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História Reviravoltas do Destino - Snamione - Vigésimo Quarto Capítulo


Escrita por: TatianyPrince

Notas do Autor


Ei, Pessoas! Como eu havia prometido, aqui estou eu novamente. Já que eu consegui escrever mais um capítulo, resolvi adiantá-lo.
Eu realmente espero que vocês gostem... a fic ainda está em uma fase fofinha, então aproveitem porque não posso garantir que isso vai durar por muito tempo hahahaha...
Boa leitura!

Capítulo 24 - Vigésimo Quarto Capítulo


Ele colocou a pasta sobre a mesa e olhou diretamente para seus olhos. Ela ainda estava agarrada a ele. Os traços de alegria que tinham em seu olhar anteriormente haviam desaparecido. Ela havia perguntado a ele como havia conseguido contato com a mãe de Halley. De acordo com os documentos de adoção, ela havia dado a guarda da criança para eles.

Ela podia ouvi-lo audivelmente engolir e sentir seu coração batendo no seu peito. Conhecendo-o como ela o conhecia, ela poderia dizer que não havia sido uma tarefa fácil.

- Eu descobrir que para adotá-la nós teríamos que mandá-la para um orfanato e enfrentar uma fila para talvez conseguir a guarda dela. Isso porque, aparentemente, há muitas pessoas esperando por uma adoção. A outra alternativa seria a própria mãe da criança conceder a guardar definitiva.

- Como você chegou a ela? Ela disse alguma coisa?

- Como a Halley havia nos dito que havia passado um tempo em um abrigo após a morte da avó, eu só tive que descobrir em qual. Então depois disso foi fácil chegar até ela. E ela não disse muita coisa. Eu poderia dizer que nossa conversa foi muito curta. Aparentemente ela sabia que você cuidaria bem da menina. Pelo que parece o marido dela foi o pivô de tudo.  Ele, ao que tudo indica, estava cansado de sustentar uma criança que não era dele. – disse com desprezo.

- Você o conheceu?

- Infelizmente, sim.

Hermione sentou-se no sofá.

- E ela não se opôs a nada? O marido dela talvez?

- Hermione, isso não importa agora. Tudo está como deveria estar.

- Severo! Tem algo que você não quer me contar. Achei que você confiasse em mim.

- A questão não é essa Hermione. Só não acho que isso seja relevante, mas se você quer saber, tudo bem. – ele suspirou audivelmente antes de falar novamente. - O marido dela exigiu uma quantia em dinheiro porque, segundo ele, ele sustentou a menina por anos e, então, merecia algum tipo de recompensa por isso. - Ele viu a esposa se encolher, parecia que iria passar mal. 

- Meu Merlim. Que homem estúpido. Como ele pode dizer tal coisa? – disse indignada. - Não que eu tenha ficado surpresa com isso. Não podemos esperar muita coisa desse tipo de gente. Só fiquei surpresa pelo fato da “mãe dela” não ter se oposto.

- Eu não acho que ela seja livre para dar a própria opinião sobre qualquer coisa naquela casa. Ela não parecia confortável com toda situação. – disse Severo, pensativamente.

- Só um monstro troca uma criança por dinheiro. – ela estava exasperada. -Quanto ele pediu? – perguntou ela com curiosidade.

- 20 mil libras.  – disse como se fosse irrelevante.

Ela respirou fundo.

- Hermione, eu acho que foi as 20 mil libras mais bem gastas de toda nossa vida. - Ele falou com toda a sinceramente e viu um olhar de alívio cruzar o seu rosto . – Não que eu concorde com esse tipo de coisa, mas o que mais eu poderia fazer? - Ele continuou a olhar diretamente nos olhos dela.

- É claro que sim! Obrigada por tudo, Severo. Eu estou.. tão feliz! - Hermione apertou os lábios para não ter um novo ataque de lágrimas. Ela tinha quase certeza de que ele fugiria se ela se agarrasse a ele chorando novamente. Nesses últimos dias, parecia que a única coisa que ela sabia era chorar, no entanto, agora era de alegria.

Ela olhou para ele, com um sorriso enorme que fez com suas lágrimas transbordassem. Mas ele realmente não se importava com isso, para ele, ela parecia ainda mais bonita.  Ele enrolou seus cabelos em torno de seu dedo, e trouxe-a junto a si. E assim eles ficaram por um bom tempo.

 

***

 Hermione abriu a porta lentamente, ela queria tanto contar a novidade a Halley. Ela sorriu quando viu a menina dormindo agarrada no pequeno urso. Ela não teve coragem de acordá-la. A criança parecia ter um sono tão tranquila. Pela manhã ela falaria. Ela se aproximou da cama, beijou a cabeça da menina e colocou as cobertas ao redor de seus ombros. 

- Boa noite, querida, durma bem. – sussurrou.

Snape a viu entrando no quarto da menina e a aproveitou para ir até a cozinha. O dia havia sido cansativo. Mas não se arrependia de nada.

Servindo uma xícara de chá, ele levou para ela. Ela estava parada na porta do seu quarto, soluçando baixinho. Ele passou por ela colocou o chá na mesa de cabeceira e aproximou-se, hesitante, estendeu a mão para tocar seu cabelo e afastar os fios de cabelo que tapavam seu rosto. Porém, ficou surpreso quando ela caiu em seus braços. Agindo por puro instinto, ele a puxou para perto e segurou-a apertado enquanto ela chorava em seus braços.  

- O que houve? – perguntou preocupado.

- Não... não é nada. – respondeu entre soluços.

- Hermione, se não fosse nada você não estaria assim. Vai... me diga. – falou entre seus cabelos, mas ela parecia chorar ainda mais.

Depois de muita persistência, ela falou.

- Só as cãibras... Parecem pior a cada dia. Eu não consigo.. dói muito.. – ele aproximou seu rosto do dela e beijou sua testa.

- Deixe que eu te ajude, Hermione. – sua voz jorrava preocupação. - Não pode ficar assim por mais tempo! A poção certa pode resolver...

- Não posso...

- Por favor! – ele implorou.

Hermione suspirou. 

- Por favor. – insistiu novamente.

- Tudo bem...

- Amanhã mesmo vou tentar concluir alguns esboços de poções que já iniciei. Logo suas pernas estarão boas. Mas só poderemos testa-las depois que o bebê nascer. – Ela assentiu.

Sem esperar, ele a pegou no colo e a colocou na cama. Quando ela se aconchegou na cama, ele envolveu seus braços ao redor dela. Ela suspirou, tentando ficar ainda mais confortável enterrou o rosto no pescoço de Severo e adormeceu. Ela mal percebeu quando ele sussurrou boa noite para ela e também adormeceu.

***

Era madrugado quando eles foram despertados com barulho de vidro se quebrando. Levantaram-se às pressas. Severo tinha a varinha em punho. No corredor, perceberam que o barulho vinha do quarto de Halley. Eileen também já estava próxima. Abriram a porta e entraram.

A menina chorava histericamente. O suor pingava de sua testa. A pequena estante de brinquedos balançava e os itens que ali se encontravam estavam voando para fora da estante. 

- Halley, ... – Hermione não pôde completar a frase.

- Eu não ... eu não queria... – a menina gritava. – eu sinto muito! Eu não vou ser uma menina malvada. Eu juro.. eu juro que não faço isso... - A menina gritou. – não sou aber...aberração, eu não vou mais ser mau! Eu prometo. Eu juro de mindinho. - ela disse soluçando. - Por favor, não me manda embora, eu não vou fazer isso de novo.

Hermione estava aflita pelo nervosismo da criança. Ela não sabia como abordá-la. Olhando para porta ela podia ver Eileen sorrindo. Severo estava concentrado na menina como se nada estivesse acontecendo ao seu redor.

- Halley, meu amor, está tudo bem. – disse se recuperando. – Foi apenas um acidente. Não se preocupe porque você não vai a lugar nenhum. - Hermione disse à menina, puxando-a para o seu colo e enxugando suas lágrimas.

Ela viu Severo sair do quarto. Eileen olhava para ela como se estivesse pedindo permissão para se aproximar e ela assentiu. Sua sogra então se aproximou da cama.

- Halley. – começou Eileen. – o que você fez não é ruim! – disse sorrindo para a criança que a observava atentamente. – Eu também posso fazer isso!

- Pode? – perguntou inquieta. – O marido da mamãe disse que eu sou ruim. E que era pra eu parar! – disse respirando com dificuldade.

- Isso não é verdade, meu bem. Olhe...- com um pequeno movimento de suas mãos os brinquedos estavam de volta na estante. – Isso não faz de nós pessoas ruins, meu amor! O que nos faz bons ou ruins é o que temos aqui dentro. – disse apontando para o coração. A vontade de Eileen era dizer que ruim era o marido da mãe dela, mas preferiu deixar isso pra lá. Não queria piorar as coisas. – E você é uma criança adorável e nem fazendo muito esforço seria ruim. – disse sorrindo para Halley.

- Mesmo? - A menina fungou, ela parecia mais calma.

- Mesmo! – exclamou Eileen.

Severo já tinha voltado para o quarto novamente e estava na soleira da porta observando toda a interação. Ele estava pensando em como facilitaria a adoção se ele tivesse essa informação antes. Mas ele não se arrependia, mesmo que tenha sido da forma mais difícil.

Percebendo seu silêncio, Hermione lançou-lhe um olhar sério. Foi quando Severo voltou a si. Um pouco desconcertado, entrou no quarto, entregou o copo de água que havia pegado para Halley e, aproveitando-se que estava próximo a janela, com a varinha reparou o vidro quebrado. Agora a menina parecia mais fascinada do que assustada. 

***

No dia seguinte, Severo foi chamado para comparecer ao castelo. Halley ficara encantada com tudo. Para ela, nem nos melhores contos de fadas havia um castelo tão bonito e tão mágico. Mas por um momento de distração, ela se perdera de Hermione e Snape.

Para facilitar as buscas Severo e Hermione se separaram.

Vagar pelos corredores de Hogwarts era uma tarefa com a qual Snape estava muito familiarizado. Sua maior preocupação era o perigo que ainda podia conter por trás daquelas paredes. Afinal, a menina, apesar de ser consideravelmente grande para sua faixa 
etária, ainda era muito pequena para ficar sozinha no castelo. 

Não demorou muito para Severo escutar o choro da menina. Aproximou-se e a viu sentada no chão, sem ter certeza do que deveria fazer a respeito, abaixou-se e enxugou suas lágrimas.

Com um piscar de olhos, o corredor estava cheio de alunos, o que deixou Halley ainda mais assustada. Já tendo o suficiente dos cochichos que se formou ela pegou a criança no colo.

A menina se agarrou à frente de suas vestes em um abraço acolhedor e acalmou o choro e o soluço. Fato que não passou despercebido pelos alunos. Afinal, para eles, era irreal que uma criança pudesse ser acalmada pelo temido Mestre de poções.

- Eu tava com medo... - Gemeu Halley contra seu pescoço, enquanto ele 
esfregava suas costas suavemente.

- Agora está tudo bem! - Snape sussurrou gentilmente para Halley. – Vocês não deveriam está em suas aulas? – perguntou bruscamente para os alunos que persistiam em assistir a interação.

Mais do que depressa o corredor ficou vazio.

- Agora vamos procurar sua mãe. – se recompondo, disse mais calmo que conseguiu.

- Minha mãe? – perguntou assustada.

Severo se amaldiçoou. Eles ainda não haviam tido a oportunidade de contar a Halley sobre a adoção. Estavam esperando o momento certo.

- Severo! – gritou Hermione no final do corredor. – Que bom! Você a encontrou. – disse aproximando-se. – O meu amor... você estava chorando. – disse colocando um beijo no nariz vermelho da menina. - O que houve? – perguntou percebendo o desconforto de seu marido.

- A minha mãe está aqui? – perguntou baixinho.

- Talvez eu tenha dito, sem perceber, que iríamos procura-la. – Severo a informou.

- Huum... claro! – disse percebendo o motivo do desconforto de Severo. – Halley, eu sei que não conversamos sobre isso... e eu nem sei como vou te dizer, mas espero que você fique tão feliz quanto eu fiquei! – a menina parecia um pouco assustada. – Se você não gostar muito da ideia eu vou entender. – Hermione estava divagando. Parecia um pouco perdida.

- Hermione? Posso? – ela assentiu. – Estou sentindo que você está perdendo o foco. – disse rindo. – Halley – disse chamando a atenção da menina para si. - O que ela está tentando dizer, porém está falhando miseravelmente, é que você agora tem uma nova mãe! Nós te adotamos!

A menina começou a sentir-se um pouco tonta e desorientada.

- Adotaram? – seus olhinhos brilhando.

- Sim, meu amor. – Hermione já estava se desmanchando em lágrimas. – Você agora é nossa filha! Na verdade, para mim, você é minha filha desde que te vi abracei pela primeira vez!

***

O dia havia passado rapidamente. Halley, Hermione e Severo haviam passado o dia em Hogwarts organizando a volta do Mestre do Poções.

Para a sorte de Eileen, a casa havia ficado livre para fazer o que ela havia planejado. Só ficara ela em casa, então tudo sairia como planejado.

 Assim que conversou com Hermione e descobriu que ela queria ir no St. Mungos para ver o sexo do bebê, disse a ela que cuidaria disso.

Para sua nora ela iria para o St. Mungos no final da tarde para conseguir marcar uma consulta para ela. Porém, sem Hermione desconfiar, ela havia planejado o que os trouxas chamavam de chá revelação. Ela não conseguiu dizer a Hermione que sabia que era uma menina. Parecia muito simples. Depois de todo esse tempo sem saber, sua nora merecia algo mais elaborado.

Havia balões de festa por toda a casa e sapatinhos de bebê e chupetas flutuando pela mansão Snape. Em uma pequena mesa no centro Eileen havia colocado um bolo e vários docinhos de abóbora.

Os Lupins tinham vindo para a pequena comemoração. Remus estava sentado à esquerda de Eileen, com os cotovelos apoiados nos joelhos enquanto se inclinava para frente. Seus olhos estavam atentos para qualquer sinal que indicasse a chegada da família Snape. Dora estava a sua direita. A mulher parecia ansiosa para que os amigos chegassem logo.  Teddy parecia o único alheio a toda a situação.

***

- Acredito que sua mãe não esteja em casa. – Hermione havia acabado de abrir a porta. A casa estava escura. -  Acho que ela não vai se juntar a nós para o jantar esta noite. - ela declarou e Severus franziu a testa. Ele sabia que sua mãe estava preparando uma surpresa para Hermione. Porém, ele não podia dar nenhuma pista a ela.

- Severo! Você não está me ouvindo, está? - Ela perguntou rapidamente expressando preocupação. Sua mão descansava em seu braço, logo acima de seu cotovelo. Halley estava no colo de Severo. A menina parecia muito atenta a tudo.

- Sim. - Ele balançou a cabeça.

Quando ela entrou na sala ela se surpreendeu.

- Surpresa! – gritaram quando a viram.

- O que ... o ... o quê?? – disse sem entender.

Ela encontrou a sala totalmente diferente de quando havia saído pela manhã. Havia bandeja de comida. Muitos balões, chupetas e sapatinhos flutuando. Ela verificou que no centro da sala havia uma mesa com um bolo branco enorme e vários docinhos em volta.

Halley estava encantada.

Hermione parecia não esta acreditando no que estava vendo. Remus, Dora e Teddy de um lado. Eileen de outro. E todos muito alegres. Severo tinha um olhar presunçoso.

- Hermione,- começou Eileen. – Eu cometi um erro terrível quando você esteve no hospital antes de Severo descobrir de sua gravidez. Espero que me entenda. – Hermione ainda parecia alheia a toda situação. – Querida, naquele dia o medibruxo acabou me revelando o sexo do bebê. Mas eu sabia que não era daquele jeito que você queria descobrir.

- Você sabe? – disse se emocionando.

- Sim, querida. Você tinha idealizado aquele momento tantas vezes. Eu não podia permitir que fosse daquela forma. Eu ia esperar que vocês dois estivessem juntos novamente, mas depois disso aconteceu tanta coisa. – Hermione estava chorando. – E apenas te dizer me pareceu muito pouco pra algo tão grandioso.

- Está pronta? – Eileen perguntou. Hermione estava tão emocionada que não conseguia nem responder. Então ela apenas assentiu. – Você vai realizar um Finite Incantatem sobre o bolo e vai acabar com o efeito do feitiço que o deixou branco. Se ficar azul será um menino e se ficar rosa será uma menina.  – Disse sua sogra gentilmente.

Sem pensar duas vezes, Hermione fez o que Eileen disse. E então o bolo ficou rosa.

- Uma menina. – sussurrou radiante, seus olhos eram uma verdadeira cachoeira. – Nós vamos ter outra filha! – disse ao encontrar os olhos do marido, Halley ainda estava em seus braços e sorria para ela. Pelo sorriso de Severo, ela percebeu que ele já sabia.

- Você já sabia? – ele apenas assentiu. - Você é um homem maravilhoso, Severo Snape! E eu tenho sorte em lhe ter em minha vida. Você é um marido magnífico e agora um pai ainda mais magnífico. – disse sorrindo abraçando e beijando a criança que estava nos braços do marido, e depois olhou para o marido para encará-lo profundamente e beijou ligeiramente seus lábios macios.

Hermione foi cumprimentar os outros convidados com um grande sorriso no rosto. Recebeu as felicitações dos Lupin`s.

Virando-se para Eileen, ela a abraçou. As bochechas de sua sogra estavam rosadas. Ela também estava muito emocionada.

- Obrigada, por ... obrigada por tudo! Eu não acho que poderia ter sido mais perfeito.

- Então, Severo. Preparado para ver suas filhas indo para Grifinória. – Hermione ouviu Remus dizer.

- Perdoe-me Remus, mas eu não sei o que você está se referindo. – Todos caíram na gargalhada.

 

 

 


Notas Finais


E ai, o que acharam?
Beijos e Até logo.


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