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História Reviravoltas do Destino - Snamione - Vigésimo Terceiro Capítulo


Escrita por: TatianyPrince

Notas do Autor


Ei, gente! confesso que estou com um pouco de vergonha por ter sumido por tanto tempo. Mas juro que não foi intencional, a faculdade me manteve muito ocupada e já estava ficando louca por ter ficado tanto tempo sem postar nada! Mil desculpas,tentarei não sumir! beijos e boa leitura.

Capítulo 23 - Vigésimo Terceiro Capítulo


Por mais que ela não quisesse admitir sabia que acabara de fazer a escolha certa. Ao chegar ao lar que foi seu durante anos, sentiu-se emocionada. Ela não imaginava que pudesse sentir tanta saudade.

Se dependesse dela, ela nunca mais sairia.

- Pensou no que ele disse? – Perguntou Eileen inquieta.

- Não... eu não tenho certeza se eu posso! Exigiria muito dele.

- Sabe, eu estive pensando sobre isso ... – sua sogra começou, então ele se levantou e andou em toda a sala. – Seria uma ótima oportunidade! A recuperação seria mais rápida e eficaz. Além disso, você não deve sentir que está exigindo dele.. e nem obrigando-o. Ele se ofereceu. E tenho certeza que foi com a melhor das intenções.

- Severo tem feito o suficiente e eu não quero sobrecarregá-lo ainda mais! Ele tem uma vida para gerenciar. Daqui a pouco ele volta a dar aulas. Eu não tenho certeza se posso fazer isso.

- Pense sobre isso, Hermione. Em minha opinião, seria tolice desperdiça tal oportunidade.  Mas vou deixar bem claro que só cabe a você decidir. – Eileen olhou para ela e sorriu. - Ele está diferente agora que você voltou, todos esses dias ele esteve muito fechado, mas depois de toda esta bagunça foi resolvida ele parece... melhor.

- Não tenho nada a reclamar, Severo tem sido incrivelmente atencioso! – disse pensando em tudo que ele havia feito.

Ela ainda não podia esquecer-se de tudo que ele havia feito para ela depois que havia descoberto toda a verdade. O dinheiro que havia colocado em sua conta após saber do hacker e do aluguel que ele havia pago.  Ela só precisou encaixar todas as peças para descobrir e, a principio, ele havia negado com todas as suas forças, mas depois de muito pressiona-lo ele havia admitido.

***

Eileen estava encantada com a criança. Halley era uma menina muito educada e muito bela. Entretanto, ela não tinha falado durante o resto do dia. Ela não tinha comido muito bem. Ela pensou que talvez fosse a transição para a nova casa.

Hermione havia contado tudo que havia descoberto da menina, a história a deixou completamente sem chão. Ela não sabia como um ser humano fosse capaz de abandonar um ser tão doce e frágil. 

Pelo que Hermione havia dito, ela não havia tentado arrancar nada da menina por medo de pressioná-la. Mas mesmo assim decidiu investigar a criança com cuidado.

Foi pensando nisso que começou a fazer perguntas sobre sua vida, sem tentar incomodá-la. Poderia ser um assunto delicado. Aproveitou que sua nora estava penteando os cabelos da menina para sondar mais sobre ela.

- Halley, meu bem, fico feliz que você tenha gostado do seu novo quarto. Nós vamos deixa-lo mais a sua cara. Que cor você gosta?

- Eu não sei. – respondeu envergonhada.

- Que tal rosa? - Perguntou Hermione. A menina pareceu considerar sua resposta com cuidado.

- Eu gosto de rosa. – disse abaixando a cabeça.

- Você já viveu em muitas outras casas? – Eileen perguntou. Hermione a encarou como se quisesse saber onde isso iria parar.

- Não... acho que uma vez eu vivi com minha mamãe e meu papai, mas eu não me lembro... – a menina divagava. – Já morei com a vovó também. Mas a mulher disse que a vovó tinha ido morar no céu. Eu perguntei se eu poderia visitar ela, mas a mulher disse que não. Ai eu fiquei lá naquele lugar com um monte de gente estranha. Depois a mamãe me buscou. Então nos mudamos para uma casa pequena, só eu e mamãe. Mas a mamãe conheceu o pai das minhas irmãs e a gente mudou de casa... ai.. bom a mamãe foi embora e eu fiquei. – a menina não estava chorando, mas estava muito triste.

Hermione ouviu tudo atentamente, mas por dentro estava doente. A menina teve que mudar tantas vezes que não era de admirar que ela havia a aceitado tão facilmente. Afinal para aquela criança, ela era uma estranha. 

- O pai das suas irmãs era ruim pra você? – dessa vez quem perguntou foi Hermione.

- Bem.. não... – ela parecia ter dúvida. – ele deixava eu morar com eles.

Sem ter o que dizer Hermione olhou para Eileen, ela havia acabado de virar o rosto. A que a menina havia acabado de contar parecia ter mexido bastante com ela.

- Que tal tomarmos sorvete. – Hermione falou mudando de assunto, começando a trançar os longos cabelos castanhos escuros da criança.

- Nós podemos? - A menina perguntou, virando-se para ver Hermione. Sorrindo, ela assentiu e suavemente virou seu rosto novamente para trás para que ela pudesse terminar o cabelo.

***

Hermione olhou para Severo e viu o quanto ele estava perdido quando se tratava da menina. Mas ele estava fazendo um grande esforço. Como se tudo dependesse daquilo. Ela estava muito orgulhosa.

Ela viu quão grande era seu esforço para fornecer um lar para ela, mesmo sua aspereza e inexperiência ele estava indo muito bem. Pensou que quando o bebê deles chegasse seria a mesma coisa.

- Eu posso ter? Tem certeza? – Perguntou Halley apertando o ursinho que acabara de escolher. Ela parecia não acreditar.

- Quantos você quiser, meu bem. – disse Hermione.

Ela estava feliz que Severo havia oferecido para levar a menina numa loja de brinquedos. Afinal, a menina não tinha com o que passar o tempo.

- Ninguém nunca comprou brinquedos pra você? - Ele perguntou com a percepção se aproximando dele.

Ela negou com a cabeça.

- Eu tinha um urso... ele não tinha um braço. Eu gostava dele... Mas quando a vovó morreu tiraram de mim. Não podia ficar com ele naquele lugar. As crianças iam querer.

Ela não entendeu. O urso era dela, mas tiraram dela e ela teve que aceitar.

Hermione estava triste por Halley não ter conhecido uma infância adequada, mas também animada por estar fazendo algo que pudesse mudar essa situação.

- Eu preciso fazer uma coisa ainda hoje, vamos? – Severo se manifestou. Tal coisa parecia importante porque ele parecia nervoso.

***

Já era tarde quando Severo chegou em casa. Ele acabara de voltar do Ministério.  Ele havia tentado encontrar uma forma de adotar a menina. Não tinha dito nada a Hermione, pois queria fazer uma surpresa para ela.

 Ele sempre esperou o pior do Ministério da Magia, mas, para ele, agora eles haviam se superado. Após explicar toda a situação para a funcionária do departamento de adoções, a única coisa que a mulher disse era que pela menina ser uma trouxa eles não poderiam cuidar do caso.

E ainda deixou claro que eles o auxiliariam a encontrar uma família adotiva para ela. Tê-la crescer com alguém que tinha mais experiência com trouxas.

Ele não podia aceitar isso. Ele havia começado a se apegar a criança e ela parecia começar a confiar nele. Além disso, Hermione não suportaria. Já considerava Halley como sua própria filha e desconfiava que a menina já considerava Hermione como sua mãe. Qualquer mudança seria devastadora.

Severo teria que fazer alguma coisa para adotar a criança. Ela seria responsabilidade deles. E continuaria assim até que ela crescesse e escolhesse sair conta própria.

De repente, ele se viu na porta do quarto da menina. Sua esposa estava cobrindo a criança. Ele a viu tirando os cabelos soltos que insistiam em cair em seu rosto e cuidadosamente se afastou para apagar a luz.

***

Uma Semana Depois

Fazia uma hora que Severo havia saído de casa. Hermione estava preocupada. Essas saídas dele eram constantes.  Já estava começando a pensar o pior.

Depois de mil coisas terem passado por sua cabeça, Severo apareceu. E não estava sozinho.

-Teddy? - disse surpresa.

- Tia Mione! - exclamou o menino antes de correr para dar um abraço na tia. - eu tava com um tantão de saudade!

- Oh, meu amor!  Assim como eu. Olha pra você!  Como cresceu.  Está um rapaz. É bom te ver de novo, querido. - disse apertando as bochechas do garoto.

- Foi o padrinho que teve a idéia de me trazer! - disse sorrindo para Severo que passou a mão no cabelo do menino bagunçando ainda mais.

- Teddy, por que não aproveita o bom tempo para brincar? – Severo perguntou e sorrindo, o menino assentiu - Onde está a Halley? 

- No jardim. - respondeu a ele. - Teddy vá brincar um pouco, meu bem. No jardim tem uma amiguinha para te fazer companhia.

O menino saiu saltitando pela sala.

- Severo, eu não sabia que você...

- Eu devia isso a ele. Eu sou seu padrinho. E devo está presente.

- Quando isso aconteceu? - perguntou emocionada.

Flashback On

Uma semana atrás

Dora saltou quando o viu na porta. Ela não esperava vê-lo tão cedo. Remus também olhava querendo entender.

- Entre, Severo. – disse Remus, recuperando-se do choque.

- Senta-se! – depois que o homem em sua frente estava acomodado, continuou. - No que podemos ajudar? - perguntou Dora. 

Ele ficou em silêncio por alguns momentos. Severo parecia tenso.

- Eu vim até aqui porque lhes devo desculpas! – Snape estava com um pouco de dificuldade, parecia ter perdido as palavras, mas era visível que estava determinado. - Em todas as vezes que você, Remus, veio até mim foi extremamente civil e educado. Mesmo que eu não tenha tornado as coisas fáceis para você...

Snape parecia perdido. Eles nunca haviam visto ele daquela forma. Ele parecia arrependido, por que se não tivesse, qual o motivo o faria perder tempo vindo até eles? Outra explicação, não teria sentido.

- Não sei o motivo de ter me escolhido para ser o padrinho de seu filho... e por mais que eu pense em várias hipóteses não consigo chegar a nenhuma conclusão. – disse com toda a sinceridade. - Porém, se vocês me permitirem, e entenderei se não, gostaria de tentar me aproximar do garoto. – Ele suspirou, parecia faltar o ar.

- Eu nunca negaria tal coisa, Severo. Você é o padrinho do meu filho. O escolhi porque tinha a absoluta certeza que você era a melhor pessoa para isso. Você é um bom homem, Severo. Eu lhe confiaria a minha vida ... - Remus colocou as mãos nos ombros de Dora. – E a da minha família. -  Remus disse olhando para Dora. Ela enxugou as lágrimas de seu rosto e assentiu. - No entanto, não foi por isso que lhe confiei meu filho.

- Por mais inacreditável que possa parecer, com o tempo, nos tornamos bons amigos! Não foi de uma hora para outra. Não foi fácil... nada fácil para ser sincero. – disse olhando para Snape com um olhar acusador. – Sem contar que teve um dedo do digníssimo Albus Percival Wulfric Brian Dumbledore. – disse calmamente. – Ele praticamente nos abrigou a trabalhar juntos na reconstrução de Hogwarts.  

- Remus sempre confiou em você, Severo. - Dora disse, ainda bastante emocionada. – Nós entendemos perfeitamente o seu lado. – ele assentiu. O homem parecia está sem dormir a dias. – Nós sentimos muito pelo que houve com Hermione. – disse mudando de assunto. – Quando chegamos de viagem sua mãe nos informou. Felizmente, ela já foi encontrada não é mesmo?

- Sim. – respondeu ainda atordoado. – Se foi minha mãe que os contou, vocês devem saber de tudo. – eles assentiram. - Ela ainda não quer me ver... o que é compreensivo. - Ele disse, envergonhado. Dora olhou com as lágrimas riscando suas bochechas. - Mas pelo menos eu sei que ela está a salva. E quero deixar bem claro que não é por ela que vim até aqui... não posso negar que isso me abriu os olhos de todas más decisões que tomei... – disse correndo as mãos pelos cabelos.  Eles assentiram novamente.

- Estou feliz que tenha vindo até aqui, Severo. Isso significa muito. – Remus disse sorrindo.

- Acho que alguém decidiu se juntar a nós! – Exclamou Dora e Snape pôde ver o garoto que descia as escadas lentamente.

- PADRINHO! – gritou, e saiu correndo quando percebeu a presença do padrinho.

- Olá, Teddy. - Snape sorriu levemente. – Definitivamente, filho de sua mãe. – disse após notar grande semelhança entre os dois.

- Eu sabia que vinha me ver! – ele disse enquanto pulava nos braços do padrinho.

Ele respirou fundo, era algo totalmente novo. Ele podia estragar tudo novamente.  Entretanto, tudo ocorreu de forma tão natural que mal se deu conta que ele e Teddy já estavam no chão do quarto do menino brincando com o kit de poções que ele que havia ganhado de presente de natal.

 

Flashback Off

- Eu nem sei o que te dizer! – disse Hermione, sorrindo brilhantemente. – Estou muito... muito orgulhosa de você, Severo.

Ela correu e se jogou nos braços do marido. E o apertou com toda a força que conseguiu.

- Não fique, Hermione. Era minha obrigação! Por mais que eu tenha feito com a maior força de vontade. Eu devia isso a eles. – sussurrou em seu ouvido.

- Eu sei, Severo. Mas ainda assim. Dizem que são as escolhas que fazem o homem e eu tenho que concordar! – ela estava emocionada.

Hermione foi interrompida por uma coruja bicando a janela. Severo se desvencilhou dela e pegou o pergaminho da pata do animal.

- Precisarei sair, logo estou de volta. – ele parecia um pouco nervoso. Beijou a testa de Hermione e saiu.

***

- Oi. – O menino disse.

- Oi. – ela respondeu.

- Qual o seu nome? - perguntou o menino.

- Halley. – respondeu um pouco tímida. – E o seu?

- Eu sou Teddy - ele respondeu e continuou sorrindo. - Quantos anos você tem? - ele perguntou.

- Quase cinco. -ela respondeu sem pensar.

- Eu tenho cinco. – falou orgulhoso. -Você mora aqui?

Ela demorou para responder. Mas não deixou o menino sem uma resposta.

- Eu acho que sim. – disse pensativa.

- Eu vim com meu padrinho... minha mãe e meu pai estão em casa. Ele que me buscou. Eu nunca te vi aqui antes. Onde tá seu pai e sua mãe?

- Eu não conheço meu pai e minha eu não sei onde está.

- Isso... isso quer dizer que você é sozinha? - Teddy perguntou. O menino estava extremamente curioso.

- Isso ... er... Sim. - ela balançou a cabeça um pouco e falou suavemente.

 – Você não tem família? – com a cabeça ela confirmou que não. - Parece assustador.

Hermione que tinha visto a interação das crianças resolveu intervir a conversa. Halley estava com um semblante triste. E pelo que ela pôde ouvir da conversa, não esperava menos.

- Teddy, querido. – disse, sorrindo para o sobrinho. – Ela agora é da nossa família. Você agora ganhou uma nova prima! O que acha?

Hermione não havia ficado chateada com o menino. Ele era só uma criança curiosa. Não tinha noção da gravidade de alguns assuntos.

 - Oh - ele disse. - Eu achei bem legal, tia Mione. Agora eu tenho mais um primo pra brincar comigo. James, Albus e Lily também vão gostar. Mas às vezes eles estão ocupados pra brincar.

***

Apesar de ser uma enorme responsabilidade cuidar de uma criança, e o fato da criança não ser sua tornar as coisas ainda mais delicadas, ele não tinha duvida de que era isso que queria. Halley era especial, ele podia sentir.

Ele agora precisava dar a noticia a Hermione.

- Hermione, há algo que eu quero lhe dizer. - ele disse cautelosamente. Seu sorriso caiu, e ela se sentou um pouco mais reta em seu assento.

- Presumo que tem a ver com suas idas ao Ministério? – Perguntou um pouco nervosa.

- Como você sabe que eu fui até lá? – Perguntou surpreso.

- Aquele lugar tem olhos e ouvidos Severo. É isso que você disse que ia me dizer no quando chegasse? - Ela perguntou sem encontrar seus olhos. Ele assentiu.

- Sim. – disse a ela, mas percebeu que ela parecia desconfortável. – Aqui está! – disse, entregando-a uma pequena pasta.

- Onde eu assino? Vamos terminar com isso logo. – falou triste e um pouco chorosa.

- Mas você nem sabe o que é! – disse ele acusadoramente.

- É divórcio não é? E o que todos estão dizendo! – disse limpando as lágrimas que insistiam em cair.  Ele gargalhou.

- Hermione, abra logo isso.

“O SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DO MINISTÉRIO DA MAGIA
 

Concede a adoção plena de Halley xx xx para Severo Tobias Snape e Hermione Granger Snape (certidão de casamento em anexo)

Como a mãe da Requerida não a queria e nem podia criá-la, manifestou inequívoca vontade de entregar sua filha aos Requerentes, Severo T. Snape e Hermione Granger Sanpe, antes mesmo desta completar 5 anos de idade, o que já é idade mais que suficiente para se poder avaliar através da convivência a constituição de vínculo. 

O Requerido, Halley XX XX, hoje é uma criança muito amada, criada dentro de hábitos e normas de uma família estruturada. 

Comprovada idoneidade moral, sanidade mental e física e demais requisitos exigidos, obtiveram a guarda do mesmo. Cumpridas todas as formalidades e exigências legais, concedo  ADOÇÃO DEFINITIVA da criança, que passará ser atendida pedida por Halley Granger Snape,  estando ela hoje, sem sombra de dúvidas, melhor do que com a própria mãe, num ambiente familiar adequado, com muito amor e assistência.

Os Requerentes vêm a obrigar-se pela assistência moral, educacional, material e emocional do adotando, nos termos do artigo 4º e parágrafo da Lei 8.069/90, como se filho legítimo fosse.”
 

- Severo.. você...Oh meu Deus!

 



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