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História Reviravoltas do Destino - Snamione - Oitavo Capítulo


Escrita por: TatianyPrince

Notas do Autor


Olá, gente. Mil desculpas por ter demorado tanto pra postar um novo capítulo, mas por ser final de período na faculdade ficou complicado... muitos trabalhos e provas... Mas pra compensar o capítulo ta um pouco maior! :) espero que gostem!

Capítulo 8 - Oitavo Capítulo


O mais rápido que seus passos permitiram, Severo caminhou em direção à enfermaria.  Por mais estranho que aquilo poderia parecer, a distância nunca pareceu tão grande.

Maldita hora que seu estoque foi acabar, pensou consigo mesmo. Desde cedo, estava com uma dor de cabeça insuportável. Na verdade, ele considerou que naquele momento, a dor de cabeça parecia ainda maior.

Para sua sorte, os corredores estavam vazios, então, chegar até seu destino não seria uma tarefa tão difícil.  Ao se aproximar da ala hospitalar, se deparou com Madame Pomfrey e com Minerva. As duas mulheres estavam visivelmente irritadas e, talvez, até mesmo preocupadas.

- Francamente, Snape. – Bufou Poppy. - O que tem na cabeça? – Advertiu a Medibruxa. - Não tem um pingo de consideração por sua esposa? Achei que tivesse pelo menos compaixão por aquela pobre mulher.

- Do que está falando? – Perguntou sem paciência. - Francamente mulher, eu só vim pegar uma poção para minha dor de cabeça infernal!- Grunhiu Snape.

- Escute aqui, Senhor. Não se faça de desentendido. - Falou a Medibruxa completamente alterada. Com as mãos nos quadris, a mulher olhou diretamente em seus olhos e continuou: - Sabe muito bem do que estou falando, então, não me venha com desculpas esfarrapadas.

- Ah, claro. – Snape resmungou. - Isso tudo ainda é devido ao divórcio que pedi a Granger. – Constatou com sua expressão indecifrável.

Minerva o encarava com o olhar mais repugnante que ele já havia visto, os olhares da mulher eram mais assustadores do que as palavras de Madame Pomfrey.

- Por Deus, Homem. – Repreendeu a curandeira chamando novamente a sua atenção. - Estou me referindo a sua atitude horrenda de colocá-la para fora da própria casa. Como pôde, Severo? Como teve coragem de fazer algo tão baixo? O que está acontecendo com você? - Poppy estava tão zangada que seu resto estava tomando uma coloração avermelhada. -  Como você pôde fazer isso com a mulher que está carregando um filho seu? – Perguntou por fim, fazendo o mundo de Severo girar.

Qualquer outra coisa que a bruxa iria dizer morreu em sua garganta. Elas viram os olhos atormentados do homem diante delas e tiveram certeza de que ele não sabia daquela pequena informação.

Silenciosamente, Severo abriu a porta da ala hospitalar e deu um olhar em toda sua volta. Não muito distante de onde estava, viu sua mãe sentada com a cabeça baixa. Ela o encarou, mas não disse nada. Parecia estar cansada demais para aquilo.

Percebendo que não havia ninguém na área comum da enfermaria, seguiu para ala exclusiva para os docentes.

Hermione estava desacordada em uma das macas. Um sentimento de temor se enrolou na boca do estômago.  Além de estar cercada por medibruxos, a mulher estava com a testa enfaixada e com uma das mãos presas ao que parecia ser um tipo de medicamento trouxa.

Depois de alguns minutos, ele voltou sua atenção para Eileen que tinha toda a sua atenção nele. Eles definitivamente conversariam mais tarde. Ele saiu da enfermaria atordoado. Precisava de um tempo para pensar. E de preferência longe de tudo e de todos.

***

Eileen Prince estava sentada em uma das cadeiras da enfermaria e pela primeira vez na vida, ela se sentiu perdida. A bruxa sempre se considerou uma mulher forte, porém, naquele momento, ela se sentia o ser mais frágil da face da terra.

Mesmo que ela realmente quisesse se desmanchar um pouco mais em lágrimas, sabia que podia. Afinal, sabia que precisava ser forte por ela e por Hermione.

Poppy a tinha feito tomar uma poção calmante devido ao pânico de momentos atrás e aquilo pareceu ajudá-la. No entanto, seus nervos ainda estavam a flor da pele e ela sabia que ficaria aquele jeito até que tivesse informações mais concretas do estado de saúde de sua nora e de sua neta.

- Eileen. – Irrompeu Minerva. – Está se sentindo melhor?

- Sinceramente? – Perguntou apreensiva. - Não tenho certeza, Minerva. Preciso saber como Hermione está, caso contrário, não ficarei em paz.

- Claro. – Concordou entendendo sua apreensão. - É ... Bem... Sei que não é o melhor momento para isso, mas o que aconteceu?

- Oh, minha querida, isso é algo que nem mesmo eu posso te responder. Aconteceu tão depressa, foi realmente tudo muito rápido. Quando dei por mim estava procurando por ela e a encontrei caída no banheiro. A única coisa que eu via era o sangue! Quando vi o sangue escorrendo me apavorei e...– Ela não chegou a  completar a frase, pois foi interrompida pelo curandeiro.

- Com licença senhoras. – Disse o homem se aproximando.

- Como ela está? – Eileen rapidamente.

- Ela vai ficar bem, Sra. Prince. – Quando a bruxa estava prestes a fazer outra pergunta, o homem se adiantou: – Elas vão ficar bem, a Senhora não precisa se preocupar.

- Oh, graças a Merlim! Por um momento, pensei que o pior poderia acontecer. – Disse aliviada e de repente se deu conta do que o bruxo havia dito. – Espera, você disse elas? - Perguntou surpresa.

- Oh, sinto muito. Ainda não sabiam o sexo do bebê.  – Contemplou arrependido. – Se soubesse, não teria dito.

- Oh, você não sabe como me deixou contente com essa informação. – Falou extasiada. - Eu vou ter uma neta. Oh meu Deus. – Disse sorrindo e olhando para Minerva que também estava emocionada. – Você ouviu isso?

- Claro que ouvi! Parabéns querida! – Disse abraçando-a.

- Me diga, Sr. Brown, o que a fez desmaiar? - Disse Eileen se recompondo.

- O desmaio pode ter sido ocasionado pela exaustão, talvez o estresse possa ter contribuído.  A Sra. Snape precisa se cuidar mais para que não volte a se repetir. E a quantidade de sangue, como a senhora disse, foi resultado do corte profundo que a queda no banheiro causou. Apesar de parecer está tudo bem, esta noite, ela vai precisar ficar aqui. Precisamos fazer alguns exames! Madame Pomfrey já autorizou nossa permanência.

- Quando vou poder vê-la? – Disse esperançosa.

-  Logo, Sra. Prince. Ainda hoje para ser mais exato, mas antes precisamos realizar mais alguns exames. Agora se as senhoras me dão licença a paciente me aguarda.

***

Já era muito tarde quando Snape voltou ao castelo. Ao contrário do que ele imaginou, as dúvidas só aumentaram. Ele precisava de um banho e uma boa noite de sono para pensar adequadamente.

Mas duvidava que conseguiria dormir. Quando estava abrindo a porta dos seus aposentos, Severo foi surpreendido por sua mãe. Ela se apressou e entrou na sala, fechando a porta atrás dela. 

Severo Snape nada disse. Sua mente estava girando em tumulto confuso. 

- Que diabos está acontecendo com você, Severo?! - Disse sua mãe com o tom de voz exaltado.

- Sra. Prince. -  Severo pestanejou. - Não quero que você se intrometa nisso! – Advertiu, mas a mulher pareceu não lhe escutar.

Eileen sentou-se no sofá em frente à lareira e esperou que ele olhasse para ela.

- Oh, querido. Acontece que eu já estou envolvida nisso. – Sussurrou aborrecida. Eileen estava começando a perder a paciência, mas tentaria se controlar para que pudesse colocar um pouco de juízo na cabeça do filho. - Coloca uma coisa na sua cabeça, Severo. Você é casado e sua esposa está grávida. E nesse momento ela está na enfermaria aos prantos por não ter cumprido com o que vocês dois haviam combinado. Imagine só, ela está em um estado deplorável, mas só consegue pensar que foi incapaz de deixar a casa que ela diz ser sua.

- Isso não...

- Sinto muito. Mas você vai me ouvir! – Interrompeu e sua expressão ficou ainda mais severa. - Eu compreendo que você esteja confuso. Não poderia ser diferente, não é mesmo? Porém, peço que analise melhor a situação, meu filho. Você tem uma linda esposa e um filho a caminho. -  Filha -  Corrigiu mentalmente. Eileen tinha um pequeno sorriso no rosto e seus olhos brilhavam quando pensava naquilo. - Você não pode se precipitar! – O alertou.

- Não sei se a Senhora me entende, mas sou casado com uma ex-aluna e, no momento, todos sabem mais da minha vida do que eu. – Falou com um traço de amargura. – Então, me desculpe se entender isso pode estar sendo uma tarefa difícil.

- Não seja tão dramático, Severo. Você ama a sua esposa e seu filho. Só não se lembra. – Disse suavemente.

- Só? – Disse em um sussurro.

- Ah, querido. Pense bem, poderia ser pior. Você poderia acordar e não ter ninguém até hoje. - Disse séria - Acredite, Severo, ninguém quer viver sozinho para sempre. – Revelou pensativa. Depois de alguns instantes, Eileen suspirou e depois sorriu. - Senti tanto a sua falta. - Disse abraçando-o. - Agora olhe para mim. Acho que você tem um assunto para resolver com sua esposa. Ela ficará aqui essa noite, Poppy disse que será melhor. Boa noite, Severo. – Depois de um breve abraço, a bruxa se retirou.

-  Boa noite, mãe.

***

Depois de um merecido banho, Snape decidiu que era hora de se resolver com Hermione. Sua ideia inicial era deixá-la livre para conquistar tudo que podia, afinal, a dona de uma mente brilhante como a dela, não podia se prender a um velho rabugento como ele.  

Mas uma criança a caminho mudava tudo. Ele não podia deixá-los a própria sorte. Não podia cometer os mesmos erros que seu pai havia cometido.

Severo abriu a porta da ala hospitalar e se encaminhou para onde Hermione estava. Diferente da primeira vez que ele a viu naquela enfermaria, ela estava rodeada de travesseiros. Além disso, parecia ainda mais frágil do que quando a viu mais cedo. O rosto da mulher era ainda mais pálido e estava coberto de lágrimas.

Vê-la daquela forma fez seu coração partir em vários pedaços.

- Acredito que tenha vindo acertar os detalhes do divórcio. - Sussurrou ela, tentando se sentar. - Não se preocupe, Severo. Sairei de sua casa o mais rápido possível.

- Na verdade, não é isso que me trouxe aqui. Quero que desconsidere o pedido de divórcio, Gran... Hermione. - Sussurrou sem jeito, mas o tom de Snape estava mais para ordem do que para pedido. - Você está grávida!

- Sim, estou grávida, mas isso não significa que você deve ficar preso a mim. Não quero que fique comigo por pena, Severo. Eu vou ficar bem.  Meu filho e eu ficaremos bem. – Disse passando a mão na barriga.

- Hermione, eu não vou permitir que você saia. – Falou um pouco mais exaltado. - É um filho meu que você está carregando. Portanto, isso muda tudo.

- Isso não muda nada, Severo. No fundo, você sabe que não muda. Você já disse que não quer nada comigo e irei respeitar. – Revelou decidida. – Agora, por favor, saia que eu preciso descansar.

- Me escute, bruxa. Eu sei que não fui razoável. Mas tente me entender. Realmente achei que estava fazendo o melhor para você. – Bufou e em sua voz tinha desespero. - Eu fui precipitado, eu sei. Mas, Hermione, nós temos que pensar nessa criança agora. Me permita consertar as coisas.

Severo suspirou, estava completamente esgotado. O dia foi longo e complicado. Hermione deslizou para o outro lado da cama deixando um espaço para ele se juntar a ela. O bruxou parou por uns instantes para pensar se ia ou não se sentar.

Mas, por fim, subiu na cama e ficou ao lado dela.

Um pouco desconfortável e sem jeito, ele enxugou as lágrimas do rosto da esposa. Sem pensar duas vezes, ela se agarrou nele. Em resposta, ele colocou seu braço ao redor de seus ombros, a outra mão segurando a cabeça dela. Hermione começou a soluçar em seu pescoço e ela já podia sentir a camisa úmida.

- Shhiii - Severo a acalmou. - Está tudo bem. Nós podemos fazer isso, Hermione.

- Por favor, Severo. Não fale em me deixar de novo. - Ela respirou fundo.- Eu não sei se posso aguentar. Você pode não se lembrar, mas me casei com o homem que meu coração desejou, o homem que eu amo ... - Sua voz era tremula. - Eu não trocaria a nossas vida juntos por nada nesse mundo. - Disse engasgando.

 Enquanto ela chorava, Severo continuou a segurá-la. Mas ele ficou um pouco alarmado com seu estado de agitação. 

- Hermione, não é bom para você e nem para o bebê que você fique tão alvoroçada. Por favor, acalme-se. – Mesmo com dificuldade, ela aos poucos foi se acalmando. A respiração foi se tornando regular e os olhos começaram a se fechar.

Eles tinham muito coisa para conversar, mas essa não era a hora apropriada e nem o lugar certo. Quando finalmente os soluços dela diminuíram, ele segurou seu rosto com uma das mãos e inclinou o queixo até que seu olhar encontrou o dele. Ficaram em silêncio por alguns minutos e, com muito esforço, ele deu um beijo em sua testa.

- Acho que eu preciso ir, Hermione. Você precisa descansar. - Disse em um sussurro.

- Fica aqui comigo, por favor. Eu não aguento mais ficar sozinha nessa sala. - Ela se aconchegou o rosto contra seu ombro. - Ninguém vai nos incomodar, eu prometo. Ser sua esposa tem lá suas regalias, Severo. Pelo menos tenho essa sala só para mim. Fique comigo!

- Hermione!

- Por favor, Severo. - Choramingou.

- Tudo bem, Hermione. Agora durma. – Ele ordenou. Severo entrelaçou os dedos em seu cabelo. – Mas que fique registrado, você só vai ganhar dessa vez, porque estou muito cansado para discutir isso agora. – Disse ele em voz baixa e suave. Ela deu uma pequena gargalhada e se aconchegou mais a ele.



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