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História Reviravoltas do Destino - Snamione - Vigésimo Oitavo Capítulo


Escrita por: TatianyPrince

Notas do Autor


Oi gente! Tudo bem com vocês? Espero que sim.

Aqui está o ultimo capítulo. Esse é o maior capítulo que já fiz, até pensei em dividi-lo, mas achei que não faria sentido.

Então, gostaria de agradecer a todos os leitores que acompanharam essa história. De verdade, agradeço do fundo do coração a cada um que chegou até aqui e terminou de ler esta história. Foi incrível para mim escrever e compartilhar essas palavras com todos vocês. E mais incrível ainda, foi ver como vocês reagiram a cada capítulo.

E, claro, não poderia deixar de agradecer as minhas fieis leitores que não deixaram de comentar nenhum capítulo! Só não vou citar nomes com medo de esquecer alguém! Obrigada, gente. Vocês são incríveis!

Se correr tudo bem, amanhã teremos o epílogo. É normal chorar igual eu estou chorando? hahaha

Por favor, gostaria muito de saber o que acharam! Façam isso por mim.

Beijos e até logo.

Capítulo 28 - Vigésimo Oitavo Capítulo


Saber que Halley havia desaparecido deixou Hermione desesperada. Toda aquela situação obrigou Snape a contar a ela tudo que estava acontecendo e seus motivos de não querer preocupá-la.

Ele simplesmente a segurou enquanto chorava.

Infelizmente, ele estava impedido pelos aurores de tomar qualquer atitude. Harry havia deixado bem claro que a única coisa que ele podia fazer era consolar sua esposa.

Ela estava com os braços enrolados em torno de si mesma e estava soluçando.

- Hermione? – Seu tom era de angustia.

Ela ouviu a preocupação que a voz de seu marido carregava, mas ela não conseguiu vê-lo em meio às lágrimas.

- Você devia ter me dito. Você prometeu, Severo. Você prometeu que deveríamos ser sinceros um com o outro. Que não esconderíamos nada.

Severo se levantou se afastando dela. De fato, ele havia falhado. Por mais fortes que eram os seus motivos, ele havia quebrado a promessa que havia feito a ela.

Com um brilho triste nos olhos, Eileen segurou Hermione. Ela fazia suaves movimentos em suas costas com objetivo de tentar acalmá-la. No entanto, a bruxa mais nova parecia ainda mais inquieta.  

- Eu não deveria ter permitido que ela corresse na minha frente. Se alguém tem alguma culpa nisso tudo, esse alguém sou eu. – Concluiu Eileen.

- Você não tem culpa alguma. – Sussurrou Severo. – Quem poderia imaginar que havia uma louca trabalhando neste castelo? – Grunhiu com raiva. - Potter, eu não posso ficar aqui de braços cruzados.

- Infelizmente, você terá que ficar fora disso. -  Harry lamentou. – Pode atrapalhar as buscas, Severo. Os aurores..

- Para o inferno todos eles! - Disse Severo. -  A minha filha está em algum lugar e nenhum deles vai me impedir de alcançá-la.

- Severo, se desesperar não vai ajudar ninguém!  - Harry alertou.

- Me diga senhor Potter, como quer que eu não me preocupe quando minha filha que não tem nem cinco anos foi raptada? É muito fácil falar quando não é o seu filho que está por ai Merlim sabe a onde.

Qualquer coisa que Harry fosse falar morreu em seus lábios. Ele tinha que concordar com Snape, por mais que ele também estivesse preocupado, para ele que estava de fora, era muito mais fácil pedir calma.

Snape estava preocupado, mas, pelo que Harry pôde observar, a preocupação de Hermione superava a de todos.

Harry estendeu a mão e colocou a mão no ombro do homem mais velho

 - Você está certo, Severo. – Disse suspirando. - Eu não sou a melhor pessoa para pedir que você se acalme. -  Ele disse com toda a sinceridade. – Mas se você não quiser que Hermione entre em pânico é o melhor que pode fazer. Precisamos manter nossas mentes em um bom estado, e esse nervosismo todo só servirá para nos atrapalhar. Você precisa acalmar a sua esposa, mas no seu estado ficará difícil.

- Harry está certo, Severo. - Disse Lupin.

- Farei tudo o que estiver ao meu alcance. E o que não estiver também.   Eu mandarei notícias. – Disse Harry. – Severo, deixe isso com a gente. – Completou saindo da sala.

Severo se sentou por alguns minutos, mas levantou-se em um pulo.

- Isso é ridículo. Eu vou atrás dela! – Exclamou Snape. – Mãe, eu preciso saber se você ainda tem aquela poção que fizemos para encontrar a Hermione.

- Claro! Como eu não me lembrei disso antes? A poção está no meu quarto. E tenho certeza que em sua escova de pentear tem um fio de seu cabelo. Meu Merlim, como eu pude me esquecer.

- Para quê? - Perguntou Lupin. 

- Existe uma chave de portal que detecta o paradeiro de alguém desaparecido. – Respondeu Severo. – É necessário uma poção específica e um fio de cabelo.

 - Severo, por favor, a traga de volta! -  Sussurrou Hermione enquanto ainda chorava.

- Eu vou, Hermione. - Falou suavemente, colocando uma mão em seu ombro. – Eu prometo. – Garantiu e deu um beijo terno em sua testa. – Me diga onde está? – Perguntou virando-se para a bruxa mais velha.

Respirando fundo, Remo e Severo deixaram rapidamente o Castelo.

Hermione respirava profundamente e sussurrava uma oração. Ela estava aflita e começando a sentir algumas dores no pé da barriga.

***

O coração de Halley batia dolorosamente.  Ela não fazia ideia do motivo de estar ali e, muito menos, quem era aquela mulher e o porquê de estar dizendo aquelas coisas horríveis. Mas sua voz tinha tanta maldade que estava tornando-a doente.

A menina tinha sido levada para um pequeno barraco, no qual havia sido empurrada bruscamente para o canto onde a mulher havia acorrentado-a. O lugar era imundo e parecia ter sido abandonado há anos.

- Snape é um traidor que não merece a fama que tem! Não merece a família que tem...

A mulher parecia transtornada.

- Você deu muito azar garota... Ou será que são eles que possuem muito sorte? Bom, vai saber! – Grunhiu com raiva. – Mas o que eu faço com você?  Eu poderia te matar agora mesmo... mas que graça teria? Talvez eu possa enviar alguma parte de você para o bastardo do Snape. Eu não tenho muita certeza que isso vá influenciar em alguma coisa. Porém, não custa tentar, não é mesmo?

Halley desejava gritar, chorar, fugir dali, mas não conseguia se mover. Ela estava presa por um corrente e em sua boca tinha uma mordaça.

A mulher pegou a faca que guardava na cintura e se aproximou da menina.

- Pessoas de sangue sujo como o seu, não merecem terem nenhuma magia gasta com vocês! Por isso, nada mais justo do que fazer isso do jeito trouxa.

Halley não pôde evitar de gritar quando com a faca a bruxa cortava seus cabelos.

***

- Não posso fazer isso. Eu preciso saber onde eles estão. Ela não pode nascer agora. Hermione ofegava.

- Oh, querida! Não acho que seja uma escolha. Seu nervosismo acabou acelerando as coisas. – Madame Pomfrey a alertou.

- Tudo vai ficar bem. - Eileen falou com tanta confiança que transmitiu a ela um pouco de conforto.

Ela sorriu por um momento, mas logo se lembrou de sua menina perdida e seu coração apertou.

- Tem algo errado, querida? – Perguntou sua sogra.

Ela balançou a cabeça.

- Eu só queria que eles estivessem aqui.

- Hermione, eu estou. - Ela assegurou, não tinha sugestão de decepção em seu tom. –E logo eles estarão. Eu tenho certeza. .

- Prometa-me uma coisa? – Hermione perguntou.

EiIeen se ajoelhou na sua  frente, colocando as mãos sobre a barriga inchada.

- Sim? – Perguntou parecendo preocupada.

- Se alguma coisa acontecer comigo, prometa-me que ajudará Severo com as crianças.

- Meu amor, eu te prometo. Mas não irá precisar, você estará lá para eles.

Ela assentiu e a emoção fez com que algumas lágrimas rolassem por suas bochechas.

- Senhora Pomfrey, eu não quero nenhum tipo de anestesia. – Falou determinada.

- Você tem certeza de que deseja passar por isso sentindo dor? - perguntou Madame Pomfrey ansiosa. - Existem várias poções muito seguras que poderiam te auxiliar no parto! 

- Eu sei, senhora Pomfrey. - Disse Hermione, tão pacientemente quanto conseguiu. As dores não estavam ajudando. -  Eu sei sobre elas... Mas não parece certo não sentir isso. Eu esperei tanto por esse momento. 

- Ótima escolha, Hermione. – Sua sogra disse apertando sua mão ternamente.

***

Minutos dolorosos haviam passado.  

- Não me olhe assim garota. Seus cabelos eram horrorosos. – Lágrimas escorriam pelos olhos de Halley e seu nariz fungava. - Tem certeza que você não é filha do Snape? Seus cabelos são tão lambidos quanto o dele. – Ela parou por um momento e sorriu maliciosamente.

– Sabe, talvez eu posso deixá-la mais parecida com sua mamãezinha sangue ruim. – Disse gargalhando. – Seria interessante que eu esculpisse em seu braço a palavra "sangue-ruim". – Ela olhou para faca em sua mão e para os braços da menina. – Mas seus braços são tão magrinhos... – Falou pensativa.

De repente, a bruxa escutou um súbito "pop” e a porta explodiu. Aconteceu tudo muito rapidamente. Quando a bruxa se deu conta Snape e Lupin tinham as varinhas apontadas para ela.  

- Que merda você está fazendo? – Esbravejou Snape.

- O quê? Como vocês chegaram até aqui? - Ela ofegou, seu rosto estava soando e suas mãos estavam visivelmente trêmulas.

Ainda tremendo, ela puxou a varinha mais próxima de si e tentou chegar até a criança. Porém, Lupin foi mais rápido e a desarmou. Snape lançou um Carpe Retractum, fazendo que a bruxa fosse amarrada por uma corda bastante resistente.

Mesmo com a pouca claridade, Stacy podia ver os olhos de Snape brilhando. Ela podia jurar que havia veneno naqueles olhos. Mas ele logo se virou para o canto em que a menina estava.

- Você está bem? Está ferida? – Perguntou cheio de preocupação.

- Isso machuca muito. – Exclamou apontando para as correntes. – Tá tão apertado. – Falou num sussurro.  Severo deu um longo suspiro e com um aceno de varinha as correntes haviam desaparecido.

Lupin viu a ira nos olhos do outro homem quando notou os cabelos da menina cortados desiguais.  Lupin só percebeu que Snape estava sufocando a mulher com a corda quando a mulher soltou um gemido e começou a ficar roxa.

- Severo, não na frente dela. – Disse acenando para Halley que ainda estava muito assustada. - Além disso, não queremos que você vá para Azkaban. Você tem uma família agora. – Depois de alguns momentos ele afrouxou a corda.  

Sem a intromissão do outro homem ele certamente mataria a mulher.

- Potter... – Sua voz era estridente.

- Claro. Vou mandar um patrono. – Falou Lupin agitando a varinha, logo um lobo prateado pôde ser visto saindo pela velha janela.

Depois de outro longo suspiro, ele olhou para a menina. Seu rosto estava uma verdadeira bagunça. De tanto chorar, os olhos dela estavam inchados e o pequeno nariz estava vermelho.

- Você veio por mim? - Ela disse em meio a soluços.

- É claro que sim. Eu jamais te deixaria aqui. Eu farei de tudo o que estiver ao meu alcance para mantê-la segura, Halley. - Ele prometeu, com um sorriso.

- Ela disse que você não ia vim. Eu fiquei com tanto medo. – A menina falou chorando e uma onda de emoções o atingiu.

- Não leve em consideração o que ela falou, entendeu? - Ele rosnou, colocando o rosto entre as palmas das mãos com seriedade. – Existem pessoas más.  Elas mentem. - Severus tocou em seu braço de forma gentil.

Depois de um longo abraço.

- Nós já vamos para casa! Sua mãe está preocupada. – Falou lembrando-se do estado de Hermione. - Só precisamos resolver isso. – Disse apontando para a mulher.

- Eu estava com medo, papai. – Disse chorando novamente e o apertando.

Ele já a tinha visto chamando Hermione de mãe. Mas era a primeira vez que a menina havia chamado-o de pai. Isso fez sua garganta se apertar um pouco. Seus ombros caíram e ele soltou um suspiro. Severo sentiu-se satisfeito, não que ele não tivesse muitas razões para isso, mas o motivo era diferente.

- Eu nunca deixarei que algo aconteça com você, filha. - Falou ainda segurando-a possessivamente. Também era a primeira vez que ela dizia isso a ela, pare ele, nunca pareceu tão certo.

Halley o agraciou por vários beijos no topo da cabeça que foram mais que apreciados. Mas logo foram interrompidos por sons de aparatação e por Harry entrando na cabana.

- Está tudo bem por aqui? – Perguntou Harry, Snape sentiu a menina se agarrar mais a ele.

 - Agora está, Potter! - Snape assegurou-lhe e levantou trazendo a criança em seus braços. 

- Vou prendê-la para levá-la. – Disse Potter.

-  Antes disso, eu preciso de algumas respostas. – Snape rosnou. - A troco de que você está fazendo isso? - Sua voz era baixa e uniforme. – Quem está por trás disso?  

- Você não se lembra de mim, não é mesmo Snape! – Os lábios de Stacy tremiam enquanto ela falava. - Mas ao contrário de você, não teve um dia que eu não me lembrasse de como arruinou minha vida. Você os traiu. Você deixou que eles fossem levados para Azkaban. - Ela franziu a testa olhou para o homem em frente a ela que a observava como se estivesse louca. – Eu vi meus pais sendo levados por aqueles cretinos e não pude fazer nada.

Foi quando Severo percebeu sobre o que a mulher estava falando. Amaldiçoou-se por não ter notado a semelhança que ela tinha com a mãe.

Seu pai, Augusto Rookwood, tinha sido o responsável pela morte de Fred Weasley.

- Você agiu feito um covarde, Snape. Mas não posso negar que mudar de lado quando viu que o barco estava afundando foi extremamente inteligente. – Riu com amargura. -Sabe o que é pior? Eles eram seus amigos, Snape. Foi extremamente egoísta de sua parte.

- Você não sabe o que você está falando. Você era apenas uma criança. – Grunhiu. - Seu pai era um psicopata. Nunca perdeu a chance de tirar a vida de ninguém, na verdade, ele sempre sentiu muito prazer em fazer tal ato. – Falou com desprezo. - Se ele não me devesse uma dívida de vida, certamente teria me matado. – Depois de uma pausa, ele continuou. - Já a sua mãe eu a considerava uma grande amiga. Ela era uma boa pessoa, eu propus a ela que fugisse com você, mas por lealdade a seu pai, ela preferiu ficar. O erro dela foi amá-lo demais. Mas eu prometi a ela que você seria levada para casa de uma tia sua no campo, ao sul de Oxford. E foi pra lá que eu te mandei.

Os olhos dela se apertaram quando ele terminou de falar.

- Oh, que grande feito. O que te fez pensar que ela queria um fardo na vida dela? Na primeira oportunidade ela me mandou embora. Você não faz ideia do inferno que eu vivi naquele orfanato, Snape. Ninguém queria se aproximar de filha do comensal da morte.  Ele me olhavam como se eu fosse uma doença. – Disse num sussurro.

Imediatamente, ela sentiu-o endurecer com suas palavras. Ela pôde perceber que ela havia ficado tenso, porém, ele permaneceu em silêncio diante de sua acusação. 

 - Não tinha ideia do havia acontecido com você... – Antes que Snape pudesse terminar de falar, ela o interrompeu. 

- Oh as teorias que eu criei sobre como acabar com você. Todos os planos que coloquei em prática, mas falharam, só me faziam ter mais ódio de você. Os ingredientes adulterados que fizeram seu caldeirão explodir... Fiquei tão decepcionada por você ter apenas perdido a memória. – Falou com tom de frustração, Snape olhava para ela com descrença.

- Ah, como eu gostaria de ter pego aquela vadia de sangue ruim que você chama de esposa. Eu deveria ter a matado naquela estação na véspera de natal. – Divagou a bruxa e Snape tentou apontar a varinha para ela, mas foi impedido por Harry. – O quê? Você realmente achou que era um assalto? Ah, por favor! A bolsa dela nunca foi levada. – Disse bruscamente. - A sorte daquela vadia é que aquelas pessoas apareceram tão rápido que eu só consegui empurrá-la. Eu podia jurar que aquela queda iria fazer muito mais estrago, mas me enganei. Eu não posso cometer outro erro, concordar? – Falou presunçosa.

- Nunca mais chegue perto da minha família! Se você tentar algo contra a minha família, eu juro por Deus que vou te matar, você me entende?

- Leve-a! – Gritou Harry para os aurores que logo se aproximaram carregando-a para longe. – Além do sequestro e da tortura, as confissões são mais do que suficientes para mantê-la em Azkaban para o resto da vida.

Quando enfim a mulher já não podia ser vista, Snape voltou a falar.

- Está com fome? – Severo perguntou com preocupação.

Ela negou com a cabeça.  

- Estou com sede. - Ela respondeu em troca.

Ele conjurou um copo e o encheu com a água de uma velha torneira que encontrou. Ele segurou o frasco nos lábios dela e lentamente derramou a água em sua boca, permitindo-lhe beber.

- Halley, esse é o senhor Potter um amigo da família.

- Olá, Halley. É um prazer te conhecer! Você pode me chamar de tio Harry quando se sentir a vontade. – Snape apenas curvou uma sobrancelha, porém não disse nada.

***

Hermione sorriu satisfeita ao ver que a bebê dormia nos braços de sua sogra.

- Tudo certo, Querida? Está sentindo alguma dor? – Eileen sussurrou para não assustar a criança recém-nascida.  Hermione tinha círculos escuros sob os olhos.

Ela negou. E olhou para janela. Deus, eles estavam demorando tanto. Ela estava se sentindo sufocada. Precisava saber notícias. Precisava, desesperadamente, saber se eles estavam bem.

- Eles logo estarão aqui, Hermione. Seu marido não irá sossegar enquanto não trazê-la para casa. Ele já a ama como se fosse sua, então fará de tudo por ela.

E era verdade. Ela podia ver sua alegria quando a menina estava por perto. E ela o amava ainda mais por isso.

- Hermione? - Ela disse enquanto levava a pequena para perto da mãe.

- Hmm?

- Ela parece está com fome. Começou a ficar inquieta. -  O bebê se remexia nos braços da avó.

Ela olhou para o relógio grande, franzindo a testa. Era precisamente cinco minutos para as dez. De fato já estava na hora de amamentá-la novamente.

Houve um som no corredor e ela olhou para cima e viu Severo entrar no quarto e ele não estava sozinho.

***

Hermione não se segurou quando viu que enfim eles estavam de volta. Saber tudo o que tinha ocorrido a deixou de coração partido. Uma maluca havia raptado sua filha e por pouco não tinha acontecido o pior.

Ela ficou mais do que chateada ao ver o cabelo da criança, mas sabia que só tinha que agradecer por não ser qualquer outra parte do corpo que a louca havia cortado. Caso isso tivesse acontecido, ela mesma mataria aquela mulher.

Ela teve que agradecer por seu marido tê-la levado para casa em primeiro lugar. Ele havia dito a ela que Dora cuidou de dar banho e de acertar o cabelo de Halley. E ele a alimentou. Mas a menina parecia extremamente cansada e bastante triste.  

Hermione conseguiu sentar-se um pouco mais, observando ansiosamente quando Severo colocou Halley em seu colo para lhe permitir segurar o bebê.  

- Aqui. -  Eileen sorriu colocando a pequena nos braços da neta mais velha.

 - Ela é linda. – A menina sussurrou.

- Essa cor é normal? Ela parece um pouco verde. – Perguntou Snape e Halley não pôde deixar de rir.

- Severo. – Sua mãe riu um pouco. – Ela é recém nascida, querido. É normal que ela tenha essa cor.  

Quando Halley mexeu em sua pequena mão, seus olhos se abriram. Eles eram um estranho e marrom acinzentado. Severo podia dizer que ela teria os olhos da mãe.

- Ela é tão pequena. -  Halley disse inocentemente.

- Ele é um pouco menor que os outros bebês porque ela nasceu um pouco mais cedo, meu amor. - Disse Hermione olhando admiravelmente para seus três amores sentados naquela pequena poltrona.

- Madame Pomfrey disse que vou poder ir para casa amanhã pela manhã. - Hermione disse sorrindo. 

***

Pela manhã, quando Severo entrou no quarto, Hermione estava amamentando sua filha. Ele sentiu-se envergonhado por estar presenciando tal cena. Não que eles estavam avançando no relacionamento, mas não tinha passado de beijos e alguns sinais de afeto. Mas ao observá-las atentamente, viu que não tinha nada de mais. Na verdade, ele concluiu que era a cena mais bonita que ela já tinha visto. 

- Hermione. - Ele limpou a garganta. - Ele coçou a cabeça, aparentemente inseguro de como proceder. – Eu sei que nós não falamos sobre isso. Mas ela precisa de um nome.  Já pensou em algum?

Sim. Ela tinha pensado em um nome em particular, na verdade, elas tinham um pensado em um nome. Alguns nomes surgiram enquanto decorava o quarto da filha. Halley havia ajudado-a a escolher.

Enquanto via Hermione pensar, aproveitou para olhar para o bebê em seus braços. Ela parecia ainda mais saudável agora. Por mais que não gostasse daquela cor, ele tinha que concordar que ela estava mais do que adorável naquele conjunto rosa. Que Minerva não ouvisse isso, pensou Severo. Ele tinha jurado que sua filha não usaria essa cor. Mas vendo-a agora, ela parecia ainda mais delicada.

Para sua sorte, ela parecia com a mãe. Sua pele agora tinha vida, seus cabelos eram castanhos e seu pequeno nariz era afilado.

- Ela se parece com você.

- É difícil dizer com quem os bebês se parecem. - Hermione falou divertida. – Normalmente eles têm cara de joelho.

- Minha filha não tem cara de joelho. – Ela apenas gargalhou.

- Severo, sobre o nome, Halley e eu pensamos em um nome. Mas você também deveria opinar, afinal isso não cabe só a mim.  O que acha? - Ela perguntou, esperando que ele realmente contribuísse para a escolha. – Pensou em algum? – Indagou novamente.

Severus aproximou-se de Hermione, sua mão escovando suavemente o cabelo do bebê. 

- Você foi a única a carregá-la por nove meses, Hermione. – Sua esposa pareceu considerar. – Bom, no caso, quase nove.

- Certo! - Ela sorriu. – Nós pensamos em Helena. Helena Snape.

- É um belo nome.

- Sim, é lindo. De certa forma estaria homenageando sua mãe. Ela tem sido fantástica conosco. E, além disso, pareceria um pouco com o nome da nossa outra princesa. Você gosta? - Ela sussurrou.

- Uma excelente escolha. – Ele disse. Ele levantou a cabeça para encontrar seu olhar, e ela ficou feliz ao ver uma expressão calma em seu olhar.

Severo acabou sentando-se ao lado dela na cama e pegando o bebê em seus braços.

- Olá, minha doce Helena. - Ele se abaixou para beijar a cabeça do bebê.

 

FIM


Notas Finais


Até amanhã com o epílogo.


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