças de quebra cabeça estavam presentes a todo o tempo, mas ele não quis enxergar. Preferiu pensar o pior de tudo e de todos.

Ele estava transtornado e se odiou. Odiou cada pedacinho do seu ser.  Fazia anos que não se sentia assim. Para ser exato, ele não se sentia assim desde o dia em que descobriu que revelar a profecia para Voldemort foi um erro.  O que ele estava sentindo era vergonhoso. Uma angustia inexplicável. Para ele, ele deveria ir diretamente para o inferno. Que era o lugar a onde ele pertencia.

Ele estava errado todo esse tempo. Sua esposa estava em um hospital a todo esse tempo e ele preferiu ignorar o seu sumiço achando que ela estava traindo-o.

Quando se lembrou o que havia dito a Hermione na noite passada se sentiu ainda pior. Ele estava se sentindo um homem da pior espécie. Praguejou quando se recordou do que havia feito com o Weasley, ele foi um verdadeiro covarde.

Flashback on

No dia anterior alguém havia escorregado por de baixo de sua porta uma pequena nota dizendo onde a senhora Snape estava. Na nota, só havia o endereço e quem assinara escrevera apenas suas inicias “L J”. 

Sua vontade era ir até lá imediatamente. No entanto, não sabia se estava preparado para ver Weasley tendo a vida que deveria ser dele. Ele não havia nem conseguido ouvir o que sua mãe havia descoberto sobre os dois. Ver os dois seria ainda pior.

Ele precisava pensar, mas sua casa se tornara um local impossível para isso. As duas mulheres dentro de sua casa não permitiam isso. Elas pareciam estar em todos os cômodos. Então foi para o pub.

Bebeu o primeiro copo de whisky, o segundo, depois o terceiro e assim sucessivamente. Até que ouviu uma voz conhecida. Virou-se para ver. Próximo dali, estava Ronald Weasley. O ruivo não estava sozinho, havia uma mulher enroscada no pescoço. Essa mulher não era Hermione.

Seu estômago se apertou repentinamente. - Como aquele ruivo idiota podia ter a coragem de trair Hermione? – Pensou. Sem medir as consequências, se arrastou até o local onde se encontrava o casal.  

Ao se aproximar, ele gritou o nome do homem que levantou imediatamente. Mas antes que Ronald pudesse reagir ele lhe deu um soco em um olho e depois em outro.

- Oh, porra! – gritou e caiu de volta para cadeira.

A mulher que estava com Weasley se afastou. Snape pegou Ronald pelo colarinho da camisa e o levantou. Ronald tentou pegar sua varinha, porém já não estava com ele.  

 - Poderíamos ter adiado esse momento desconfortável até um pouco mais tarde, mas já que te encontrei aqui! – grunhiu Snape. Foi neste momento que Ronald conseguiu abrir seus olhos.

- Snape! - Ele gritou.  - Oh, isso não pode estar acontecendo! - ele gemeu, e tentou se desvencilhar do homem. – Eu posso saber pelo menos do que isso se trata? – perguntou indignado. Revidar era ainda pior, Snape era fisicamente mais forte.

- Sem brigas no meu estabelecimento! – rosnou um velho atrás do balcão.

- Você também não a merece. – disse lhe dando um último soco antes de larga-lo e jogar sua varinha ao seu lado no chão. Seu ex-professor saiu do estabelecimento.

Flashback Off

Se amaldiçoou por ter agido feito um idiota.

Quando ele acordou naquela enfermaria, não se lembrando de nada depois da batalha final, ele considerou impossível ter a vida que todos estavam alegando que ele possuía. Era impossível que seu nome fosse considerado honrado após a queda de Voldemort e ainda um homem reconhecido pela sociedade bruxa. Ele achou ainda mais impossível que aquela linda mulher realmente havia se casado com ele por livre e espontânea vontade. Por isso, por achar tudo tão irreal, havia sido difícil aceitar a situação.

Odiou-se ainda mais por lembrar que toda essa tragédia só havia acontecido porque na véspera de natal ele havia se recusado a ir com ela na casa de seus amigos. Era um pedido tão simples e ele havia conseguido, mais um vez, arruinar tudo.

A luz de um relâmpago e o foi o que o trouxe de volta a seus sentidos, e outra onda de culpa caiu sobre ele. Ele precisava sair dali. Ele precisava concertar a burrada que havia feito. Mas precisava descobrir como.

 



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